Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 7
Me matando


Notas iniciais do capítulo

Foi mal a demora leitores. É que eu tive uma semana cheia. EU LI THE MARK OF ATHENA. Perfeito demais, meu deus. "As long as we're together" ifdfrhruejskjhgfdrfthujikolkhygtrfftyuiko. Enfim leiam aí.



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Arregalei os olhos e pisquei várias vezes. Ele apenas me olhava sorrindo sinicamente. Resisti ao impulso de matá-lo ali mesmo. Cerrei os pulsos com força.

-O que você está fazendo aqui? - Falei lentamente.

-Só fazendo uma visita. - Sua voz soou firme e altiva.

-Sai da minha frente.

-Não quer conversar com seu velho amigo?

-Você não é meu amigo. Nunca foi. - Puxei o meu colar, e apontei a espada para a garganta. - Sai da minha frente.

-Tente passar. - Ele puxou uma espada.

Aparentemente, ela parecia mortal. Mas não importa a aparência dela, o que importa é a agilidade de quem a usa.

Vi a porta atrás dele se abrir, e nela surgirem os olhos roxos e curiosos de Alex. Pelo olhar pude presumir que ele queria interferir. Não falei nada, nem ao menos fiz um aceno de cabeça do medo de Dylan nota-lo.

Dylan ergueu a espada e me atacou desferindo um golpe que poderia partir minha cabeça se eu não tivesse defendido. O bater das espadas provavelmente foi ouvido por toda a casa. Eu estava na defesa. Ele me fazia ir para longe de onde o quarto dos gêmeos ficavam. O que era bom. Até eu bater em uma porta, e ele me encurralar. Tentei fazê-lo voltar, mas ele resistia. Em um golpe ele acertou minha barriga. Senti a lâmina fria entrar e rasgar minha pele. Soltei um quase-grito de dor.

A porta do quarto dos gêmeos se abriu silenciosamente, e Alex chutou as costas de Dylan. Nessa hora, muita coisa aconteceu. Mas não pude ver com clareza. Eu cai no chão, Quíron apareceu, e Dylan alguns segundos atrasado desapareceu sem deixar vestígio algum.

Alex correu até mim assustado, e Quíron trotou atrás. Eu respirava com um pouco de dificuldade pois qualquer movimento fazia o corte explodir em dor.

-Quem era aquele? - Alex perguntou se abaixando.

-Dylan - Quase sussurrei. - Aaron.

-Precisamos levá-la para a enfermaria. - Quíron falou.

-Choque. - Falei. - Me dêem apenas um choque que eu fico bem.

-Giovanna você está perdendo muito sangue. - Quíron falou. - Temos que te levar pra lá.

Foi aí que eu notei a poça de sangue que estava se formando ao meu redor. Quíron desapareceu, e voltou com uma cadeira de rodas. Eu já começava a perder os sentidos, ver pontos dançarem na minha visão e ficar com um pouco de frio. Então, morrer é assim? Pensei. Alguém me colocou em uma cadeira de rodas, e literalmente correr comigo até a enfermaria. Eu apertava com força os braços da cadeira como se aquilo fosse me ajudar.

-Tentou se matar Giovanna? - A voz de Ana soou assustada. Me dei ao luxo de abrir um pequeno sorriso.

-Quem dera. - Admiti.

Me deitaram em uma cama, e eu ouvi vozes. Tudo já se tornara completamente vago pra mim. Então, eu senti o choque percorrer meu corpo e meu corte se fechar rapidamente. Puxei o ar como se estivesse ficado dentro de uma piscina por muito tempo. Parte do desconforto fora embora, mas as coisas ainda estavam difíceis de se ver e sentir. Meus músculos relaxaram, e eu senti como se estivesse caindo no sono.

O bom é que eu acordei. O ruim é que eu estava cercada de gente. Abri meus olhos e eles arderam. Estavam lá: Percy, Annabeth, Ana, Alex, e Charlie.

