Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 18
Baile - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

oi pessoas. Eu montei as roupas, mas a Ana melhorou. Leiam aí e deixem um review



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O sol se punha do lado de fora da loja. Tínhamos apenas um dia e uma noite pra chegar até Nico, e isso me preocupava muito. Se não desse tempo? Se não conseguíssemos achá-lo? Se todos falharem? Eram tantos "se" rondando a minha mente.

-Desculpe a pergunta estranha, - Charlie começou. - mas em que cidade estamos.

Ótimo, ele me poupou de fazer a pergunta estranha. O garoto fez uma cara engraçada, mas respondeu tranquilamente. Ele sabia que que tínhamos algo de diferente e estranho com toda a certeza.

-Chihuahua, México. Porque a pergunta sem sentido?

-Nada. - Me apressei a dizer antes de qualquer um. Olhei para Ana com um olhar alarmante. Ela respondeu com a mesma expressão. - Nós estamos quase lá. - Sussurrei a ela com um sorriso tentando escapar.

Depois daquela pergunta, metade das perguntas sumiu. Mas outras apareceram. A cidade era muito grande para se achar um garoto em um dia. Ele poderia estar em outro lugar... Me recusei a pensar nisso. Aquilo era como remoer uma culpa antiga.

O caminho percorreu tranquilo até certo ponto. Entramos em uma rua estreita onde a luminosidade mal ousava invadir. Lixo se acumulava em alguns pontos, e eu me perguntei se o garoto era um mendigo. Não estava muito afim de dormir em uma caixa de papelão. Se bem que eu poderia dormir em um hotel. Eu estava me tornando muito lenta naqueles dias, e torcia pra que não fosse permanente.

Fiquei feliz quando chegamos ao pequeno apartamento do garoto. O chão era de madeira, e era muito bem decorado. Entramos e caímos direto em uma sala. Era impossível dizer que aquela sala não era linda. Sofás grandes de um tecido marrom estavam no canto. Eram dois de três lugares. Uma mesa de centro de madeira, e uma TV grande. As paredes eram pintadas de um azul escuro, e um tapete listrado estava no chão. Havia uma cortina enorme e de tecido leve branco. Deduzi que por trás dessa cortina havia uma sacada.

-Desculpe te incomodar, - Falei. - Mas eu estou com muita sede. Tem água aí?

Era como perguntar para alguém se tinha oxigênio no local. Ele assentiu, e fez sinal pra mim segui-lo. Segui-o até a cozinha. Os armários eram de aço polidos com algumas coisas vermelhas como enfeite. Uma coifa, também de aço, estavam em cima do fogão. E não preciso nem mencionar o material da geladeira e do fogão não é? Ele pegou um copo em um dos armários, e o encheu de água da porta da geladeira.

-Como você tem tudo isso? - Perguntei.

-Oi? - Ele perguntou me examinando.

-Como pagou tudo isso? Você não poderia pagar tudo isso com um salário ingrato daqueles. - Ele riu.

-Meu pai deixou pra mim. - Posso dizer que fiquei ligeiramente interessada na vida pessoal do garoto após isso.

Entreguei o copo timidamente à ele, e voltamos para a sala onde todos estavam. Eles pareciam distraídos olhando os detalhes da sala de gente rica.

-Então... - O garoto falou. - O que devemos fazer primeiro?-Saber os nomes seria bom. - Charlie falou.

-Eu sou Harry. Harry Butterfield. - O garoto falou.

Nos apresentamos, e ficamos em silêncio novamente.

-Vocês me devem uma explicação. Não acham? - Harry falou com um tom levemente desafiador.

-Mas antes... - Eu falei. Não podíamos falar as coisas sem saber se ele era confiável. - Pode falar sobre você? - Ele estranhou muito a pergunta. - É que eu quero saber se podemos confiar em você, pra contar tudo.

Ele parecia não estar muito a fim daquilo, mas logo cedeu.

