Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 8
Meu amigo lagartixa


Notas iniciais do capítulo

Nossa demorei um pouco. Foi mal. Eu tava pensando que vai ter muito spoiler de MoA na 3ª temporada. Enfim, curtam aí.



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A segunda coisa que ocorreu foi um pouco estranha.


Corremos pela floresta, agora Ana nos guiava. Acho que o Charlie ser acertado a fez abrir os olhos.


Repentinamente (algo vai deixar de ser repentino?) uma explosão de poeira cinza nos atingiu. Segurei o ar. Eu sabia o que era. Uma armadilha dos filhos de Hécate. Provavelmente iria nos transformar em algo inútil no momento. Esperava que Ana soubesse disso. Mas de Alex não poderia esperar tal coisa. Não havíamos o alertado sobre nada do tipo.


Mandei um vento um pouco pra varrer a fumaça dalí. Em segundos ela se dissolveu. Respirei com um pouco de medo. Nada aconteceu. Olhei ao meu redor e encontrei Ana parada atrás de mim.


-Cade o Alex? - Perguntei olhando pro chão.
-Eu acho que aquilo é o Alex. - Ela apontou para uma lagartixa no chão, próxima ao local que deveria estar Alex. Ela era de um cor claro de rosa. Tinha cerca de 5 centímetros. Poderia ser uma lagartixa qualquer, mas uma idéia retardada me veio á cabeça.
-Alex, se for você - Pensei um pouco. O que ele poderia fazer nesta forma? - balance a cabeça.


A lagartixa o fez. Eu e Ana começamos a rir, alternando o olhar entre nós e a coisinha cor-de-rosa. Quando paramos de rir pensamos um pouco. O que poderíamos fazer com aquela coisa rosinha pequena e frágil? Ana foi mais rápida que eu e pegou a coisinha e a colocou no bolso da camiseta polo.


Continuamos a caminhada, só que dessa vez com mais cuidado. Caminhávamos perto das árvores, e sempre prestando atenção no chão. Vimos várias armadilhas que eu não sabia o que faziam, e não estava a fim de descobrir.


Nós paramos atrás de uma moita grande. Á cerca de 30 passos estava a bandeira. Fincada no chão, e sem ninguém por perto. Estava fácil demais. Então Ana me cutucou e apontou para as outras moitas, contando-as. Um, dois, três. Ela contou sem emitir som nenhum.


-Muito bom. - Sussurrei quase sem som. Ela sorriu com o elogio.


Tirei meu arco, e mirei em uma das moitas. Se eu errar, eles nos descobrem. Pensei. Respirei um pouco, e confirmei se estava mirando certo. Atirei. Um som estranho ecoou, e as três pessoas saíram das moitas rapidamente. Uma delas estava com uma flecha encravada no ombro. Sorri involuntariamente. O que eu acertei (e identifiquei como um menino) caiu no chão. Os outros correram para ajudar. Eram todos os três do chalé de Hermes. Dois garotos e uma garota.


O garoto empunhava uma espada de bronze, e a garota uma lança prateada. Não sabia como e o porque de ela ser daquela cor. Talvez tivesse apenas sido pintada, ou dada por algum deus/deusa.


Tiraram o capacete do garoto com a flecha no ombro, e só aí eu percebi que o garoto que eu acertei era Connor Stoll. Ana olhou para mim assustada. Me senti muito culpada. Ele sempre fôra legal comigo, aí eu vou lá e acerto uma flecha no garoto. Mas dispensei esses pensamentos por alguns tempo. Tinhamos que agir enquanto estavam ocupados.


