POV Luna

Era bom que tudo estivesse voltando ao normal, o castelo foi reconstruído, minha casa também, mas eu tive que fazer outra pintura de meus amigos. Agora eu voltava para Hogwarts para começar meu 7º Ano e seria bem divertido, pois Harry Potter e seus amigos estariam no mesmo ano que Gina e eu. Eu gostaria que nós continuássemos com a AD, mas sem Você-sabe-quem não acho que teria necessidade.

Despeço-me de meu pai e entro no trem distribuindo algumas revistas do O Pasquim que meu pai voltou a publicar, encontro Gina, Dino e Neville.

– Olá Luna, como passou de férias? - perguntou a Weasley muito gentilmente.

– Ah muito bem, meu pai e eu aproveitamos para acampar enquanto não tínhamos casa e depois reformamos a casa e é bom poder fazer feitiço fora da escola, agora que tenho 17 anos.

– Eu disse que vocês podiam ficar na nossa casa. - disse a ruiva. - Sempre cabe mais um.

– Não tem problema, eu gosto de acampar.

Quando Harry, Rony e Hermione entraram no trem, todos se levantaram e aplaudiram, eles eram agora conhecidos como heróis, deram entrevista na revista do meu pai, o que foi bem legal, todas as garotas queriam Harry no compartimento delas, mas Gina tratou logo de puxar Harry para nosso compartimento, o que trazia automaticamente Rony e Hermione juntos.

– Vai ser uma droga aguentar toda essa fama. - diz Gina divertida conseguindo fazer Harry sorrir um pouco.

– Todos eles lutaram, não sei por que nos tratam assim.

– Ah vai Harry, nós fizemos a maior parte. - diz Rony, mas leva uma cotovelada de Hermione.

– Não que isso seja algo para se vangloriar não é Rony? - diz a castanha.

– O que é? Eu gosto de aproveitar a fama que temos agora, por exemplo, não sei pra que quebrar a varinha das varinhas.

– Era o certo a se fazer. - diz Harry.

Todos continuaram conversando divertidos, mas como o compartimento estava muito cheio, Neville e Dino foram se juntar a algumas garotas, uma lufana que sei que se chama Anna Abbott, as outras eu não conheço. Abro uma revista e começo a ler interessada e só a abaixo quando o trem dá a partida e todo o trem fica em silencio absoluto, não entendo o porquê até vê-lo passar por nosso compartimento.

Tom Riddle estava diferente da vez em que o vi na ala hospitalar de Hogwarts, não usava as vestes sujas, largas e rasgadas de Voldemort, pelo contrário, usava vestes negras elegantes e seus fios negros estavam milimetricamente arrumados, era estranho vê-lo assim tão jovem e seus olhos não eram vermelhos, mas sim negros e bonitos. Todos no trem pareciam olhá-lo com raiva ou medo, o que deve ser ruim para uma pessoa que quer ter uma segunda chance, então eu não fico olhando para ele com raiva ou medo, prefiro continuar fazendo as cruzadinhas novas que tem na revista.

Quando chegamos a Hogwarts, eu vou para a mesa da corvinal como sempre, converso bastante com Cho.

– Na verdade eu sinto falta de Harry, você e ele são amigos não é Luna?

– Somos, sim, eu acho.

– Você podia falar de mim para ele.

– Posso falar, mas ele tem Gina agora. - Cho faz uma careta.

– É, que cabeça a minha. - ela diz, mas não parece disposta a ficar longe do Harry.

Metade dos alunos falam de Harry, Rony e Hermione a outra metade fala sobre Você-sabe-quem, então apenas saboreio o banquete e como pudim, fico feliz que os elfos domésticos continuem fazendo comidas tão deliciosas, o castelo foi reconstruído quase idêntico ao que era antes. Antes do fim da noite, Minerva deu algumas palavras e apresentou os professores novos, temos dois novos professores, um para Transfigurações e outro para DCAT.

Na manhã seguinte quando acordo e vou colocar meu uniforme, percebo que minha gravata sumiu, mas não me importo com isto, quer dizer, já era uma coisa que as pessoas faziam antes, nos outros anos que frequentei Hogwarts, é só brincadeira e em algum momento eu vou achá-la.

Saltitante, eu rumo para o grande salão e encontro Tom Riddle na porta do mesmo, parece hesitante.

– Não vai entrar? - pergunto.

– Ah, eu vou... - ele diz sem olhar para mim. - É só que... Eu não sou bem-vindo aqui.

– Eles vão se acostumar. - digo e ele olha para mim desconfiado.

– E você? Não tem medo de falar comigo Lovegood? - pergunta rude, mas eu já estou acostumada às pessoas serem rudes comigo.

– Não. - digo sinceramente. - Você conseguiu recuperar sua varinha?

– Tive que mandar fazer outra, o que é uma droga, afinal aquela varinha sempre esteve comigo e era tão poderosa, a vantagem é que eu poderia matar Harry Potter já que nossas varinhas não são mais gêmeas, mas de que isto me adiantaria.

– Eu fico feliz que não queira mais matar Harry, ele é meu amigo.

– Ah, obrigado por isto. - ele diz tirando o amuleto do pescoço, só então eu noto que ele ainda o estava usando.

– Não, fique com ele. - digo, mas ele sorri e eu me espanto.

– Não preciso me proteger de Narguiles, Lovegood, pegue-o. - eu o pego, mas ainda o observo assustada. - O que?

– Eu não sabia que você podia sorrir. - ele franze a testa e eu acho que ele já está me achando estranha como todo mundo, mas não me importo. - Nos vemos nas aulas então, tchau Sr. Voldemort.