-Nada demais, eu acho. Minha mãe e meu padrasto morreram quando eu tinha doze anos. Minha mãe havia deixado em seu testamento que eu devia ser emancipado e que meu pai havia deixado um apartamento pra mim. Eu nunca conheci meu pai. Tenho 14 anos, vou fazer 15 daqui a alguns meses. Tenho um pouco de hiperatividade. - Com esses simples fatos, ele acabara de confirmar o que eu pensava. Ele era um de nós. - Agora é a vez de vocês.

Não deveríamos, mas contamos tudo a ele. Quando terminamos, ele parecia com um pouco de medo de nós.

-Você é como nós Harry. - Ana falou, e isso realmente soou como se fôssemos aliens.

Mas ele parecia pensativo. Cogitei a idéia de que ele estava assustado. O silêncio reinou, e nós nos encaramos. Talvez fosse aquela a hora de ir embora.

-Então, - Harry realmente queria continuar a conversa? Na verdade ele não parecia assustado, e sim curioso. - vocês sabem quem é meu pai?

-Na verdade não fazemos idéia. - Beatrice respondeu.

-Pode ser qualquer deus por aí. - Charlie continuou. Era bom saber que alguém estava conseguindo por 'fatos inúteis' na cabeça de Charlie Dowdall.

-Eu sugiro Apolo. - Ana soltou aleatoriamente, e todos a encararam.

-Como é? - Alex perguntou como se fosse surdo. Eles iam começar a brigar justo agora?

-Eu devia ter um pouco mais de noção do tom da minha voz. Eu disse: "Eu sugiro Apolo". - Ela respondeu como se estivesse brigando com uma criança. É. Eles iam começar a brigar agora.

-Você acabou de chamá-lo de 'quente' indiretamente. - Pobre Harry. Estava morrendo de vergonha por ser o motivo de uma discussão. - Sabe... Eu vou dormir lá fora. Quem sabe eu não fico tão quente quanto seu amiguinho.

-Calem a boca os dois. - Eu falei preguiçosamente. - Você pode sair com nós amanhã de manhã? Vamos levantar cedo, procurar Nico, achá-lo obviamente, resgata-lo, e voltar pro acampamento. - Ele pensou alguns segundos, e depois respondeu.

-Pode ser. Mas hoje, vocês terão que sair comigo.

-Como é? - Beatrice falou um pouco alterada demais, e eu me contive para não dar um chute em sua canela pra ela aprender a ser um pouco educada. Não que ela não fosse. Ela só precisava usar mais.

-Tem um baile na minha escola essa noite. - Ele explicou. - E eu convidei uma garota pra ir. - Ana provavelmente deve ter pensado: Tudo bem querido. Eu deixo você me dar um bolo. - Não posso desmarcar tudo em cima da hora. Então nós vamos pra lá um pouco, eu danço três ou quatro músicas, e viemos embora. Tudo bem pra vocês?

Ninguém discordou. Claro que nessas circunstâncias ninguém iria discordar. - E se alguém o fizesse, eu o jogava da sacada - A casa era dele, portanto ele fazia as regras.

-Ok. Que hora é o seu baile? - Alex perguntou. Eu não podia saber se ele realmente queria ir. Se Ana fosse, ele ia junto. Mas a noite provavelmente ia acabar com ambos sentados na cadeira ou se agarrando. Iria depender do clima da situação.

-19:30 P.m. - Ele respondeu, e Beatrice olhou no relógio.

-Temos quase duas horas. - Fiz uma observação óbvia. - Dá tempo de todo mundo se arrumar. Não tem problema todos irmos, Harry?

-Não, nenhum. Na verdade o baile era pra convidar pessoas pra conhecerem a escola, mas eu não ia chamar ninguém. Até vocês aparecerem.

-Qual é o sentido de ter um baile no começo do verão? - Beatrice soltou a pergunta no ar, e Harry riu. Ana parecia querer derreter na frente dele, já Alex queria sair de perto dele.

