Sun Of Earth (Jacob+Renesmee) escrita por Cláudia Ray Lautner


Capítulo 25
Inesperado


Notas iniciais do capítulo

"Apareceu a margarida, olê, olê, olá!" haushauhsua eu demoro mas posto! Sério gente, entou desempregada agora então acho que vou atualizar com mais frequência. Eu juro pra vocês que estou tentando. Muito obrigada pela compreensão! Na oportunidade, enquanto eu não posto o próximo capitulo, vocês poderiam ler a minha oneshot Jake/Leah (propaganda descarada kkkkkk ) Tá no meu perfil! ;D Amo vcs!♥



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Só pode ser piada! — gritei em minha cabeça, enquanto apertava Nessie em meus braços e fitava com asco o rosto de Nahuel. Ele estava diferente do que eu me lembrava e demorei um momento para perceber que ele havia cortado o cabelo e agora usava roupas de verdade e não peças de couro.

O que este projeto de sanguessuga estava fazendo aqui? Estava nos seguindo também? Isso era alguma tradição de família?

Emmett discretamente se colocou na frente de Nessie, mas Nahuel percebeu e deu um sorriso sarcástico.

— Não tenham receio. Eu não vim aqui para um confronto.

— Então, o que você quer? — sibilei para ele.

Ele me analisou dos pés a cabeça e pareceu pensar por um momento.

— Ah sim! — disse com ares de alguém que se lembrava de um parente distante e desagradável — Você é aquele transmorfo de estimação dos Cullens.

Meus dedos tremeram, mas me mantive firme. Não ia perder o controle se era essa a missão dele aqui.

— Não respondeu minha pergunta. — murmurei baixo e ameaçadoramente.

Ele tornou a sorrir.

— Vim rever os meus velhos amigos. — olhou para Emmett e Rosalie e então seus olhos pousaram em Renesmee, que o fitava com olhos arregalados.

O fogo ardeu por minha coluna.

Por minha visão periférica, notei que alguns alunos começavam a prestar atenção em nós cinco. Logo todos estariam nos observando e chamariam algum responsável. Edward não iria querer estragar a porcaria do disfarce e então, teríamos que ficar até o horário de ir embora.

Esse arremedo de sanguessuga estava estragando tudo! Procurei respirar pausadamente, antes que minha ira falasse mais alto e eu arrancasse sua cabeça ali mesmo!

E foi assim que eu percebi. O cheiro que ha pouco me atormentava estava ali. Fraco e nebuloso, mas estava ali, se intensificando.

Vinha dele, eu tinha certeza!

Minha coluna se arqueou involuntariamente para frente, me abaixando em posição de ataque, mas endireitei quando Bella pôs a mão fria em meu ombro. Eu a fitei e ela sorria, mas em seus olhos pude ver a advertência muda. Edward estava com os lábios comprimidos.

Suspirei e voltei a olhar para o rosto da criatura fedorenta.

Seu sarcasmo pareceu vacilar um pouco com a chegada de mais dois vampiros, ainda mais um que ele sabia que lia mentes. Seus olhos por um momento pararam em Bella e eu não entendi o olhar estranho que ele lançou para ela.

— Nahuel. — Edward disse com o queixo tenso e sem sorrir. — O que o trás aqui?

Nahuel abriu os braços e virou as palmas das mãos para cima.

— Porque todos me perguntam isto? Não posso fazer uma visita aos vampiros que eu ajudei há sete anos? — disse a ultima parte em voz baixa, como se nos contasse um segredo.

Senti todos relaxarem um pouco a nossa volta. Todos menos eu.

Edward sorriu sem humor e estendeu a mão para ele.

— Que indelicadeza a nossa. É que estamos um pouco tensos ultimamente. — eles trocaram um aperto de mão e em seguida Edward olhou discretamente ao redor. — E creio que uma conversa aqui não é muito conveniente. Temos que manter a discrição. Mas seria um grande prazer se nos acompanhasse até nossa casa.

Eu cerrei os punhos novamente. Eu não era tolo. Sabia que Edward queria levá-lo para longe da escola, para longe dos olhares humanos curiosos e evitar uma possível exposição. Mas entender isso, não queria dizer que eu me conformaria com facilidade.

“Sente o cheiro, telepata?” — pensei. — “O cheiro vem dele!” — gritei dentro de minha cabeça para que Edward percebesse o que eu havia percebido.

Observei sua mandíbula se contrair. Ele havia notado.

