Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 29
Loucuras a noite


Notas iniciais do capítulo

AEEEEEEE BEM VINDAS LEITORAS NOVAS. Espero que gostem tanto desse capítulo quanto eu gostei de escrever. Tem cenas Gico para alegria ou infelicidade de vocês né



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Eu havia recuperado minha memória, meus poderes, minha aparência, tudo. Eu sentia tudo que estava em meu poder ao meu redor e em minhas veias. Eu estava como nunca havia estado antes.

Eu estava deitada em minha cama, no chalé de Nix. De barriga pra cima, a mão com a Marca sobre mim e a outra jogada pela cama.

Lorien estava ao meu lado, na cama. Respirei fundo e me virei, para ver quem estava do meu lado. Nico estava sentado com as pernas pra cima no banco almofadado (aprendi um nome!) que ficava embaixo da janela. A janela ao lado dele estava aberta, e ele olhava para fora. Nico era a única pessoa que eu queria ver ao acordar e ao dormir. Com essa reposição de memória, descobri que em toda a minha vida eu nunca havia amado ninguém. Ele era o primeiro e seria o último. Eu recusaria a oferta do meu pai de me tornar deusa novamente, e retiraria minha imortalidade.

Ele deve ter me visto mexer, porque virou pra mim. Abriu um sorriso, como sempre fazia. Meu cabelo jogado no travesseiro já não estava liso com as pontas loiras, e sim castanho com leves ondas.


-Oi. - Falei grogue de sono. - Quanto tempo eu dormi?
-Umas duas horas. - Ele respondeu se levantando e sentando na cama ao meu lado. Minha mão escorregou para a sua.
-Perdi a reunião? - Perguntei.
-Não. Estão todos no jantar ainda.
-Eu vou na reunião, então. - Falei, me sentando.
-Se eu falar pra você ficar você vai de qualquer jeito, né?
-Vou. - Respondi sorrindo. Ele ainda vestia a mesma roupa que estava antes.


Ouvi passos na entrada do chalé, e bateram na porta. Me virei e vi Ana e Percy abrindo a porta do chalé. Ar fresco correu livremente. Ambos sorriram ao me ver acordada. O bom humor deles estava grande essa noite.


-Que bom que acordou. Não vai perder a reunião, então. - Ana falou invadindo o chalé. Ela vestia um short escuro, uma camiseta estampada, e seu cabelo estava liso em um rabo alto.
-Oi Giovanna. - Percy falou.
-Oi. - Disse aos dois. - Contaram pra mais alguém o que aconteceu?
-Não. Só nós e Quíron sabemos. - Percy respondeu. - Mudando de assunto, a reunião já vai começar. Então Giovanna, se quer ir sugiro que seja rápida.
-Eu já volto, então.


Me levantei da cama, e fui ao banheiro. Não peguei nada, porque lembrei que poderia fazer aparecer. Tomei um banho rápido. A sensação da água quando batia em mim era um pouco diferente da anterior. Eu sentia que a água realmente tocava minha pele. Sai do chuveiro. Era hora de testar meus poderes. Fechei os olhos e me imaginei seca e a roupa sendo vestida em mim. Quando abri, usava o que eu queria e estava completamente seca. Uma camisa de mangas longas sem os ombros em verde militar, uma calça jeans acinzentada, e uma bota de caça feminina. Meu cabelo se prendeu sozinho em um coque alto e bem preso. Escovei os dentes, não fazendo aparecer nada já que tinha uma escova no banheiro. Passei um delineador, lápis, e batom nude. Eu não imaginava de onde havia tirado tanto ânimo pra me arrumar, mas eu o fiz. Eu não sabia onde tinha arrumado ânimo pra tudo, na verdade. Coloquei o anel meu e do Nico, e o colar de raio habitual. Percebi que o anel cobria o fim da Marca, fazendo parecer que o anel era parte dela. Descobri várias coisas sobre minhas armas e jóias. A espada, a capa, e o arco já eram meus, por exemplo. E eu podia trocar os hospedeiros das armas.

