Eva - Paixão pelo desconhecido escrita por Lady Gumi


Capítulo 3
Êxtase...


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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A chuva não parava e o som das gotas me pertubavam, Eva continuava sentada ao meu lado imovel.

– Ah! Quero ir embora dessa merda. - deitei no chão e fechei os olhos.

– Por que esta deitado? - ela perguntou.

– Esperando o tempo passar e levar essa chuva embora. E você? Por que mesmo esta aqui? - falei desinteressado logo depois soltando um longo suspiro.

– Não sei, você estava sozinho aqui então vim fazer compania.

Abri um dos olhos e a fitei, dava para ver a ponta do guarda-chuva que estava em seu colo

.- Porque não vai pra casa? Tem um guarda-chuva com você, não tem?

– Eu trouxe para você...

– Ah... - sentei-me novamente. - A-arigatou. - pude sentir minhas bochechas ficarem quentes... VIREI BICHONA AGORA PORRA?!



Olhei para o lado tentando esconder minha face rubra, senti pequenas mãos segurarem meu rosto e virarem ao encontro do delicado rosto de Eva. Ela estava sentada em meu colo.

– Você esta quente, febre? Hm... Esta esquentando mais. - Ela se aproximava cada vez mais.
A Eva é tão linda, sua pele parecia porcelana e os lábios rosados que chamavam a atenção junto com seu olhar sereno... Meu coração batia cada vez mais rápido, o que estava acontecendo comigo?

– E-ei o que pensa q-que esta fazendo? Saia de cima de mim sua tarada!

Praticamente pulei tentando levantar e sem querer a derrubei no chão.

– D-desculpe! - falei em desespero.

– É assim que trata as garotas?! Idiota! - gritou com os olhos fechados.

Ela levantou e saiu dando passos largos, parecia nem se importar com a chuva.

– Ah, você vai precisar! - lançou o guarda-chuva que passou raspando do meu rosto e começou a correr.



– Tsc! Que garota mais estranha, não fiz nada... Porque será que ela ficou assim?
Abri o guarda-chuva e fui atras de Eva para ver se conseguia alcança-la. (Porque diabos eu estou fazendo isso?!)

 

– Ah ali esta ela! - essa mania não para, néh? - Eva!

Ela olhou para mim, ela estava chorando ou era apenas impressão?

Estava apenas alguns metros de distancia e algo saiu do chão formando uma enorme cratera.

– Mas o que é isso? - Arregalava os olhos cada vez mais, é gigante. Parecia um homem, a boca estava costurada, não possuia olhos apenas dois buracos negros e seu nariz também não estava mais ali, tenho certeza que da pra ver o cérebro, hurgh.

Ele levantou sua espada, que não era nada pequena, e mirou em minha direção. Assim que ia dar o golpe, cabelos prateados apareceram e o cheiro de rosas penetrou-me novamente.

– C-como você me...? - estava do outro lado da rua sentado no chão.

– Você só sabe gaguejar? - falou colocando a mão na cintura, tirando o cabelo da frente do rosto ela olhou para aquela "coisa" - mandaram outro desses caras, só porque achei que hoje ia relaxar.

– Você sabe o que é aquilo?

– Hm... Um monstro, não ta na cara? - ela ergueu a sobrancelha olhando para mim.

– Claro que é um monstro! - gritei.

– Então porque perguntou?

– Você é mesmo complicada, ou só se finge de burra. - bufei.

– Não é por nada não, mas eu acabei de salvar a sua vida, poderia pelo menos ser educado? Seu moleque - cruzou os braços

– Quem é o moleque aqui?! - levantei a encarando.

– Você é o único que vejo. - ela tem razão...

– Nós não deviamos estar discutindo, e aquela coisa?

– Ela ainda esta tentando tirar a espada que ficou pressa no chão, hilario né? - ela sorriu... Realmente encantadora... - ei moleque.

– O que foi?

– Suas bochechas estão vermelhas de novo, você não sabe se decidir se fica com febre ou não?

– Ahh! Do que me chamou?!

– Parece que ele conseguiu tirar a espada. - ela se voltou para o monstro. - só fique aqui esta bem? Não quero que você se machuque. - percebi o tom de preocupação na sua voz.