— O prazer será todo meu, podem ter certeza. Será muito bom rever Carlisle também.

Os cantos da boca de Edward se ergueram em um sorriso frio e eu perguntei o que se passava na mente do meio-sanguessuga.

— Infelizmente, Carlisle não esta conosco por motivos de força maior.

Os olhos de Nahuel se estreitaram com obvio interesse.

— Verdade? Que pena! Mas gostaria muito de ouvir o que vocês tem feito durante estes anos, inclusive o motivo de estarem tão longe de casa.

— Claro. — Edward respondeu e com a cabeça acenou para que ele passasse pela porta primeiro.

Pela primeira vez desde que Nahuel atravessou em nossa frente ele esboçou desconforto ao virar as costas para nós. O seguimos para o estacionamento amplo e congelado, meus braços ainda segurando os ombros miúdos de Nessie. Ela estava quente e um pouco trêmula.

Teria ela percebido o cheiro também? Alguém mais percebeu alem de mim e Edward?

Eu não conseguia raciocinar direito, preocupado com a segurança dela como estava. Porque ele cheirava como um Filho da Lua? Ele estava aliado com um deles? Estava aqui como espião para Johan? Se fosse isso, porque ele mostrou a cara? Não seria mais vantajoso para ele ficar escondido, ou nos estávamos chegando perto demais de descobrir algo que não devíamos?

Tantas perguntas que minha mente não conseguia encontrar respostas. Eu precisava urgentemente falar com Edward e perguntar o que se passava na mente suja daquele semi-sanguessuga.

Quando chegamos perto dos carros, Nahuel os olhou com certo divertimento.

— Acho interessante as adaptações por quais vocês passam para se infiltrarem no mundo humano. Essa não é uma que eu queira experimentar agora.

Edward olhou para ele por um momento, tentando ler sua expressão. Após alguns segundos, ele disse:

— Fique a vontade para correr atrás de nos, desde que se mantenha invisível nas árvores.

Nahuel inclinou a cabeça em um cumprimento e disparou para a pequena floresta que ladeava a estrada.

Percebi que nosso disfarce humano naquela escola nunca mais seria recuperado com êxito. Diversos olhos curiosos espiavam pelas janelas do segundo andar.

Bufei.

Entrei no carro de Edward e Bella, arrastando Nessie sem nunca deixar de tocar nela. Assim que pegamos a rodovia, com Emmett e Rosalie no carro logo atrás, ela abriu os lábios e começou a pergunta com voz baixa e tensa.

— Pai, o que ele quer aqui? — soou quase inaudivelmente.

Edward respondeu com a mesma voz baixa, seus lábios nem se moveram.

— Eu não sei.

Eu e Nessie nos entreolhamos espantados, enquanto Bella encarava Edward.

— Como assim não sabe Edward? — ela questionou o mais baixo possível considerando sua surpresa.

Ele comprimiu os lábios, em obvia frustração.

— Não consegui ouvir nada da mente dele. Nada. Ele estava ali em minha frente, em branco como se nem existisse.

— Mas o que isso significa? — a voz de Nessie se alterou um pouco.

— Eu não sei — Edward sussurrou novamente — Mas teremos que deixar o debate para depois, antes que ele nos ouça. Temos que ficar atentos nele.

Meus olhos dispararam para fora do carro tentando ver onde o parasita estava.

Mas meus olhos eram fracos como humano e não conseguiam enxergar nada alem de borrões em verde e branco.

Quando estacionamos em frente à mansão de madeira, Nahuel já estava lá, encostado em uma viga de sustentação da varanda, como se nos esperasse ha muito tempo. Jasper e Alice eram duas estatuas de gesso na porta de entrada.

— Alice. Jasper. — Nahuel cumprimentou com tranquilidade, como se os tivesse visto ontem e não há sete anos atrás.

— Nahuel — Alice respondeu após se recuperar do choque. — Isto é mesmo uma visita inesperada. — ela disse comprimindo os lábios, resignada com o fato de não ter previsto esta situação.

Ele apenas acenou com a cabeça uma vez em sincronia com Jasper que o encarava de olhos estreitos.

Alice olhou para Edward por um momento. Então, ela e Jasper abriram espaço para que entrássemos na casa.

Indicaram uma poltrona a ele, que aceitou de bom grado enquanto nos acomodávamos nos sofás.

Fez-se um breve silencio, quebrado apenas pelos sons do meu coração e dos corações dos dois híbridos. Não me deixou nada confortável perceber o quanto ele parecido com Renesmee, fisiologicamente falando.