-Bom dia. - Ana falou de costas pra mim olhando um aquário fixamente.

-Eu to com fome. - Falei meio melancólica. Foi a primeira coisa que pensei em dizer.

-Você quase se mata e a primeira coisa que fala e pensa é: eu to com fome? - Charlie observou.

-Sim. E eu não tentei me matar. Seu irmão não te explicou nada?

-Você fala como se eu não tivesse tentando. - Alex comentou enquanto olhava para Ana fixamente.

-Por quanto tempo eu fiquei apagada? - Sentei na cama e felizmente não senti vertigem.

-Algumas horas. Ainda são 15:30. - Annabeth me respondeu.

-Vocês não tem o que fazer? - Perguntei fazendo careta ao sentir o ferimento doer. Coloquei a mão instintivamente sobre ele. Isso não era pra acontecer, pensei estranhando a dor.

-Deveríamos ter. - Percy me responder. - E Quíron quer fazer uma reunião antes do jantar.

-Ótimo. - Murmurei. - Quando eu posso sair daqui?

-Na hora que quiser. - Annabeth falou. - Mas falaram que não precisa participar da Caça a Bandeira hoje se quiser.

-Eu quero sim. - Respondi levantando da cama.

-É melhor não. - Charlie comentou.

-Ela disse "se eu quiser" então, se eu quero eu posso. - Respondi levemente brava.

-Você já olhou o seu estado? Você tá branca que nem um fantasma. - Ana falou, ainda olhando os peixes e rindo as vezes.

Olhei para os meu braços, e vi que estava anormalmente branca. Na verdade meu estado ruim não parava por aí. Eu estava com a barriga enfaixada, e a mesma camiseta preta e shorts sujos de sangue. Não estava a coisa mais linda do universo.

-Eles já limparam o chalé? - Perguntei.

-Já. - Alex respondeu.

-Ótimo. Estou parecendo um mendigo que foi á uma guerra. - Meu humor estava perigosamente bom.

(...)

Entrei no chalé com um pouco de medo de ver as paredes sujas de sangue. Mas felizmente não estava. Desefaixei minha barriga. Estava com uma coloração verde cocô de cavalo com um tang de uva. Ok, isso não devia estar assim, pensei.

Tomei um banho, fiz minha higiene de sempre, e coloquei uma roupa. Um shorts curto e claro, uma blusa azul preta e branca, e um all starcinza de cano médio. Decidi passar um batom vermelho pra melhorar um pouco a palidez. Estranhei um pouco nos primeiros 5 segundos mas logo me acostumei.

Peguei meu arco na minha mochila que estava jogada no canto do chalé, e coloquei nas costas. Saí, e a luz do sol me atacou. Fechei os olhos rapidamente. Eu provavelmente parecia um fantasma estranho de lábios vermelhos sendo cegada pelo sol na porta de um chalé.

Caminhei no acampamento sem rumo, mas logo fui chamada para ir rever a nossa estratégia. Caminhei até o chalé de Apolo. Devo dizer que o lugar era lindo. Instrumentos, coisas douradas, entre várias coisas.

Entrei no chalé e muitas pessoas olharam pra mim. Porque tudo isso? Pensei. Só estou entrando no chalé.

-Você devia estar descansando. - Will Solace comentou.

Will era um filho de Apolo comum. Porte atlético, cabelos loiros e olhos azuis. Ele não era tão falsamente bronzeado como os outros. O que era bom.

-Eu devia estar fazendo várias outras coisas. - Comentei. - E sem contar que me disseram que eu ainda poderia participar se quisesse.

-É verdade. - Ele comentou, mas depois apontou para a minha barriga. - Devia estar pelo menos enfaixada.

Estávamos no meio de uma reunião e ele queria falar sobre meu machucado? E como ele soube que eu não estava enfaixada?

-Falamos sobre isso depois. - Falei.

