Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores lindos, tentei escrever esta história a muito tempo atrás e ficou uma droga, mas estou reescrevendo agora e estou adorando
Mais uma de minhas ideias loucas, um casal bem difícil de encontrar o Tom e a Luna, mas eu amo esses dois e por que não juntá-los? Enfim, eu espero que gostem :D



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Abri meus olhos e a claridade daquele lugar me cegava, eu demorei um pouco para me acostumar e então pude me levantar e observar o lugar com atenção.

— Olá Tom. - aquela voz conhecida me irritou, então eu estava morto?

— Não esperava te encontrar aqui Dumbledore. - eu digo me virando para o ex-diretor, ele me fitava com um sorriso bondoso, continuava o mesmo, os óculos de meia lua, as vestes bruxas num tom de violeta berrante.

— Melhor do que imaginava? A morte?

— Então é verdade, eu estou morto? - eu não quero acreditar nisto, lutei minha vida toda pela imortalidade, eu sentia raiva, decepção, como assim morto? Um bruxo extraordinário como eu, sucumbindo à morte tão facilmente, mas não era isto que eu imaginava ser a morte, a menos que seja o inferno e passar a eternidade com esse velho idiota seja a minha punição.

— Ah isto você vai decidir, poderá voltar se quiser... - nós dois nos sentamos em um banco, tudo continua muito enevoado para que eu possa identificar onde estou, mas isto não me importava agora, o que me importava era o que ele havia dito, então eu podia voltar? Tinha uma segunda chance de fazer tudo certo dessa vez, de matar Potter com minhas próprias mãos, eu sorri com esse pensamento e Dumbledore pareceu desapontado.

— O que eu faço para voltar? - eu pergunto impaciente.

— Sabe Tom, eu gostaria de acreditar que fará todas as escolhas certas dessa vez. - diz Dumbledore em voz baixa. - Quer saber por que tem uma nova chance?

— Fale. - ordeno, em nenhum momento eu tinha pensado naquilo, como assim eu tinha uma nova chance? Eu me lembro do lampejo verde ricocheteando, eu fui atingido pela maldição da morte, depois que aquele maldito Potter destruiu todas as minhas horcruxes e um de seus amigos deve ter destruído Nagini, eu senti quando ela foi destruída.

— Você sentiu remorso Tom, por que não me conta o que pensou pouco antes de morrer? - pergunta Dumbledore sorrindo novamente, eu encaro o chão tentando lembrar o que aconteceu minutos antes do clarão verde.

— Mérope Gaunt. - eu digo sem olhar para Dumbledore. - M-minha mãe, eu pensei nela, se tudo seria diferente se ela estivesse viva, mas... Não importa, como eu volto Dumbledore?

A pergunta saiu num tom de voz agressivo e frio, Dumbledore sorriu, mas não me respondeu, me dando tempo para observar o lugar.

— Sabe onde está Tom?

— A estação de King’s Cross?

— Exato, é curioso que você e Harry Potter tenham vindo para o mesmo lugar depois de uma suposta morte.

Eu apenas balanço os ombros não achando nada curioso, olho para minhas mãos e para meu corpo, tem algo diferente, muito diferente e olho confuso para Dumbledore, seu sorriso me deixando mais aborrecido.

— Dumbledore, eu...

— Tem a aparência que tinha aos 16 anos. Isso por que você sentiu remorso Tom, voltou a ter a aparência que tinha quando sua alma era imaculada, pura e é assim que ela está neste momento e o motivo de você ter uma nova chance, mas receio que seu tempo tenha acabado Tom, se quer mesmo voltar é melhor ir logo.

— Claro que eu quero, o que devo fazer?

— Você disse que estamos na plataforma de King’s Cross, imagino que deva pegar um trem. E um conselho Tom, não tema a morte, tema não conhecer o amor novamente ou você pode não ter outra chance.

Dumbledore desaparece na luz e tudo escurece novamente.

[...]

Eu abri meus olhos devagar, a claridade incomodando os meus olhos, mas desta vez eu sabia exatamente onde eu estava, na ala hospitalar de Hogwarts, porém o que mais me chamou a atenção foram dois grandes olhos azuis enevoados que me observavam inexpressivos, indiferentes.

— Ah... Acordou. - diz a voz sonhadora daquela garota que se encontrava sentada no leito ao lado balançando as pernas e com a varinha atrás da orelha.

Eu a identifico como a filha biruta daquele editor da revista “O Pasquim” e semicerro os olhos enquanto sento-me com dificuldade.

