Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 9
Você sabe nadar?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo lindinho. Espero que gostem, porque eu gostei demais de escrever. O fim do capítulo foi feito pela minha escritora favorita. E olha o desespero da coisa, eu to postando pelo celular kkkkk. Bem, curtam aí.



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Pov Ana


Depois que nos despedimos deles ficamos sem o que fazer. Infelizmente o acampamento não tinha muitas coisas mais tranquilas pra se fazer. Eu e os meninos saímos da floresta e ficamos vagando sem rumo.


-Não tem nada mais tranquilo pra se fazer aqui? - Alex tirou as palavras da minha boca.
-Eu acho que não. - Respondi.
-Eu preciso ir. Eu vou tomar um banho, porque eu tenho... - Charlie infelizmente parou antes de terminar o que ia falar. - Umas coisas pra fazer.
-Você vai num encontro Charlie? - Alex falou mudando o tom de voz e sorrindo para atormentá-lo. Sorri do mesmo jeito que ele.
-Quem é? - Perguntei. Todos que passavam deviam estranhar o que estava acontecendo. Ou talvez não.
-Vocês não a conhecem. - Ele murmurou.
-Duvido. Eu conheço quase todo mundo. - Falei.
-Ela vai se assustar depois de descobrir o tanto que você é lerdo Charlie. - Alex comentou erguendo uma das sobrancelhas.
-Ha-ha. - Ele imitou uma risada sem humor. - Eu vou lá porque eu tenho mais o que fazer.


Ele foi em direção aos chalés e no caminho tropeçou em uma pedra. Explodimos em risadas. Charlie se virou e mostrou o dedo do meio para nós. Isso apenas me fez rir mais. Que coisa linda, pensei. Dois semideuses rindo de um garoto que estava mandando um dedo do meio. Me virei para Alex. Seus cabelos estavam embaraçados e bagunçados, seus olhos roxos brilhavam em humor, e um sorriso ainda dançava em seus lábios. Me dei um tapa na cara mental. Eu não podia me apaixonar por ele. Ele provavelmente gostava de outra pessoa. Ninguém gosta da ruiva com sardas mal humorada e com um pircing que lembravam certas pessoas um touro com aqueles projetos de bambolê atravessados no nariz. Sim, por um lado eu gostava dele. Mas por outro, eu não queria sofrer igual a Giovanna por exemplo. Nunca se ter paz quando se é um semideus. Mas as vezes os riscos valiam a pena.


-E então, o que podemos fazer? - Ele perguntou. O céu já estava ficando escuro, mas eu tive uma idéia que ainda dava para se fazer.
-Você sabe nadar?


(...)


Dois semideuses nadando perto da praia sozinhos. Se alguem nos visse lá iriam pensar coisas erradas. Mas eu não estava nem aí. E pelo jeito Alex também não. Eu entrei de short e camiseta mesmo. Mas Alex já não tinha essa idéia em mente. Felizmente ele tirou apenas a camiseta.


-Não tem graça brincar com você Ana. - Ele disse tentando parecer bravo, mas não funcionou porque logo ele sorriu. Ele se referia ao fato de apenas eu ganhar quando apostávamos corrida.
-Mas eu não estou roubando. - Falei pela milésima vez.
-Vou fingir que acredito.
-Vai a merda Alex. Eu estou com fome. - Reclamei.
-Daqui a pouco é a hora do jantar. - Parecia um daqui a pouco desses que nunca chegava. Tipo esses que o Percy dizia quando estava falando com Annabeth: "Daqui a pouco eu vou com você na praia Ana". E depois de meia hora nós finalmente íamos para a praia. - Eu quero sair. Ficar aqui está me dando sono.
-A mim não. - Falei. - Uma corrida até a praia?
-Você podia nos levar.
-Larga de ser folgado.
-Tudo bem. Mas quando estiver com preguiça de andar, eu não vou te carregar. - Sim, ele fazia isso comigo. E como podem notar, temos um relacionamento estranho.
-Ok, eu levo a gente.