Me aproximei da reunião, e todos estavam lá. E sim, isso incluia Clarisse. Ela me olhava com ódio e estava com a lança ao lado dela, mas para alguma emergência estava com uma espada.

-Alguém quer trocar de posto? - Annabeth perguntou, e todos olharam sugestivamente pra mim. Apenas fiz com que não com a cabeça. - Ok. Mas de qualquer maneira Giovanna, você vai ficar cuidando da bandeira.

-Porque? - Protestei sentindo minha voz sair mais alta do que o necessário. Annabeth me olhou com uma cara que a poupava de responder e falar algo. - Você sabe que eu não vou obedecer Annabeth.

A porta se abriu e Ana e Percy entraram de cabeça levemente baixa.

-Os dois estão atrasados. - Clarisse falou.

-Cala a boca. - Ana falou. Agora, desafiar Clarisse não é grande coisa. Todos estão fazendo isso.

Ana parou ao meu lado, pensando seriamente em se sentar em uma das camas super bem feitas. Pelo que pude presumir em seu olhar.

-Perdi algo? - Ela perguntou baixo com a idéia de apenas nós duas ouvirmos.

-Acho que não. - Respondi no mesmo tom que ela.

A reunião foi a mesma coisa que a última. Annabeth me deixou ficar no posto anterior. Então a reunião pra mim foi tempo perdido.

Saímos do chalé e vários campistas estavam com armadura completa. O sol também estava bem mais baixo. O que dedurava que ficamos tempo demais lá dentro.

-Annabeth, quanto tempo falta pro jogo? - Uma filha de Deméter se pronunciou.

-30 minutos. - Annabeth respondeu. - Vão se arrumar e nos encontraremos perto do lugar onde colocaremos a bandeira.

É claro que o acampamento inteiro sabia onde ficaria a bandeira. Mas ela preferiu nem falar nada. E sim, eu sabia disso tudo. As vezes eu perguntava sobre como era antes e fatos inúteis.

(...)

-Vamos logo meninos. - Gritei na porta do chalé, tentando fazer o arco parar no meu ombro. - Vocês vão só á um jogo, não há uma guerra.

Eles saíram do chalé quase se arrastando, e com a armadura toda errada. Segurei para não rir da cara deles.

-Porque isso é tão pesado? - Charlie perguntou com o peito da armadura ao contrário. - E porque você está segurando pra não rir?

-Charlie, sua armadura está ao contrário. - Falei sorrindo e recomposta.

Notei Alex ao seu lado. Ele estava com a armadura certa felizmente.

-Viu? Porque não colocou que nem o seu irmão? - Perguntei.

-Pra mim a dele estava errada. - Respondeu tentando ajeitar.

Me aproximei dele e ajudei. Tirei, virei no sentido certo e ajustei.

-Pronto. - Falei, me cansando de cuidar deles.

-Vamos logo. Tá quase na hora. - Alex respondeu com Ana que brotou ao seu lado.

Caminhamos até o Punho de Zeus. Podiam variar o lugar em que colocam a bandeira. Fomos até a aglomeração de campistas com armaduras. Conversamos sobre algumas coisas. Mas a minha atenção não estava mais ali, e sim na colina. Esperando Rachel chegar, para mim receber logo a missão e salvar a pessoa que mais me importava. A noite se aproximava cada vez mais, e ela não chegava.

Eu não tinha um posto fixo. Eu era do ataque. Então entraria no outro lado pra pegar a bandeira. Então fiquei perto do rio com Charlie, Alex, e Ana. Não era uma boa idéia me deixar com eles. Eu não me refiro á Ana. - Ela era ótima esgrimista. - E sim á Alex e Charlie. Eles não eram muito experientes. Podiam ter colocado eles junto com os filhos de Apolo. Eles ficam nas árvores, longe do perigo.

-Eu quero acabar logo com isso. - Ana falou se sentando, esperando Quíron começar o jogo. - Odeio correr.

