Ele É Um Gato! Literalmente... escrita por Femme
Notas iniciais do capítulo
Olha só!! Como vão, como vão?? XD
Esse é o especial de Natal, logo vai ter um especial de Ano Novo (pretendo fazer)
Ah sim, Natal. Época que a sociedade mostra ser ainda mais consumista e devido às compras festivas eleva a economia capitalista.
Natal, tem também aquela comilança toda, que muitos passam mal depois de comer tanto. Quando abrimos os presentes, quando vem aquele seu tio idiota fala a piadinha do “pavê ou pacumê?”, aquela tia que vai perguntar dos namoradinhos, e a sua avó que vai apertar as suas bochechas.
Mas, apesar dos empecilhos, é a época mais festiva do ano.
Ainda mais quando você convida para passar as festas com você o amor da sua vida, né?
Me lembro de comentar das festas com Kujo no dia 23; eu sei, bem em cima da hora. Quando eu comentei ele se animou e saiu correndo comprar alguma coisa. Não sei o que, mas espero que ele não gaste o meu dinheiro com besteiras.
Minha mãe arrumou uma sobremesa para levar na casa da minha avó, colocou o peru pra assar, meu pai foi comprar mais bebidas, e eu fiquei sentada na sala assistindo os especiais de Natal, como sempre faço.
‒ Filha vem me ajudar!—Minha mãe gritou— Embrulha o mouse de chocolate enquanto eu vou tirando o peru do forno.
Eu desci, bufando, e coloquei qualquer coisa em cima do mouse e quando estava voltando para a sala minha mãe salientou.
‒ Vai se trocar antes que fique tarde!
Ainda contrariada, subi e coloquei meu vestido laranja de renda e umas sapatilhas. Sentei-me novamente no sofá e quando já estava me acomodando minha mãe anunciou que me pai tinha chegado e que já devíamos ir na casa da minha avó.
Quando eu estava descendo, Kujo-Koban apareceu com uma sacolinha de presente, ele me entregou e entrou sorrateiramente no carro.
Chegando na casa da minha avó, dava para ver que todo mundo já tinha chegado. A Tia K e o resto estavam lá, O que me surpreendeu é que a Nina estava junto do Hector. A Tia G também, com todos lá, até mesmo a Ingrid, que me olhou feio.
‒ Liz!— Tarsila e os gêmeos vieram me abraçar.
‒ Oi pessoal—Eu os cumprimentei— ,já sabem o que pedir para de Natal?—eles começaram uma missa inteira falando sobre os seus presentes, o que estava muito interessante, até que eu senti o meu celular vibrar.
‒ Alô?—Eu falei, em resposta. Uma voz melódica falou ao celular:
‒ Eliza, vem me buscar no carro, aqui tá muito quente pô.—Eu desliguei o celular, e corri até o carro, abrindo-o e deixando que Kujo saísse de lá.
‒ Finalmente, hein?—Ele me censurou. Entramos na casa da minha avó e ao chegarmos, atraímos olhares indiscretos de todos.
‒ Hã, pessoal—Eu comecei— Esse aqui é o Kujo, o meu namorado. Chamei ele para passar o Natal com a gente.
Para a minha surpresa, Meu pai não teve um treco, nem mesmo piadinhas, ou qualquer coisa. Eu fiquei olhando para eles, e eles nos olhavam totalmente vazios.
‒ Bem—Hector tentou tirar o clima ruim—, um brinde. Pela Eliza finalmente ter achado um namorado!
Todos clamaram o brinde. Rapidamente, começaram à conversar, se esquecendo de todos nós.
‒ Ei, Liz.—Hector se aproximou— Você sabia que o canário...
‒ Sabia.
‒ Valeu hein?—Ele deu um piscadela para mim.—A Nina era o que eu realmente queria.—Ele fez uma cara apaixonada e procurou Nina com os olhos, ela havia sumido.
‒ Mestra!—Nina pulou no meu pescoço, quase me sufocando—O novo Mestre Hector é uma pessoa maravilhosa, como a senhorita já havia me dito.
‒ Ele tem cuidado bem de você?—Perguntei, tentando me desvencilhar do abraço dela.
‒ Sim, mas ele me machucou na última noite, pois foi muito “selvagem” —Ela fez as aspas com os dedos quando falou o adjetivo. Hector virou um pimentão. Eu ri dos dois, um casal perfeito.
‒ E vocês — Hector substituiu o rosto vermelho por uma expressão sacana—,já se entenderam desse jeito?—Ele levantou as sobrancelhas. Eu já iria linchá-lo quando a ceia foi colocada na mesa.
Nem preciso dizer que começamos à comer como pessoas não civilizadas; um tempinho depois minha avó se levantou e bateu na taça de vidro com uma colher. No início, ninguém ouviu, depois dela bater mais forte a ponto da taça se quebrar, deixando vinho branco escorrer na mesa todos olharam para ela.
‒ Minha família. —Ela falou serenamente— Há muito tempo atrás, meu marido morreu, como vocês sabem. E ele só queria o meu bem, portanto decidi abolir a solidão e renascer novamente.—Ai me Deus, o que ela está falando?—Portanto queria apresentar para vocês, nessa data tão especial, o meu novo companheiro, Luiz.
