Ele É Um Gato! Literalmente... escrita por Femme


Capítulo 5
Um Sábado Muito Pirado! parte 2


Notas iniciais do capítulo

Aeee galera! Amei os review, obrigado aos meus bbs!
AE está o resto do sábado da Eliza.



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Entrei no banheiro igual a um raio. Tirei o meu pijama e entrei na água fria. Graças à Deus eu tinha o cabelo limpinho, bem, estava parecendo mais um ninho de ratos, mas estava limpo.

Eu começei à me ensaboar quando notei a porta do banheiro entreaberta. Limpei o box de vidro e vi algo que me fez faze dar um belo berro.

Kujo estava lá, atrás da porta, como alguém que não quer nada, mas querendo tudo. Ele tinha um olhar meio pervertido, com certeza tentando mirar no meu corpo.

‒ SEU FILHO-DUMA-CADELA, SAI JÁ DAQUI!—Eu disse abrindo o box

‒ Ué, você disse que era pra eu vir aqui quando ficasse humano...—Ele franziu o cenho—Você está pelada.

Olhei para minha nudez e não pude deixar de corar. Peguei a esponja totalmente molhada e joguei no rosto dele, o que o deixou deliciosamente enchar- Opa! Quero dizer, todo encharcado.

Ok, eu não sou tão de pedra igual eu pareço ser. Olhar Kujo molhado era uma prova de fogo... E eu ainda nesse estado, será que minhas amigas ficariam bravas se eu perdesse a hora por uns minutos...

AH, SAI TENTAÇÃO!!

Acho que Kujo viu que eu estava tendo pensamentos inadequados com ele então levantou a sombrançelha bem deliniada e disse algo que... Me deixou fora de si.

‒ Se você quer me ver molhado, posso tirar a roupa e entrar aí.

Eu já estava me preparando para matar esse garoto-gato pervertido quando a minha porta abriu de vez. Kujo colou na parede atrás da porta e fez sinal com o indicador para que eu não revelasse sua posição.

‒ Oi filha,—Meu pai entrou no banheiro com os olhos fechados—Posso entrar?

Coloquei o tecido usado como piso no lugar molhado e voltei pro box, balbuciando “sim”. Ele Abriu os olhos e deu um meio sorriso:

‒ São quase 11:10 filha. Acelera.—Eu afirmei, e ele começou à fechar a porta. Mas não sei por que cargas d’água ele olhou atrás da mesma antes de sair.

Meu coração quase vôou pela boca, Ele olhou bem para a porta e exclamou:

‒ Então você está aí, Koban—Ele disse enquanto passava a mão na cabeça do felino, Ele sorriu mais uma vez e saiu de vez do banheiro. Minhas pernas quase cederam ao ver que Kujo havia se trasnformado.

Ufa! Foi por pouco!—Kujo-Koban subiu no vaso sanitário, com seu rabo se mechendo rapidamente.

Nem tomei mais banho direito depois daquilo. Saí rapidinho do banheiro e me vesti: Acho que um jeans, uma camiseta de caveira preta, tenis e eu roubei jequeta de couro de Kujo que estava no chão. Coloquei minhas coisas na minha inseparável bolsa carteiro e saí.

No jardim eu só ouvi um miadinho acanhado.

Não vai me dar tchauzinho?— Kujo-Koban fez cara de pidão, e eu me aproximei de sua cabeçinha peluda e deu um beijo. Ele balançou o rabo alegremente e voltou contente para dentro de casa.

Nunca vou entender esse daí.

Cheguei na casa da Helena rapidinho, que bom que ela mora também pertinho de casa! Toquei a campanhia e fui recebida por ela, que parecia bem alegre e frescolenta pra alguém que sabe que depois do almoço a temperatura sempre volta à ser Frio da Antártica.

Ele usava um vestidinho florido roxo e sandália de salto baixo. Ela olhou para minha roupa com uma careta torta, mas eu finji que não havia visto. Entrei na casa dela e vi que só estava faltando eu lá.

Depois dos cumprimentos, Helena me apresentou seu namorado. Ele era um menino moreno, de olhos bem parecidos com os da namorada. Ia me cumprementar com aqueles beijinhos no rosto, mas eu já cortei as inteções dele estendendo minha mão, seca.

Depois dele tentar acompanhar nossa fofoca saímos. Ah Meu Deus; Helena não havia me dito que ele era maior de idade, pois dirigia! Uma vãn branca com lugar para sete pessoas estava estacionada na calçada oposta da casa de Helena.

Nós entramos no carro e o Gabriel (acho que é esse o nome dele) dirigiu até o cinema. Compramos nossos ingressos blábláblábláblá, quanta baboseira. Entramos na sessão e o ambiente estava bem gelado, que bom que eu trouxe o casaco do Kujo. Coloquei a jaqueta, que tinha um cheiro muito bom: cheiro de garoto, selvagem, delicioso. Ah Céus, se Kujo deitasse na minha cama com essa jaqueta acho que eu não me controlaria...