(...)

Faltavam apenas 20 minutos para o estranho baile começar. Estávamos quase todos prontos a não ser Ana e Beatrice. Ana não queria usar um vestido. "Me deixa colocar uma calça, e uma blusa que fica até melhor".

-E o motivo de Ana não querer usar vestidos é...? - Alex perguntou quando conclui a explicação.

Estávamos sentados na sala, conversando sobre assuntos aleatórios quando Ana perguntou gritando do quarto algo a ver com sapatos e esse assunto apareceu. Eu estava sentada no braço do sofá, com a saia de tule azul do vestido se espalhando. Os meninos usavam smoking, e estavam todos sentados certinhos no sofá.

-Perde alguns movimentos, todos podem ver sua calcinha, - Sinceramente eu não devia falar essas coisas na frente de três meninos. - é coisa de gente fresca, e é incômodo. - Citei toda a lista que ela havia me dito uns meses atrás quando fiz a mesma pergunta à ela. - Como vamos até a sua escola Harry?

-A pé. - Ele respondeu simplesmente. Eu não queria andar muito de salto. Apesar de ele não ser alto, eu não queria.

Ana e Beatrice saíram do quarto. Elas estava muito lindas. Se ver Beatrice e Ana não amoleceram Charlie e Alex, não sei o que mais faria. O anel de Mickey (que na verdade era uma espada) estava nos dedos finos de Ana.

-Eu acho que vou trocar de sapato. - Murmurei.

-Ah você não vai não. - Ana respondeu. - Você quis usar, agora vai ficar usando.

-Você está parecendo a minha mãe. - Respondi.

-Convivência. - Ela comentou.

-Você morreu de reclamar pra não usar vestido, agora você tá usando vestido e salto? - Ela ia responder algo, mas não o fez porque Beatrice interrompeu.

-Agora vamos?

O caminho era curto. Agradeci minha mãe mentalmente por me obrigar a usar salto em casa pra acostumar e aprender a usar.

A escola de Harry era como uma escola americana. Não era daquelas escolas tipo a da série Violetta. Era menos dramática e de gente rica e nojenta. Mas eu não duvidava da falta de gente nojenta ali. Elas estão em todos os lugares. Paredes brancas eram iluminadas por canhões de luz, e as músicas animadas podiam ser ouvidas do lado de fora.

Quando entramos a festa parecia ser na escola inteira, e não em um uma parte específica. Os corredores estavam com balões em prata e vermelho e azul. As paredes estavam cobertas por tecido branco, e eu me perguntava o quanto deviam ter gastado ali, porque estava tudo muito perfeito. No chão estava um tapete vermelho, e de vez enquanto se passava por um espelho ou alguns pufes nos cantos.

Entramos em um ginásio. As paredes continuavam a ser cobertas pelos tecidos, mas o teto estava cheio de vários tipos de luzes de festas e um globo grande. Em um canto havia uma mesa com comida que havia me atraído muito porque eu não tinha comido nada durante o dia todo, e haviam coxinhas lá. COXINHAS. Do outro lado havia um negócio que poderia ser chamado de bar. Mas eu nunca havia gostado das palavras bar e bebida porque lembravam coisas alcoólicas e gente bêbada. Então eu preferi chamar aquilo de lugar com coisas pra beber. Várias pessoas estavam lá. E eu rapidamente encontrei o grupo de garotas nojentas nos encarando. Suas bochechas pareciam ter sido esfolados no chão e depois colocadas ao sol um pouquinho. Eu não podia dizer nada em relação à maquiagem nos olhos porque estava até que bonita. Mas eu queria.

-Eu vou cumprimentar as pessoas. Querem ir? - Harry perguntou, e todos fizeram cara de pamonha. - Tudo bem então. Podem sentar ali. - Ele apontou para uma mesa perto de alguns balões. - Eu volto logo.

