Um Louis Em Minha Vida escrita por Kou


Capítulo 5
5 – Gatinho se coçando


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeeente linda, calma, ninguém foi esquecido aí não!
Nossa demora foi justificada pela minha frescura de não continuar direito as coisas enquanto a Anne esteve distante, mas deu tudo certo e estamos aqui de volta!
Antes que eu tagarele demais, boa leitura!!!
:*



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Capítulo 5

Gatinho se coçando

Ah, pois é. Finalmente consegui chegar aqui.

Tem dia que tudo acontece antes do previsto, tem dia que a conexão falha de tal jeito que nem um narrador consegue se concentrar direito. Falta saber se falhou porque falhou, ou se falhou de propósito, não é mesmo?

Conexão de que com quando, de onde com como, o Harry vai ver se lembra de contar depois, porque ainda tenho umas coisinhas aqui.

Eu sei que sou chato, mas dá um desconto. Porque, vejamos bem, eles são três, sim... Ai, pera, se eu for contar demais, não des-conto jamais! Isso seria um erro imperdoável, nem em sonhos que...

Que o Harry ia querer ficar sabendo de um L, quando outro L já é muito bem amado, certo? Epa. Isso foi direto demais. Não, não, não tem nada a ver, Harry, vai, conte sua história lindo como sempre, antes que eu a manche com toda essa abundância de informações...

Desculpa de novo, viu?



Caramba. Aquela relembrância toda estava me deixando nas nuvens. Nuvens pouco macias que deviam ser a carteira da escola, um caderno aberto de espiral, talvez, e um pouco dos meus braços. Travesseiro muito do desconfortável, tenho que dizer.

Ah, só porque outros braços ao meu redor seriam tão mais interessantes...

Tão mais fortes e macios.

Assim, é, me envolvendo num abraço, que eu devolvia bem apertado, bem gostosinho, como só ele! O Liam, não o abraço, tá.

Tão lindo e mimoso! Até me permitiu um beijinho ontem à noite, para selar nossa... integridade. Não sei direito o que essa palavra quer dizer, mas foi o que veio na minha cabeça. Até que soa bonitinha... Porque aquela sensação maravilhosérrima daquele toque tão suave e delicado, tão cheio de amor... É, até teve pouca emoção porque ele dormiu uns 10 segundos depois, é verdade (eu percebi, haha). Mas me retribuiu, não foi? Nhái!

Eu nem ficava feliz com isso, nossa.

Nem estava com o maior sorriso na cara... mesmo que meio dormindo, acho que eu sabia, sei lá.

Não, imagina. Ainda mais quando havia um célebre segredinho, aquele mesmo em que você pensou, hehehe, que muito me lembrava (também) desse acontecimento... que foi um colar de bocas mais forte que velcro, e mais ardido que pimenta, mais profundo que... Hm, tanto faz.

Não sei se eu queria pensar nisso. Aquele beijo tinha sido tão melhor... me deixava lambendo os beiços de vontade de repetir... Se não tivesse uma carteira desconfortável sob mim e ele estivesse mais perto, eu não prometia nada de responsabilidade pelos meus mais inevitáveis atos... Pensei mais que bonito nessa, hein! Cara, nem achava que era capaz. Vai ver que é porque a cena é muito perfeita, toda brilhosa, chovendo purpurina... Porque eu não só imaginei aquilo, sim, eu vivi! Nem consigo acreditar direito, foi tão bom.

Tão tão tão tão tãããããão bom!

Claro que isso não duraria muito, porque tudo o que é bom dura pouco, até se forem coisas apenas dentro da minha cabeça. Foda né. Essa realidade é um bichinho muito feio, só gosta de zoar com a minha cara, principalmente.

– Mas você não toma jeito mesmo, hein, Mr. Styles?!? – nesse caso acho que a realidade tinha um nome diferente. Começava com K.

E terminava com ath.

E como ela sempre gostava me lembrar, tinha alguma coisa na frente. Eu esqueci o quê. Nem o tapaço que minha orelha ganhou, quase entrando no meu cérebro e indo pro outro lado, me fez lembrar. Pior, só me embaralhou mais a cabeça...

– O que fooooi, Kiam? Eu ronquei? Nossa, descu.... – esfreguei os olhos, bem molenga.

Daí uma risada me cortou os tímpanos. Cortou fundo, doeu. Achei até que ia levar pontos, puta merda. E mais algumas outras a acompanharam, de todos os cantos, ajudando a me confundir mais. Não sei se estavam rindo porque eu era engraçado mesmo ou se estavam zombando de mim.

Muita dúvida para pouca capacidade, mals aí.

Espera, eu disse isso? Não, eu pensei isso?

O que eu tô achando que eu sou???

– Mr. Styles, você não toma jeito! – falou rindo, toda carinhosa. Ela quase me seduzia assim, impossível. Eu achei que fosse um elogio. – Não vou me dar ao trabalho de repetir meu nome para um aluno folgado feito você, viu? Mas acorde, que não quero criancinha contando carneirinho na minha aula, tá?

– Sua aula, Kelly? Hoje nem tem aula tua...