Sai do banheiro com pressa. Eles me esperavam, levemente impacientes. Nico levantou da cama, e Ana e Percy desencostaram da parede. Eu e Nico demos as mãos, e todos saímos do chalé. Com um pensamento, fechei as portas e janelas do chalé e ainda por cima apaguei a luz. Nico olhou pra trás com o barulho, e quando viu o que era ficou calmo. Ele estava lidando melhor do que eu havia imaginado.


-Você está linda. - Ele sussurou em meu ouvido. Corei pelo elogio, e meu coração deu um pulo ao sentir seu hálito quente em meu ouvido. Sorri envergonhada e abaixei o olhar. Caminhávamos de mãos dadas, e Ana e Percy lado a lado na nossa frente.


Ele sorriu ao ver minha vergonha, e me beijou. Seu beijo me surpreendeu, acelerando ainda mais meus batimentos. Diminuímos o ritmo da caminhada. Quando nos separamos, percebemos que muitos campistas nos olhavam sussurrando. Deveriam achar que Nico estava me traindo. Recuperamos o passo.


-Eu estava pensando, - Ele começou. - que se você é uma deusa, pode ler mentes?
-Posso. - Respondi. - Também ouço quando as pessoas me mencionam, em voz alta ou não.
-Então podemos conversar mentalmente?
-Nunca tentei. - Respondi, agora curiosa. - Quer tentar?
-Vai. Você começa. - Ele disse e eu me concentrei nele.


"Está cansando?", perguntei. "Um pouco", ele respondeu. Sua voz ecoou em minha mente.


-Funciona! - Comemorei como uma criança. Ri, me sentindo alegre como não me sentia há muito tempo. - Agora você começa.


"Está com fome?", a sua menção de fome fez minha barriga roncar. "Muita", respondi e sua risada ecoou em minha mente, e depois passou para a voz alta.


-Isso é tão legal. - Ele falou rindo. Ana e Percy olharam para trás para ver qual era o nosso problema.
-Vocês tem problema? - Percy perguntou.
-Acho que sim. - Falei já parando de rir.
-Somos crianças que crescemos muito rápido. - Nico argumentou.
-Concordo. - Percy falou.


Encostei minha cabeça no ombro de Nico enquanto entravamos na Sala de Recreação que virava Sala de Reunião quando necessário. Tirei minha cabeça do ombro de Nico rapidamente, para parecer mais decente. "Nervosa?", sua voz rouca ecoou em minha mente. "Um pouco", respondi. Sua mão ainda estava trançada da minha, me dando mais tranquilidade.

Todos já estavam lá na sala, menos eu e os outros que estavam no meu chalé. A expressão dos outros que não sabiam a verdade era de choque. Charlie estava pior que eles. Estava chocado, irritado, e bravo.


-Estão atrasados. - Quíron brigou.
-A culpa foi minha, Quíron. - Falei, tentando me manter calma. - Desculpa.
-Seu traidor. - Charlie falou se levantando. - Filho da mãe.


Aquilo não ia prestar. Charlie veio em nossa direção, e empurrou Nico. Nico mal se moveu, mas decidi intervir antes que fossem para os socos.


-Opa. - Estendi a mão direita, e usei um dos poderes que eu nunca usava. Controle de pessoas. Eu usava controle de água, e um pouco de sangue. Porque se eu usasse só sangue eu poderia matá-lo. Ele foi mandado pra parede, não com muita força, e ficou escostado lá. Colado na parede. - Espera aí.
-Elisabeth! - Quíron falou, me censurando.
-Se acalma, caramba. - Falei irritada com Charlie. - Você tem problema?
-E você? Sabia que ele tem namorada? - Esse drama de Charlie já havia dado tudo o que tinha que dar.
-É, e sou eu. - Falei pra ele. - Sou eu Giovanna, Charlie.
-O que? - Ele falou sem acreditar. O queixo de todos estava caído menos os que já sabiam.
-Sou eu, Charlie. - Repeti. - Eu não posso me transformar nela, porque eu usei esse poder por anos. Se você sentar eu te explico tudo.
-Se você me soltar, eu posso sentar. - Ele falou, e eu pensei se deveria soltá-lo ou não. Abaixei a mão lentamente, desativando meu poder.
-Elisabeth, você sabe que não deve usar esse poder. - Quíron falou. Esse poder veio do Caos, então todos temiam que algo desse muito errado quando eu o usava. Geralmente dava na verdade, mas eu usava 1/3 dele e completava com o poder sobre água.
-Para de me chamar assim. Soa estranho. - Falei. - E eu não usei ele puro, calma.


