Gotta Be You 2 temporada escrita por Malu


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Segundo maior capítulo em toda a fanfic *-*
Nos vemos nas notas finais :*



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Ele tira do bolso a caixinha azulada e me entrega. Ao abrir a pequena caixa, vejo apenas o brilho do diamante que reflete a luz. Escondo-a da luminosidade e finalmente posso vê-la. E ela é linda. Tão bela como uma flor, e tão delicada quanto, com um pequeno e solitário diamante no meio.

–Uau! –foi tudo o que consegui dizer.

–Será que ela vai gostar?

–Mas é claro que vai! –digo, com um enorme sorriso no rosto.

–Vocês dois vão demorar aí? –Leticia pergunta, vindo até a cozinha.

Ela estava próxima e, por impulso, eu fecho a caixinha e a jogo dentro da panela.

AH, MEU DEUS! O QUE EU FIZ?

Senti que Leticia me encarava enquanto eu tirava a panela do fogo.

–Amor, o que acha de sairmos para dar uma volta? –ouço Niall perguntar.

–Mas... Vocês se importam? –ela pergunta tanto para mim, quanto para Laís, que acabava de chegar à cozinha.

–Nope! –respondi.

–Mas é claro... –eu a dei um tapa. –Ouch! –murmurou. –Que não! –completou.

Leticia riu.

–Então você vai se arrumar e eu vou levá-las até em casa. –ele diz, dá um selinho e vai até a sala para pegar a chave.

Nós saímos, ele deixa Laís em casa e me leva até a casa dos meninos para que eu possa pegar meu carro, mas ele não está lá.

–Eu já volto! –digo, descendo do carro e indo até a porta.

Eu a abro lentamente e um jarro quase me acerta. Eu deixo que um grito escape pelos meus lábios e encontro Eleanor e Louis discutindo.

–Me desculpe, eu cheguei numa hora ruim...

–Que isso... Pode entrar! A Eleanor já tava indo embora, não é, Eleanor?

–Isso ainda não terminou, Louis! Eu não vou ser trocada por uma vadia qualquer e deixar isso para lá! –ela rosnou, quase perfurando a cara dele com os olhos e saiu, me empurrando e fechando a porta com força.

–O que diabos eu perdi? –pergunto.

–Eu terminei com ela... –Louis diz e se joga no sofá, folheando uma revista qualquer e fingindo interesse nela.

–Por quê? –pergunto.

–Nada... –ele responde.

–Porque tá fingindo que eu não existo? –pergunto hesitante.

–Eu não to fingindo que você não existe, só to afim de ler a...

–Você não tá lendo! –interrompo.

–E porque tem tanta certeza disso?

–Porque é uma edição de Caras. Essa revista é minha e eu uso ela como inspiração para alguns desenhos! –digo, tomando a revista das mãos dele.

–Harry disse que você só voltava mais tarde! –disse, sem me olhar.

–O Niall me deu uma carona. –digo. –Você sabe se ele vai demorar?

–Por quê? –pergunta.

–Porque o que, garoto?

–Está fingindo que ama o Harry...

–Eu não estou fingindo... Eu AMO o Harry sim! –digo. –Só não vejo onde isso passa a ser da sua conta. –completo. Minha voz soa seca, gélida e afiada, como a ponta de uma faca.

–Passa a ser da minha conta no momento em que você é minha namorada!

–Eu não sou mais sua namorada! Você mesmo se deu o trabalho de acabar com meu sofrimento e dizer “Avisa pra ela que eu não volto”.

–Fala sério, Luiza!

–Você não é capaz de cumprir com a sua palavra, Louis! Simplesmente não é! Você prometeu que não ia me deixar!

–E você prometeu que seriamos somente nós dois!

–Essa promessa você também quebrou.

–A gente vai mesmo discutir sobre isso de novo?

–Por mim eu não discutiria com você sobre assunto nenhum!

Eu peguei o celular e comecei a digitar uma mensagem para Harry.

“Harry, eu preciso do meu carro! Onde você está?”

Alguns minutos se passaram antes que ele respondesse.

“Ainda vou demorar um pouco... É urgente?”

“Um pouco! Eu preciso comprar algumas coisas.”

“Onde você está?”

“Em casa”

“Você pode pedir o do Lou emprestado? Eu to ajudando o Zayn com umas coisas.”

“Tá né... Eu tava evitando ter que falar com ele, mas o que eu posso fazer?”

“Cedo ou tarde você ia ter que falar com ele!”

“Tá, tio do sermão! Eu vou pedir”

“Okay :) xx”

Eu guardei o celular novamente e respirei fundo antes de pedir.

