POV Sam

- Bem, é que eu já estou acostumada a me sentar ao lado do Freddie. Só isso. – falei rapidamente dando de ombros.

Ela levantou levemente uma das sobrancelhas.

- Sam, hoje faz somente cinco dias que começaram as aulas. – ela falou.

- E eu já queria que tivesse terminado. Eu realmente não aguento mais vim para cá. – falei cansada.

- Eu vou deixar vocês conversando e vou me sentar lá atrás com o Gibby. – Freddie falou levantando.

Quando ele passou por trás de mim segurei o seu braço.

- Por favor, fique aqui. – praticamente implorei.

- Não se preocupe você vai conseguir dormir. – ele falou sorrindo.

- E depois ainda reclamam quando eu falo que vocês namoram. – falou Carly.

- Carly! – falamos juntos.

- Meu nome. – ela falou rindo.

Freddie foi para o fundo da sala me deixando sozinha com minha amiga intrometida.

- Viu o que você fez? – perguntei irritada.

- Qual é Sam? Ele só foi sentar lá atrás e não se mudar de escola. Fica calma que daqui a pouco tem o intervalo e você vai poder agarrá-lo em paz. – ela falou rindo.

- Me dá só um bom motivo para eu não te matar agora mesmo. – falei entredentes.

- Na cadeia não tem visitas diárias. – ela falou.

- Não entendi a lógica. – falei confusa.

- Bem, o Freddie não vai poder te visitar todos os dias, então você vai fica sem os beijos dele. – ela falou rindo alto e chamando a atenção da sala.

- Isso não tem graça Carly e nem é um motivo decente. – falei nervosa e provavelmente vermelha.

Tive que respirar fundo umas cinco vezes.

Não estava nem um pouco a fim de ser presa por homicídio.

Olhei para o Freddie e com o olhar ele me perguntava se estava tudo bem, apenas confirmei com a cabeça.

- Que fofo! Eles estão se comunicando por gestos. – falou Carly com uma voz estranha.

Na hora que eu havia decidido espancar minha amiga e deixá-la em coma pelo resto do semestre o professor entra interrompendo meus planos.

A aula foi entediante.

Eu realmente estava acostumada a ficar sentada ao lado do nerd.

Assim que o sinal tocou, indicando o intervalo, meu celular tocou.

- Leva minha mochila. – falei para o Freddie e fui atender meu celular.

- Filha. – falou minha mãe assim que eu atendi.

- Oi Mãe! Algum problema? – perguntei preocupada, pois minha mãe não é de ligar.

- Na verdade não. Você poderia vim hoje para casa? Depois da escola? Não se preocupe com roupas, pois ainda têm algumas suas aqui em casa. – ela falou.

- Hoje não dá mãe. Tenho que conversar algo muito importante com o Freddie. – falei.

- Você pode conversar com seu nerd favorito no domingo. Faz esse favor para sua mãe. – ela me pediu.

- Meu nerd favorito? – perguntei sarcástica.

- Você conhece ou anda com muitos nerds?  - ela me perguntou rindo.

- Não mesmo. Tudo bem mãe. Vejo você mais tarde. – falei.

- Obrigada. Tchau. – ela falou animada.

- Tchau. – falei e desliguei e fui atrás dos meus amigos.

Os encontrei próximo ao meu armário.

Carly ria muito e Freddie colocava as duas mãos sobre o resto, esse era o gesto que ele fazia quando queria controlar a raiva.

- O que vocês estão conversando? – perguntei.

- Sobre nossas mudanças. – Carly falou.

- Sim. Como antes eu era muito amigo da Carly e seu inimigo e agora eu me torno cada vez mais seu amigo e tenho uma vontade imensa de matar a Carly. – falou Freddie me entregando minha bolsa.

- Isso é verdade, mas não vamos esquecer também que antes você era apaixonadíssimo por mim e agora está caidinho pela Sam. – falou Carly.

O Freddie respirava profundamente.

Eu sabia que ele não iria perder a calma com ele, ele nunca perdia.

- Carly o deixe em paz. – falei.

- E eu já ia esquecendo que a Sam está caidinha por você também. – na Carly disse.

- A Carly é minha amiga e não se deve matar amigas. A Carly é minha amiga e não se deve matar amigas. – falei baixo tentando controlar qualquer surto psicótico.

- Quem era no telefone? – Freddie perguntou de repente e me deixou um pouco tonta pela rápida mudança de assunto.

