''De repente vi uma enorme casa, parecia mais uma mansão de filmes. As portas eram de vidro e as paredes eram decoradas com madeira.

Eu não conseguia articular as palavras. ELE ERA RICO.

– Vamos. - Nathan puxou-me até a porta e ordenou que eu entrasse.

Caminhei lentamente para dentro daquele magnífico lugar. Eu jamais poderia imaginar que havia casas assim na cidade, já que a maioria dos habitantes eram pobres.

Nathan ficou na minha frente, impedindo que eu me distraísse mais. - Vou preparar seu banho. Há algumas roupas da minha mãe que servirão em você. - disse animado enquanto subia as escadas sem nunca deixar de segurar minha mão.''

Enquanto subia as escadas pude perceber que eram de vidro também. Eu me sentia em um museu, por que aquela casa não parecia um lugar normal. Não mesmo.

– Está com fome? - Perguntou ele tirando-me dos meus pensamentos.

Lembrei que estava há muito tempo sem comer, mas eu não queria comer aqui, não sozinha e na ''casa nada chamativa'' dele.

– Não. - menti.

Ele nada disse só continuou subindo as incontáveis escadas...Quantos degraus havia se passado? 50?

– Quando você vai me levar para casa? - perguntei. Eu estava apreensiva com o que poderia acontecer hoje.

– Talvez amanhã. - Ele disse sem nenhum tom divertido em sua voz. - Está tão ansiosa para voltar para os braços do seu ''papai''?

Ignorei sua ironia. - Como assim ''talvez amanhã''? - imitei seu tom de voz com desdem. - Meu pai vai se preocupar com o meu sumiço e...

– Diga á ele que vai dormir na casa de uma amiga...Aquela garota que me impediu de sentar ao seu lado, qual o nome dela?

Ele me levou até um cômodo que parecia ser um quarto. O que mais chamava atenção era a enorme cama que estava centrada no quarto. Um quadro retângular com uma paisagem de nuvens estava pendurado próxima da cabeceira da cama.

''Diga o nome dela''

Assustei-me com a voz dele na minha mente, eu iria demorar a me acostumar com isso. - Yasmim. - sussurrei.

De repentei fui jogada contra cama. - Auu! - gritei pelo susto.

Ele jogou uma coisa pequena na minha direção. Peguei com as duas mãos e vi que era um celular.

Quando olhei para cima, ele já não estava lá.

Que cara estranho.

Disquei o numero de casa com pressa.

Uma chamada

Duas chamadas

3...4...5...6

Atende!!

''Diga que vai dormir na casa dessa Yasmim''

– Alô. - Ouvi a voz do meu pai na linha.

– Oi pai. - tentei manter minha melhor voz calma.

–AONDE VOCÊ ESTÁ RÚBIA? JÁ DEVIA ESTAR EM CASA. - Ele berrou.

– Pai...É que - É que eu estou sendo mantida como prisioneira por um garoto, você o conhece! eu queria dizer isso, mas disse isto. - Posso dormir na casa da Yasmim?

– Oras bolas, é claro que pode, mas custava me avisar que não viria para a casa, senhorita Rúbia?

Dei um sorriso triste. - Você é o melhor, pai. Prometo que amanhã á tarde estarei de volta. - afirmei.

– Tudo bem ,então.

– Até logo. - desliguei.

Levantei-me e coloquei o celular sobre o criado mudo de madeira.

– Pode tomar seu banho agora.

Virei-me assutada com a mão no pescoço. - Você precisa parar com isso! - minha voz estava alterada pelo susto.

Ele sorriu e acariciou meu rosto com delicadeza. Ele se aproximou mais de mim.

Eu já sabia o que estava por vir...E isso não era nada bom.

Senti seus olhos em mim. Eu não podia olhá-lo, isso seria minha perdição. Seus braços rodearam minha cintura possessivamente.

– O que está fazendo? - perguntei sem fôlego, mesmo sabendo a resposta.

Ele sorriu e começou a depositar beijos em meu rosto. - Acho que você sabe o que eu estou fazendo. - sussurrou com os lábios perto da minha orelha.

– Pensei que eu iria tomar banho.

– Está tão ansiosa para se livrar de mim,como sempre. - Percebi o tom divertido em sua voz. - Tudo bem, o que eu quero pode ser adiado.

O que ele quer?

– Vá tomar seu banho. Eu coloquei algumas roupas de minha mãe no banheiro. Acho que servirão em você. - Ele me soltou relutante e me guiou até o banheiro...Se é que eu poderia chamá-lo de banheiro.

Tudo era grande demais...O chuveiro era enorme, as janelas erma enormes...Até o tapete perto do box de vidro era assim. Eu me sentia uma turista ou qualquer coisa do tipo, pois aquele lugar era magnífico demais para pessoas como eu.

– Por que se rebaixa tanto, Rúbia? - Ele perguntou parecendo intrigado enquanto entrava no banheiro comigo.

Continua...

Notas da autora: Assistam ao trailer oficial da estória!