Me virei para Nico. "Você está bem?", deslizei as palavras para sua mente. "Estou", ele falou indiferente. Ele me deu um olhar tranquilizador. Charlie passou a mão pelos braços, por algum motivo desconhecido. Eu só esperava que não fosse por culpa minha.


-Algum problema? - Quíron perguntou para ele. Se a culpa fosse minha eu estava no sal.
-Meus braços estão só formigando. - Quíron me deu um olhar como se dissesse "a culpa é sua".
-Eu não explodi órgão nenhum. - Me defendi.
-Você pode explodir órgãos? - Drew, do chalé de Afrodite, perguntou. Ela me dirigia o mesmo olhar de medo que recebia antigamente.
-Só quando uso o poder puro sobre sangue. - Respondi me sentando no meu lugar, sendo seguida por Ana Nico Percy e Charlie. - Mas eu não faço isso. - Dei um olhar sugestivo para Quíron. Ele era uma das pessoas que havia me criado e treinado.
-Que horror. - Falou uma garota do chalé de Hebe.
-Não se escolhe os poderes. - Respondi.


Estávamos por ordem de chalé, então eu tinha Alex e Charlie ao meu lado direito e Ana e Percy do meu esquerdo. Nico Annabeth e Beatrice ficavam longe de nós. O silêncio estava mortal. Coloquei as mãos em cima da mesa, e todos olharam para a minha Marca.


-Que tatuagem é essa? - Will perguntou.
-Não é uma tatuagem. - Respondi.
-Que coisa é essa, então? - Butch, do chalé de Íris perguntou dessa vez.
-É uma marca de proteção. Impede que o meu sangue seja retirado para magia e contra a minha vontade. A não ser em batalhas. - Expliquei, paciente.
-Minha mãe já falou sobre essa marca. Ela disse que fez em uma garota há muito tempo. - O filho de Hécate contou. Acho que seu nome era Lou. - Eu pensei que a garota já tivesse morrido.
-Bom, eu não morri.
-Podemos começar a droga da reunião ou vão ficar de bla bla bla? - Clarisse perguntou.
-Vamos ficar de bla bla bla. - Nico a provocou, e ela a fuzilou.
-Eu acho que devem uma explicação, antes de tudo. - Charlie falou. Houve um coro de "é" pela sala.
-Vou resumir a história. - Falei. - Eu era uma deusa, e então virei mortal pra me proteger. Pronto, fim do resumo.
-Resumir não é colocar tudo em uma frase, Giovanna. - Miranda Gardiner falou.
-Eu sei, eu só estou com preguiça de contar tudo. - Falei.
-Conte logo. - Quíron reclamou. Bufei, impaciente.


Contei toda a história, o que tomou apenas 15 minutos. Desde a previsão das Moiras, até a tarde no meu chalé. Quando terminei, eu não sabia o que eles sentiam. Eu não podia controlar emoções, mas podia senti-las. Alguns eram de medo, outros respeito, outros admiração. Eu não sabia o que havia de admirável na minha história. Uma garota que fugiu de uma escolha. Era covardia, isso sim.


-Alguma pergunta? - Perguntei.
-Quantas coisas você pode controlar? - Perguntou a líder de Nike.
-Nunca parei pra contar. - Falei curiosa pela pergunta. - Acho que mais de quinze.
-Nossa. - Ela falou, admirada.
-Eu tenho uma pergunta. - Clarisse falou. Ou ia ser algo inútil ou piadinha de mal gosto. - Porque estamos aqui, mesmo?
-Coisa simples, relatos de missões. - Quíron respondeu. Houve o habitual murmuro. - Então, Nico, se puder contar a sua parte...