E ele saiu e foi em direção às meninas com bochechas esfoladas. Dei um tapa em minha própria testa.

-Eu não acredito que nós viemos com um metido ou mané. - Murmurei infeliz enquanto via o garoto conversar alegre com as garotas. Vi que ele teve um suposto êxido nessa conversa. - Nos metemos com um metido mesmo.

-Ou um gay. - Charlie sugeriu, e eu virei a cabeça quase 360 graus pra encará-lo. - Ah qual é. Olha pra ele, - Ele apontou indiscretamente pra Harry. - nenhum homem de verdade consegue conversar com esse tipo de garota fácil assim.

-Charlie, posso te sugerir uma coisa? - Ele ia responder "não", mas o irmão gêmeo continuou rápido demais. - Cala a boca.

Beatrice riu, e nós fomos nos sentar. Sentaram Charlie, Beatrice, eu, Ana, e Alex. Ótimo. Eu ia ficar de vela.

-Ana, vamos lá pegar comida comigo? - Perguntei, e ela revezou o olha entre mim e Alex. Eu murmurei: - Por favor. - E ela cedeu.

Nos levantamos, e fomos até a mesa de comidas com Scream and Shout como fundo musical. Ana começou a cantar, e eu apenas cantarolei porque nunca havia ouvido a música nitidamente porque Ana colocava no máximo no quarto dela.

-BRITNEY BITCH! - Ambas cantamos, e ela começou a dançar com o prato. Tomei-o dela antes de ela quebrá-lo, e para fazê-la parar de dançar. Eu não iria dançar junto dela porque eu não sabia dançar, e ela o fazia tão bem que eu achava vergonhoso eu dançar perto dela.

Ela começou a colocar a comida no prato. Apenas o que nós gostávamos. Sempre dividíamos o prato em festas, porque era pra usar como desculpa com a minha mãe. Porque se colocassemos em pratos individuais, a quantidade ia ser vergonhosa. Ela fez uma pilha enorme com cubos de queijo de um lado, uma de presunto do outro, e salgadinhos no meio.

Uma figura enorme apareceu na frente de Ana. E eu podia apenas notar um fato: ele usava esteróides. Ele tinha no dobro do nosso tamanho e tinha uma cara infeliz de macaco.

-Oi ruivinha. - Falou isso, Ana já odiava a pessoa. - Quer dançar?

-Eu não sabia que macacos podiam entrar. - Ela falou em um tom inocente e avoado, e eu segurei a risada.

Saímos triunfantes de perto do garoto, que agora ostentava um olhar de raiva. Sentamos na cadeira, e explodimos em risadas.

-Você viu a cara dele? - Ela falou com sua risada estranha cortando as palavras.

Harry apareceu, e se sentou de frente à mim na mesa redonda.

-Eu vi você conversando com o capitão do time de futebol Ana. - Eu e Ana deixamos o garfo escapar de nossas mãos. - Sobre o que conversaram de tão chocante?

-Eu chamei ele de macaco. - Ela murmurou assustada e eu ri.

-Você tá esnobando até o capitão do time de futebol Ana. Tá podendo. - Eu ri e ela sorriu envergonhada.

-Como é?

Até explicar pra Alex o que havia acontecido, três músicas haviam se passando, Ana e eu havíamos terminado de comer, e eu tinha ficado com sede.

-I feel so close to you right now... - Cantarolei

.-...Its the force field. - Ana continuou. Começamos a dançar sentadas na cadeira.

-Que música velha. - Alex comentou e assentimos.

-Vocês tem problema? - Beatrice perguntou, e também assentimos.

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Como podem ver no set da Giovanna, eu mudei a pulseira da Giovanna. Porque? Porque eu achei uma que era perfeitamente igual á que eu descrevi na primeira temporada. Se quiserem ver o link tá aqui: http://postimage.org/image/vclphef6f/


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