Tonight, We Are Young. escrita por Giovanna


Capítulo 1
I


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei! Awn. Então, essa nova história representa uma nova fase da minha vida que deve ser compartilhada com todos. Esse primeiro capítulo retrata os últimos acontecimentos desde o ponto final de (Im)memorial com Annabeth, Percy, Nico, Thalia, Katie e Travis.
Essa história reserva tantos segredos que eu to LOUCA pra desvendar. De verdade. E vocês irão notar que algumas coisas são reais demais pra serem só ficção. Enfim. Confuso, mas é.
Gigi diz: boaaaaaaaaaaa leitura! aproveitem bastante.
(22/09/12)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/271716/chapter/1

Katie sentiu o mundo desmoronar sobre suas costas. Aquilo já estava acontecendo pela quinta vez na mesma semana e ela não sabia se aguentaria o suficiente. Sua mãe estava gritando mais uma vez sobre como ela era inútil e nunca fazia nada certo. Não adiantava. Cada vez mais que ela tentava agradar a mãe, mais a situação piorava e mais. Era algo eterno e parecia que nunca chegaria ao fim. Quer dizer, não ainda.

Ela já estava perdida. Escutava ao fundo a mãe gritando, mas já não conseguia prestar atenção suficiente a tudo aquilo. Na verdade, não prestava atenção em nada. As coisas passavam pelos seus olhos, despercebidas, como se elas fossem nada. Como se tudo o que acontecia não tivesse nenhum impacto importante na vida de ninguém e nem afetasse ninguém.

Como um robô, a menina assentiu, tentando segurar as lágrimas ao máximo. Não entendia porque a mãe fazia aquilo com ela. A mulher sempre passou uma imagem de boa mulher, de mãe-amiga, mas não era nada daquilo. Katie se perguntava dia e noite como aguentava e suportava tudo aquilo sem reclamar nadinha. Ah sim. Ela descontava em outra coisa. Ou melhor, em outra pessoa.

-

Ao longe, ouvia-se o barulho de um carro freando com toda a força e, no outro segundo, uma batida. Aos poucos, um aglomerado de pessoas foi formado, logo após a ambulância ter chegado. Um garoto, com seus 16 ou 17 anos, estava estirado no chão, desmaiado. O terror pairado no rosto de cada indivíduo foi grande. Todos estavam mistos entre medo, tensão e curiosidade.

Travis, o garoto do acidente, estava com álcool no corpo. Uma grande quantidade de álcool no corpo. Decidira dirigir embriagado para voltar para casa com o carro de seu pai intacto, mas, obviamente, não conseguiu.

Aos poucos, sua memória foi se esvaindo e foi apagando-se até que não percebeu que ainda estava dirigindo e dormiu. Dormiu dirigindo devido ao efeito da bebida em seu corpo.

-

Annabeth se trancou no banheiro e escorregou pela porta até chegar ao chão. Encaixou sua cabeça entre os joelhos e ficou ali. Sentia as lágrimas rolando em seu rosto, tentando tirar toda a dor existente em seu peito.

Levantou um pouco a cabeça e olhou para o canto do banheiro, onde havia jogado o livro que havia acabado de pegar dentro do guarda-roupa. Nada muito surpreendente. Quer dizer... Já havia lido Morro dos Ventos Uivantes mais de umas vinte vezes. Não tinha a mínima ideia do porque amava tanto aquele livro. Não tinha ideia porque se identificava tanto com Catherine Earnshaw.

Respirou fundo. Estava destruída. Tentara persistir em uma amizade que sabia que não daria certo, tentava manter as coisas como estavam antes, fingindo que nada havia mudado. Tentava se erguer, tentava se manter forte. Tentava não se magoar com as pessoas ao seu redor, tentava ser forte. Tentava ser uma estrutura forte e inabalável. Mas sempre desmoronava quando estava sozinha. Ou um pouco sozinha.

Certo, ela era a menina mais inteligente do seu colégio, mas o que adiantava ter tanto conhecimento se não encontrava a sabedoria interior? Continuava a estar perdida por dentro, continuava sem saber o que esperar. Sabia que o dia de “amanhã” tinha um futuro grandioso reservado para ela, mas tentava não criar tanta expectativa para não se machucar depois.

-

Percy Jackson abrira a porta para a última pessoa entrar. Sua casa estava repleta de pessoas, de bebidas alcoólicas, de pessoas se agarrando em vários lugares da casa e, pra variar, havia pouca iluminação e, em alguns lugares, não havia nada de luz.

Entre aquela multidão de pessoas, o garoto se divertia sem se importar com as consequências daquele ato. Seu melhor amigo havia o convencido que sua popularidade cresceria mais ainda se realizasse aquela festa em sua própria casa, longe dos olhos de qualquer adulto que seja.

As meninas faziam fila para descobrirem mais sobre Percy e os garotos morriam de inveja do garoto. Era assim a tal vida que ele levava. Regrada a festas, bebidas, dinheiro e futilidade. Não sabia qual havia sido sua última preocupação e nem lembrava as pessoas que havia feito sofrer. Só se importava com o dono de si mesmo: ele.

-

As pessoas pararam tudo o que estavam fazendo ao ver o tal carro preto virar a esquina. Conheciam aquele carro, sabiam de quem era e não acreditavam que alguém havia voltado. Acompanhavam toda a movimentação daquele automóvel e seguiram-no até que o mesmo parou em frente a uma casa grande. Talvez a maior de todo aquele bairro.

Do carro, saíra uma menina com uma mochila jogava em suas costas a qual carregava uma expressão de revolta no rosto. Na verdade, a única coisa que se passava em sua cabeça era uma coisa: não acreditava que estava de volta ao mesmo lugar que havia crescido, onde havia feito amigos, onde havia construído sua vida e onde a mesma mudara tanto.

Abrira a porta com um chute e nem se importou de fechá-la. Apenas subiu as escadas que já conhecia, abriu a porta do quarto que já conhecia, fechou a porta que já havia batido tantas vezes e jogou-se na casa que a pertencia há anos.

A garota ouvia uma série de batidas na porta e gritos de diferentes vozes. Sabia onde estava. De volta ao lar, baby. Mesmo que estar de volta ao lar não lhe trazia boas recordações e não a fazia sentir-se bem e viva de estar ali.

-

Nico di Ângelo sentia-se distante de tudo aquilo que chamava “família”. Havia feito tantas escolhas erradas, havia decidido abandonar tantas pessoas, havia escolhido tanta coisa errada para si mesmo que até se ofendia por estar ali. Não estava mais em seu lar, isso poderia ter certeza.

Brigar dia e noite com seus pais, ouvir a irmã mais velha falando que sua vida era mais fácil sem ele, ter que cuidar da irmã mais nova por causa de caprichos de sua mãe, descobrir que sua namorada pode estar com os dias contados. Era a minoria dos problemas que o garoto carregava.

Seus “estudos na casa de um amigo” em um sábado à noite se tornavam cada vez mais frequentes e não eram apenas em um sábado à noite. O único dia que ficava em casa para não dar muita “bandeira” para seus pais era no domingo. Domingo colocava toda a sua vida em dia e prometia para si mesmo que não faria mais nada e que precisava de tratamento, mas não se convencia disso. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? (to tão ansiosa q... nossa!)