POV Gwen

Perguntei aos espíritos alguma pista do que minha família estava fazendo e eles responderam apenas com um nome, “Cullen”. Eu já havia ouvido esse nome em algum lugar, mas não me lembrava onde. Comecei a relembrar os acontecimentos dos dias anterior. Ontem á noite eu acompanhei um espírito para o outro mundo e pedi uma coisa pra minha mãe. Eu pedi para ela entrevistar um médico que iria trabalhar no hospital, o nome dele era Cullen. Descobri. Procurei na minha agenda o horário da entrevista, era daqui a meia hora. Precisava se rápida. Fui para a garagem e vi que nenhum dos carros estava lá. Vi na parede um bilhete escrito pelo meu marido.

Amor, sei que você deve estar furiosa, mas é para o seu bem e o do bebê que está esperando.Para impedir que faça qualquer loucura, levei os carros. Eles estão num lugar seguro.Por favor não aumente o risco de eu ter um enfarte, usando seu outro “meio de transporte”.Durma, assista um filme, coma alguma coisa na confeitaria da Helen. Todos estamos bem, não se preocupe é uma missão de rotina. Daquele que te ama, Angel.

Eu peguei o bilhete e o amassei. Ta na cara que ele estava mentindo, se fosse apenas uma missão de rotina, ele não tomaria tantas precauções para eu não ir atrás dele. Era algo grande e o nome Cullen era a única pista que eu tinha. O hospital ficava a trinta quilômetros da minha casa, dificilmente chegaria lá á tempo sem um carro, a não ser...uma idéia maligna surgiu na minha cabeça. Vou usar meu outro “meio de transporte”.

POV Jacob

Nessie começa a se mexer para acordar. O líder vai na direção dela. Eu tento me mexer para impedir que ele a toque, mas é inútil, eu estou preso ao chão por uma força invisível. A idéia dele perto dela, me apavorava tanto que eu soltei um grito de pavor. Isso atraiu a atenção do homem que saiu de perto dela e veio na minha direção.
-Levanta – me ordenou. Sua voz era baixa e firme, ele tentava demonstrar autoridade, mas havia insegurança em sua voz. Ele olhou pro lado e fez um sinal. Meus músculos começaram a me obedecer. – Se você gosta dessa garota – falou apontando pra Nessie – vê-la o que você vai fazer. Se responder ás minhas perguntas, vocês dois saem vivos.
-O que você quer? – me levantei e olhei o ambiente á minha volta. O local parecia um depósito de metais. Além de mim e da Ness, haviam outra quatro pessoas. Uma delas era o menino de cabelos negros que nos atraiu para a armadilha. Ele estava perto do líder, que parecia uma versão dez anos mais velha do garoto. Ambos eram muito parecidos. Sentada no chão,próxima onde a Nessie estava deitada, estava uma garota de uns 16 anos com cabelos negros compridos até a cintura e olhos azuis. Ao lado dela, havia um menino de quatorze anos com o rosto cheio de espinhas, cabelos cor de palha e olhos verdes. Com exceção do líder, nenhum parecia ter mais de 18 anos.
- O que vocês fazem em Brigite? – perguntou o homem mais velho.
-Libertem a Renesme e eu responderei a qualquer pergunta que fizerem. - decidi tentar uma negociação.
-Você anda com sanguessugas e quem anda com esses vermes mentem – falou o de nome Rich com nojo. Então era isso, eles não gostavam de vampiros. Apesar de eu não saber o porque, sabia que eles provavelmente tinham motivos pra isso. Eu não podia falar muito, há dez anos atrás eu criei a comunidade do orkut “Eu odeio vampiros”. Mas isso é outra história.
-Acha mesmo que os Cullen foram responsáveis pelo que aconteceu, Angel? – perguntou a moça, a dúvida dela parecia sincera.
-O que aconteceu? – perguntei – Afinal se eu to sendo acusado de alguma coisa preciso saber pelo menos o que é.
Nessie acordou e olhou ao redor assustada. O líder fez um sinal para o menino loiro, que pronunciou algumas palavras em voz baixa. Nessie levantou também. Ela veio pro meu lado e me abraçou. Os quatro carcereiros estavam olhando um pro outro. Depois de algum tempo, eles olharam para nós e o líder falou.
-Calisto acredita que vocês são inocentes – falou apontando para garota, eu a olhei com um olhar de gratidão – E pra sorte de vocês, a intuição dela está quase sempre certa.
-Então vai nos deixar ir? – perguntou Nessie, abraçada comigo.
-Sim, a menos que passem por um teste. - antes falar qualquer coisa, Nessie se adiantou e falou:
-Nós nos submeteremos ao teste.