ESTOU DEVANEANDO PERVERTIVAMENTE!

Minhas amigas viram a jaqueta e se aproximaram, como gaviões cercando suas presas.

‒ Fala aí, Eliza.—Isabella chegou bem pertinho de mim—De quem é essa jaqueta? Tem cheiro de garoto, bem gostoso.

‒ Ai Isa! Olha essa besteira.—Eu tentei desconversar, inutilmente—Tá, é de um menino que eu conheço.

‒ E como você está com a jaqueta dele?—Mariana veio, levantando as sombrançelhas

‒ Ele...—Tentei inventar algo—Esqueceu em casa ontem à noite.

‒ Você passou a noite com um garoto??—Todas falaram em uníssono, atraíndo olhares das pessoas que estavam na sessão.

‒ Caladas, o filme já vai começar.

‒ Quero conhece-lo!—Falou Camila, que recebeu outras afirmações junto. Aff... Elas querem conheçer o Kujo!!

O filme começou e tals. Nossa que filme chato, é tipo Encontros e Desencontros; mas muito mais chato. Quase dei Graças à Deus na última cena. Nossa, além de chato demorou tipo, umas três horas!

Saímos do cinema e fomos até uma lanchonete, que Gabriel jurava que era a melhor de São Paulo. Hunf! Melhor uma pinóia! O sanduíche que pedimos estava com o hambúrguer gelado, o Tomate parecia estragado e Júlia achou um bichinho na sua salada.

Depois de um lanche da tarde totalmente furado, Voltamos para o carro. Gabriel falou que queria mostrar à Helena uma vista linda. Fomos até a pontinha de uma ladeirona, e esse espertalhão deixou o carro bem na pontinha da ladeira.

E começou. Chegou o momento. Vamos segurar vela!! Era tudo o que eu queria! Ótimo, eles já estão começando as juras de amor eterno, Ele está passando a mão libinosamente na coxa da Helena. Ah, Tá explicado o por que do vestido curto.

Começaram à dar uns amassos, e aquele idiota com a mão no voltante, mudando de lugar para o freio. Odeio, REALMENTE ODEIO segurar vela, caramba!

Dei uma careta de nojo e fui reprimida por Júlia.

‒ Afe, seja mais romântica!

‒ Onww, que merda!—Eu respondi mal educada, limpei bem a garganta e falei um pouco alto—Aluguem um quarto.

Minhas amigas começaram à me dar tapinhas e recalmar baixinho, quando o carro começou à descer rápido, Bem rápido.

Começamos á descer numa velocidade incrivelmente rápida. O molusco mentecápito se abraçou na Helena que começou à gritar frenéticamente, junto com o resto das moças (incluindo o único homem, que pelo seu gritinho fino parecia que precisava de um saia).

Até parece que eu vou morrer assim tão cedo!

Antes de poder arrancar a roupa toda do Kujo nem pensar! Pera aí... PORQUE ESTOU COLOCANDO O KUJO NO MEIO DISSO? EU QUERO ARRANCAR A ROUPA TODA DELE?!?! {N/A: Quer sim! Até eu quero! Ò.Ó}

Avancei no freio de mão e puxei com toda a força que eu tinha, quase arrancando o freio na minha mão. Paramos num estrondo, onde só se podia ouvir o barulho dos freios e dos corpos de chocando quase que no vidro.

Depois de uns cinco segundos paralizados pelo choque, o Air Bag estourou, bagunçando todo o cabelo de nós.

‒ Seu... SEU MALDITO, IDIOTA!—Helena se soltou do Air Bag e começou a ter uma discussão da relação com o vulgo molusco mentecaápito maldito e idiota.—VÁ CATAR COQUINHOS SEU FILHO DUMA PUTA! ESTÁ TUDO ACABADO ENTRE NÓS.

Ela abriu a porta da vãn e nos ajudou a se desvencilhar dos Air Bags também. Saímos rapidamente do carro e subimos novamente a ladeira. E Helena tentando conter as lágrimas de ódio e tristeza.

‒ Calma Heleninha!—Tentou Mariana—Você vai achar alguém melhor!

‒ Acho que se o dono dessa jaqueta não casar com você Eliza.—Ele falou entre soluços—Eu mesma caso!

‒ Aliais, Como é esse carinha?—Começou Júlia.

‒ Fisicamente—Isabela deu ênfase.

‒ Moreno. Olhos azuis escuros. Pele perfeita. Olhar bem intenso. Seu corpo é meio definido...—Eu dei uma rápida descrição de Kujo—Quando sem camisa, pode deixar até as mais geladas pedras de gelo apaixonadas!

