Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 30
Discutindo pelas mesmas razões


Notas iniciais do capítulo

80 REVIEWS HDJDFKFDDDS. AH PRA AVISAR VOCÊS: Eu (sou eu de verdade mesmo), Elisabeth (a personagem), e Ana (não sei se é a de verdade ou a fictícia) vamos fazer uma participação especial na segunda temporada da fic da Lizzie Jackson Valdez Styles. Leiam lá a fic dela. A primeira temporada já está postada, e a segunda está sendo. Vale a pena ler.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/270774/chapter/30

Aparecemos no canto da arena, atrás do pessoal. Todos já estavam lá menos Quíron e nós, obviamente. Olhei para Nico, aliviada. Ele sorriu pra mim, e eu sorri de volta. Caminhamos até eles. Se eles não tivessem percebido nosso sumiço a noite, eu teria certeza de que eles eram meio cegos e burros. Me lembrei da noite, pela milésima vez. Droga. "Se continuar desse jeito vai ficar difícil", pensei sem querer empurrando as palavras para a mente de Nico. Mas que merda. "Continuar o que?", ele me perguntou. "Eu fico lembrando de ontem, só isso", falei abaixando o rosto com vergonha. Ele olhou pra mim e riu. Nessa hora, os seis viraram pra nós com uma velocidade sobrenatural.


-Decidiram aparecer? - Annabeth perguntou.
-Oi. - Falei. Que falsa eu conseguia ser.
-Não falem "oi" assim. - Percy brigou. Eu não havia feito nada. Não no momento.
-O que quer que a gente fale? "Olá"? - Nico perguntou. Ainda estávamos de mãos dadas.
-Vocês sumiram ontem. - Ana falou com seu tom malicioso. Eu não precisava daquilo. Poxa, eu tinha acabado de acordar.
-E estão com cara amassada e sonolenta. - Alex falou. Eu estava morrendo de vergonha. Charlie olhava tudo, sem expressão. Clarisse estava distraída, afiando sua espada.
-O que aconteceu ontem a noite? - Percy perguntou. Ele estava parecendo aqueles irmãos mais velhos. Nem eu ou Nico respondemos.
-Ah meus deuses. - Annabeth falou cobrindo a boca com a mão, em choque. Eu não sabia se deveria falar algo ou não. - Vocês dormiram juntos, pra não falar coisa pior. - Sua voz havia se tornado baixa, porque aquilo era algo proibido.


Eu e Nico não dissemos nada, e nossa cara deve ter entregado tudo. "Eu to com vergonha", falei para Nico e sua risada ecoou em minha cabeça. No lado de fora ele soltou o ar pelo nariz em forma de risada. "E você acha que eu não to?", ele me perguntou. "Não, na verdade. Você tá tão tranquilo". "Eles vão encher o nosso saco por dias", ele falou e eu concordei.


-Seus impuros. - Annabeth continuou. - Guardem isso pra sei lá, fora daqui.
-Você fala isso como se nós fizéssemos isso sempre. - Soltei sem querer, e ainda por cima revelando que ela estava certa. Nico abaixou o rosto, sorrindo da minha confusão.
-Ah meus deuses. - Ana falou, chocada também. - Primeira vez em um chalé de acampamento.
-Arg. - Murmurei corando e cobrindo o rosto, em vergonha. - Para. - Falei entre os dedos.
-Você fala isso como se fosse pura, Annabeth. - Nico devolveu, me abraçando pela cintura. Percy e Annabeth coram.
-É diferente. - Percy falou.
-Não, não é. - Rebati.
-Eu quero saber o que aconteceu. - Ana falou. Qual era o problema dela?
-O que? Não. - Eu e Nico falamos em uníssono.
-Você vai me contar. - Ana falou pra mim. - Mais tarde.
-Não! - Repeti.
-Parem de ser chatos. - Alex falou.
-Cala a boca, Alex. - Falei.
-Mas ele tá certo. - Ana opinou. - Isso que dá quando não interrompemos vocês.
-Eu to aqui sabia? - Clarisse falou. Eu nem sabia que ela estava prestando atenção.
-Eu sei, e não me importo. - Respondi, fazendo ela me fuzilar.
-Que história é essa de interromper? - Percy perguntou, sendo como um irmão mais velho. Ele era quase isso para Nico, na verdade.
-Partes abstraídas da história. - Charlie falou, dando sinal de estar prestando atenção em tudo. Ele parecia tão tranquilo com essa história toda que eu me assustei.
-Vocês são novos demais pra essas coisas. - Annabeth falou, e depois percebeu o erro.
-Claro. Ele tem 75 e eu sou uma imortal de 1000 anos. - Falei e o queixo de Charlie caiu. Droga.
-O que? - Ele perguntou chocado. “Que bosta”, murmurei para Nico. “Fica tranquila, uma hora ele ia descobrir”, ele falou me tranquilizando.
-Você é burra ein. - Ana falou pra mim, sorrindo.
-Que história é essa? - Ele exigiu, falando entre os dentes.