Nico passou as mãos pelo cabelo, mostrando o quão cansado estivera esses dias e que não queria mais contar a história. Não denovo. Eu sabia como era. Repetir a história era como revivê-la. Ele começou a falar, sua voz distante. Annabeth e Miranda pareceram tristes no relato da morte de seus meio-irmãos. Eu não podia deixar de me lembrar do corpo pendurado no ventilador, o filho de Atena. Era macabro. Ele terminou de contar, e eu notei que era o motivo dele ter sido torturado. Eu era o motivo. Tive vontade de afastá-lo de mim. Mas mesmo eu tendo vontade, não conseguiria. Quando ele acabou de falar, Beatrice Ana e eu começamos a contar. Eu contava apenas as partes que elas esqueciam, ou que Beatrice não estava. Tudo o que eu queria era sair logo dali. Quando acabamos de contar, todos viraram para Quíron esperando sua "fala final". Era sempre o mesmo roteiro.


-Bom, então é isso. A reunião está encerrada. - Ele falou, e todos se prepararam pra levantar. - Lembrando que os treinos começam às 9. Charlie, Elisabeth, Alex, Ana, Nico, Annabeth e Clarisse vocês tem treino às 9:30. Não se atrasem ou faltem. O restante creio que já sabem os horários dos treinos. Podem sair. O toque de recolher soa daqui há 30 minutos.


Todos se levantaram para sair, ou simplesmente conversar com alguém . Aproveitei a enchurrada de pessoas para sair sem ser tão notada. Eu não estava fugindo dos campistas, e sim de Nico. Eu queria pensar. Se deveria afastá-lo de mim, se deveria continuar com ele, se me voltaria a ser imortal, tudo eu precisava decidir.

Corri para o chalé de Nix, não me importando com as pessoas me olhando torto. Eu estava acostumada a ser olhada torto. Entrei no chalé, e fechei a porta atrás de mim. Encostei as costas na porta de vidro, respirando levemente ofegante. Acendi a luz do chalé sem nem tocar no intererruptor. Lorien não estava lá. Eu queria explodir. Todas aquelas decisões pra fazer, parecia tão cruel quanto a idéia de me unir a titãs. Era triste. Eu não queria escolher. Comecei a pensar em Nico. A primeira e única pessoa e que eu havia me apaixonado, colocado em perigo por culpa minha, torturado por culpa minha. Eu me sentia pior do que quando havia lutado em uma batalha, presa em um mar de pessoas, confusa.

E então, bateram na porta. Fechei os olhos, me concentrei, e vi o lado de fora. Era Nico. Ofegante pelo que deveria ter sido uma corrida, olhar preocupado.


-Giovanna! - Ele me chamou. Sua voz ecoou em minha mente e fora dela ao mesmo tempo. - Abre a porta. - Não respondi. Me desencostei da porta, fazendo a cortina se mover. Droga. - Eu vi a cortina se mexendo. - Ele falou. - Se não abrir, eu vou entrar por Viagem nas Sombras.


Fui caminhando lentamente até o banco almofadado. No meio do caminho, senti as sombras atrás de mim se tornarem mais densas, tomarem forma... E ele estava lá. Ele estava levemente bravo comigo. Me virei, para poder vê-lo. Seus ombros largos, seu rosto com uma expressão mista, seus braços que haviam me carregado várias vezes nos últimos dias. Era difícil olhá-lo e não querer ele mais perto. De preferência com sua boca na minha, seu braços ao meu redor, tão perto que eu podia sentir cada músculo.


-Porque fugiu? - Ele perguntou. Nossa, como sua voz era deliciosa.
-Queria pensar. - Respondi. Ele deu um passo em minha direção, eu recuei um. Não entendi o porque dessa minha reação.
-Sobre o que?
-O quão perigosa eu sou pra você. - Ele dava passos, e eu recuava. Mas eu havia ido o mais distante que podia, e minhas costas encostaram na parede. Ele continuou dando passos em minha direção. Minha respiração e batimentos se tornaram irregulares. - Sobre me afastar de você.
-Ficar com você não é um risco pra mim. - Ele estava a frente a frente comigo, suas mãos indo para a minha cintura, como habitual. Calor se espalhou pelo meu corpo a partir dos pontos onde ele havia me tocado. Meus batimentos se tornaram mais rápidos. - E você não vai conseguir me afastar.
-Você percebeu que foi torturado por minha culpa? - Falávamos em uma espécie de sussurro, extremamente sexy vindo dele. - Eu sou a razão da sua dor.
-E é minha cura. - Ele disse, nossos lábios roçando. Uma sensação estranha me percorria, me fazendo querer ele a cada palavra que ele dizia. - Não consigo ficar longe de você. - Ele sussurrou. - Nunca vou conseguir.
-Eu também não. - Falei, me rendendo.


