Gotta Be You 2 temporada escrita por Malu


Capítulo 11
Capítulo 11




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Zayn POV

Depois do show, fomos todos para a casa de Louis, onde, agora, discutíamos sobre um assunto aleatório, cujo eu não dava muita importância.

A chuva lá fora era intensa e algo me preocupava. Talvez fosse o modo como Luiza saiu do camarim... Algo me dizia que coisas ruins estavam para acontecer.

O fato de que ela ainda não tinha aparecido lá me deixava ainda mais tenso.

Talvez ela tenha ido dar uma caminhada, para pensar, pensei. A chuva está forte demais para isso, é o que digo a mim mesmo. Vai dar tudo certo, você vai ver, é o modo que uso para me encorajar, mas este não parece dar muito certo, pois no exato momento em que o telefone toca e seu nome aparece na tela, um alívio enorme me percorre o corpo.

–Finalmente você apareceu... Eu estava preocupado! –digo, me levantando e indo até a porta e saindo. Eu me sento na escada da soleira, mas a voz feminina que sei não ser dela do outro lado me faz levantar novamente.

–Você conhece Luiza Rosa? –ela pergunta séria.

–Conheço sim! –respondo e antes que eu possa pensar ou tentar reconhecer a voz, a pergunta me escapa pala boca. –Quem está falando?

–Me desculpe... Meu nome é Liz e... Luiza sofreu um acidente e está no hospital fazendo alguns exames... Eu a perguntei para quem ligar e disse para que eu pegasse seu número em seu telefone...

–Em que hospital ela está? –pergunto, sentindo o desespero e a preocupação tomar conta de todo o meu ser.

Ela diz um nome qualquer cujo não presto muita atenção, mas me recordo de já ter estado lá.

–Obrigada, Liz! –digo, ouço-o dizer um “Eu sinto muito!” e desligo.

Eu entro as pressas na casa, pego as chaves enquanto ligo para seu pai.

–Ei, aonde vai? –Niall pergunta.

–Parece que a Luh tem problemas sérios com chuva! –tento brincar, tento me acalmar, mas o que digo só me causa mais desespero. –Ela sofreu um acidente e está no hospital!

–O quê? –Leticia quase grita e se põe de pé.

–Eu não sei o que aconteceu... Eu só consegui entender que ela sofreu um acidente e está no London Bridge Hospital.

Louis POV

O caminho até o hospital parece uma eternidade e o desespero sobe cada vez mais à minha mente.

No estado em que estou não sei o que sinto. Não sei se estou grato e disposto a dizer “Bem feito! Da próxima vez, não chifre seu namorado!” ou se estou triste e preocupado a ponto de dizer “Me desculpe, princesa!” ou um “Eu te amo!” ou um simples “Não me deixe, eu preciso de você... Aqui e agora!”

Ao chegar à fachada do hospital, tudo parece tão morto e calmo a minha volta que me sinto sozinho no mundo. Numa enorme arena, onde eu tenho que lutar contra meus pesadelos e achar minha princesa.

Eu desço do carro e corro até a recepção e me apoio ainda ofegante no balcão.

–Eu preciso ver ela! –digo deixando todo o meu desespero fluir pelo meu corpo.

–Senhor, acalme-se! Qual é o nome da paciente?

–Luiza... –me interrompo quando percebo que o desespero em minha mente não me permite lembrar o sobrenome. –Luiza Rosa! –digo alto ao me lembrar.

–Ela só pode receber familiares no momento... O senhor é alguma coisa dela?

–Nós somos a família dela! Ela não tem mais ninguém em Londres... Sua única família somos nós e seu pai que está no Brasil... –Leticia diz, passando a mão pelo meu ombro e o acariciando enquanto tenta me acalmar.

–Está bem... São somente os três? –ela pergunta, analisando a mim, Leticia e a Niall.

–Não, temos mais três para vê-la! –Niall diz, enquanto acaricia o cabelo de Leticia e ela repousa a cabeça em seu ombro.

Finalmente Zayn, Harry e Liam chegam.

–Tudo bem... Eu vou permitir que três de vocês entre por vez, mas caso ela acorde, devo pedir para que não a estressem!

