Um Louis Em Minha Vida escrita por Kou


Capítulo 6
6 – Sonho de Gato


Notas iniciais do capítulo

OIE, TUDO BEM

A gente já tinha postado esse cap no SS, mas já que Bandas voltou, vamos postar aqui também que o Nyah! é mais lindo s2 s2

As notas antigas: "Primeiramente, a confusão de vocês será tirada pelo próprio narrador, não se preocupem. Se ainda restar alguma dúvida, perguntem xD Pedimos desculpas, ok? (Ah vá, mas nem estava tão confuso assim, poxa... mimimi)
Em segundo lugar, tudo o que está em itálico é uma MEMÓRIA que o LIAM está RECONTANDO. Anotado? Então bora lá, boa leitura! o/
(E sim, por favor, leiam atenciosamente o começo para não se confundirem de novo, tá? *~*)"

No mais, só posso dizer que ESTAVA COM SAUDADE DE FIC DE BANDAS, 1D, SHIPPAR HARRY E TODOS, ALGUÉM ME ABRAÇA

Boa leitura ❤



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Olha, olha, olha… como eu sou um narrador legal, vou explicar o que o burro do Harry tentou mostrar (e não conseguiu, aparentemente) no capítulo anterior, tá?

Para começo de conversa, ele ficou bem triste... Mas isso não vem ao caso.

Porque, no início, o preguiçoso do Harry, gatinho mimado, estava dormindo na sala de aula, sonhando com o seu amado Liam (é né, agora não tenho nem como esconder, desculpa... mesmo, desculpa, viu?) em um abraço pra lá de carinhoso. Ah, e também com certo beijo que tinha ganhado dele há pouco tempo. Que bobinho. Que foi injustamente interrompido (o sonho, não o beijo) pela professora de filosofia, Teacher Katherine, com quem ele, Harry, tanto gosta de bater boca.

Xingamentos carinhosos pra lá, nomes confusos pra cá, era a última aula do dia, Kath estava apenas substituindo um professor matão, e Harry não queria acreditar. Daí o Liam, como sempre faminto, apressou Harry para irem comer logo (mas eu prefiro não dizer o quê – quem?), mas Payne mudou de direção, e Harry, que estava sendo gentilmente arrastado, ficou na expectativa de um repeteco daquele beijo inesquecível. Ele é um grande sonhador mesmo, o nosso Harry, não?

Porém, que beijo que nada. Deram de cara foi com o ladrão do Louis.

Inesperado, não?!

Ah, pois é.

Então, Harry percebeu que estava vendo Louis por demais da conta. E que isso não podia significar algo bom. E isso o deixou com uma pulga atrás da orelha, uma curiosidade e uma dúvida de lascar. Revoltado, virou as costas, pouco se coçando para aquilo (gatinho mau, mentindo para si mesmo! Tava era se coçando de ciúmes que eu sei... Pronto, falei).

E, como sempre, falei mais do que devia. Acho que vou apanhar.

Sua vez, Liam. Conte-nos o que o Harry tinha para contar!!


“Tão quentinho... aquele abraço, aqueles braços fortes, macios... Senti seu cheiro, agradável como sempre. Seu calor se espalhava por mim lentamente, alcançando cada pedacinho do meu corpo. Até arrepiei! Sorri, e olhei para ele. Liam me encarou de volta com aqueles castanhos brilhantes...”


– Espera aí. – me interromperam. – Achei que o sonho era comigo. – Louis murmurou, confuso, embora arqueasse os lábios de leve.

É com você. – falei. Que abusado. – Mas foi assim que começou.

– Com vocês dois juntos, Liam? – ele me sorriu maligno. – Por que isso? – nem respondi. Não merecia. – E por que está contando desse jeito tão... Harry?

– Foi assim que ele me contou, ora.

Harry chegara essa manhã na sala de aula no maior desespero (para variar).

– Liam! Liaaaam! Você não vai acreditar no que ele me fez dessa vez! – e quase pulou na minha carteira. Pelo menos não foi no colo.

– O que o Louis fez? – até acordei do torpor pré-aula. Será que ele já sabia que nós...?

– Veio me perseguir enquanto eu dormia! – Harry exclamou, mas a voz saiu baixa. A sala já estava cheia, no fim das contas. O professor ia entrar a qualquer momento.

– Ele foi à sua casa...?! – a imagem que começou a se formar na minha mente quase me tirou do sério, e me controlei para não rir.