Fiz um aceno de cabeça para Ana, e felizmente ela entendeu. Empunhamos as espadas, coloquei o arco nas costas, e partimos na direção deles. O plano era... Bom, não tinha imaginado que ia chegar até aqui. Mas o básico era pegar a bandeira e atravessar o rio. Acabei tendo que lutar com o garoto. Ele era rápido, mas agia pensando. Não deixava os seus instintos o guiarem. Ele desferiu um golpe, tentando acertar meu braço. Defendi com a espada de um jeito levemente anormal para mim. Ele se distraiu com a irmã ou indeterminada. Aproveitei o momento, e bati com o cabo da espada em seu capacete. Não sei porque, mas ele caiu no chão. Eu esperava apenas que ele soltasse a espada. Olhei para o local que eu havia batido, e estava um amassado grande.


-Wow. - Soltei inesperadamente.
-Se você fosse rápida eu ficaria feliz. - Ana disse quase partindo a lança da garota. - O Alex está me irritando.


Soltei um riso baixo, e me encaminhei para a bandeira. A peguei sem impedimento algum. Já que um garoto estava inerte no chão com um provável galo na cabeça, outro com uma flecha no ombro, e a garota ocupada com Ana. Corri com a bandeira. Mas quando cheguei no rio, o fundo parecia me agarrar.


-Droga. - Gritei. Tentei levantar meus pés, mas não conseguia.


Então uma idéia idiota e maluca mas que poderia funcionar me veio á cabeça. Tirei meu arco novamente e imaginei uma flecha com uma corda que pudesse me puxar. Estiquei a corda, e apareceu uma flecha diferente. Ela era preta e dourada. Mirei em uma árvore, e atirei. Não entendi exatamente como, mas só sei que uma corda foi amarrada na minha cintura em milésimos de segundos. Eu fui puxada violentamente. Caí na terra que felizmente não tinha nenhuma pedra, e que estava fofa felizmente. A trombeta soou anunciado o fim do jogo.


Me levantei do chão, e observei as pessoas virem ao meu encontro com um sorriso vitorioso. Porque estavam sorrindo assim? Eu os fiz ganhar, não eles. Ana ficou ao meu lado, recebendo os parabéns e as saudações junto comigo.


-Onde estão o Alex e o Charlie? - Percy perguntou olhando para Ana com um olhar sugestivo, como se ela tivesse o engolido vivo.


Ana tirou a pequena lagartixa do bolso. Felizmente ele estava inteiro.


-Tem algum filho de Hécate por aí? - Ela gritou olhando para os lados, e com Alex na palma da mão.


Um garoto surgiu. Ele tinha aparência comum. Cabelos de um castanho escuro, olhos cor de mel, pele morena, e cerca de 1,70. Não tive tempo de ver como ele trouxe Alex de volta, porque Will acenou um pouco longe da multidão. Como eu o vi daquela distância eu não entendi muito bem.


Atravessei o mar de gente. A dor oscilava. Ela ia de apenas uma pontada irritante á uma sensação que fazia eu me sentir como se estivesse sendo esfaqueada novamente. Cheguei até Will, e me sentei em uma rocha que estava ao lado dele. Minha respiração e meus batimentos seguiam um ritmo estranho.


-O que está acontecendo comigo? - Perguntei naturalmente colocando a mão na barriga e pressionando. Will fez uma cara que uma pessoa provavelmente faria quando fosse dizer a alguém: você está morrendo.
-É complicado.
-Então explique o básico.
-Nós fechamos o corte com o veneno da lâmina ainda dentro de você.
-Como? - Perguntei. Não estava bravo ou com raiva dele. Ele apenas tentara salvar minha vida.
-A sua amiga, filha de Poseidon...
-Ana. - Colaborei.
-...Ela te deu um choque antes que pudéssemos ver como estava.
-Ok. Você, não pode... Sei lá, abrir e retirar?
-Não temos os objetos necessários pra isso. - Ele respondeu frustrado. Não estava com raiva de Ana também. Eu teria feito o mesmo por ela.
-Então, o que acontece comigo? - Senti medo da resposta.
-Posso ver? - Ele apontou para a minha barriga, arqueando a sobrancelha por alguma razão. Assenti.


