She Will Be Loved escrita por blossomed


Capítulo 13
"Maldito" Baile - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

OOOOI eu não morri nem abandonei a fic galera!! haha Desculpem mesmo a demora! Eu estou muito ocupada com o fim de ano :( Quem precisa de escola não é? aushaush
Mas o último capiítulo foi GIGANTE e preparem-se pq esse também é!
Espero que gostem :)
xxJuhxx



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SIGLAS: Policiais : P1 e P2 (São duas pessoas diferentes) / M: Motoristade táxi

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…o freio de mão havia sido puxado com força, mas...

Não foi suficiente para evitar uma colisão. Eu gritei, os airbags se abriram e rapidamente senti meu corpo voltando para trás, como em um balanço e minhas costas batendo no banco bruscamente, o mesmo havia ocorrido com todos nós.

A frente do carro havia batido na lateral direita do outro, e ambos permaneciam parados, no meio do cruzamento, ninguém havia descido, todos estavam em estado de choque, por causa do acidente, mais e mais pessoas começaram a se juntar em volta e começou um engarrafamento imenso no local. Até que eu resolvi olhar para o lado e encontrei John, com o semblante assustado e surpreso. Coloquei minha mão em seu ombro e resolvi quebrar o silêncio.

K: Eu estou bem. Alguém se feriu?

Como eu esperava ninguém respondeu todos ainda se encontravam em choque, uma quantidade imensa de eletricidade percorria minhas veias, então perguntei mais uma vez. Obtive respostas de John e Austin, e Emily sem dizer nada desceu do carro rapidamente e se dirigiu ao outro.

O motorista do carro desceu e ela parecia brava, ambos começaram a discutir, eu prestava muita atenção, tentando entender o que eles conversavam, decidi descer e ajudar John e Austin a fazer o mesmo. Quando nós nos retiramos do veículo ficamos somente observando a cena, sem escutar nada. Ao perceber, Emily foi mais para trás do outro carro e continuou o que passou de uma discussão para uma conversa. Estranho. Ela parecia conhecer o homem, então decidi ir até lá, e fui acompanhada pelos meninos.

K: O que está acontecendo? Está tudo bem Em?

E: Sim, só esse idiota que acha que está certo, e que fomos nós quem batemos nele.

K: Hm.  - Foi tudo o que respondi. –

Analisei o homem de cima a baixo, usava uma calça de moletom larga, tênis e uma blusa com um casaco por cima, estava na faixa dos 25 – 30 anos.

K: John porque você não chama a polícia?

O homem pareceu surpreso, acho que ele sabia que era culpado e que levaria uma multa grande, e também tendo que pagar o concerto não só de um carro, mas de dois.

J: Acho que não preciso. – John apontou para trás de mim, e quando me virei vi que algumas viaturas se aproximavam. –

O rosto do homem exibiu um semblante de mais surpresa ainda, só que desta vez ele exibia um pouco de medo também. As viaturas se aproximaram e pararam, desceram os policias dois somente viram em nossa direção, os outros foram controlar o trânsito que há esta hora já devia estar caótico, além de retirar as pessoas do local.

P1: Alguém está ferido?

A: Não senhor.

P2: Está bem, vamos chamar cada um de vocês para perto da viatura e cada um vai contar sua versão.

P2: Quem é o mais velho?

O homem que até agora não havia falado nada levantou a mão.

P2: Você primeiro. – Deu passagem ao homem e eles seguiram em direção à viatura –

O outro policial pegou os documentos de todos nós e dos carros, então sem dizer uma palavra também seguiu até a viatura. Eu abracei John com força, estava com medo, e ainda em choque. Não sabia exatamente como havia acontecido fora tudo tão rápido, minha cabeça girava.

A: Vou ligar para Paul e Harry, dizer que vamos nos atrasar.

Ele se distanciou de nós e retirou o telefone do bolso, o levando até à orelha. Emily parecia aflita, mas não havia dito nada ainda, me dirigi a ela e a abracei. Primeiramente ela ficou sem reação, acho que não esperava que eu fizesse isso, mas depois retribuiu o abraço, rapidamente me soltou e eu fiz o mesmo.