-Mas gosta de jogar basquete que tem que correr também. E é mais... Indecente. - Comentei, novamente lutando com o arco no ombro. Alguns filhos de Apolo passaram por nós. Aí percebi que dava para passá-lo pela cabeça, assim ele não caía.

Ficamos em silêncio tendo paz por alguns segundos.

-Eu não vou morrer no jogo né? - Charlie perguntou com um pouco de medo em sua voz.

-Claro que não. É proibido matar alguém. Infelizmente. - A última parte eu falei baixinho. - Mas eu quero logo que esse jogo acabe também.

-Porque? - Alex perguntou franzindo o cenho.

-Pra ir na reunião de conselheiros-chefe de chalé.

-Eu queria ir pra lá. - Ana comentou. - Sempre tem briga.

-Verdade. - Admiti sorrindo.

Os gêmeos não entendiam nada do assunto, e não queria  gastar meu tempo explicando pra eles. Quíron apareceu e gritou as ordem. Ana se levantou quando ele já estava terminando.

A corneta soou, e nós corremos rumo ao lado inimigo. Nós tinhamos o punho de Zeus do nosso lado, mas eles não tinham nada. O que dificultava a achar o lugar onde estava.

Logo o tilintar das espadas soou por todo o local, mas continuamos correndo e procurando.

-Sério mesmo que vamos ficar correndo por aí, procurando a bandeira? - Ana falou ofegante.

-Não. - Falei parando de correr. - Temos que pensar um pouco.

Ana suspirou e fechou os olhos. Ela parecia se concentrar. Mas depois de alguns segundos, Alex se manifestou.

-O que você tá fazendo? - Ela não respondeu.

Ela poderia até estar dormindo em pé, mas não era exatamente isso. Provavelmente ela estava procurando a bandeira, para ver se estava perto da água. O que pra mim era impossível, até um dia ela perder o celular e inventar esse recurso para acha-lo. Ele estava dentro da piscina.

Ela abriu os olhos.

-Está perto do rio. - Ela olhou pra mim com uma expressão de: "Eu sou demais, e achei a bandeira pra vocês. Não sou completamente inútil."

-Como tem tanta certeza disso? - Charlie perguntou cruzando os braços.

-Está perto do rio. - Ela falou fazendo gestos relacionados às palavras.

-Vamos logo antes que alguém nos note. - Falei, lembrando-os de falarem baixo.

Ana correu relutante. Ela nos guiava, apenas falando o caminho já que ela ficava atrás. Ela não era uma péssima semideusa, e essas coisas. Ela apenas não era... Cheia de energia. Corremos tentando manter o silêncio. Fiquei feliz pelo fato de não ter folhas secas no chão. Claro, porque era verão.

De repente flechas dispararam das árvores. Não precisei abaixar. Fiz um escudo invisível em mim e acabei me esquecendo dos outros sem querer. Ana desviou flechas na hora certa, e empurrou Alex pro chão. Como ela conseguiu fazer tudo isso? Pensei. Charlie esperto como sempre ficou parado. Uma das flechas acertou-o no braço. Ele gritou de dor. Corri até ele. Felizmente a flecha não atravessou o braço. Iria doer 2x mais.

-Podemos dar um choque. - Alex falou com Charlie gemendo de dor ao fundo.

-Ele não é igual á mim. - Respondi. Ana bufou indignada.

-Vamos deixá-lo aqui. - Todos viraram a cabeça pra ela rapidamente. - Quíron vai aparecer logo.

-Então alguém fica com ele. - Falei.

-Vai logo todo mundo. - Charlie respondeu com um fio de voz. - Quíron vai chegar logo.

-Tem certeza? - Perguntei com medo de ocorrer algo pior com ele. Ele assentiu com dor.

E então, disparamos pela floresta deixando Charlie para trás.


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Notas finais do capítulo

Foi mal essa frase final dramática. ENTÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO A PERGUNTA É: Quem vocês acham que é Elisabeth? RESPONDAM RESPONDAM RESPONDAM



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