Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 11
Discurso para morte rápida


Notas iniciais do capítulo

Capítulo ficou uma bosta. Mas ok né. Vai ter melhores. Alguém aí assiste The X-Factor? Só queria saber mesmo.



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Se eu queria matar meu pai? Sim. Se eu queria obrigá-lo a me contar toda a verdade? Com toda a certeza. E se eu estava disposição pra ir falar com ele? Não mesmo.


Eu estava me sentindo bizarra. Sentia que até os meus amigos tinham medo de mim. Eu era algo que provavelmente não devia ter nascido, e sem contar que tudo o que eu sabia sobre meu passado poderia não valer nada. Esse era o meu maior medo. Ter sido enganada por toda a minha vida. Mas eu não podia fazer nada.


Eu com certeza não me sentia um ser poderoso, ou se seguir a linha do raciocínio uma deusa. Eu ainda me sentia pequena, esquecida, e com saudade. Eu não tinha nada de grandioso. A coisa mais grandiosa que eu já havia conquistado era um namorado lindo e uma espinha literalmente grandiosa.



Todos se levantaram me lançando olhares de medo, e por mais que fosse estranho, admiração. Eu apenas permaneci sentada e parada, olhando para o desenho da toalha de mesa. Vi sombras se formarem atrás de mim, mas continuei parada.


-Está tudo bem? - Charlie perguntou e recebeu um tapa na cabeça de alguém. Como eu descobri isso? Um estalo abafado seguido de um "ai" o denunciaram.
-Eu não sei. - Murmurei.
-Ah qual é Giovanna, levanta daí. - Ana falou com um leve stress. - Você é uma deusa. Porque está assim? Você recebeu uma notícia incrível. Filha de Zeus e Nix? Eu queria ter tido essa sorte.
-Sorte? - Me virei e os encarei. Percy, Annabeth, Ana, Alex e Charlie estavam lá. - Isso não é sorte. Ter tanta atenção assim, não é sorte muito menos legal. Ter pessoas murmurando coisas sobre você, não é sorte. E ter o namorado desaparecido também, nem preciso responder não é? - Pensei alguns segundos enquanto os últimos campistas nos deixavam lá sozinhos. - Me desculpe. Eu estou descarregando tudo em vocês. Eu só estou cansada disso tudo.
-Tudo bem. Vamos te ajudar do jeito que pudemos. - Alex falou.
-Ok, acabou o drama. - Annabeth falou. Senti uma vontade de fuzilá-la mas segurei-a. - Vamos para a fogueira. Quem sabe Quíron não fala nada, ou algo acontece.


Me levantei com uma grande preguiça, e nós caminhamos em uma velocidade normal. Só aí que fui notar que ainda estava com a capa. Usando aquilo eu me sentia uma besta e brega. Mas ignorei o fato e tirei para ver. Desfiz o laço delicado, e a coloquei a capa na minha frente. O tecido era leve. Na barra, nas pontas das mangas e do capuz havia uma fita preta e prata.


A coloquei nas costas novamente, e tive um grande trabalho pra fazer um nó decente. O caminho parecia mais longo que o normal. O acampamento estava completamente silencioso a não ser por nossos passos, a cantoria distante dos filhos de Apolo, e o barulho de pequenos animais ao longe. Os chalés estavam quase todos acesos, e alguns outros novos que eu não tinha notado brilhavam na luz da Lua. Tudo o que eu mais desejava era uma explicação para tudo aquilo. Sem enigmas, e sem mais mentiras.

Chegamos no pavilhão, e nos sentamos. Annabeth estava junto dos filhos de Atena, Percy estava ao seu lado junto com Ana, e eu e meus irmãos sentamos em cima. Sabe, as vezes era estranho falar "meus irmãos" porque eu não estava acostumada com nada daquilo. A fogueira prosseguiu como sempre, - as cores da chama mudando lentamente, e as músicas cantadas pelas maravilhosas vozes dos filhos de Apolo e alguns outros que tinham o dom - mas meu pai decidiu surgir pra piorar mais a minha noite. Ele surgiu de uma fumaça azulada, ao contrário de como sempre fazia. Um raio atingia o chão e boom, lá estava ele.

Ele estava com a mesma aparência de sempre, mas alguns anos a mais pareciam ter invadido o seu rosto. Seus cabelos perfeitamente alinhados, barba longa e bem cuidada, e o terno cinza risca-de-giz que eu nem era tão fã.

As pessoas alternavam o olhar entre mim e meu pai. Como se eu quisesse mais atenção, pensei. Minha expressão provavelmente estava de desespero, ódio, e tédio. Na verdade não sabia o que sentir. Minha vida estava tão caótica que a única coisa que eu queria era sumir. Esse era o pior ano que eu já tivera.


-Precisamos conversar Giovanna. - Agora ele queria conversar? Mas ok, vamos conversar. Eu pensei novamente completamente irritada e tomada pela raiva.


Me levantei de cabeça erguida, mas por dentro - bem lá no fundo - estava morrendo de medo de ser morta pelo meu próprio pai. Desci a arquibancada, quase caindo, e fiquei em frente ao meu pai. Ele queria bater um papo alí ou me levar ao Olimpo? Ou talvez ele só quisesse conversar na Casa Grande. O cenário pareceu piscar, e rapidamente estávamos na Casa Grande. Me admirava o fato de os deuses não serem gordos. Eles pareciam mal caminhar certos momentos. Como por exemplo meu pai, eu quase nunca o vejo caminhando longas distâncias. Mas a importância no momento não era a preguiça dos deuses. Era onde eu estava?

Olhei ao meu redor. Eu estava na sala da Casa Grande. A lareira estava acesa, e a cabeça de leopardo dormia preguiçosamente. Nada havia mudado. Os móveis estavam no mesmo lugar, mas uma fina camada de pó cobria-os.


-E então pai, sobre o que quer falar? - Me virei fingindo desconhecendo os motivos de tudo aquilo. - Vai se justificar pelo fato de eu ter irmãos e você não ter me contado, ou que eu era uma deusa?
-É mais complicado do que você pensa. - Ele falou gesticulando com as mãos.
-Nada é tão complicado ao ponto de você encobrir tudo com uma pilha de mentiras pai.


Em seus olhos comecei a ver uma raiva se acumular e aumentar a cada palavra que eu dizia. Eu não devia estar com a cabeça nem um pouco no lugar por dizer tudo aquilo na cara dura e na frente do meu pai.


-Os deuses querem tudo a sua maneira não é? - A retardada aqui continuou o "Discurso para Morte Rápida". - Mas eu tenho uma novidade pra você pai: Nós humanos não somos bonecos. - Ele me fulminava de uma maneira que eu nunca havia visto. Mas eu continuava de cabeça erguida encarando-o com cara feia. - Aprenda a aceitar que nem tudo pode ser controlado por você pai.


Os olhos do deus transbordavam fúria e o ar parecia estalar. Ele ia me matar ali e agora, eu iria pro Tártaro, e nunca mais iria ver Nico nem mesmo no Mundo Inferior.

Uma mulher apareceu entre nós, em dois segundos. Ela estava de costas pra mim. Tudo o que eu podia ver era seu cabelo e suas roupas. Seu cabelo era de um preto forte, e seu vestido era delicado e quando o olhava parecia estar olhando para o céu. Mini estrelas pareciam se mover, e ele tinha uma cor preto-azulado. No momento em que vi o vestido soube que estava diante de Nix, minha mãe.


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Notas finais do capítulo

ENTÃÃÃÃÃÃÃO O QUE VOCÊS ACHAM QUE VAI ROLAR?



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