Um livro caiu com todo o peso na minha frente (e era fininho, olha só). Dei um pulo, batendo as pernas no fundo da mesa, quase esmagando o que não devia. Que professorinha desnaturada, nem saber tratar bem os alunos, sabe, que coisa injusta!

– Duas vezes já é demais, hein, Mr. Styles!

– O-o-o q-quê?! Não sei o que eu fiz, Kath, mas não foi de propósito, eu juro! – ergui as mãos. Pessoal tava tudo segurando a boca na minha volta, querendo não rir.

Logo de mim, todo certinho. Que sacanagem.

E não da Kath ali na minha frente, metade professora, metade leão, pela raiva que estava subindo nela. Bem devia ser uma cobra, Jararaca.

Segurei minha língua na boca bem a tempo. Vai que ela corta fora, do jeito que tá, o que eu ia poder fazer para o Liam?! Quanta obsessão da minha parte, mas ele é lindo, não é? Ai...

Seu rosto (o da professora) começou a se mexer como que para falar, só que um som estridente falou primeiro. Era o sinal tocando, graças!!!!! Barulhos de gente se arrumando correu a sala, e a Kathzinha começou a bater o pé, pegando o livro de volta. Soltei o suspiro dos suspiros.

Salvo pelo gongo!

– Você é um folgado de sorte, Mr. Styles. Eu estava pensando em te dar um trato, mas pode ir almoçar, a aula acabou.

Sorriu, toda cheia de dentes. Brancos. Sequer cuspiu veneno. Cobra quase inofensiva ela, pensa que engana.

Relaxei no meu lugar, não era hora do almoço ainda, nenhuma das aulas de Kath era a última do dia.

– Acorda, cabeção. – minha cabecinha quase foi pro chão com o empurrão que levou, mas que bom que eu tenho pescoço... Porque, credo, chacoalhou até pensamento! Segurei-a um pouco antes de responder, para confirmar se estava no lugar.

– Seu maluco, eu podia ter levado um choque!

Liam fez uma cara de espantado, e eu apertei as mãos na mesa.

– Parece que alguém prestou atenção na aula de biologia, mas que orgulho! – sorriu, animadão.

Era por me ver, né? Porque tava pertinho de mim, eu sei... porém, algo me dizia que ele até estava brincando com a minha cara. Não de verdade, sabe?

Acho que Liam percebeu que eu não ia me mexer, e botou os braços em torno do meu pescoço (realmente, muito bom tê-lo!), bem no abraço que eu estava querendo... Menino esperto!

Quando ele se moveu que eu fui me dar conta. Me apertou. Eu estava era levando um mata-leão! Parte do braço dele me apertando o pescoço e a mão do outro me fazendo carinho no cabelo.

– Que violência!!! – falei, fingindo estar sufocando. – Poxa, Liam – foi quando ele apertou mais. – você já foi mais simpático com o seu Harryzinho aqui!

E ele riu.

Eu estava prestes a mordê-lo para fazê-lo entender o perigo da situação quando o incômodo sumiu, e ele apertou minhas bochechas, rindo mais, e me deixou fazendo caretas. Todo bobo. Liam, não eu.

– Você é um retardado, garoto? Não tem fome não? Vamos logo...

Visualizei-o direito. Ele podia ter me dito isso de uma forma mais doce e carinhosa, não concorda? Passei mais uma vez as mãos no meu pescoço.

Não, espera. Eu pensei em outra coisa quando estava visualizando-o. Expressão bonita, hein, nem reclama. Que nem ele... A camiseta estava justinha, coisa mais linda, escondendo um pouquinho dos braços (tô gostando de falar deles, credo!)

Tão...

Ai, vou ter que falar isso. Tão perfeitinho. Ain...

Até de mochila nas costas... Epa. Então não era mentira! Pulei, juntando minhas coisas o mais rápido possível, e me botando de pé ao lado dele, bem certinho, feito escoteiro se apresentando depois de acordar.

– Prontinho, senhor! – e dei meu melhor sorriso.

Liam Payne cruzou os braços, ergueu uma sobrancelha e me olhou de cima a baixo.

Tá, eu admito. Não tem como, eu vou ter que assumir isso. Não, não, não dá! Faltou só um dedinho na boquinha, brincando com o sorriso torto. Por quê, Liam, por quêêêê?

Respirei fundo. Porque ele tinha me seduzido totalmente. Não qualquer seduçãozinha aí, de beira de estrada. Nem precisou piscar os olhos, imagine. Foi quase aquele lance de primeiro amor, sabe, todo brilhoso, dengoso, me arrepiando todo.... até o que não devia.

Me bateu uma vontade que eu quase lambi os lábios.

Nem sei se os meus ou se os dele primeiro.

Se bem que... Nessa hora já estávamos no corredor, indo para o refeitório. Não que eu estivesse prestando muita atenção nisso.

– Vamos, tira esse sono do rosto, diabo. – sorriu de novo. Uma fofura que só!

E eu devia estar com a maior cara de bocó. O que um idiota não faz, não é?

– Mas no que eu tô pensando, poxa...