K: Vai ficar tudo bem.

E: Eu sei. – Ela deu um sorrisinho tímido –

Ainda permanecia aflita, perdida em seus pensamentos, às vezes eu achava que estava com raiva, às vezes achava que ela estava confusa, mas era difícil compreendê-la, era como se utilizasse uma máscara que escondesse seus pensamentos mais profundos.

Ficamos lá, esperando, o homem voltou, em seguida foi Austin, John, Emily, até que chegou minha vez. Comecei a suar frio. Nunca havia sido interrogada, muito menos feito um depoimento, não sabia o que dizer, ou o que fazer.

Estava chegando perto dos policias, ambos com o olhar sobe mim, seguindo cada passo meu. Quando cheguei perto da viatura, comecei a falar desesperadamente tudo o que sabia, eles se surpreenderam com a minha atitude. Fizeram algumas perguntas, as respondi rapidamente, querendo sair dali o mais rápido possível.  Devolveram meus documentos e segui em direção a meus amigos. Comecei a conversar para me distrair, os policiais se dirigiram a nós novamente e explicaram sua decisão.

O homem, que se aparentemente se chamava Jack, foi culpado, pagaria uma multa e o conserto do carro de Austin independente de quanto fosse. Os policiais entregaram um papel para Jack que arregalou os olhos ao lê-lo, acho que era a multa. A tensão do acidente já havia passado, então resolvemos pegar um táxi para ir ao baile, mesmo chegando horas atrasados, e o que eu mais queria era encher a cara de qualquer coisa que fosse e esquecer essa situação, somente curtir a noite, ao lado de pessoas que amo.

Com toda a agitação, minha trança havia se desfeito inteira, então acabei soltando-a, o que resultou em uma careta na face de Emily.

K: O que foi? Aquela trança já estava me irritando! – Ela começou a rir. –

Chegamos no prédio, seria na escola mesmo a festa, ala D. Ao entrar, fiquei impressionada, não sei se foi por causa da extravagante, mas bonita decoração, das pessoas bem vestidas e arrumadas, da felicidade exalando. É até que não seria uma noite tão ruim, você venceu Emily. Sorri quando pensei nisso.

Meus olhos deveriam estar brilhando naquele momento. Eu, uma criança idiota. Peguei John sorrindo e olhando para mim, logo retribuí o sorriso, e ele fez sinal para eu colocar o braço junto ao dele, e assim o fiz. Dei o primeiro passo para dentro do salão e logo fui bombardeada por PESSOAS! E percebi que essas pessoas eram doismeninos, Harry e Paul, então foi que eu me toquei que tínhamos caído no chão e que todos nos olhavam. Comecei a rir desesperadamente – como sempre – e logo fui acompanhada pelos meninos. Levantei-me e fui bombardeada novamente, só que dessa vez de perguntas.

P: O que aconteceu?

H: Austin que bateu nele ou ele que bateu no Austin?

P: Foi feio?

H: E o estrago? E o carro?

P: Ele vai pagar?

H: Alguém se machucou?

K: Calem a boca! – Eu já tinha ficado de saco cheio -

Eles me olharam fixamente e John que só observava a situação começou a rir, e junto a ele também comecei, dois retardados.

K: Vão curtir a festa vão! – Comecei a empurrá-los na direção de duas esbeltas meninas que pareciam om raiva, acho que eram seus pares –.

Me dirigi à John e ele me observava, que nem no primeiro dia em que conversamos, como se analisasse cada milímetro meu, de minha face, senti minhas bochechas corarem, então olhei para o chão e comecei a colocar meu cabelo atrás da orelha.

K: Eu acho que agora sim vamos nos divertir não é?

J: Com certeza – Ele disse olhando em meus olhos –

Fui puxada por John em direção à pista de dança, reconheci a música, era C’mom C’mom do One Direction, e como eu não sabia dançar, comecei a improvisar uns movimentos que poderiam ser considerados estranhos, ele riu, mas eu estava realmente me divertindo. As músicas continuaram animadas, e nós continuamos dançando, ás vezes encontrava um dos meninos ou até Emily.

