Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 6
Completo pesadelo


Notas iniciais do capítulo

AI QUE ALEGRIA RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO. E aqui esta. A notícia é a primeira coisa que acontece. Porque o resto, foi tudo inesperado e no improviso. Sério mesmo eu tenho dó dos meus personagens. Eles sofrem demais. Mas leiam ai.



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Meu dia foi ótimo, mas a noite foi um completo pesadelo. A única coisa que salvou (um pedacinho muito pequeno) da minha noite foi a notícia. Porque o resto me fez ficar com vontade de sumir do mundo.

Eu estava saindo, arrumada e pronta para o jantar, do chalé de Zeus. Até aí tudo normal. Cheguei no pavilhão de refeitório, peguei minha comida, joguei minha comida na fogueira como oferenda ao meu pai. Me sentei na mesa, e comi sozinha.

Comecei a pensar no nosso plano para a caça a bandeira de amanhã. Eu queria pensar em outra coisa, mas não podia. Qualquer coisa que eu pensasse me lembrava ele. Então decidi me focar apenas na caça a bandeira. Nosso plano estava ótimo. Mas provavelmente nem iria chegar aos pés do time vermelho. Eles tinham os filhos de Hécate, e os de Hefesto.

Minha mente foi puxada para outro pensamento. O que será que meu pai queria dizer sobre pedir desculpas pelo que iria ocorrer, para mim não ficar brava com ele? E que o dia ia ser bem estranho? Na verdade, quando se é semideus quase nenhum dia é normal.

De repente, um som de pessoas assustadas soou pelo pavilhão. E todos olhavam na mesma direção. Olhei também, e não pude deixar de me assustar também assim como os outros. Um símbolo brilhava na cabeça de Charlie e Alex. Mas não era um simples símbolo. Era o símbolo do meu pai. Era um raio.

Eu estava muito assustada, mas não brava com meu pai. Bom... Talvez eu esteja um pouco, pensei. Eu tinha irmãos, e eles eram meus melhores amigos, e meu pai nem me avisou?

Os gêmeos olhavam assustados para o símbolo acima de suas cabeças. Eles entenderam de primeira que eram meus irmãos. Os olhares das pessoas alternavam entre mim, e eles. Eu provavelmente, estava com cara de pessoa surpresa e assustada.

-Sejam bem-vindos, Alex e Charlie Dowdall, - Como Quíron descobriu o sobrenome deles? - filhos de Zeus.

O acampamento inteiro gritou saudando-os. Eu apenas por diversão entrei no auê. Eles riam e sorriam de vergonha. Ana se juntou a mim, nos gritos. Acho que era sobre isso o que meu pai falava.

O jantar acabou, e quase todos foram para a fogueira. Ficamos apenas eu, Ana, e os meus novos irmãos.

-Então, somos seus irmãos? - Charlie constatou o óbvio.

-Então podemos nos curar com choques? - Alex falou animado.

-Na verdade os poderes de vocês são diferentes. - Expliquei toda a história da bênção do meu pai, e os poderes que um filho de Zeus normal tinha.

-Que pena. - Charlie murmurou.

-Eu vou para a fogueira. - Falei. - Estou afim de ouvir umas pessoas cantando mal hoje.

Caminhamos todos juntos para o anfiteatro. A fogueira estava alta, e brilhava em um tom intenso de laranja. Ana explicou que a cor da fogueira refletia o humor dos campistas, me polpando de um bom tempo de explicação. Nos sentamos em um canto da arquibancada.

Os campistas realmente cantavam mal. Porque eles não deixam apenas os filhos de Apolo cantarem? Teria mais sentido, e não nos torturaria tanto.

(...)

Estávamos os 6 indo para os chalés. Percy, eu, meus irmãos, Ana, e Annabeth.

-Eu to com fome. - Murmurei.

-Você acabou de comer. - Charlie comentou.

-Mas eu to com fome. A questão é essa.

-Idem. - Ana falou.

-Sério, pra onde vai tudo o que vocês comem? - Percy falou intrigado.

-Fase de crescimento, Percy. - Annabeth respondeu se escorando no ombro de Percy.

-Não fala assim Annabeth. Eu me sinto uma criança de 6 anos. - Comentei. Na hora em que chegamos aos chalés.