– Claro que não! – franziu a testa para mim como se eu fosse doido. Chegou bem pertinho, abaixando na direção do meu ouvido, tapou a lateral com a mão, imitando quem vai contar um segredo, e sussurrou: – Eu... sonhei com ele essa noite, Liam.

– Quê? – virei para encará-lo. O rosto do Harry estava vermelhinho nas bochechas.

Não sei dizer se isso era melhor ou pior do que eu tinha imaginado.

– E... com você também. – e se eu pensava que tinha alguma coisa errada com aquele sussurro dele, agora não restava dúvida. Harry passou a sorrir suavemente para mim, mas as bochechas, antes vermelhas, tinham ficado em chamas.

Engoli em seco.

Ouvi Louis resmungar qualquer coisa do meu lado. Voltei a mim, e meus olhos viram as paredes do banheiro masculino. Pois é, estava lá dentro com ele, espremido num reservado (até que não era tão ruim) enquanto repetia as palavras do Harry. Ou tentava, já que o coiso não parava de me interromper. Aquela era a segunda vez. Mas, pelo resmungo, achei que ia se aquietar enfim.


“Liam me olhou de volta com aqueles castanhos brilhantes. O hálito no meu pescoço, a mão subia devagar pela minha cintura. Fechei os olhos. Coloquei a mão em seu peito, sem aguentar muito mais, e ele me empurrou contra a parede. Ia abrir a boca nem sei para dizer (ou pedir) o que quando seus lábios se colaram aos meus com força.

Ahhh!

Voltei a respirar só para sentir sua língua se movendo sobre a minha, suave, com delicadeza. Abri os olhos de novo só para evitar um suspiro bem no meio do beijo e me dei de cara com os seus azuis faiscantes.

AZUIS! Agora eram azuis!

Era o Louis que eu estava beijando!!!!

Tentei empurrar aquele... aquele folgado para o lado, mas ele me prendeu ainda mais contra a parede, sorrindo cheio de dentes, maligno como era.

– Acuado, gatinho?

Não respondi. Ia ficar calado, acontecesse o que acontecesse. Quer dizer, até conseguir expulsá-lo. Ou até perder as esperanças em mim mesmo e acreditar que precisaria de ajuda. Nunca que ia deixar ele se aproveitar de mim. Por enquanto não, é claro.

Louis, fingindo não ver minha careta brava, aproximou mais o rosto, até chegar ao meu ouvido e dar um beijinho. Puxou meu corpo para perto do dele, quente, macio e agora nem um pouco agradável. Protestei, movendo as mãos loucamente pra ver se tirava as dele de mim, mas ele só murmurou:

– Ui, gosta de arranhar? Eu deixo, mas agora quero ouvir um miado. Bem alto.

Até achei que tinha virado pedra. Quer dizer, meu corpo, todo o Harry tinha virado pedra. Mas era só impressão. Louis passou a atacar meu pobre pescocinho, beijando e lambendo e eu nem conseguia me mexer. Deixava um rastro úmido, me fazia arrepiar, mas ainda era o Louis! Aquele gatuno desgraçado, ladrão de sonhos!

– O miado, gatinho... – insistiu, me fazendo engolir a saliva. A minha e a dele. Eca!

Ele foi subindo, a mão passando pelo cós da minha calça e entrando sem ser convidada por dentro da minha camiseta. Reparei que uma mão estava de volta sobre o peito dele, e ela era minha. Ai, eu lá todo entregue. Ele riu de mim, deitando a cabeça então para trás nem um pouco intencionalmente. Passou os dedos pela pele das costas, suada, vindo de forma lenta. Parou na altura do peito, me segurando como um gatinho indefeso, e foi atacar minha boca de novo.

No meio daquela confusão, nem pensava mais em muita coisa. O beijo rolava sem o meu consentimento (total) e dava para sentir cada parte dos lábios do Louis me tocando... não me segurei. Dei uma apertada na bunda dele. Bem forte. Com as duas mãos. Qual é, fazia tempo que eu queria! Aí ele, todo animado, resolveu me morder. E puxaaar meu lábio inferior!

– Agora sim! – aquele tarado voltou a rir. De mim.

É. Eu tinha acabado de miar.

ÉÉÉÉÉÉ.

E, antes de recomeçar outro beijo, minha camiseta saiu voando, para completar tudo. Só faltava ele me deixar pelado!”


– Huh, mas se isso fosse de verdade, ele já estaria pelado faz tempo... – Louis disse, me interrompendo pela milésima vez. Viu minha cara e começou a rir. Fiquei me segurando para não dar uma cotovelada naquela barriga dobrada. Na posição desfavorável do reservado do banheiro, era capaz de eu acertar um lugar mais... impróprio. E que doeria mais. Hm.