Uma música lenta começou e John olhou no fundo de meus olhos, tentei fazer com que qualquer coisa saísse de minha boca, o que foi inútil.

J: Quer dançar?

K: Claro. – Foi tudo o que consegui dizer –

Dei um sorrisinho tímido e John se aproximou de mim, quando suas mãos repousarem em minhas costas, calafrios percorreram todo meu corpo, ele abriu aquele sorriso para mim, que me deixou totalmente hipnotizada. Coloquei minhas mãos em sua nuca, e em um único ritmo estávamos lá, dançando calmamente, como se fossemos somente eu e ele naquela festa. Encostei minha cabeça em seu peitoral e continuamos dançando. Aquele momento estava sendo mágico para mim, nunca iria me esquecer dele. Principalmente do que iria acontecer depois.

Senti um cutucão em minhas costas, e escutei risadas, levantei minha cabeça e John apontou para trás de mim, soltei-me dele e me virei, encontrei Emily sentada no chão, no meio da pista rindo que nem idiota, me agachei para ficar em sua altura e senti um forte cheiro de cachaça, é ela estava bêbada. Senti uma extrema raiva dela naquele momento, levantei-me e ajudei-a a levantar.

K: Me desculpa John, eu não posso deixar ela sozinha nesse estado.

J: Não tem problema pequena. – Ele tinha dito uma coisa, mas também estava com raiva de Emily, tanto quanto eu, ele fez uma cara de tristonho –.

Me virei e segui para uma mesa vazia nos fundos, sentei Emily e peguei um copo d’água, dei para ela, que continuava rindo que nem uma retardada.

E: Sabe o que eu fiz?

K: O que?

E: Eu fiquei com o Austin!

K: Ai é? Sua safada!

Nós começamos a rir até que chegou Austin, também bêbado e se sentou à mesa.

A: Eae galera! – Ele começou a gritar –

K: Oi Austin! Está bêbado? – Perguntei já sabendo a resposta. -

A: Não que isso! Eu bêbado? Nunca! – Eu continuei rindo de sua cara –

Eu estava comendo batata frita com dois bêbados que riam sem parar, e falavam coisas sem nexo o tempo inteiro. Tentei procurar John pela multidão, mas não conseguia vê-lo, então me voltei para os bobões que não estavam sentados na mesa mais.

- Droga – Disse baixinho.

Saí à procura deles e encontrei John, sentado no bar, com um copo na mão.

K: John? – O cutuquei por trás, ele se virou para mim e me olhou por completo –.

J: Káh é você?

K: Sou sim. John não vá me dizer que você também está bêbado?

Ao invés de responder ele começou a rir, então peguei o copo em sua mão e vi que era Vodka. Era tudo o que eu precisava, mais um bêbado para alegrar minha noite.

J: Sabia que você é linda Káh?

Por um momento queria que ele estivesse sóbrio, e que falasse as coisas pensando. Mas mesmo assim sorri com seu comentário.

K: Obrigada Johnny! – Sorri para ele –

J: Sério mesmo acredite em mim! Você acredita? – Ele disse colocando as mãos em meus braços e me olhando nos olhos –

K: Acredito sim Johnny. – Ele ainda olhava em meus olhos –

J: Kamilla...

K: Sim?

J: Eu te amo. – Quando ele disse isso, tive um pequeno ataque cardíaco, e não conseguia respirar, tentei disfarçar –.

K: Eu sei Johnny, também te amo. – Dei um sorrisinho amarelo –

J: Não Kamilla, eu te amo de verdade!

K: Ahm... A.. A... – Comecei a gaguejar, não consegui fazer uma palavra sair de minha boca, minha garganta estava totalmente seca, era como se tivessem cortado minha língua –.

John ainda me olhava bem no fundo de meus olhos, nenhum de nós dizia nada. Então me lembrei que ele estava bêbado. Sim bêbado, e que tudo o que ele dissera podia ser uma mentira ou uma bobeira, mas também podia ser verdade.

