POV Stella

    Expliquei `a Kol e Bekah que havia uma grande probabilidade de o irmão deles ainda estar vivo, e com essa a minha afirmação Elijah também quis ficar em par do meu conhecimento.

     - Eu sabia que seu tio era um ótimo caçador, mas não sabia que ele sabia de tanta coisa!- falou Elijah impressionado.

     - Não, isso foi apenas o básico sobre bruxas que ele me ensinou, mas se eu for falar tudo, vou passar dez anos explicando- falei e eles ficaram chocados.

     - Básico?!- falou Kol chocado- A menina tem apenas dezessete anos, e sabe mais sobre seres sobrenaturais que Elijah, que tem mais de mil!

    - Serio? Não parece- falei e todos rimos.- Espera, conheceu meu tio?

    - Conheci, foi a dez anos atrás. Você era pequenina, mas era muito esperta para a idade, e não mudou nada- ele falou e foi ai que lembrei dele.

    - Tio Eli!- falei e o abracei com força- Eu sabia que te conhecia de algum lugar!

     - Vejo que não esqueceu o péssimo apelido que você me deu- ele falou rindo e ri também.- Me dê um crédito! Eu tinha sete anos!

     - Só não me chame assim em publico... E nem pense em tirar proveito disso Kol! Se não vou empala-lo e só o acordo no século que vem!- Elijah ameaçou o irmão que ria do apelido.

     - Meus lábios estão selados!- ele falou rindo.- Mas acho que você devia se preocupar com Bekah e o Twiter...

     - Tarde de mais irmão!- falou Bekah se levantando da cadeira e saiu correndo em velocidade vampiresca e Elijah atrás dela.

     - Pode me levar pra casa?- perguntei a Kol bocejando, não me culpando, deveria ser mais de três da manhã.

     - Claro... que não! Elena está em transição, não vou te levar a um lugar onde um vampira novata sem controle pode te atacar!- ele falou bem alto, não chegou a gritar, mas foi alto.

    - Então aonde fico?- perguntei sabendo a resposta.

    - Aqui- ele falou confirmando minhas suspeitas.

    - Na mansão de três vampiros originais?- perguntei séria e vi ele abaixar os olhos- Vou me sentir honrada!- falei e vi algo nos olhos dele que não consegui identificar, alivio? Felicidade? Não sei, estava cansada demais para ver direito.

     - Vou lhe leva-la ao quarto então, Miss Salvatore- ele falou com o sotaque britânico acentuado, me oferecendo a mão.

     - Por favor Sr. Mikaelson- completei e peguei a mão dele. Kol me guiou, subimos a escada longa mas que dava um toque refinado a mansão, e paramos enfrente a uma porta branca.

     - Bem vinda ao meu quarto- ele falou e abriu a porta. O quarto era magnifico, pelo menos eu achei, era ao mesmo tempo sofisticado e moderno, vamos dizer, a cara do dono (N/A: Imaginem do jeito que quiserem porque o meu perfeito pode ser diferente do de vocês). A cama era gigante com lençóis pretos, me deitei nela, era super confortável.- Deve estar muito cansada.

    - Que nada, só lutei contra um cara imortal, salvei sua irmã e meu primo, que descobri que são vampiros e descobri um machucado que agora não existe mais, e você não me contou como me curou- falei de uma vez- Esqueci alguma coisa?

    -Acho que não- Kol falou rindo e se deitou ao meu lado- Coloquei um pouco do meu sangue na sua vitamina, e sangue de vampiro pode curar humanos... Mas se morrer em vinte quatro horas você se torna uma de nós.

     - E vocês? Precisam de nosso sangue para se curar?- perguntei. Não me culpem, meu tio me contou como matar vampiros, não como diferencia-los, ou como se curam.

     -  Não, nos curamos sozinhos- ele falou me olhando, me desceu a mão para perto de meu corpo, quando deitei parte da blusa subiu deixando meu abdômen a mostra. Kol pegou minha adaga que deixei no cinto sua mão tocou minha cintura, seu toque era ao mesmo tempo quente e frio, o que na minha opinião era bom, muito bom.- Posso?- perguntou em relação a adaga e eu assenti.