Nessa hora, Quíron chegou junto com um monte de garotas de Afrodite carregando um filhote. Mas não era qualquer filhote. Era Lorien. Elas a carregavam no colo a enchendo de carinho e apertos, e eu me surpreendi de ela não ter mordido ninguém. O máximo de pessoas que ela suportava eram três.


-Conversamos depois. - Falei para Charlie que ainda estava chocado. Eles caminhavam em nossa direção, com as meninas falando coisas aleatórias sobre Lorien, unhas, cabelo, e dietas. Eu ainda tinha esperanças de encontrar uma filha de Afrodite menos... Afroditosa. - Lorien! - Chamei. Ela olhou pra mim, e se jogou do colo da garota. Veio correndo até mim, e ficou em pé se apoiando na minha perna querendo atenção. Soltei da mão de Nico, e a peguei no colo.
-Vai, me troca. - Nico murmurou, e eu sorri. Lorien lambeu meu nariz. - E ainda me trai.
-Xiu. - Falei para ele, rindo.
-Olha, e ainda é grossa. - Ele falou, e eu ri denovo.
-Vocês são loucos. - Clarisse murmurou. Ela já tinha terminado de afiar a espada.
-Loucos porém felizes, Clarisse. - Percy falou.
-Nossa, tirou essa de onde? Facebook? - Ana zoou e nós rimos.
-Agora chega. - Quíron falou chegando. Eu estava torcendo pra ele não perguntar nada sobre a noite de ontem. - Vamos começar a treinar.
-Finalmente. - Percy murmurou. Só ele e Clarisse queriam treinar. Soltei Lorien. Ela foi para o canto e se sentou, vigiando.


Nico e eu nos juntamos aos outros, ficando em uma fila bagunçada. O olhar de Quíron ia discretamente de Nico para mim. Droga!


-Estou de olho em vocês dois. - Ele falou, passando por mim e Nico. Fiquei com um pouco de medo das consequências caso ele descobrisse tudo. Ele era rígido comigo, como todos os deuses eram comigo, desde dentro dos treinos á fora deles. Pois é, minha vida era fácil até certo ponto. Um ponto com espaçamento muito pequeno.
Oi o io i odnelsnda oit

Nico segurou minha mão, atrás do tecido do vestido. "Que medo", murmurei em nossa conversa diferente. "Pois é, nunca pensei que fosse temer Quíron", ele respondeu. "Eu sempre tive medo, ele às vezes só perdia para Ares", falei. "Credo", ele comentou. Quíron se posicionou á nossa frente, para passar as instruções. Ele era um dos meus treinadores também, quando Ares estava ocupado. O que era raro, já que não se tem muitas guerras hoje em dia.


-Hoje como eu não preparei nada, vocês vão fazer duplas. - Nossa que criativo. Eu não sabia quantas vezes havia feito essa mesma coisa. Isso me irritava.
-Você vai escolher? - Charlie perguntou e eu quis bater minha cabeça na parede. Quantos anos a gente tinha? Cinco? E parecia que estávamos em uma escola.
-Não Charlie. Não vou escolher. - Notei certa impaciência em sua voz. - Então, se organizem.


Eu e Nico nos entreolhamos. Iríamos juntos? "Você quer ir comigo?", perguntei soando um pouco nervosa só por perguntar aquilo. Eu ainda me lembrava da noite no chalé quando falava algo que parecia relacionado com aquilo no mundo paralelo que era a minha mente. "Pode ser. Eu estava pensando que você ia com Charlie, ou Clarisse", ele falou se virando para mim. Observei os outros. Estavam: Percy e Clarisse, Ana e Annabeth, e Charlie e Alex. Eles conseguiram se separar bem até.