Percy foi levar Annabeth até o chalé de Atena. Restando apenas os quatro agora, o silêncio reinou. Caminhamos preguiçosamente, mas logo chegamos ao nosso destino.

-Boa noite. - Ana murmurou e se dirigiu ao seu chalé.

-Boa noite. - Respondemos em coro.

-Bom meninos, esse é o nosso chalé. - Abri a porta e me virei para eles. - Espero que gostem.

Assim que me virei, senti como se todo o ar tivesse sido roubado de mim. Letras grandes grossas e vermelhas riscavam a parede. Mas não eram letras feitas de batom, ou tinta. Era sangue. Pois estava escorrendo pela parede, e tinha a coloração inconfundível. Eu tinha certeza disso. Elas diziam: "Sete dias, e então ele morre".

Abafei um grito. E me afastei assustada. Abracei Alex deixando-o surpreso, e fechei os olhos com força.

-Charlie, chama o ceutauro. - Ouvi Alex falar quase sussurrando e passos de alguém se afastando.

Abri os olhos e larguei Alex. Me virei e olhei assustada para a parede. Quem fez aquilo? Ouvi os cascos de Quíron de longe, e uns poucos campistas tentando olhar o chalé.

-O que... - Ele começou a frase olhando pra mim, mas logo sua visão se focou na parede. - Ah, meus deuses. Vamos conversar na Casa Grande? - Assenti assustada, e com a respiração rápida e curta. - Alex, e Charlie podem vir também.

Caminhamos em silêncio para a Casa Grande. Entramos e nos sentamos um em casa sofá de couro. A sala era brega demais. E acredite em mim: Couro, videiras, e cabeças vivas de animais não combinam.

-Então Giovanna. - Quíron quebrou o silêncio. Virei meus olhos rapidamente pra ele, mas voltei quase na mesma hora ao cômodo. - Diga-me o que aconteceu lá.

-E-eu cheguei lá, e estava daquele jeito. - Falei sentindo que minha voz soaria como se fosse desaparecer a qualquer momento.

Quíron chamou uma Harpia de limpeza, e a mandou para o meu chalé. Assim que ela se foi, o silêncio retornou.

-Era sangue não era? - Falei.

-Receio que sim. - Fiquei desesperada. Podia ser dele. Mas ele logo mudou de assunto para não piorar minha sensação. - Bom, vocês três irão dormir aqui.

Eu estava trêmula e com certeza parecendo uma psicopata. Coitados dos meninos. Entraram no acampamento na pior época pra mim. Se eles pegassem no verão seguinte teria sido bem melhor.

-Precisamos fazer uma missão de busca. - Falei para Quíron.

-E iremos. Só precisamos que a Rachel chegue. - Quíron falou pensativo.

-Quem é Rachel? - Os gêmeos perguntaram.

-O oráculo.

A mesma Harpia entrou, e olhou para mim. Sua voz parecia um cacarejo de galo. O que era muito bizarro.

-Por sorte você não olhou para o lado.

-O que tinha ao lado? - Indaguei assustando-me.

-Um campista morto. - Olhei assustada tal criatura.

-Quem era? - Perguntei achando que ia me assustar e odiar a resposta.

-Era apenas um filho insignificante de Hebe. - Suspirei aliviada. - Mas o sangue provavelmente não era dele. Ele não possui nenhum corte no corpo. - Me assustei denovo.

A Harpia colocou nossas mochilas no chão, e saiu com um movimento rápido. Abracei minhas pernas. Agora eu parecia uma pessoa psicologicamente transtornada, com toda a certeza.

-Quando a Rachel chega? - Perguntei virando o rosto para o Quíron.

-Amanhã provavelmente.

Porque silêncio na maioria das vezes é torturante. O silêncio daquele momento me fazia piorar, e ficar assustada. Talvez Clarisse esteja certa. Eu sou frágil, e estou (em outras palavras) completamente louca. Uma sombra passou na cozinha.

-Quíron? - Senti minha voz oscilar.

-Sim. - O ceutauro respondeu.

-Tem mais alguém aqui?

-Não. Porque?

-Nada. Só... perguntando. - Menti, e ele olhou pra mim com uma sobrancelha erguida.

-Bem, vocês precisam dormir um pouco. - Quíron falou. - Vou levar vocês aos quartos.

