Ele É Um Gato! Literalmente... escrita por Femme


Capítulo 23
Ah, Paixonite aguda na área!


Notas iniciais do capítulo

Onwww~~ Vomitando arco-íris~~ Quem achou que o outro foi fofinho, esse vai morrer!
Ouça lendo:
1- For the first time- The script
2- Velha infância



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Voltamos para nossas devidas casas. Eu voltei de mãos dadas com o Kujo, o que por mais incrível que pareça, não fiquei tão corada.

Ele tinha um sorriso bobinho na cara como se tivesse ganhado na loteria. Do amor, só pode. Eu também tinha um sorrisinho engraçado e apaixonado nos lábios.

“Eu te amo”—OMG eu quase tive um infarto. Ele me deu um beijo na bochecha e segurou na minha mão desde àquela hora. Entramos na minha casa e vi um dos bilhetinhos da minha mãe.

“ Infelizmente seu tio avô Arnaldo morreu, portanto eu e o seu pai fomos no enterro no interior. Só voltamos amanhã de manhã, tem dinheiro no vaso azul e comida na geladeira.—Beijinhos, Mãe”

Não acredito que pensei nisso, mas: EXECELLENT! Uma noite sozinha com o Kujo em casa? Tem coisa melhor??

Por falar nele, ele já estava sentado no sofá (sentado vírgula, esparramado). Eu me sentei ao seu lado, tentando não assustá-lo com a minha rápida vontade de dar uns amassos.  Passeei os olhos pelo seu corpo e quando percebi, ele estava me encarando.

‒ Algum problema Eliza?—Ele apoiou a cabeça numa mão e virou o rosto em minha direção. Eu fiquei em silêncio, ele havia me pego em flagrante, o que eu podia fazer?

Ele se mexeu bruscamente, e quando me dei conta, ele estava em cima de mim, com seus olhos mostrando um brilho travesso. Eu corei, com a súbita aproximação de nossos corpos.

‒ Não me negue.—Ele disse— Você me quer desde o dia que me viu.—Isso não é mentira.

Virei o rosto em direção à televisão, tentando ignorar minha intimidade úmida.

‒ Tá, eu te quero seu idiota.—Eu confessei. Kujo corou como um grande pimentão e saiu de cima de mim. Ele ficou encostado no canto do sofá, cheio de vergonha.

‒ Nossa, não pensei que fosse tão rápido assim...—Ele concluiu o pensamento e se transformou em gato. Depois saiu correndo até o meu quarto. Nossa velho, que bosta.

O_O_O

Já estava escurecendo, Kujo não havia dado sinal de vida desde àquela hora. Já estava começando à ficar preocupada. Quando eu menos esperava, Kujo apareceu com uma toalha e fuçou na cozinha depois me chamou para segui-lo.

‒ Onde vamos?—Eu perguntei. Ele me levou até o telhado, colocou a toalha lá e nos sentamos nela. Ele tirou um sanduíche de morando, suspiro e chantily e me deu.— Hnm. Lanche noturno.

‒Prove— Kujo tirou duas taças e colocou um pouquinho de suco de uva. Eu provei e percebi que era um vinho que estava aberto e guardado no geladeira.

‒ Suave.—Classifiquei—Parece ser inesquecível, igual à você Kujo.

‒ Não é justo.—Ele escondeu o rosto, para esconder o vermelhidão— Você é praticamente uma poeta!

 Eu ri e me abracei a ele, ficamos assim por um curto espaço de tempo, depois ele mostrou o rosto e nós nos deitamos na toalha.

‒ Olha ali —Kujo apontou—A constelação de Órion.

‒ Como você sabe?

‒ Chutei só pra te impressionar. —Eu fiz uma cara malvada para ele.

‒ Meninos que mentem devem ser punidos. —Eu comecei a fazer cócegas incontroláveis em seu abdômen, ele se contorcia de rir. Depois ele pegou minhas mãos e as prendeu bem acima do peito.— Kujo...