     Ele tirou a adaga de meu cinto mas continuou me olhando nos olhos. Kol a deslizou levemente pelo meu abdômen, depois a colocou na própria mão, fechou a mão envolta da lâmina e puxou, o sangue começou a escorrer, peguei a mão com o corte, ele se fechava lentamente. E fiz algo involuntariamente, comecei a beber até o corte se fechar completamente, o liquido com gosto de ferro desceu pela minha garganta, não era tão ruim com dizem. Na verdade, até gostei, mas isso apenas eu vou saber, senti algo escorrer pela canto da minha boca.

    Kol se aproximou até nossas bocas ficarem tão próximas que eu podia já sentir seu hálito de menta. Meu coração se acelerou, senti ele lamber o sangue que havia escorrido, senti meu corpo reagir ao seu toque. Olhei em seus olhos castanhos profundos, não sei quem foi que acabou com espaço entre nós, mas não ligo. A sensação de estar flutuando de quando nos beijamos pela primeira vez voltou, minhas mãos foram para seu cabelo macio. Nossas línguas travaram uma batalha deliciosa, onde não haveria perdedores ou ganhadores, enlacei minhas pernas no quadril dele quando ficou por cima de mim.

    A casa estava mais silenciosa, como se Elijah e Bekah tivessem parado de brigar, mas não liguei. Tirei a camisa do Kol, meu deus, o corpo dele `e mais perfeito do que imaginava, era na medida certa. Ouvi murmúrios vindo da janela e vi que Kol na parecia nada feliz com o que ouviu. Ele se levantou e foi até a janela e a abriu, apenas ouvi um grito feminino e outro masculino, Kol começou a rir e fui até lá, vi Rebekah e Elijah caídos no jardim, também comecei a rir.

    - Não sabia que meu jardim tinha uma vista tão interessante...- comentou Kol ainda rindo.

     - Cala a boca!- gritou Bekah se levantando com a ajuda do irmão e desapareceram, Kol se virou para mim e eu bocejei involuntariamente.

    -Deve estar cansada- comentou acariciando o minha bochecha com carinho, coloquei minha mão sobre a dele apreciando o toque.

     - E estou- falei.

    - Vem- ele me pegou pela mão e direcionou até a cama, rapidamente Kol apagou as luzes e fechou a cortina. Me deitei ao seu lado, senti ele passar os braços na minha cintura, e assim dormi, abraçada ao Kol.

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       Acordei com braços fortes ao meu redor, sorri me lembrando da noite passada. Olhei para o meu lado, Kol dormia tranquilamente, sorri com a imagem dele dormindo sem camisa ao meu lado, parecia um anjo. Me soltei dele lentamente tentando não acorda-lo, missão concluída, ele continuou ressonando, andei silenciosamente até o banheiro e fechei a porta.

    Um sorriso involuntário surgiu em meus lábios, tirei a blusa da Bekah e minha calça de couro que aliás estava incomodando, nota mental, não dormir de calça de couro, incomoda. Entrei no chuveiro e com o toque da aula meus músculos relaxaram imediatamente, fiquei alguns minutos ali, desliguei o chuveiro e me sequei com a única toalha que tinha lá. Coloquei minha lingerie, mesmo assim continuei com a toalha envolta do corpo, só por precaução, e sai do banheiro.

    - Uau, não sabia que meu aniversario estava tão próximo pra receber um presente desses- falou uma voz grossa atrás de mim e braços fortes me abraçaram por trás. Juro que devia estar mais vermelha que pimenta.- E fica ainda mais linda corada- Kol falou me dando um beijo na bochecha e entrou no banheiro.

     - ...- eu tentei falar algo, mas a única coisa que consegui fazer foi colocar a mão aonde ele tinha beijado e sorrir. Sai do quarto do Kol e dei de cara com Bekah com uma muda de roupas na mão.