-Cada dupla, - Começou Quíron. - deve ir para um canto da Arena, para não atrapalharem uns aos outros.


Nos espalhamos. Eu e Nico acabamos indo para o mais isolado porque era o mais próximo. Caminhamos, preguiçosamente como sempre. Ambos estávamos com sono, e sem tomar banho ou café da manhã. Mas se reclamassemos de uma dessas coisas, iria acabar em uma conversa vergonhosa ou um castigo de Quíron por dormimos juntos. Na verdade foi mais que dormir, mas eu me recusava a lembrar disso.

Quando chegamos no canto, eu e ele nos posicionamos. Eu deveria ter feito uma escolha melhor de oponente. Ele me distraía.


-Será que podemos começar? - Perguntei confusa.
-Eu não sei. - Ele respondeu dando de ombros. Olhamos,ao redor. Todos já lutavam, menos eu e Nico. O que resultava em Quíron nos olhando estranho. Ele estava realmente levando a sério a idéia de "estou de olho em vocês". - Acho que sim.


Ele tirou a espada da bainha, e eu saquei minhas espadas. Tirar elas do colar, era como puxa-las da bainha. Elas eram duas espadas idênticas de uma mão, em Ouro Imperial, e Bronze Celestial. Com o cabo de couro, nunca com aparência usada. Era bem simples comparado a minha antiga espada. Ele olhou para as minhas espadas, curioso.


-Já lutou com alguém usando duas espadas antes? - Perguntei para ele.
-Não. - Ele arespondeu.
-Vou pegar leve com você. - Brinquei. Nossa que engraçada e criativa eu era.
-Ha ha. - Ele falou me fazendo rir.
-Já podem começar a lutar. - Quíron falou para nós. Seu mau humor hoje estava terrível. Ou o meu bom humor grande demais, quem sabe. Bufei, impaciente.


Eu e Nico logo começamos a lutar, já que nenhum dos dois queria que Quíron batesse nossas cabeças na parede de tanto estresse. E eu não tive que pegar tão leve, afinal. Ele era um esgrimista bom. Mas o que não era muito bom era eu estar usando duas espadas. "Duas espadas, são usadas geralmente em lutas até a morte", Ares me dissera uma vez. Eu não estava a fim de matá-lo, então não era uma coisa muito útil. Ele fazia os golpes com a espada, e eu me focava em defender usando as duas, já que se eu me distraísse eu poderia por reflexo fincar minha espada em seu coração. E repetindo: eu não estava a fim de matá-lo. Eu não sabia o que aconteceria se parássemos. Quíron podia explodir nossas cabeças, sei lá. Nossa que exageiro meu, pensei me auto criticando.

E então Melissa entrou na arena e eu já fiquei com ódio dela. Era automático. Eu via ela e ficava ódio. Nico e eu diminuimos o ritmo para ver o que a égua ia fazer lá. Percebi que não éramos os únicos. "Curioso?", perguntei para ele. "Se eu disser que sim, não vai brigar comigo?", ele perguntou e eu sorri. "Não, porque eu também estou". "Aposto que ela veio aqui pra nada", ele falou e eu não duvidei. "Não vou apostar nada contra sua idéia porque eu sei que você tá certo", respondi.

Estávamos lutando quase que em câmera lenta, me fazendo segurar o riso. Se Quíron perguntasse porque estávamos lutando como se estivéssemos na água minha desculpa seria que eu estava ensinando um golpe pra ele. Que gênio do mal, pensei de mim mesma.


-Quíron, - Ela falou com seu tom de voz falso e nojento. Eca eca eca. - Eu queria saber se temos aula na linha de tiro com arco hoje. - Eca eca eca.
-Sim. Ás 10 horas. - Ele respondeu. Se ela perguntasse se era da manhã ia ficar difícil segurar pra não rir.
-Da manhã ou da noite? - Ri baixo, e Nico fez o mesmo. Ambos abaixando as espadas.
-Da manhã, criança. - Quíron com sua arte de ser falso quando precisava ser, ou queria.