Ele me calou com um pequeno selar. Não foi muito, mas significava bastante.

Eu tive uma sede insaciável de seus lábios, comecei um beijo mais ousado, o qual Kujo nem reclamou. Ele inverteu nossas posições, ficando acima de meu corpo. Quando nossos lábios se descolaram, ele deu um sorriso radiante.

Ele me levantou, juntou as nossas coisas, e voltou para dentro. Jogou a toalha e os sanduíches dentro do meu armário, depois me olhou triunfante.

‒ Eliza ‒‒Ele fez um movimento na jaqueta de couro, como se quisesse tira-la— ,Eu sou todo seu hoje à noite.

Meu coração que já palpitava, deu um pulo. Ele me queria? Mordi os lábios instintivamente.  Andei até ele e tirei sua jaqueta; quando eu estava guardando-a, Kujo me girou e devorou meus lábios, sem escrúpulos.

Quando me dei conta, ele já estava sem camisa, e eu só de lingerie. Ao ver minha falta de roupas, me assustei. Kujo ao ver minha reação, tirou as minhas últimas peças e me deu mais um beijo.

‒ Tem certeza?—Eu falei

‒ Nunca tive mais certeza do que antes. — E o pudor se dissolveu entre nós.

O_O_O

Senti a manhã entrar pela minha janela semiaberta. Quando abri os olhos, percebi que estava deitada em cima do peito nu de Kujo, que dormi tranquilamente. Fiz um recapitulação rápida da noite passada: Corpos se chocando, Palavras desconexas, Beijos pela extensão do pescoço de ambos e vários “Eu te Amo”. Não pude deixar de sorrir maravilhada.

Saí de cima do corpo de Kujo, e me sentei na beirada da cama. Olhei para o quarto, várias peças de roupa estavam jogadas pelo chão, o lençol da cama estava parecendo que um furação pessoal passou por ele, o travesseiro tinha marcas de quando se segura muito forte a fronha.

Coçei os cabelos suados e olhei para Kujo. Ele passava os dedos delicadamente em minhas costas nuas, me olhando com um rosto totalmete tranqüilo.

‒ Bom-dia.—Ele falou preguiçosamente.

‒ Bom-dia, olha como deixamos o quarto Kujo.—Ele olhou o quarto, com uma das sombrancelhas levantadas. Quando olhei para seu rosto, notei algo que deveria estar lá.

As orelhas.

‒ Suas orelhas Kujo. Onde foram?

Ele passou a mão pelos cabelos e começou a comemorar. Gritando coisas que eu não entendia.

‒ Meu amor, vou te falar uma coisa.—ele segurou as minhas mãos.—Eu sou um nekomata. Sabe o que é um nekomata?—Eu afirmei— há um tempo atrás, eu tentei seduzir um bruxa que era dita como inalcançável. E como eu a desafiei, ela me jogou um feitiço que eu não podia falar a respeito, nem controlar minhas transformações, ficando preso na forma de um gato comum. O feitiço só iria se acabar quando eu encontrasse alguém que eu realmente amasse!

Eu franzi o cenho. Que história mais sem pé nem cabeça. Eu já iria falar isso quando ouvi o barulho do portão sendo aberto. Eu me levantei, catei nossas roupas, joguei-as dentro do guarda-roupa, vesti rapidamente um pijama e enxotei Kujo para dentro do banheiro.

‒ Eeei!—Ele reclamou—Não seja indelicada!

Dei um pequeno selar em seus lábios e o fechei no cômodo. Rapidamente, minha mãe entrou no meu quarto, olhando para a bagunça que eu chamava de cama e para o ninho de ratos que eu chamava de cabelo.

‒ Tudo bem, filha?

‒ Tudo ótimo mãe. Você nem imagina.


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Notas finais do capítulo

Ja vou avisando! Tá acabando!! Mas não se desesperem!! Vi ter um especial de natal! XD