CAPITULO POR DIMITRI:

Desde que eu nasci, sempre foi costume da família ir na casa de verão nas férias.Quando eu tinha uns 4 ou 5 anos, Micaela, minha mãe, morreu afogada em uma das prais que ficavam proximas a casa.Desde aquilo eu nunca mais quis voltar lá, mas meu pai inssistia naquilo, ele sabia que eu gostava do lugar, e que era bom manter essas tradições de familia, mas pra mim não dava pra fazer aquilo, poxa vida, aquele era o lugar favorito da minha mãe também!Ela ia lá dese pequena, e tinha morrido lá...Era uma tortura pra mim aquilo, mas meu pai insistia, e não tinha como continuar uma tradição de família, desde que minha mãe havia partido, nunca mais fomos uma familia...

A casa continuava como sempre, com aquela cara de conto de fadas, mas ao mesmo tempo, parecia mais uma historia de terror, aquele ar de morte recente ainda rondava o local.

Era um sobrado branco, parecia com aqueles xalés franceses, com uma escada e uma especia de área coberta, feitos em madeira petrificada, em um canto, velha e isolada, ainda ficava lá uma cadeira de balaço branca, que ainda tinha aquele cheiro de arvore de cerejeira.Eu ainda podia ver claramente aquela mulher loura, recostada na cadeira, com seus cabelos ondulados caindo sobre o rosto delicado, dando um contorno angelica a sua face branca.No seu colo tinha um garotinho, também loiro, com cara de pestinha, todo sujo da areia da praia.A mulher, com sua voz tão meiga quanto ela propria, cantarolava uma canção de ninar, enquanto o garotinho suspirava em seu colo, o garotinho parecia feliz, de uma forma que nunca mais ficaria....

–Dimitri!Ei Dimitri, me responda! - Meu pai havia interrompido meus devaneios...

–Que é?

–Não seja grosso assim comigo moleque!Voce ta ai parado na escada faz uns dois minutos!Se desconectou do mundo ouoque??

–Ai desculpa, me destrai...

–Ta certo...mas entra logo, vá la arrumar suas coisas!Vou pediar pra empregada preparar o almoço, voce gosta de macarronada né?

–É mas tanto faz, não ligo pra oque for comer não

–Ta bom entao

Eu subi as escadas, e fui pro quarto, no caminho, aquela nostalgia me corroia ate os ossos!Eu podia ver ela ali.As fotos de familia, os quadros dos seus pintores favotos, o papel de parede, ate o modo como as almofadas eram colocadas!Tudo!Tudo lembrava dela, a casa era ela, ela tinha ido, mas tinha feito o favor de deixar a presença dela naquela maldita casa?POR QUE TINHA QUE SER ASSIM?!POR QUE ELA TINHA QUE TER PARTIDO?!POR QUE ELA TINHA QUE TER ME DEIXADO...SOZINHO?!....E-eu...eu queria mais era me matar, só pra poder estar junto dela, só pra ver ela de novo, só pra sentir seu perfume e o calor do seu abraço, eu queria o amor dela, euq ueria ter um amparo, eu queria minha mãe de volta!

Eu nem percebi, mas simplesmente fiquei 5 minutos de pé no qurto, com lagrimas correndo no meu rosto, a janela estava aberta, e entrava uma brisa calorosa de fim de tarde, eu podia sentir ela ali, comigo...

–É sempre assim né?

–Como?

–Você sempre chora quando vem aqui....

–Posso saber oque voce ta fazendo aqui?

–Fraco

–Em?

–Você entendeu oque eu disse, -F-R-A-C-O, fraco!

–Você não me respondeu

–Eu sou o filho do caseiro do seu imbecil!

Ali, de pé, escorado na porta, estava o Estevan, com sua classica cara de Indio japones

–Imbecil é você, seu merda

–Ta sei, agora enxuga essa cara, voce tem 17 anos e fica ai chorando feito um bebezinho!

–Eu choro quando eu quero seu idiota - eu disse, passando a mão sobre o rosto e sentando na cama

–Ah cara, não fica assim! - Ele veio na minha direção, e também se sentou na cama

–Voce so diz isso porque n é obrigado a ficar quase um mes todo ano no lugar que sua mãe morreu

–Ah mas...levanta esse astral!Ando logo vaai, pega seu calção e vamo da um mergulho na praia!Oolha lha o ceu!Ele ta muito bonito, ta super calor, ta um dia maravilhoso pra voce perder e...

–Você parece uma menina falando "aai, o dia ta maravilhoso pra voce perder!! - eu disse, fazendo uma voz irritante

–Aff seu idiota, mas serio, vamo lá!E voce sabe que o dono da casa de verao que fica mais perto da sua é o pai daquelas trigemas gatas né?...Morenas de biquini! -ele dizia olhando pro nada-Isso não te anima??

–É anima hahahahahahha-nós rimos juntos - vai la que eu ja to indo

–Beleza!

Ele saiu em disparada, pude ouvir o momento em que ele tropeçou ao descer as escadas

–Merda! -ele gritou la de baixo

Eu sempre me esquecia de que Estevan era o filho do caseiro daquela casa, eu conheci ele quando o pai dele começou a trabalhar lá, nós sempre nos demos bem, e ele sempre foi um completo idiota, mas só no jeito de ser, porque era um completo nerd.

Depois de alguns minutos eu desci, ficamos algumas horas lá, zuando com as trigemeas, depois fomos almoçar, voltamos pra praia, e aquelas férias seguiram assim.

Mesmo com o Estevam me arrastando todo o dia pra praia(mesmo que eu em divertisse lá, ele me arrastava, não sei como!), tinha vezes que eu so queria ficar lá naquele quarto, deitado o dia inteiro, sem fazer nada, pensando em como era minha vida antes, e como ela havia se tornado de usn tempos pra cá...eu sentia que alguma coisa nova estava vindo, alguma coisa iria mudar!

Mas eu não sei porque, durante todo o periodo de ferias, eu sentia que tinha acontecido alguma coisa importante anets de eu viajar e que eu estava esquecendo, eu sabia que era mais importante do que imaginava, mas não sabia oqe era....