O beijei não aguentando o fato de ele estar ali com suas mãos em minha cintura, seus lábios roçando nos meus. Era um beijo desesperado, com paixão na sua forma mais pura. Ele apertou minha cintura mais ainda, nos fazendo ficar mais colados do que antes. O beijo se tornou mais urgente ainda, o que eu não achava possível. Apertei sua nuca, e ele colocou minhas pernas ao redor da sua cintura. Me apertou mais ainda contra a parede, segurando minhas coxas. O meu coque apertado se desfez sozinho, fazendo meu cabelo cair em meus ombros.


(...)


Acordei na minha cama, dividindo-a com Nico. Eu usava apenas lingerie. Meus deuses. Flashs da noite anterior passaram por minha mente. Beijos, chuveiro, nós dois molhados, coisas indecentes. Meus deuses. Eu não sabia que sentir. Nico me abraçava, com seu braço ao redor de mim e nossas pernas traçadas. Era uma posição mais que confortável pra mim. Eu ainda por cima, estava com vergonha do que tinha acontecido. Ele não me veria da mesma maneira, e eu também não. Meus olhos bateram no relógio na parede. Eu tinha um relógio na parede? Isso não importava. O que importava era que eram 9:20, e tínhamos treino às 9:30.


-Nico. - O chamei. Tirei o seu braço de cima de mim, e me sentei na cama. - Nico, acorda!
-Bom dia pra você também. - Ele falou sorrindo de leve.
-Estamos atrasados. - O alertei. Seus olhos abriram de uma vez, seus olhos negros alerta.
-Como é? - Ele perguntou, se sentando. Graças aos deuses ele estava usando pelo menos uma boxer.
-Estamos atrasados pro treino. - Me levantei da cama, notando que havíamos molhado a cama com água. Ele observou minhas "vestimentas", e eu corei violentamente. - Para. Eu to com vergonha.


Ele riu, e se levantou.


-Pega roupas na minha mochila. - Falei, quase escorregando no chão de madeira molhado. - Jesus! - Falei ao quando consegui me impedir de cair. Nico riu alto da minha quase queda. - Vai, ri.


Entrei no banheiro, apenas para ver como eu estava. Havia uma marca roxa no meu pescoço. O banheiro estava mais molhado do que o quarto.


-Meus deuses. - Falei curando a marca.


Pisquei e logo vestia um vestido branco básico, e uma meia-calça azul. Calçava uma sapatilha, e meu cabelo estava preso em um rabo. Escovei os dentes, passei um gloss e sai do banheiro. Nico terminava de vestir a camiseta. Ele estava todo de preto, do jeito que eu mais gostava. Camiseta, calça, e coturnos. Fui até a minha caixa de jóias, peguei meu anel de compromisso e o colar de espadas cruzadas. Eles viravam espadas, que se usavam uma de cada mão.


-Tá pronto? - Perguntei para ele. Faltavam cinco minutos. Ele me olhou do jeito que havia olhado minutos antes, quando ainda estávamos deitados. - Para. - Choraminguei. Ele riu.
-Você está linda. Você é linda. - Ele falou, e eu corei mais ainda. Lembrei da noite anterior, e me bati mentalmente por distrair tão fácil. Era inevitável. - Vamos, eu levo a gente.
-Não, eu levo. - Falei. Colocando o colar. - Você vai ficar cansado com a viagem, eu não.
-Me sinto inútil. - Ele falou colocando sua espada na bainha, e eu ri.
-Vamos. Me dá mão. - Falei estendendo a mão para ele.


Ele me deu a mão, e nos teletransportamos para a arena como deuses fazem.


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Notas finais do capítulo

O QUE ACHARAM???????? E AS CENAS GICO? ME CONTEM LEITORAS LINDAS. Tem um erro de escrita ali, eu sei. Mas não consegui corrigir.



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