O estalo repentino foi mais alto do que devia – assim como minha voz. Bati na minha boca por ter falado isso, só me levantaria suspeitas, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah. Agora sim. O que um idiota não faz, não é? Sim que eu seja um pouquinho, até, mas só um pouquinho, distraído. Mas essa doeu lá dentro, lá no fundo, num ponto onde não devia. Putz.

Liam me olhou de lado, sobrancelha erguida, me perguntando (faltava só o ponto de interrogação na testa, em roxo) o que eu tava querendo dizer com aquilo, provavelmente. A propósito, a nossa conexão de hoje parecia estar muito boa, sim... Deve ser culpa do beijinho! Porque ele pareceu entender bem e rápido demais: riu, ou engoliu a risada, mas o rosto mostrou tu-do. No caso, que eu deveria...

– Ah, não tenho certeza, Harry, mas a Kiam hoje foi bem legal com você, viu? – que eu deveria ter tapado meus ouvidos antes de ele ter começado a falar.

– Quem? – porque eu não entendi, sabe como é.

– Kiam, não sabe? O nome da nossa professora de filosofia...

– Não era Kath... – minha voz sumiu antes de chegar no h. Eu tinha chamado ela de Kiam? COMO ASSIM?

Arregalei meus olhos até não poder mais. Segurei minha mão antes que encontrasse o caminho até meu rosto, meus olhos, e se estatelasse por lá. Isso doeria muito mais agora. Puta merda.

Como você pode fazer isso, Harry Styles? Justo você!!!!!!!

Liam me sorriu, maligno, como quem sabe exatamente por onde anda minha mente. Claro, né, tava andando pela dele, então, tinha que saber. Tanto faz também. Ele tinha pegado minha mão bem apressado e me puxou por um corredor diferente, que não levava ao refeitório.

Será que ele... SERÁ?! (Isso pareceu assustado, mas é feliz, tá?)

Suspirei aliviado. Esse Liam.

Erh. Entretanto, o trajeto me era familiar. Sentia sua mão ardendo em meu pulso, bem como meu coração no peito. Eu devia ter começado a sorrir por aí, tudo estava tão romântico... porque, no virar do próximo corredor, senti meu rosto se fechar, um não-sei-o-quê caiu em mim (e sem a menor delicadeza). E a mão do Liam ainda na minha...

Deparamo-nos com a sala do nosso querido Zayn Malik, e o dito cujo na porta, apoiado, todo jogado, mordendo uma maçã. Daí me aparece um passarinho faminto e alegre do lado, nos cumprimentando com a maior animação. Adivinha. “Liaaaam, Haaaarry! Vieram me ver!” e soltou o maior abraço para o Liam, tirando ele de perto de mim.

Eu sequer tinha notado que estávamos tão perto do Louis assim. Dele, é claro. Porque o Zayn já conseguira dar no pé. Medroso. A maior florzinha...

– E você, tudo bem, Harry? – a voz dirigindo-se a mim me incomodou ainda mais.

– Liga não, Louis, ele acabou de acordar. – Liam interferiu... eu ia dizer que era a meu favor, mas não tenho tanta certeza assim.

– Como assim? Chegou de casa agora? – credo, era mesmo o Louis para pensar isso? Se fosse, por que eu viria na aula, ou no almoço, melhor dizendo? Para vê-lo é que não seria!

– Não, eu dormi na aula, seu burro. – me meti, coçando o olho para enfatizar o sono. Era melhor sono do que fome numa hora dessas...

– Bem eu o burro, né, gatinho preguiçoso. – retrucou o de olho azulado, me encarando todo inocente e simpático.

– Manhoso ele, não é? – completou Liam. O outro concordou e eles se sorriram, e eu acabei por cruzar os braços. Emburrei. E embiquei também (de fazer bico).

– Que foi? – um deles me perguntou, não fiz questão de olhar quem.

Essa irritação toda foi tão maluca. Sai andando feito um doido para o refeitório, sabendo que eles viriam atrás. Os dois todo gracinhas e risinhos por minha causa, onde já se viu. Como se o Louis pudesse alguma coisa.



Louis, podendo ou não podendo, eu deixando ou não querendo deixar, não fazia a mínima diferença, porque uma luzinha já nascera em algum canto da minha cabeça, e uma pulga já viera se esconder atrás da minha orelha. Ah, sim, e ela era bem irritante. Eu não entendi o que exatamente a atraiu para lá, mas eu ainda vou descobrir, porque, senão, tô vendo que ela não vai sair.

Com o pulo dela atrás da minha orelha, pareceu eu pulando na cama naquela noite, uns diazinhos depois. E, dessa vez, sem lâmpada acesa de verdade, só...

Como aquela coisa ousava invadir meu soninho de anjo e me acordar daquele jeito??

Porque aquilo só podia ter sido um pesadelo. Daqueles bem ruins...



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Notas finais do capítulo

Assim, lindezas, manifestem-se se estiver muito confuso, ok? Em breve tudo virá à tona!
Deixem reviews, sim? ♥
Beiiiijos, Möppy xD