A porta da frente se abriu, uma figura começou a entrar, e todos seguramos a respiração, para não termos um infarto. O tal Luiz, era um cara que parecia ter vinte, vinte anos de idade, era louro, e musculoso. Não posso dizer que ele era uma gato, não igual ao Kujo, mas era lindo.
‒ Mãe, —Disse a Tia G, com uma cara incrédula— Diz que esse é o neto do Luiz, né?
Minha avó deu um belo sorriso, e esticou a mão enrugada pro cara que segurou-a com delicadeza. Meu estômago revirou, minha cabeça girou, e minha cara foi pro chão.
O resto do pessoal não parecia estar em melhores condições. Os gêmeos até deixaram a comida cair do garfo; Tarsila colocou a taça dentro do próprio prato, Justina tinha uma cara muito esquisita; já tia G, tio Mauro e meu pai tinham uma cara indecifrável; Minha mãe e tia K, que estavam servindo a comida, deixaram cair os pegadores dentro das travessas; Hector se engasgou com o vinho e Nina fez uma cara muito parecida com a de Justina; Kujo parecia que ia cair da cadeira.
‒ Isso aí vó!—Ingrid exclamou— Amor não tem idade!—Todos olharam para Ingrid como se fossem matar ela muito lentamente.
‒ Mãe, —Me pai começou— Nada contra mas...
‒ Mas o que? Eu limpei a bunda de vocês, acho que tenho o direito de namorar de novo.
‒ Mãe ele tem idade para ser seu neto!—Tio Mauro gritou—Aliais, o seu neto tem essa idade!
‒ MENTIRA —Minha avó exclamou—O Luiz tem vinte e cinco!
‒ GRANDE DIFERENÇA!—Todos nós, todos mesmo, gritamos de volta
‒ Não se preocupem, vou cuidar muito bem de-—Luiz tentou falar.
‒ NÃO SE METE NISSO QUE JÁ TÁ FICANDO MUITO SÉRIO PRO SEU LADO, COMPANHEIRO.—Meu pai gritou. Bem, o resto da ceia desceu enrolado.
O_O_O
No dia seguinte, chegamos lá pelo meio-dia. O almoço desceu atolado de novo, pois Luiz estava comendo com a gente. Depois do almoço, Luiz foi induzido pela minha avó que deveria se “enturmar com os netos”. Já no quintal, Justina deu um gritinho.
‒ UM BESOURO ENORME!—Ela gritou, Ingrid correu para dentro, chamando o resto do mundo, eu me virei para onde ela apontava.
‒ Até parece, deve ser alguma coisa minúscula e- PUTA-QUE-O-PARIU ISSO É UM BESOURO? PARECE MAIS UM HELICÓPTERO!—Olhava para um besouro de três gigantes centímetros. Hector pegou uma raquete de tênis, e eu catei o primeiro chinelo que eu vi. Tentando acertar o inseto, eu e Hector saímos correndo atrás daquele projeto de helicóptero, Kujo me seguia com um dedo indicador levantado.
‒ Eliza, eu posso ajudar.—Ele falou pela primeira vez, e eu tentei acertar o besouro que deu um rasante. Pela segunda vez, Kujo comentou a mesma coisa, e eu tentei acertar o inseto, que rodopiava na minha frente. Na terceira vez, o besouro passou na frente de Kujo e bem... Eu dei uma cacetada na cara dele com o chinelo. A pancada foi tão forte que Kujo cambaleou e quase caiu no chão.
‒ Meu Deus —Justina falou— Você vai ter de ser duro na queda para ser namorado da Eliza.
Um tempo depois, Luiz, Hector, meus tios, meu pai, Kujo e os gêmeos estavam jogando uma partida de futebol. Como só tinha um gol, Kujo ficou encarregado de ser o goleiro. O que não parece ser algo muito recomendável.
Luiz, começou a correr com a bola, e rápido. Ele estava perto do gol quando eu gritei para o Kujo:
‒ DEFENDE SEU FILHO-DUMA-CADELA!
Kujo se virou para mim, meio perdido e defendeu. Bem... Do jeito dele, porque a bola veio em sua direção, e socou a cara dele. A bola ricocheteou para fora do gol e Kujo caiu como uma jaca madura no chão.
Ainda mais tarde, Convidei Nina para jogar um daqueles jogos de dançça no Kinect. Estávamos dançando de um modo muito retardado, e o resto dos meus primos apareceu para ficar nos vendo.
Kujo apareceu também, mas o infeliz chegou perto demais de Nina e acabou levando um soco no estômago, e um pisão no dedo do pé. Como ele já tinha se machucado o suficiente para o mês inteiro, eu peguei as minhas coisas e avisei para a minha mãe que iria acompanhá-lo até a “sua casa”.
No meio do caminho, Ele virou para mim e sussurou:
‒ Graças à Deus o Natal é só uma vez por ano.
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O episódio do besouro aconteceu comigo. Eu tentei matar um mosquito e meu pai falando para colocar veneno e eu dei um cacete tão forte nele com a almofada que os seus óculos até entortaram...