- Minha mãe. Ela quer que eu vá para casa assim que terminar a aula. – falei dando de ombros e abri meu armário.

- Bolo gordo? – Freddie perguntou.

- Sempre. – falei rindo.

Eu devorava meu delicioso bolo gordo e a Carly somente nos olhava, sem fazer nenhum dos seus comentários rotineiros desde que eu e o Freddie nos tornamos amigos.

- O que foi Carly? – perguntei e quase imediatamente me arrependi. Ela com certeza viria com bobagens.

- É que vocês são tão idiotas. – ela falou meio frustrada.

- Não entendi. – o Freddie falou.

O sinal tocou.

- Deixa para lá. Um dia vocês vão entender e me darão razão. Agora eu vou para aula. – Carly disse em um tom cansado.

- A Carly já está me estressando. – Freddie falou.

- Se fosse só você. – falei e fomos para a sala.

Assim que terminamos a aula fui me preparar para ir para casa.

- Vai querer que eu te acompanhe? – Freddie me perguntou e fechou seu armário.

- Não precisa. Só leva minha mochila para sua casa. Te vejo no domingo a tarde. – falei.

- Tudo bem. – ele me deu um beijo na bochecha e seguiu para o seu clube de nerds.

Eu ia saindo da escola quando a Carly aparece de repente.

- Ia embora sem se despedir de mim? Agora só Freddie tem prioridade? – ela perguntou fazendo uma carinha de cachorro que caiu da mudança.

- Claro que não né amiga, mas eu nem te vi, por isso não te dei tchau. – falei a abraçando.

Decidi não discutir mais com ela.

- Só vou te ver mesmo no domingo? – ela me perguntou assim que nos separamos do nosso abraço.

- Sim. Vou passar esse tempo com a louca da minha mãe. – falei.

- Então tchau e se cuida. – ela falou.

- Tchau! – falei e comecei minha caminhada até em casa.

- Mãe! – gritei assim que entrei em casa.

- Oi filha! Que barriga bonitinha. Vamos comer algo enquanto você me conta tudo. – ela falou.

Contei tudo que eu juguei necessário, obviamente tirei nossa vinganças e o nosso beijo.

Isso me fez lembrar que o Freddie ainda não havia se vingado.

- Parece que vocês se dão bem – falou minha mãe.

- Sim. – falei dando de ombros.

O final de semana foi bem diferente.

Me diverti muito com minha mãe.

Pelas manhãs meu professor apareceu para trocar minha “barriga”.

- Vou te que voltar para o apartamento do Freddie. – falei assim que terminou o filme que estávamos assistindo.

- Você volta aqui assim que “tiver” esse bebê? – minha mãe perguntou.

- Claro. Agora é melhor eu ir antes que fique mais tarde. – falei e me ajeitei rapidamente antes de ir.

- Tchau! – falou minha mãe antes de eu sair.

- Tchau! – falei e sai em rumo ao Bushwell.

Entrei no 8D e encontrei a Sra. Benson assistindo televisão.

- Oi Sam! O Freddie não está. Ele está na Carly. – ela falou normalmente assim que me viu.

Fechei a porta e entrei no apartamento da minha amiga.

- Voltei babys. Como foi o final de semana sem mim? – perguntei.

- Divertido. – o Freddie falou.

- E o que você fez de tão interessante Benson? – perguntei sarcástica.

- Coisas legais Puckett. – ele respondeu da mesma forma.

- Se você diz. – falei dando de ombros.

- Oi Carly! Desculpe entra no seu apartamento sem bater. Meu final de semana foi bom e o seu? O meu foi divertido Sam obrigada por perguntar. – Carly falou sarcástica e irritada.

- Oi. – falei e acenei sem jeito.

- Tchau! – ela falou e subiu irritada.

- Carly não é para tanto. – falei, mas ela não me ouviu.  

- O que deu nela? – Freddie me perguntou.

- Você acha que eu tenho respostas para tudo que passa na cabeça da Carly. Acho que ela precisa de um namorado. Vou fazer uma lista de garotos legais que poderiam namorá-la e vou tirar você é claro. – falei dando de ombros.

Ele me olhou confuso.

- Você vai me tirar por que eu sou legal ou por que você não quer ver eu namorando a Carly? – ele me perguntou divertido.

E agora?

O que eu respondo para esse nerd?