Me concentrei (o que era bem difícil com alguém jogando água na sua cara e agitando-a como se um tubarão estivesse atacando) e imaginei uma bolha de ar dentro da água. Logo ela apareceu, e Alex fez uma versão humana de um "lol". Apenas sorri. Isso não cansava muito já que eu estava dentro da água.


-Entra. - Falei.


Ele mergulhou e entrou. Não entendi o porque disso já que uma parte da bolha estava pra fora, então ele podia apenas nadar até o meio da bolha. Entrei do jeito que ele devia ter entrado, e terminei de afundar a bolha. Alex parecia maravilhado com tudo aquilo, e eu não o culpava. Eu também me sentia daquele jeito as vezes. Mas apesar de tudo era ruim ficar em silêncio. Era bom conversar com ele, mas eu sentia que ambos não tínhamos assunto. Então ficamos quietos até chegarmos na praia. Chegamos bem perto da praia, e eu desfiz a bolha sem avisá-lo, fazendo um pop engraçado e deixando-o surpreso. Ele foi até a superfície rapidamente. Mas eu não precisava me incomodar com isso. Podia passar a eternidade lá em baixo. Respirei novamente, e vi que estava seca. Ser filha de Poseidon é algo bem estranho. Alex afundou, e puxou meu braço para mim subir com ele. Quando chegamos ele respirou um pouco.


-Podia ter avisado. - Ele reclamou.
-Desculpa.
-Tudo bem. Pelo menos eu não me afoguei e nem fiquei cansado de tanto nadar. Te devo uma por isso.
-Na verdade duas. - Ele me olhou erguendo a sobrancelha denovo. - Lembra daquela vez que você me derrubou das suas costas e eu quase quebrei meu braço?


Ele assentiu sorrindo. A luz estava quase extinta. Mas eu ainda podia ver seu rosto.


-Então tá, te devo duas. Vamos? - Saímos da água, e ele se sentiu triste por eu estar seca e ele não. - Vamos comigo alí no meu chalé?


Senti as palavras quase se recusarem a sair da minha boca. Não era legal dois semideuses que não são irmãos sozinhos em um chalé. Mas Alex não era indecente.


-Pode ser. - Falei, pensando que ia me arrepender.

Por algum motivo, eu estava com a música _Something Good Can Work _da _Two Door Cinema Club. _"Vamos fazer isso acontecer, garota, você vai mostrar ao mundo que algo de bom pode funcionar e pode funcionar pra você. E você sabe que ele vai.".
Soltei um sorriso durante o caminho enquanto pensava nisso. Tentei apagar isso da cabeça e só voltei à realidade quando Alex me perguntou:

-O que você acha?
-Acho que sim. É... Acho que sim. Sim. Sim. - Falei nervosa. Um tempo depois, comecei a raciocinar e tive que perguntar. - Acho que sim o que?
-Que Charlie vai à um encontro com alguma das meninas de Afrodite. - Ele disse e não esperou resposta. - A propósito... No que estava pensando?
-Nada. Por que?

Ele olhou pro chão, sorriu e voltou a olhar pra frente. Logo entramos no chalé.

Ele saiu pra um lado enquanto eu fui encarar a estátua, coisa que eu sempre fazia. Aí eu resolvi ir embora já que ele estava demorando, mas quando estava saindo, alguma coisa correu em minha direção e me derrubou.

-Você não vai embora! - Alex gritou depois de se levantar.
-Menino, o que você quer que eu faça? - Falei "educadamente" estendendo os braços, pedindo ajuda pra levantar.
-Fique aí. Não tem paciência pra nada!
-Ficar aqui fazendo o que?
-Não sei.
-Então eu vou embora. - Falei, dando as costas e indo pra direção errada. - Ah, a saída é pra este lado então eu vou... Indo.

Daí quando eu passei pelo seu lado ele me puxou e... Acreditem ou não: ele me beijou.


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Notas finais do capítulo

Capítulo fofo demaaaais né? A Ana (minha co, não a personagem) escreveu um fim perfeito e super fofo. O que vocês acham que a Giovanna vai fazer com esses dois? E a Ana? Vai dar um tapa no Alex? Vai ficar extremamente feliz? Me digam minhas coisinhas.



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