‒ Hnmm... Um filé!—Concluiu Camila

Nos separamos depois de alguns minutos, no caminho para casa eu comoçei à pensar como o meu dia podia ter sido tão ruim.

Má ideia, de novo.

Foi só pensar que a vaca da minha prima apareceu. Eu sei que você acha que ela não deve ser tão ruim assim. Mas acredite, ela é.

É a pura biscate. Que dá pra todos. Nesse pôr do sol gelado ela usava um vestido mais curto que de Helena. Botinhas de quinze centímetros de salto e veio se achando a gostosa.

Filha-da-puta. Ou melhor, puta.

Ela veio se achando a melhor e mais gostosa de todas as modelos do Victoria’s Secret. Ai, de todos os primos que eu tenho, a biscate tinha que morar perto, e ainda por cima estudar na minha escola?!

‒ Ora, ora. Parece que alguém saiu da toca hoje!—Ela disse com escárnio

‒ Boa noite, Ingrid.—Eu pude responder, seca

‒ Foi procurar mais livros das suas esquisitice e suas nerdices?—Ela começou a debochar. Eu poderia mandar ela tomar num certo orifício, mas como sou uma pessoa muito inteligente, vou virar essa mesa.

‒ Não, fui fazer algo melhor do que ficar parada na esquina.—Eu rebati, com a voz suave—Sabe, Ingrid, Te acho muito parecia com a Barbie.

‒ Linda e rica?

‒ Não. De plástico e sem cérebro. Aliais,  acho que tem um rosto, no seu blush.

‒ Ora, é melhor usar maquiagem do que ser uma CDF idiota que se acha a espertalhona porque é ótima nos estudos!

‒ Faz o seguinte: Grava um CD com a sua opinião, se eu quiser ouvir eu compro.—E saí de perto dela.

Continuei o caminho de casa, apesar das ameaças da minha “prima”. “Você vai ver!”, há! Até parece.

Cheguei em casa muito faminta. Claro, eu não comi mais aquele sanduíche depois de ver o bichinho na salada da Júlia. Entrei dentro da minha casa e gritei para minha mãe fazer comida pra mim. Quando cheguei na cozinha a única coisa que tinha de rastro dos meus pais, era um bilhete:

“Filha, nós combinamos de sair com uns amigos do tempo da faculdade, junto dos seus padrinhos. Não temos hora pra voltar. Durma bem! P.S.: Não tem janta, se ficar com fome faz algum miojo pra você. Beijos, Mami, e Papa.”

Legal. LEGAL! Não tem comida, eu estou morrendo de fome, quase morri num acidente de carro, o filme foi uma merda e esse dia não podia ficar pior!

Urgh! Que porra de dor é essa? Corri pro banheiro e vi uma surpresa nada agradável, Uma bela mancha vermelha na minha calcinha. ÓTIMO, AGORA ESTOU MENSTRUADA E COM CÓLICA! Tentei andar até a caixa de remédios, atrás de um Atroveran. Adivinha? NÃO TEM ATROVERAN!

Me troquei e caí de bruços na cama. Logo vi uma sombra chegando perto do móvel e  me virei, para espantar Kujo. Ele me olhou meio confuso, tentando se aproximar, inutilmente.

‒ Você não parece bem...—Ele concluiu—Está tudo bem? Deve ter acontecido alguma coisa, né?

‒ Ô Kujo, não vem dando uma de gato espertalhão e sensitivo pra cima de mim que eu não tô com saco hoje!

‒ Nossa pra que essa grossura?—Ele deitou ao meu lado e acariciou os meus cabelos— Quem era aquela moça de vestido curto?

‒ Minha prima. Eu odeio ela.

‒ Por que?—Kujo se deitou ao meu lado, curioso.

‒ Por que ela se acha a melhor só porque joga pela escola, e fica me menospresnado.

‒ E você odeia ela tanto assim?

‒ Nãão—Respondi, irônica—Digamos que se ela estivesse pegando fogo e eu tivesse água, eu iria regar as plantas.

Kujo abafou o riso e se arrumou melhor na cama.

‒ Já que você não tá bem, vou fazer companhia. Como um bom amigo.

Ele fechou os olhos. Ficamos assim por alguns momentos, engraçado, não sei por que eu estou me sentindo tão bem assim... Parece até aquela música, “Ela me faz tão bem”, só que não “ela”, mas “ele”.

Ele me faz tão bem, que eu também quero fazer isso por ele.

Adormeci, ao seu lado. Com a frase acima na minha cabeça. Nunca estive tão determinada para retribuir esse sentimento como agora.


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Notas finais do capítulo

tá grandão esse né? KKK
Só pra falar, também tenho uma prima muito arrogante. Odeio ela.
Reviews? XD