"Ela é mais burra do que eu pensava", falei. "Quanto ódio no coração", ele brincou com uma piada sem graça. "Se eu colocar uma pedra no meio do caminho dela, e ela caisse, você ficaria bravo?", perguntei pra ele. Ela já estava indo embora, então se ele respondesse rápido seria bom. "É um país livre", ele falou. Eu repensei a idéia rapidamente. Qual seria minha punição? No mínimo brigariam comigo, e no máximo eu teria que virar instrutora de esgrima ou dar aulas de História Grega. Valia a pena.

Olhei para Nico com um meio sorriso, e ele me olhava quase rindo com uma cara de: você é um caso perdido. Na mesma hora uma pedra apareceu no caminho dela, bem em frente ao seu pé. Ela caiu no chão. Me senti quase culpada. Quase. Mas o chão da Arena não era de cimento e sim terra. E também ela era filha de Apolo, podia se curar bem mais rápido do que uma pessoa ou semideus normal faria. Todos na Arena me olharam na hora. Ana, Alex e Charlie querendo rir, pra variar. Percy e Annabeth me censurando. Quíron queria me matar. Era horrível, já que tudo que eu fazia ele quase comia meu fígado. Eu jogava água em alguém acabávamos em uma discussão de meia hora que terminava comigo o dando as costas.


-Elisabeth! -Ele gritou, pela distância ou pela raiva. Pode escolher. Eu ficaria feliz se ele parasse me me chamar assim.
-O que foi? - Fingi inocência.
-Você sabe o que é. - Ele falou, bravo. - Não pode ficar usando seus poderes contra os outros quando bem quiser.
-Niguém nunca me disse isso. - Respondi.
-Todos te dizem isso. - Ele falou.
-Você não tem direito de me tratar assim. - E fomos ao mesmo tópico de sempre. O fato de ele me tratar como se eu fosse um demônio, duro.
-Seu pai me deu o direito.
-De me treinar, não de me sufocar. - Eu podia ver as tochas de fogo grego nos lados da Arena brilharem mais e se tornarem mais fortes.
-Eu faço isso para o bem de todos. - Gritávamos um com o outro. Eu duvidava de que eles já tivessem visto Quíron tão bravo.
-Assim como me afastou dos meus amigos quando eu era mais nova? Realmente Quíron. - Eu estava com os olhos marejados, segurando pra não chorar. - Tive que vê-los viver, de longe, ouvir eles se perguntando o que aconteceu comigo e não poder contar nada. Vai fazer isso comigo denovo?
-Se for preciso. - Ele falou e eu fiquei chocada. Abri a boca para tentar responder, mas tudo o que eu consegui fazer foi deixar as lágrimas caírem. - Sinceramente, Elisabeth pensei que você tinha mudado.
-Pensei o mesmo de você. - Falei, sem ter mais o que falar.


Cruzei as espadas na minha frente e elas voltaram a ser apenas o pingente. Nico queria me ajudar mas não sabia como. Mas na verdade, não tinha como. Caminhei meio correndo para sair dali, ouvindo Quíron gritar comigo. As portas estavam fechadas. Estendi os braços e movimentei buscamente, como se estivesse abrindo uma porta. As grandes portas se abriram como se estivessemos em meio a um furacão, com o estrondo ecoando pela Arena. Eles se assustaram atrás de mim. Eu podia sentir suas emoções rondando ao redor deles. Choque, preocupação. Corri para fora da Arena, sem saber aonde ir, em meio a lágrimas e soluços.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ficou menos do que o habitual, peço desculpas. Será que chegamos aos 100 antes do fim da fic? Ah, e eu to pensando em fazer uma fic extra (depois da terceira temporada) contando sobre Elisabeth e esses amigos que ela foi obrigada a se afastar. O que acham da idéia? LEMBRANDO: Eu (sou eu de verdade mesmo), Elisabeth (a personagem), e Ana (não sei se é a de verdade ou a fictícia) vamos fazer uma participação especial na segunda temporada da fic da Lizzie Jackson Valdez Styles. Leiam lá a fic dela. A primeira temporada já está postada, e a segunda está sendo. Vale a pena ler.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Breath Of Life" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.