Levantei a blusa (N/A: Tá difícil até pra mim não pensar em algo tenso nessa parte) apenas o suficiente. Fiquei feliz pelo corte não ter sido alto. E uma pequena parte de mim por Nico não estar alí. O corte parecia estar do mesmo jeito. Mas algo parecia estar diferente. A mancha verde e roxa estava levemente maior. Will tocou o corte de leve e a dor ficou um pouco mais forte. Fiz uma cara de dor e ele ao ver recuou.


-Está grave não é? - Ele assentiu. - O que você vai fazer?
-Espera um pouco. - Ele disse se levantando. Apenas assenti. - Eu já volto.


Ele levantou e foi em direção á enfermaria. Enquanto ele ia, eu percebi que as pessoas já estavam ficando ao meu redor, olhando e apontando para o meu corte.


-Vocês não tem nada o que fazer? - Gritei. - Vão tomar banho seus fedidos.


Eles saíram, mas murmurando coisas que eu não gastei meu tempo tentando descobrir o que era. Quando saíram, vi que Ana, Charlie (que estava com o braço enfaixado e imobilizado), Percy, Annabeth, e Alex (como um ser humano felizmente). Abaixei a blusa envergonhada.


-Mal saiu de um relacionamento e já tá em outro? - Ana falou sorrindo.
-Eu não sai de nenhum relacionamento. - Murmurei raspando as unhas na pedra assim como fiz na cadeira de rodas. - Que bom que te trouxeram de volta Alex.
-É. - Ele riu.
-Porque você disse: "Eu não sai de nenhum relacionamento"? - Annabeth perguntou.
-Na reunião vocês ficam sabendo. - Respondi.


Will se aproximava com uma faixa igual a que eu usava antes, só que um pouco dourada.


-Que droga é essa? - Perguntei.
-Não é uma droga, Giovanna. - Ele respondeu. - É uma faixa que vai ajudar a tirar esse veneno de você.
-Ela vai comer isso? - Charlie perguntou e eu me senti obrigada a dar um tapa na minha própria cabeça.
-Charlie, você é um caso perdido. - Percy falou e Annabeth assentiu a cabeça de leve. Eu apenas ri um pouco e logo parei por causa da dor.
-Porque tá doendo tanto? - Perguntei me escorando em uma árvore ao lado. Todos olharam interrogativamente para Will que apenas deu de ombros.
-As vezes você não estava prestando atenção, e não sentia a dor. - Ele explicou. - Me deixa enfaixar aí logo. Estamos atrasados pra reunião.


Levantei relutante a blusa, e Ana me olhou com um olhar malicioso. Apenas murmurei um "vai a merda". Will começou a enrolar a faixa bem forte na minha barriga. A dor era 1000 vezes pior.


-Eu quero morrer. - Resmunguei depois de uma sessão de xingamentos em grego antigo.
-Posso fazer esse favor a você. - Uma voz feminina soou atrás de mim. Mas nem me preocupei em virar para vê-la.
-Clarisse pelo amor dos deuses (N/A: Isso soou tão estranho quanto eu imaginei) isso não é hora. - Percy falou paciente enquanto eu morria de dor.
-Infelizmente, e para a sorte de dela, eu não vim aqui matá-la. Eu só vim avisar que Quíron está dando 5 minutos para chegarem lá, porque se não ele começa sem vocês.
-Estamos indo. - Will falou colocando algo (que não me dei ao trabalho de olhar) para a faixa não desenrolar.


Clarisse felizmente se foi. Mas eu ainda estava tendo um treco de dor. Me despedi de Alex, Ana, e Charlie ainda sentada.


-Vai Giovanna. Levanta logo. - Annabeth falou segurando o riso.
-Tá doendo. - Murmurei.
-Quer perder as brigas? - Eu sorri.
-Me ajuda a levantar? - Estendi os braços. - Com delicadeza por favor.