    - Stella, você acordou!- ela falou sorrindo- Eu peguei essas roupas minha, pensei que talvez quisesse usar roupas limpas, então eu ia colocar em cima da cama, mas você já está acordada e provavelmente ia procurar por mim...- ela falou e me entregou a muda de roupa.

    - Obrigada- falei, e juro que eu vi ela abrir um pequeno sorriso malicioso, que logo desapareceu. E ela logo desapareceu, entrei no quarto e coloquei a roupa rapidamente caso Kol tivesse terminado o banho. Era um short jeans e uma blusa preta com um coração quebrado ao meio e escrito “Beaking heart’s”. `E claro coloquei minha arma debaixo da blusa e minha adaga também.

     - E eu penso, porque as roupas existem? Apenas  escondem sua beleza natural- quando eu escutei ele falando isso desejei ter um buraco para enfiar a cabeça de tanta vergonha. `A quanto tempo ele estava me olhando? Não tenho certeza se realmente queria a resposta.- Já disse que você fica linda quando cora?

    - Já- falei e ele me deu um beijo na bochecha de novo. Me virei para olha-lo, Kol estava sem camisa, meu coração se acelerou com aquela imagem, meu deus, como se respira mesmo?- Coloca uma camisa.

    - Sua boca diz uma coisa, mas corpo diz outra- ele falou se aproximando.

    - Eu sei- murmurei sabendo que ele iria ouvir.

     - Vamos, minha irmã está esperando por você- ele falou me dando um selinho. Dei um pequeno sorriso e ele colocou uma camisa e descemos.

     - Finalmente! Achei que tinham resolvido pular a moita juntos!- falou Bekah impaciente. Corei fortemente e vi que Kol não estava muito diferente.

    - O que?! Não!- falei, acho que os dois deviam estar competindo para ver que me fazia corar mais.

    - Sei... Enfim, você está com fome? Porque eu fiz uns Brownies e acho que você vai gostar!- ela falou e me puxou para a cozinha. Peguei um Browne e comi, verdade, estavam ótimos.

     - Isso está muito bom!- falei e ela sorriu satisfeita.

     - Obrigado- Bekah disse e se levantou me puxando com ela- Deixa eu te mostrar uma coisa...

     Eu não tive tempo para pensar, ela me levou para uma sala cheia de desenhos. Damon apareceu do nada e tentou cravar a estaca do cara de ontem na Rebekah, ele era bipolar? Ontem ele a salvou e agora tentou mata-la! Soltei um grito e ele notou minha presença, então ele me olhou como se pedisse desculpas, aproveitei a deixa dele e peguei a estaca.

    - Stell, você não sabe com o que está lidando...- ele começou.

    - Ah, não me venha com essa de Stell!- falei irritada-Vai embora Damon, depois agente conversa, não estou com temperamento pra isso.

    - Mas...

    - Sem “mas” Damon, você acabou de tentar matar minha amiga, seus argumentos são inválidos- falei e ficou de boca aberta em um O perfeito.- Te vejo na pensão depois.- falei e ele tentou pegar a estaca em sua velocidade vampiresca mas dei uma cotovelada forte em seu rosto- Sem a estaca.

    - Tá!-falou irritado- Te vejo depois!- disse e desapareceu. Elijah apareceu ao meu lado.

    - Aquele era o Damon?- perguntou.

   - Era, e esconde isso `e melhor isso não ficar andando de mão em mão, quem sabe o que pode acontecer- falei e entreguei a estaca a ele. Elijah apenas assentiu e desapareceu com a estaca.

     - Obrigado- ela falou- Estou te devendo duas!

    - Verdade!- falei e o vidro quebrou e uma estaca atravessou o peito da Bekah e eu gritei, mas senti uma picada no meu pescoço. Coloquei minha mão lá, e retirei o dardo, encostei ele na minha língua. Era um tipo de sedativo com alguma erva, tirei minha própria conclusão, verbena. Mas antes consegui ver alguns caras injetando o mesmo na Rebekah e nos carregarem pra fora. Cai no chão, desmaiada, aonde estava Kol quando se precisa dele?