— Como se sente? - ela pergunta colocando a mão em minha testa. - Quer que eu chame madame Pomfrey?

— Não, por quanto tempo fiquei desacordado?

— Duas semanas, foi um susto e tanto, estávamos comemorando a vitória de Harry Potter, em um momento você estava lá, morto, feio e bem assustador, no outro, estava vivo, jovem, porém desacordado. Mantivemos você aqui, tem aurores na porta. Eu particularmente prefiro você assim, não parece perigoso.

— Minha varinha.

— A varinha das varinhas o Harry destruiu, a sua, eu não sei. - ela diz encolhendo os ombros. - Eu devo chamar os outros Sr. Voldemort. Eles vão querer saber que você acordou.

Ela desce da cama e dá as costas para mim, mas eu seguro seu braço, ela se volta para mim, tenta esconder, mas sei que está com medo ou talvez um pouco assustada.

— Eu vou para azkaban, não é?

— Eu sinto muito. - ela diz, mas não sai, fica ali me olhando com aqueles olhos arregalados.

— O que quer menina? - pergunto impaciente.

— Você não vai voltar a matar todo mundo não é? - ela pergunta e sua voz não é mais enevoada e doce, mas sim séria.

— Não é como se eu pudesse Srta. Lovegood, mas se eu pudesse, sim.

— Sabe quem eu sou?

— Esteve nas masmorras dos Malfoy por um bom tempo sob o meu comando, não é mesmo? Não se engane Lovegood, eu ainda sou Lord Voldemort, mas pode me chamar de Tom Riddle, este é o meu nome verdadeiro, o nome de um trouxa desprezível. - para a minha surpresa ela sorri.

— É um nome bonito. Tome. - ela diz tirando um colar pra lá de estranho do pescoço e colocando no meu, arqueio uma sobrancelha e ela explica: - É um amuleto, você vai precisar, pode ser que tenha Narguiles em azkaban.

Ela sorriu uma ultima vez e saiu.

Lovegood não voltou, mas Kingsley Shacklebolt que parecia ser o novo ministro, Minerva Mcgonnagal, Harry Potter e mais pelo menos três aurores sim. Todos os presentes aparentemente abismados demais com o fato de eu estar vivo, de ter aparência de um garoto de dezesseis anos e sem meus comensais traidores, a única coisa que me restava, era fingir estar arrependido e esperar não ser levado a azkaban. Dentre eles, preferia mil vezes ouvir as maluquices da garota Lovegood.

Por fim fui levado ao ministério, me deram Veritaserum e me trancaram em azkaban, para mim não fazia sentido ter uma nova chance se ficaria trancado na prisão bruxa, talvez a única coisa que me mantinha são ali era a possibilidade de conseguir fugir e matar Harry Potter.

Algumas semanas depois recebi a visita da ultima pessoa que eu gostaria de ver Potter.

— Veio cantar vitória Potter?

— Pelo contrário Tom, estive pensando e conversei com o ministro, ninguém acredita que você realmente se arrependeu, mas foi-lhe dado uma segunda chance, você nos contou por meio da poção Veritaserum, você sentiu remorso, não faz sentido que tenha uma segunda chance aqui.

— Temos uma encruzilhada então, se me soltar, eu reúno meus amigos e mato você.

— Que amigos Tom? Seus comensais? A maioria deles estão presos, os que fugiram, não te seguiriam novamente, Voldemort caiu, você não tem mais sequer a sua varinha, terá que encomendar uma nova no Olivaras, se ele quiser te vender uma varinha depois de tudo que fez a ele e como você matou Gregorovitch...

— O que quer então Potter? Mostrar como você é bonzinho, aposto que todos os seus amigos não queriam que você estivesse aqui. Eu não preciso que você faça nada por mim.

Potter suspira.

— Tenho que voltar a Hogwarts para terminar meu sétimo ano, sei que assim como eu considero a minha, Hogwarts também foi como se fosse sua casa. Se quiser voltar para a escola e fazer seu ultimo ano novamente, eu poderia ficar de olho em você, mas você voltaria para cá durante as férias, quando o ano acabar veremos o que vamos fazer, se vai voltar para cá e ou se terá outro destino.

Contrariado, porém sem nenhuma outra alternativa, eu aceito a proposta, vai ser bom voltar a Hogwarts como um aluno, afinal o tempo em que estive no castelo foi a época mais feliz da minha vida.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?
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beijooks



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