Will me ajudou a levantar, e queria que eu apoiasse nele. Se eu fizesse isso as pessoas iriam pensar mais do que o necessário sobre esse assunto. E essa era a última coisa que eu queria. Mas a dor era grande. Então não recusei.


Caminhamos um pouco e logo chegamos na sala de recreação, onde (por alguma razão) eram feitas as reuniões. Todos estavam sentados em seus lugares em volta da mesa de ping-pong. Entramos lá e todos nos olharam. Eu odiava prender a atenção das pessoas. Connor estava com o ombro imobilizado e enfaixado. Me lembrei de pedir desculpas á ele.


-Ok eu vou até lá agora Will. - Falei um pouco baixo demais.
-Tem certeza? 
-Tenho.


Caminhei sozinha até a minha cadeira e me sentei. Estava entre Quíron e Percy. A sala estava em silêncio então Quíron não precisou bater os cascos no chão.


-Vamos começar. Mas antes quero perguntar o motivo de atraso de vocês. - Ele olhou para mim, Percy, Annabeth, e o Will. Nós quatro ficamos trocando olhares como se dissessemos: "Quem explica pra ele?"
-Will estava enfaixando a barriga da Giovanna. - Explicou Annabeth. - Então eu e Percy decidimos esperar.


Vários "hmmm" ecoaram pela sala e eu senti vontade de bater a minha cabeça na mesa. Mas uma pergunta me veio a cabeça. Pra que era aquela reunião? Mas eu não queria perguntar. Já tivera atenção suficiente naquele dia. Felizmente Drew, a filha de Afrodite, também teve a pergunta surgindo na cabeça.


-Então, para o que é essa reunião?
-Preciso lhes informar o ocorrido dessa manhã. - Quíron me olhou sugestivamente.
-Não quer explicar? - Perguntei ouvindo minha voz ainda soar um pouco baixa.
-É melhor você explicar. Você sabe de tudo o que ocorreu. Bufei infeliz.
-Então, antes disso eu tenho que contar o sonho que eu tive. - Contei todo o sonho. Descrevendo o local e o ocorrido nos mínimos detalhes. Quando terminei de falar eu perguntei. - Quem é Sísifo?
-Um mortal da época da grécia antiga. - Annabeth respondeu. - Ele enganou os deuses e bla bla bla. A mesma história de sempre.
-Então com isso concluímos que Sísifo saiu do mundo inferior, mas está como um fantasma aqui em cima? - Travis concluiu os fatos.
-Sim. - Respondi. - E tem mais um pedaço da história.


Contei a parte do Dylan ter entrado no acampamento e ter tentado me matar. Depois que acabei, o silêncio era terrível.


-Dylan esteve aqui? - Will perguntou descrente. - Não é muito a cara dele aparecer no campo inimigo.
-E nem muito esperto. - Clarisse comentou.
-Se ele entrou aqui para tentar me matar, ele quase conseguiu. - Comentei.
-Seja qual tenha sido o motivo de sua vinda, temos que tomar cuidado. - Quíron advertiu.
-Rachel ainda não chegou? - Perguntei preocupada. Nico estava com apenas seis dias e meio de vida.
-Ela chegará amanhã de manhã. Eu garanto.
-Mas ele terá só seis dias Quíron. Não dá pra cumprir uma missão assim em menos de seis dias. - Me preocupei.
-Nós trataremos disso assim que Rachel chegar. - Ele respondeu com uma paciência irritante. - Por enquanto estão dispensados.


Me levantei da mesa um pouco depois dos outros. Me lembrei e perguntei á Will se poderia tomar banho com aquela coisa. Ele apenas acenou e fez com que sim com a cabeça.


Fui para o meu chalé. E assim que entrei não acreditei no que via.


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Notas finais do capítulo

ENTÃÃÃÃO O QUE VOCÊS ACHAM QUE ELA VIU? ME RESPONDAM NOS REVIEWS LEITORAS (SERÁ QUE EU TENHO ALGUM LEITOR?).



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