Nahuel estava bem confiante. Confiante demais para alguém cercado por seis vampiros, uma híbrida e um transmorfo. Obviamente um blefe.

— Belas acomodações vocês tem aqui. — Nahuel disse, quebrando o pesado silencio - Mas ainda prefiro a casa branca em Forks.

— Ela é sem duvidas a nossa favorita. — Edward respondeu, como sempre tomando o lugar de porta voz.

— Então, o que estão fazendo tão longe de casa? — Nahuel tornou a questionar com as sobrancelhas arqueadas.

— Nós não podemos permanecer tanto tempo em um lugar só. Nossa interação com os humanos nos obriga a mudar de tempos em tempos.

Nahuel concordou com um aceno de cabeça.

— Entendo. Em partes, é claro. — disse — Entendo o motivo da mudança, mas acho que mesmo vivendo mais cem anos, não entenderei o motivo deste esforço. Não acham cansativa essa interação? Ter que se mudar de um lugar que amam por causa de seres tão limitados?

Pude ouvir ao menos três mandíbulas estalarem. Era muita hipocrisia!

O pai dele planejando uma emboscada, a irmã dele perseguindo os Cullens, e me perseguindo e ele aqui na sentado na sala de estar da família, fazendo perguntas como um bom amigo faria.

Edward balançou a cabeça e um sorriso irônico surgiu em sua boca.

— Porque não abre o jogo, Nahuel?

Nahuel fitou o rosto de Edward por um longo tempo e logo em seguida passou seus lhos em volta da sala. Seu olhar se demorou em Renesmee mais do que nos outros. Meus dedos tremeram.

— Não sei do que você está falando.

— Então, esta é apenas uma visita informal? — Edward pressionou.

Nahuel o encarou.

— Claro que sim. Porque mais seria?

— Talvez não seja de seu conhecimento que Valentina, sua irmã, tem nos procurado. Ela esteve em Forks e seguiu Jacob até uma pousada em Fairbanks. — ele contou sarcasticamente.

Era óbvio que Nahuel sabia disto e muito mais.

Nahuel deu de ombros.

— Não vejo a minha irmã há pelo menos cinco anos, então não sei por que ele estaria procurando vocês.

Se aquela vampira ruiva do clã irlandês estivesse aqui, estaria gritando a plenos pulmões que ele era um mentiroso. Mas não precisava ter um dom especifico para descobrir isso.

— Então, é apenas uma coincidência que você nos visite dias depois dela me seguir? — falei entre dentes.

Ele me fitou como se só agora tivesse me visto na sala.

— Coincidência não é a palavra exata. Eu diria mais que é senso de oportunidade. — ele me disse.

— Eu diria espionagem. — Jasper murmurou e pude ver Emmett se mover centímetros para frente. Nahuel não se abalou, mas sua expressão ficou seria pela primeira vez desde que ele apareceu.

— Espião, não. É algo pior. Estou aqui como um informante. — declarou.

Pela segunda vez o silencio predominou no cômodo.

— Um informante? — a voz engasgada e baixa de Renesmee que quebrou a tensão.

— Pode me chamar de traidor também se quiser. — ele sorriu, mas via-se que ele não havia achado a mínima graça. — Estou traindo a confiança das minhas meias-irmãs, mas quando é que elas foram justas comigo?

— E que informação você pretende nos dar e a que preço? — Jasper questionou.

Nahuel o fitou.

— Vocês não tem nada que me seria util. Considerem como um favor. De um velho amigo.

Todos ficaram calados aguardando, esperando o que ele tinha a nos dizer.

— Vocês estão correndo um grande perigo. Todos vocês. Johan está tramando algo que nunca vi em meus 150 anos, algo que eu nunca imaginei ser possível, que eu nunca imaginei que ele seria capaz de fazer. ­— ele balançou a cabeça e sorriu — Mudar de cidade não vai adiantar porque Johan nunca desiste do que quer. E ele nunca quis nada tanto quanto quer você.

Seus olhos pousaram em Renesmee.

Não pude segurar à ira que me dominou. Soltei Renesmee e avancei contra o projeto de vampiro. Agarrei-o pela gola de sua camisa, o levantando da poltrona minhas mãos tremendo, mas eu segurava a transformação o máximo que podia. Eu queria respostas e iria arrancar dele a força.

— E o que você quer aqui? Nos ameaçar? Acha que não estamos preparados para matar sua orla nojenta?!