–Será que...

–O que foi?

–Será que você pode me emprestar o seu carro? –pergunto, hesitante.

–Aonde você vai?

–Isso não é da... –eu fecho os olhos, suspiro e os abro novamente. –Até aquele mercadinho do centro.

–Hm, então vem! –ele diz indo em direção à porta.

–O que? Onde?

–Eu vou com você!

–Não, você não vai!

–Então tá! Boa sorte esperando pelo seu carrinho! –ele diz, parando de frente para mim com os braços cruzados sob o peito.

–Você... –praticamente rosnei entre os dentes.

–Vamos! –ele disse, abrindo a porta e gesticulando para que eu saísse.

Eu hesitei, mas no final eu não tinha muita escolha, então saí e caminhei até o carro.

–Dá pra você destrancar a merda da porta? –pergunto, irritada.

TÁ, EU ADMITO QUE ÀS VEZES EU SEJA UM TANTO... BIPOLAR, MAS EU ODEIO SER OBRIGADA A SAIR COM UMA PESSOA NO MEU PÉ... AINDA MAIS QUANDO EU QUERO QUE ELA SEJA PARTIDA NO MEIO POR UM RAIO!

–Calma, fofinha! –ele disse e apertou minha bochecha.

–Não me toca! –digo, me afastando dele e forçando a maçaneta da porta.

–Você pode esperar eu abrir?

–Não!

Ele aperta um botão, que faz o alarme desarmar e as travas do carro se abrirem.

–Muito obrigada! –digo, irônica e entro no carro, jogando minha bolsa no banco de trás.

Ele dá a volta no carro, tão lentamente como uma tartaruga e entra no carro, como se nada tivesse acontecido e sua vida fosse um mar de rosas, o que, se considerarmos que ele é rico, famoso e, eu tenho que admitir, lindo e talentoso, não é bem uma mentira.

Ele dirige silenciosamente até o mercado, com os olhos fixos na rua, sem dirigir o olhar ou a palavra a mim. Simplesmente como se eu não estivesse ali.

–Chegamos! –ele diz, estacionando o carro.

Eu me viro para pegar minha bolsa e quando estou saindo do carro, sinto suas mãos envolverem meu pulso.

–Não vai agradecer? –ele pergunta, com um sorriso um tanto tentador no rosto.

–Não. –digo.

–Qualé! Deixa de ser pirracenta!

–Só quando você deixar de ser idiota! –ele passou a me encarar. –Então acho que isso não vai rolar, né? –disse me desvencilhando de suas mãos.

Ele me puxou novamente e quando eu percebi estava em seus braços, entregue a um beijo que eu não queria, mas necessitava... Com urgência.

–Só um idiota faria isso! –ele sussurra e eu me afasto.

–Eu já disse pra você não tocar em mim. –digo, tentando parecer firme, mas minha voz falha.

Eu me afasto lentamente e saio do carro. Caminho, mercado adentro comprando as coisas que preciso, mas volta e meia me pego pensando naquele beijo.

–Ei! –ouço alguém dizer no meu ouvido, quase em um grito. –Não tá me ouvindo!

–Laís! O que você tá fazendo aqui? –perguntei.

–Eu liguei para sua casa, mas não tinha ninguém lá. Aí eu liguei para você e você não atendeu. Aí eu liguei pro Harry e ele disse que o Louis deveria saber. Aí eu liguei pro Louis e ele disse que tinha acabado de te deixar aqui. –ela disse, rápido demais e eu fingi prestar atenção.

–Hm...

–Falando nisso, me desculpa, mas o Harry, hein? Aquilo não é de Deus!

–A mesma Laís pervertida de oito anos! –digo.

–Mentira! –ela disse como se tivesse sido ofendida. –Agora eu estou pior! –sua voz soou orgulhosa.

–Você não é normal! –digo, esboçando um sorriso em meu rosto.

–Essa era uma das qualidades do grupo do L... Lindas, loucas e legais. Lembra? Essa era nossa lei! –ela diz e começa a andar de costas, me acompanhando.

–Laís, para com isso! Você vai machucar alguém! –digo.

–Não vou ma... –sua frase é interrompida por um gemido quando ela pisa no pé de um garoto alto, de cabelos escuros, olhos azuis e turbulentos, mas de certa forma, familiares. –Me desculpa! –Laís diz desesperada. –LUIZA ROSA, PORQUE VOCÊ NÃO ME AVISOU?

–Espera! Seu nome... É Luiza Rosa? –ele gagueja.

–É... Por quê?

–Você não deve se lembrar de mim... Sou eu, “Jay”!

–“Jay”?