– S-sim. - fiz que sim com a cabeça.

Eva começou a correr na direção da "coisa", desfiou do primeiro golpe, pulou e deu varios chutes caindo perfeitamente em pé.

– Porque a senhorita fugiu? O mestre ficou bravo, Eva tem que voltar pra casa, se não vou ter que mata-la.

– Então tente Majin imundo! - seu olhos ficavam cada vez mais vermelhos e com desejo, qualquer um que olhasse ficaria hipnotizado, mas eu ja havia visto aqueles olhos, naquela noite...

O monstro tentava acertar Eva varias vezes, ela apenas desviava ja que não podia fazer muita coisa, não havia nenhuma brecha para que ela pudesse atacar. Saltou novamente, com a mão fechada preparada para dar um soco, o monstro apenas vez um movimento e Eva foi acertada no estomago. Foi arremessada em um carro, quebrando o veiculo por inteiro.

– Argh! - gemeu levantando-se. Sua boca escorria sangue, havia cacos do vidro do carro em sua perna.

– Hora de morrer, pequena madame! - o monstro gritou.

A espada do monstro foi lançada em sua direção, e antes que a acertasse esquivou e pegou a enorme espada. A besta apenas ficou observando irritado.

– Majin burro! Como ousa me desafiar, claro que conseguiria parar esta simples espada, não me faça rir, e faça seu trabalho direito. Veio para me matar não?! Então me mate, mate agora! - Eva gritava cada vez mais, como ela pronunciava tais palavras tão facilmente? - Você mesmo falou que ia ter que me matar se eu não voltasse, não vou voltar, não quero voltar para aquele lugar sem vida onde não existe luz!

Os dois começaram a correr na mesma direção.

– Volte para o inferno e diga ao seu mestre que a sua pequena Eva não vai mais servi-lo! Girou a espada, cortando o monstro ao meio. Assim que o fez ela desmaiou.

 

– Eva! - gritei indo até o pequeno corpo caído no chão.

Ela parecia estar exausta e estava toda molhada por causa da chuva. Será que alguém mais, além de mim, viu o que acabou de acontecer aqui? A rua esta vazia desde aquela hora...Ainda bem.

A peguei e levei ela nas costas com a cabeça apoiada em meu ombro, coloquei o guarda-chuva aberto em cima de nós dois de uma forma que não caísse e antes de ir para casa virei para trás, tentei ver o corpo do monstro, mas não estava mais la, havia desaparecido.




 

– Como sempre, vazia. - acendi as luzes, e fui para o meu quarto.

Deitei Eva no chão de tatame, coloquei uma almofada em baixo de sua cabeça e fui pegar uma pequena caixa de primeiros socorros, mas quando me dei conta os machucados nem estavam ali.

– Onahara...

- Hm?

– Onde estou?

– Na minha casa, eu te trouxe quando você desmaiou.

– E porque estava ai me olhando como um tarado? Depois não fale de mim. - ela sentou.

– Eu não estava te olhando, ia ver seus machucados, pelo menos um obrigado eu mereço. - cruzei meus braços. - se quiser tomar banho o banheiro fica aqui do lado, tem toalhas no armario. - peguei uma blusa minha que provavelmente ficaria um vestido nela. - tome, isto deve caber. Vou fazer um chá.

– Ah Onahara!

– O que?

– Obrigada. - abaixou a cabeça como referencia.

– Sem problemas. - sai do quarto e fui para a cozinha.






~

Após décadas o chá tinha terminado, voltei para o quarto com uma bandeija e duas xicaras. Eva me esperava em pé de costas, coloquei a bandeija em cima de uma mesa pequena que eu tinha la e caminhei até ela.

– Eva?

Ela virou e pulou em cima de mim, fazendo nós dois cairmos no chão, aquela mesma sensação estava voltando, ela se aproximava enquanto fitava-me profundamente, senti que estava sendo hipnotizado por aqueles olhos...Depois...Uma pura sensação de prazer, o êxtase me tomava por completo.

Tinha acabado de ser mordido.






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Notas finais do capítulo

Mandem review se gostaram, ou não, se precisa melhorar, essas coisas. Se não entenderam alguma palavra ou queira saber o significado é só perguntar.

Até o próximo cap.



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