Nahuel segurou meus pulsos mas não fez força para que eu o largasse. Ele poderia ter se soltado, ele era forte e eu estava em minha forma humana, mas nem ao menos tentou. Ele sabia que qualquer movimento brusco para ferir qualquer um de nós e sua cabeça seria arrancada.

— Estou tentando salvar a sua pele! A sua e a da sua garota! Vocês são os primeiros da lista... — ele sibilou, mas não por muito tempo.

Apertei a garganta dele e sua voz desapareceu. Eu não precisava ser um lobo para arrancar a cabeça dele fora! E eu queria muito fazer isto com ele e com qualquer um que se atrevesse a encostar um dedo que fosse em Renesmee!

Nessie segurou meus ombros com suas mãos tremulas, enquanto ouvia Bella me pedindo:

— Jacob, se acalme! Precisamos ouvir o que Nahuel tem a dizer.

Eu hesitei por um momento, mas Bella tinha razão.

O soltei e ele caiu de joelhos no chão, tossindo e respirando fundo. Quando se recuperou, levantou e me fitou com ira.

— Eu estou. Tentando. Ajudar. — declarou entre dentes.

Não respondi. Estava ocupado, segurando meus tremores e o lobo dentro de mim.

— O quanto os Volturi estão envolvidos nisto? - Edward perguntou calmo como se nada tivesse acontecido. Mas pela sua expressão percebi que ele queria ter feito o mesmo que eu.

— Os Volturi não fazem ideia do que ele está tramando. — Nahuel respondeu ainda ofegante.

— Então, porque Alice os viu com Johan?

Eu não sei se ele deveria ter dito isto à imitação de sanguessuga. Ele estava expondo as poucas informações que tínhamos.

— Deve ser porque os lacaios de Aro o procuraram para fazê-lo parar de criar híbridos. Tiveram misericórdia dele e não o destruíram. Mas eles não fazem ideia do que ele é capaz. Johan tem grandes planos pra vocês e eu digo que se não ficarem juntos ele vai triunfar. Voltem para Forks e protejam os lobos que estão lá. Sozinhos, vocês vão ser destruídos.

Um tremor percorreu toda a minha coluna.

— Como podemos acreditar em você? Porque Edward não pode ler sua mente?

Todos o encararam, alguns surpresos, mas Nahuel olhava diretamente para mim.

— Isso eu não posso dizer. Terão que confiar em mim sem isso.

Jasper abriu a boca para responder, mas o celular de Bella tocou. Ela pegou com evidente impaciência, mas sua expressão mudou quando olhou o visor.

— É Carlisle. — ela sussurrou enquanto atendia. — Carlisle. — ela cumprimentou. Mas logo seu rosto mudou. — Sim é ela. Fale mais devagar ... sim ele está aqui ... um momento .

Me estendeu o telefone.

— É Leah.

— Precisa ser agora? — respondi com impaciência. Não queria perder Nahuel de vista nem por um segundo.

— Parece importante. — ela respondeu com um olhar suplicante e no mesmo instante me lembrei de Jhonatan.

Peguei o celular com as mãos geladas e me virei arrastando Nessie comigo para perto da janela. Não estava longe o bastante para não ser ouvido, apenas longe o bastante para evitar uma traição de Nahuel.

Ninguém nem tentou disfarçar o interesse na conversa.

Fitei os olhos angustiados de Renesmee e sabia o quanto ela também estava preocupada.

– Leah? - chamei com voz tremula.

— Jacob! — ela gritou quando ouviu minha voz. — Aconteceu algo terrível! Precisamos de você aqui! Eu não pude fazer nada... Ele desapareceu ... Sam está desesperado e todo mundo o está procurando ... mas não conseguimos encontrar... — ela falava rápido demais e a voz engasgada em meio as lagrimas faziam suas palavras ficarem sem sentido.

— Leah, se acalme! — pedi — Me conte primeiro o que aconteceu? Quem desapareceu?

— Jhonatan! — ela gritou — Ele se transformou em um Filho da Lua!

Minha voz sumiu. Todos congelaram em choque. Renesmee arfou e os vampiros eram estatuas enquanto eu fitava os olhos sarcásticos e de certa forma melancólicos, de Nahuel.

— E que o jogo comece ... — ele murmurou.


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Notas finais do capítulo

Então, as confusões mentais estão se desfazendo ou só piorando? kkkkk próximo capitulo é fim dessa temporada, e começaremos terceira e última ( cry ) Beijão! :*