K: Ahm... Eu tenho que procurar a Emily e o Austin. – O deixei lá parado e saí andando, enquanto deixava uma lágrima salgada cair. –

 -Controle-se Kamilla – Disse a mim mesma enquanto tentava me concentrar para não deixar outras lágrimas caírem. Continuei minha procura pelos dois, pensando em John, no que ele havia me dito se poderia ser a verdade, e o porquê de eu ter ficado tão surpresa, de eu ter ficado sem reação, de eu ter chorado. Até que um pedaço de pano ficou preso em meu sapato, e quando o peguei reconheci o pano era um pedaço do vestido de Emily.

Me desesperei e saí correndo que nem louca pelo salão, com aquele sapato idiota me atrapalhando. Arranquei o salto de uma vez só e continuei correndo, até que encontrei Emily e Austin se agarrando, quase se engolindo em um canto do local. Comecei a rir que nem uma criança quando vê dois adultos se beijando na rua. E como eu não sou santa, muito menos boazinha, saí correndo na direção deles e me joguei entre os mesmos, começando a dançar loucamente empurrando os dois, agora eu parecia uma bêbada mesmo. Ambos me fuzilaram por alguns momentos, mas depois começaram a rir e ficamos os três dançando que nem idiotas. Quem passasse podia crer que eu também estava bêbada, ou até que tinha fumado alguma coisa.

Quando me cansei resolvi levar todos embora, eu estava praticamente de babá de três pessoas, ou melhor, três crianças. Já eram umas duas da manhã e as pessoas ainda dançavam e curtiam a festa. Fui procurar Paul e Harry, rezando para que não estivessem no mesmo estado de Austin, Emily e John. Mas eu acho que minhas preces não foram ouvidas, pois os dois estavam quase desmaiando no bar, sem seus pares. Me aproximei.

K: Vocês estão bem?

P: Claro que sim Káh, você não está vendo? – Ele disse olhando para Harry –

K: Não, não estou vendo mesmo. – Disse rindo –

H: Então abre os olhos!

K: Idiota. Cadê seus pares?

P: Eu não sei, elas estavam aqui, ou ali... – Ele começou a apontar para diversos lugares –

K: Vamos embora meninos.

Tentei os puxar dos banquinhos, e eles estavam molengas, achei que iria cair no chão, pois os dois se apoiavam em mim e eu não era tão forte assim! Por favor, né?!

Então parece que agora eu era babá de CINCO pessoas! Cinco! Era demais para mim, eles riam, gritavam, conversavam em outras línguas estranhas que nem eu conseguia distinguir. Chamei o táxi, que rapidamente chegou. Foi difícil, mas finalmente consegui colocar todos eles dentro do carro. Dei o endereço e o homem ficou olhando para eles, e olhava para mim. Eu dava um sorriso amarelo todas às vezes, pensando no quanto eles iriam me pagar.

Fomos para minha casa, quando ele chegou Emily não queria descer, puxei-a,  então ela começou a chorar e gritar. O homem começou a nos encarar, mas quem não iria, com pessoas maiores de idade gritando e chorando que nem bebês! Quando consegui fazer com que saísse do veículo fui pagar o homem.

K: Aqui está muito obrigado!

M: Pode ficar você ainda vai ter que aguentar muita coisa moça. – Eu comecei a rir -.

K: Isso é verdade, obrigada. – Então fechei a porta e ele sumiu em poucos segundos -

Levei-os lá para cima, os meninos dormiram na sala, alguns no chão, outros no tapete, e Emily foi para o meu quarto. Quando todos finalmente dormiram e me deixaram em paz, voltei a pensar no que John havia me dito.

Esse menino ia me levar à loucura! Mas podia ser uma loucura boa, eu acho. Loucura de amor talvez? Não, não era possível. Mas o jeito que eu havia reagido quando ele me disse que me amava era de surpreender.

Rolei e rolei na cama, até que consegui dormir.


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Notas finais do capítulo

Acabei com o suspense do outro capítulo não é? :p
Então como as minhas provas vão continuar, semana que vem talvez eu não consiga postar #todaschora :'(
Mas eu prometo fazer tudo o que posso :)
Espero que tenham gostado e nada de leitoras fantasmas ook? :D
Kisses Amoras
xxJuhxx



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