–Me deixa ver... –ele disse pensativo e finalmente ergueu a mão. –Ainda se lembra do toque? –pergunta e, mesmo hesitante, eu bato em sua mão.

Agora eu me lembro.

Depois que Leticia de mudou para o Rio e Laís veio para Londres, eu acabei ficando amiga de Jason.

Lembro até que tínhamos um comprimento.

Bate, rebate, soca, L.

–AH MEU DEUS! JAY? O QUE VOCÊ FAZ AQUI?

–Lulu! –ele disse e me abraçou.

–Você ainda se lembra disso?

–Claro que eu lembro!

–Laís, você lembra do Jason?

–Jason?! –ela exclamou, parecendo surpresa por encontrá-lo ali. Na verdade, eu também estava. –Você fala com ele? Depois de tudo o que ele te fez? –perguntou.

–Mas é claro... Depois que vocês foram embora, ele se tornou um doce comigo!

–É o Jason! Nós prometemos nunca nos aproximar do grupinho dele.

–Eu me aproximei do Jay, não do grupinho do Jason! –digo. –Deixe de ser infantil, Lala... As pessoas mudam!

–Falou a garota que está fingindo namorar o melhor amigo do cara que ela gosta. –disse e saiu irritada.

Eu tentei correr e alcançá-la, mas eu não podia deixar minhas coisas para trás, então resolvi terminar o que tinha que fazer e mais tarde passar na casa dela.

–Que história é aquela de fingir namorar o melhor amigo, hein, Lulu? Você não é assim! –ele disse, sem muita firmeza na voz.

–Como eu disse... As pessoas mudam! –disse e fitei um ponto qualquer a minha frente.

–Luiza, o que está acontecendo? –ele perguntou, agora mais sério e firme.

–Eu mudei... Só isso! –digo e continuo a fazer as compras.

Depois de arrumar a casa para a “noite especial” que Niall queria, peguei um táxi e fui para a casa de Laís e, por algum motivo, meu carro estava estacionado lá.

–Laís! Abre a porta! –grito e soco a porta depois de várias tentativas falhas de chamá-la.

–O que é? –ela disse, abrindo a porta e revelando um rosto suado, cabelos desgrenhados e o corpo coberto apenas por uma camiseta do Ramones extremamente familiar.

–O que você tava fazendo? Porque deu todo aquele piti no mercado?

–Luh, agora não é uma boa hora... Eu tava no meio de uma coisa importante!

–Que coisa impor...

–Quem era, Laís? –ouço Harry perguntar do quarto.

–Ah, não... Vocês não... Vocês não estavam... Vocês estavam?

–Luh, me desculpa!

–Ah, meu Deus! Vocês estavam!

–Luh, fala sério! Vocês nem estavam namorando de verdade!

–Isso te dá o direito de ir pra cama com meu namorado? Acho que não, né?

–Luiza!

–Você me traiu!

–Você não gostava dele!

–E você gostava?

–GOSTAVA! –gritou.

–Eu nunca me senti tão usada como eu me sinto agora! –digo.

–Então você sabe como o Harry se sentiu sendo usado como um meio de fazer ciúmes no Louis! –disse, agora mais calma.

–Eu não to usando ele!

–Então o que você está fazendo, Luiza? Você não o ama! Você tá usando ele! E sabe como eu sei disse? Quando o Louis não tá perto, vocês nunca se beijam, se abraçam ou trocam carinhos! Ele te amava, mas você foi idiota o suficiente para não perceber... E se percebeu, foi idiota o suficiente para fingir que nada aconteceu!

–Você não sabe o que aconteceu!

–SEI SIM, LUIZA! TODO MUNDO SABE QUE VOCÊ TÁ COM ELE PRA NÃO SOFRER SOZINHA E ACHA QUE TEM QUE O FAZER SOFRER JUNTO! VOCÊ NÃO MUDOU NADA NESSE QUISITO!

–TENTA FICAR COM A IDEIA DE QUE VOCÊ VAI TER QUE CRIAR UM FILHO, SOZINHA NA CABEÇA E VOCÊ VAI SABER COMO É! –rebati, sentindo lágrimas escorrerem pelo meu rosto junto com a humilhação eu simplesmente me virei e voltei para o táxi que ainda estava ali. –Essa ideia simplesmente me assusta! –digo e entro no táxi.


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Notas finais do capítulo

Hey again! :D
Eu tive que colocar uma meta um pouco mais alta pra ter mais tempo pra escrever, né?
Agora, como eu não faço ideia do tamanho do próximo capítulo, vou colocar algo mais... Na média!
54 reviews e eu posto o próximo! :)