Nós nos levantamos, e pegamos nossas mochilas. Quíron nos guiava. E acreditem ou não: não tem nada mais desagradável do que andar com a bunda de um cavalo na sua cara.

Isso. Não. Tem. Cheiro. Agradável.

Paramos em frente á um quarto, e Quíron abriu a porta.

-Giovanna, você ficará aqui. - Ele falou gentil.

Entrei no quarto, e olhei ao meu redor. Parecia o mesmo quarto que eu fiquei no último verão, assim que havia chegado. Paredes brancas, cama e cômoda de madeira, uma porta que dava para um banheiro.

-Os meninos ficarão no quarto ao lado. - Apenas assenti.

Ele fechou a porta, e eu joguei a minha mochila no chão. Tomei um banho, me troquei, escovei os dentes, e me deitei na cama. Ela era incrivelmente macia e confortável.

Custei a dormir por causa das imagens assustadoras me assombrando. Deixei a luz do banheiro acesa por precaução (ou medo). Mas no fim eu consegui dormir.

Eu estava numa caverna escura. Eu ouvia gotas caindo no chão, e sentia um cheiro de mofo. Me virei e vi barras de ferro. Estava dentro de uma prisão. Não havia janela alguma, e a pouca claridade vinha de um correndor do outro lado das barras. Um garoto estava suspenso, preso pelos braços. Cabelos negros caíam sobre o seu rosto manchado de fuligem e sangue. Mas não pude deixar de reconhecê-lo. Era Nico.

Quando o reconheci meu coração bateu mais rápido, e eu tentei gritar seu nome. Mas minha voz não saía. Ele estava sem camiseta, e com o corpo cheio de marcas escorrendo sangue.

Queria correr, tirá-lo de lá e trazê-lo para o acampamento. Queria acordar, e ver que ele estava no chalé perto ao meu e que tudo isso fosse apenas um pesadelo horrível. Mas não. Minha vida não era assim.

A porta da cela se abriu, e uma pessoa usando um capuz entrou. Nico ergueu o rosto, e em seus olhos pude ver emoções que nunca pensei que ele pudesse sentir, ou pelo menos admitir. Dor, e desespero.

-Ainda está acordado filho de Hades? Bom, não vai ficar por muito tempo mais. - Ele deu uma risada que seria contagiante se não estivéssemos em tais circunstâncias.

-O que vai fazer Sísifo? Me prender em uma coleira? - Nico ironizou. Não sabia quem era Sísifo, mas com certeza perguntaria a Quíron.

Seja lá o que aquela coisa for, sua presença tremeluziu. Então notei que aquilo não passava de um fantasma.

-Não. Hoje em dia essas coisas não tem graça. Prefiro a tortura. - Ele estalou os dedos, e alguém adentrou na cela.

Senti meu corpo explodir em raiva assim que o vi. Dylan Aaron entrou na cela com um sorriso frio. Ele não havia mudado nada. Mas empunhava uma adaga, muito afiada pelo que consegui ver.

-Me chamou, mestre?

Mestre? Em primeiro lugar: o que ele tinha na cabeça pra se unir a essa coisa? E em segundo: quem ainda fala "mestre"? Bem, voltando ao sonho.

-Ah, sim. Como filho de Apolo, você deve saber algum lugar que corra bastante sangue. Não é? - Ambos deram um sorriso frio.

-Mas é claro.

-Pois bem. Pode tirar um pouco dele? - Dylan riu friamente. E assentiu. - Preciso de um pouco para fazer uma brincadeira.

Dylan se aproximou de Nico, e pegou se braço. Fez um corte no sentido vertical, e Nico gritou de dor. Um cilindro apareceu e o sangue caía nele.

Acordei assustada e ofegante com o grito. Me levantei correndo da cama e olhei no relógio. Felizmente eram 8:30. Tomei um banho, e me troquei. Coloquei um shorts claro, uma camiseta preta e um all star também preto. Sai do quarto, e dei de cara com a pessoa que eu nunca esperava, nunca desejaria que estivesse lá, e que mais desejava a morte. Dei de cara com Dylan Aaron.


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Notas finais do capítulo

ENTÃÃÃÃÃÃÃO A PERGUNTA DO CAPÍTULO É: O que vocês acham que o Dylan merece? ME RESPONDAM NOS REVIEWS.



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