Ele É Um Gato! Literalmente... escrita por Femme
Notas iniciais do capítulo
Olhem, não é fácil dizer que está acabando. Mas está. ;-;
Aqui está, boa leitura!!
A semana passou voando. Nem vi mesmo os dias passarem. Provas finais eram aplicadas e tudo estava às mil maravilhas comigo e com Kujo. Me lembro bem a reação das minhas amigas quando eu falei dos acontecimentos da noite...
FLASHBACK ON:
‒ Olha só a noivinha!—Camila deu um lindo sorriso ao me ver— Vocês se entenderam?
Eu fiquei quieta, dando um ar de mistério para a conversa.
‒ Hnm, acho que sim.—Eu respondi indecisa.
‒ Vocês oficializaram o namoro?— Isa perguntou toda alegre.
‒ Acho que sim...
‒ FALA DIREITO FILA DA PUTA!—Júlia se sobre saiu. Deixando todos incrédulos com sua atitude repentina.
‒Tá bom.—Eu comecei—Estamos juntos. Bem, eu acho.
‒ Por que você só acha?—Todas perguntaram.
‒Não sei o que significa depois de um casal passar a noite juntos...
O som foi único, todos os queixos presentes caíram. Helena começou a piscar incrédula; Isa colocou a mão na frente da boca, e ficaram assim por alguns minutos.
Depois teve uma explosão de risos, ataques em cima de mim e uma porção de “OMG não acredito que vocês fizeram isso!”.
FLASHBACK OFF:
Sexta feira, eu saí da escola e Hector parecia tentar cantar uma menina do terceiro ano. Ele não tinha sucesso algum, a menina começou a se encher e mostrou o dedo do meio para ele, que ficou estático por alguns segundos.
Me aproximei do meu primo, tentando controlar o riso. Parei ao seu lado e ele chutou uma pedrinha no chão.
‒ Minha lábia está acabando. —Ele reclamou para si mesmo—Não vou conseguir uma namorada assim tão fácil.
‒ Desde quando você quer namorar sério?
‒ Eu percebi que já estou ficando velho. — Arrã, vai lá sentar com a Cláudia Hector; se você é velho nossa avó é um dinossauro. —Preciso de uma pessoa instável na minha vida.
‒ Você não é velho. Você pode arranjar uma garota fácil com essa sua aparência.
‒ Não quero uma garota.—Ué, quer um cara então?—Quero uma mulher, que me faça se sentir um homem.
Ficamos em silêncio por alguns instantes
‒ Que papo mais sem pé nem cabeça. —Eu já iria deixá-lo lá se lamentando quando vi uns meninos do oitavo e do nono ano jogando pedras num canário muito bonito e branco. Eu me enfiei na muvuca, consegui pegar o canário apesar de levar várias pedradas na cara.
Voltei com o canário até perto do meu primo, ele olhou para o canário carinhosamente e acariciou as penas de sua asa.
‒ Sabe, outra coisa que eu queria era um animal de estimação.—Ele devaneou.
‒ Mais do que uma namorada?
‒ Os dois itens estão em primeiro lugar na lista!—Ele deu um belo sorriso.
‒ Eu vou ver se arranjo uma gaiola antiga para você e você fica com esse daqui.—Meu primo me deu um abraço e eu voltei ainda ais animada para casa.
Eu cheguei em casa, ignorando a fome o Kujo, corri até o meu quarto, fechei as janelas e portas e deixei o canário lá. Desci correndo até o quintal e pegeui uma gaiola velha, com o meu garoto-gato logo atrás.
‒ Aquilo lá é um canário?—Ele perguntou, eu balancei a cabeça afirmativamente.—Posso come-lo?
Virei assustada para ele e fiz a cara feia mais esquisita de todas.
‒Aquele canário é do Hector.
Subi as escadas e abri a porta do quarto, me deparando com tudo, menos um canário.
Uma garota, mais ou menos da minha idade, de cabelos longos e brancos, olhos negros e ingênuos e totalmente nua estava parada no meio do meu quarto. Kujo quase teve um infarto, eu não posso dizer que não me assustei.
A menina deu um sorrisinho e me deu um abraço de urso. Ela começou a me sufocar quando percebeu Kujo, e se escondeu dele.
‒ Mestra, aquele é um gatinho mau.—Ela tinha uma voz doce e delicada. “Mestra”?
‒ Quem é você?—Eu olhei para ela cheia de confusão.
‒ Deve ser uma transformista. —Kujo explicou— Igual à mim, só que se transforma em pássaro.
‒ O gatinho malvado tem razão.—Ela respondeu— Mas, lhe respondendo Mestra, sou chamada de Luna.
Olhei para Luna por alguns segundos até que Kujo me cortou.
‒ Eliza, arranja uma roupa pra ela, por favor?
Peguei um vestido amarelo com renda, e uma sandália de pedras douradas. Até ofereci uma calcinha para ela, que suspeitamente recusou.
‒ Não podemos ficar com ela.—Kujo pegou meu braço e sussurou.—Mais um bicho aqui e sua mãe vai acabar surtando.
Imediatamente me lembrei de Hector: “Os dois itens estão em primeiro lugar na lista!”, e dei um sorriso contente.
‒ Luna, tenho o pesar de lhe dizer que não serei mais a sua Mestra.—Eu comecei.—Seu novo mestre é chamado de Hector. Vamos, se transforme em canário que eu vou te levar a ele.
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Gostaram? A Luna é bem fofinha néé??