Má influência desses dois, até eu estava virando um pervertido...

– E o que aconteceu depois? – ele me incentivou a continuar. Na verdade, acho que foi só pra ver se iam ficar pelados mesmo.

– Depois vocês se pegaram mais um pouco, você deitou ele na cama e ele acordou desesperado. Provavelmente gritando.

– Como assim? Só isso? – Louis ergueu as sobrancelhas. – Tão rápido? Cadê aquela narração toda?

– Quando chegou nessa parte, Harry saiu atropelando as palavras e o professor apareceu na sala. – respondi, encarando-o de lado. Era verdade.

Três quartos de verdade.

Não que eu estivesse com ciúmes. De quem quer que fosse.

E também que não era muito saudável imitar um gatinho daqueles.

– Huum... Entendi, entendi. – eu nem o olhava mais. Tinha os pensamentos perdidos na parte em que eu virava o Louis. Quer dizer, no sonho do Harry. – Você se importaria de demonstrar, então, se não quer contar o resto? – o hálito quente dele se chocou de repente contra a minha orelha.

Eu disse que estava pensando?

– Não tem nada pra demonstrar, seu-

Ele me calou com um beijo. Pois é.

Apressadinho do jeito que era, Louis logo me puxou pelas costas e colou mais nossos corpos. Quase demonstrando de fato o sonho do Harry com aquele contato todo... Se bem que não tínhamos muita escolha dentro do reservado. Caso eu tentasse abrir um pouco mais de espaço, ia cair de maneira pouco digna no chão bem limpo do banheiro. E por que eu tentaria fazer isso, né? Até carinhoso, quente, com a língua tocando a minha, Louis era no fim das contas o meu...

– Liam?! Você tá aí?! – uma voz em pleno desespero me chamou. Eu arregalei os olhos, me separando de Louis na hora. Ele só olhava curioso para a porta fechada, como se pudesse ver a pessoa que me procurava do outro lado dela.

A gente tinha ido parar ali para que não correr o risco de topar com ele...

Mas ele tinha vindo topar com a gente.

– Liiiam? – Harry chamou de novo e aí eu comecei a entrar em pânico. Só um pouco, nada vergonhoso. Olhei para Louis pedindo ajuda. Se ele pegasse nós dois juntos ali, quer dizer...

Louis sorriu. Não entendi nada. Fez um sinal para que eu levantasse as pernas, colocasse-as sobre o vaso e ficou de pé em seguida. Com um sinal de ‘shh’ para mim, deu descarga, abriu a porta do reservado, apenas o suficiente para passar, e basicamente se esgueirou por ela, mostrando os dentes e exclamando “Harry!”.

– Ah. É você. – ele respondeu, com um desprezo quase palpável. Depois, pareceu pensar melhor. – Que está fazendo aqui?

– Bom... – Louis riu. – É o banheiro masculino. Quer mesmo que eu te descreva?

– Hunf.

– Por que já está todo eriçado, gatinho? – ele estranhou. – É só porque sou eu?

– Será que nunca vai cansar dessa brincadeira? Já não tem mais graça. – Harry murmurou amuado, rangendo os dentes.

– Não... Não depois de você ter miado. – Louis riu, dessa vez mais alto.

– Quê?!

– O quê?

– Eu não miei agora! – ele se defendeu. – Tava rangendo os dentes pra você!

– Não disse que foi agora. – ele rebateu, divertido. Mas nem me preocupei com o Harry descobrindo que eu revelara o sonho pro Louis. Quase podia vê-lo franzindo a testa, sem entender nada.

– Viu o Liam por aí? Não o vejo desde que bateu o sinal do intervalo. – falou, desistindo de discutir com o Louis. Ou fugindo de algo mais constrangedor.

Sosseguei. Mais um pouco e ele iria embora. Soltei o ar aliviado e deixei o corpo encostar na parede de trás.

Só que ela estava mais longe do que eu pensava, aí a cabeça acabou pesando e batendo com um baque metálico na descarga.

Merda!

Ainda consegui evitar o gemido de dor, preso na garganta. Mas já até podia ver a carinha curiosa de Harry me encarando dentro do reservado supostamente vazio enquanto massageava meu futuro galo, me sentindo o ser mais burro do universo. Porque nem ele ia ser capaz de ignorar esse barulho.

– Liam?! – ele disse, me encarando com a carinha curiosa dentro do reservado supostamente vazio. Ergui a cabeça, com uma mão ainda na parte de trás dolorida. Nem mesmo Louis evitou um olhar mais preocupado.

– Oi, Harry. – falei, com um sorriso curto.

– Que está fazendo aí? – ele continuou encarando, analisando minha posição discreta com os pés em cima do vaso, encolhido. Então, mirou o Louis. – E... no lugar em que o... – e, mesmo sem ver sua expressão, eu consegui ver uma lâmpada acendendo em cima da cabeça dele. Não uma de desconfiança, como a que andava acesa nos últimos dias. Uma de compreensão, coisa a que Harry dificilmente conseguia chegar sozinho, mas, quando chegava...

Opa.

– A gente só veio bater um papo entre amigos. – Louis respondeu por mim, um sorriso na cara e as mãos nos bolsos. Franzi a testa para ele. Entre amigos e entre paredes.

– Foi por isso... – Harry disse baixo, na maior calma, ignorando-o. – Por isso você tava todo estranho comigo... – essa era pra mim. Pisei no chão, endireitando-me. – Se afastando de mim. E o tempo todo atrás desse... desse... – Louis parou de sorrir.

– Harry... – chamei, começando a me preocupar.

– O Louis me chamando de gatinho, me perseguindo – nós dois, calados, arregalamos os olhos. Até porque os do Harry tinham começado a lacrimejar. – e eu achando que era só pra me atormentar pelo que aconteceu! Como eu sou burro! Anta!

– Harry... – Louis chamou, dando um passo para frente, mas fiz sinal para que ele parasse. Não ia dar certo de jeito nenhum. Levantei e fui eu mesmo para perto dele.

– Hey, vem cá...

– Estavam os dois juntos, se pegando nas minhas costas! – ele exclamou. E, quando as lágrimas passaram a escorrer, eu sabia que tinha dado merda. A culpa me corroendo também deu o aviso. – Não, PÁRA, Liam! – e empurrou minha mão, o que me preocupou mais ainda. – Eu sou muito BURRO mesmo! – ele deu um resmungo agudo, irritado, socando o ar, e, achando que era suficiente, nos deus as costas e foi em direção à saída.

Balancei a cabeça para Louis ficar onde estava e corri atrás. Estava me sentindo a pior pessoa do mundo já, ele nem precisava ter se virado, assim que percebeu minha presença no corredor, e gritado:

– Como é que você pôde fazer isso comigo, Liam??!!

Engoli em seco, fingindo não ver as duas, três pessoas andando por ali e encarando a gente de soslaio, e cheguei perto dele, que não me evitou. O rosto estava todo molhado agora, os olhos vermelhos e brilhando.

– Vem cá, Harry, vem... – puxei-o pelo braço, ouvindo os protestos escandalosos “Não, sai!”, “Me deixa, Liam”, “Me larga!!!”. No fim, quando transformei o puxão num abraço, ele finalmente se aquietou (ou mais ou menos) e eu pude sentir uma respiração irregular batendo no meu peito.

Não falamos mais nada. Por alguns segundos.

– Você... já tava com ele quando... – Harry ergueu a cabeça para me olhar nos olhos. – eu dormi na sua casa? – perguntou, finalmente baixando a voz, e fiquei sem entender. Lembrava mais ou menos da última vez que ele tinha dormido lá, mas por que especificamente...?

Ahhhh... Ah.

O beijo! Meu e do Harry.

– Não, Harry. Não. – falei, sério, me sentindo mal de verdade. – Foi depois disso. – mas eu já tinha o interesse desde antes, né. Essa parte podia ser omitida.

– Por que fez isso, Liam? – ele choramingou, os olhinhos azuis brilhando. O corredor agora estava vazio, graças a Deus. – E eu ainda tinha te falado o que aconteceu entre mim e o Louis... – e aí eu crispei os lábios. Porque, que saco, era a milionésima vez que Harry falava isso e eu não sabia do que se tratava!

– Eu sei. – respondi. – Só que eu não lembro o que aconteceu entre vocês dois.

– Mas você disse que-

– Eu sei o que disse! Eu... menti. – suspirei. – Olha, sei que não fui o melhor dos amigos com essa, mas a culpa de ter me metido no meio de um passado de vocês eu não tenho.

Harry fungou. Não tinha certeza se era um bom sinal.

– Tá. – fungou de novo. – Vou te contar o que foi que aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Deixe um review, reclame, grite, sambe, o que você quiser, porque Bandas está de volta ❤

Até o próximo!



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