–Então vamos eu, Niall e Harry e depois vão você, Leticia e Zayn... –Liam propôs a mim.

–Eu quero ir sozinho... Se não se importam...

–Claro que não... Leticia não vai querer ficar com ninguém a não ser Niall, Zayn não vai querer as brincadeirinhas de Harry por perto, eu sou o único que tolera todo mundo nesse estado... Então vamos eu e Harry depois Niall, Leticia e Zayn...  Pode ser? –todos nós assentimos e ele completa. –Você vai por último para que tenha mais tempo! –diz, me abraça e vai em direção ao quarto com a enfermeira que fora convocada pela mulher do balcão.

Quando os dois voltam, ambos estão tentando disfarçar as lágrimas que escorreram, mesmo que tenham sido poucas, mas o rosto de Harry está um tanto quanto inchado e vermelho.

Leticia e Niall partem abraçados enquanto Zayn vai segurando as lágrimas.

–Como ela está? –pergunto. Minha voz vacila e sai hesitante e amedrontada com a resposta que estou prestes a ouvir.

–Está linda como sempre... De um jeito deplorável, mas ainda linda! –é tudo o que dizem.

Então eu jogo a cabeça para trás, encarando o teto e fecho os olhos, tentando imaginar como será conversar com ela.

Finalmente chega minha vez e eu estou desesperado por vê-la, por poder tocá-la, por observá-la enquanto dorme, por perguntar se se sente melhor.

Estou parado de frente para a porta de vidro e consigo ver seus olhos castanhos e perfeitos encararem o teto claro do quarto branco, seus cabelos loiros e perfeitos espalhados sob o travesseiro como uma moldura perfeita feita para seu rosto que se mantém pálido em algumas regiões, mas muito vermelho e inchado em outras. Ela não me parece mal a ponto de ter sofrido um acidente, parece apenas... Desconfortável. Uma lágrima escorre pelo seu rosto e ela fecha os olhos tentando conter as próximas que querem vir, mas ela não permite.

–Onde dói? –pergunto, entrando no quarto.

–Tudo... Mas o coração dói mais... –ela responde e continua fitando um ponto qualquer do teto.

–Eu queria me desculpar... –digo, me sentando ao pé de sua cama e a encarando por um breve momento.

–Não precisa! –ela diz.

–Jura? –estou surpreso...

–Não há nada que você diga que vá adiantar... Não depois das coisas horríveis que disse.

Lágrimas ainda mais intensas começaram a escorrer pelo seu rosto e aquilo me partia o coração.

Luiza POV

Eu não queria parecer fraca em sua frente, mas a dor era tanta... Não só pelos machucados feitos na minha pele, mas pelo buraco feito no meu coração. Era como se uma faca o tivesse perfurado e agora meu corpo liberasse cada gota do meu sangue.

–Some da minha frente, Louis! –grito.

–Você não quer que eu vá...

–Você está certo... Eu quero que você fique, mas quero que fique porque me ama, não porque está com pena! –digo. –Dá pra sair da minha frente? –grito e ele aproxima a mão da minha, mas eu a tiro da perto dele bruscamente. –SAI! –ele não se move. –AGORA! SAIA AGORA!

Uma lágrima surge em seus olhos e ele se levanta. Seu olhar se encontra com o meu, mas eu o desvio rapidamente e fecho os olhos. Eu sinto seus lábios tocarem os meus por um breve momento, mas que se passa tão lentamente que se assemelham a milhares de minutos. Eu o empurro e dirijo o olhar para o chão.

–Sai! –é o que eu digo. –Fique! –é o que tento dizer. –Eu quero que você morra! –é o que parte de mim quer. –Eu não sei viver sem você! –é a triste realidade.

–Me desculpa MESMO! –diz e fecha a porta.

Louis POV

Alguns dias se passam, mas como ela está sempre dormindo sob o efeito de remédios, eu consigo passar cada segundo ao seu lado. Seu pai provavelmente chegará essa noite ou durante a madrugada, mas eu não me importo com isso, eu só quero ficar ao seu lado.

Durante os dois dias que se passam, nada me tira do seu lado, apenas o momento em que a acordam para alimentá-la, mas eu logo volto para seu lado quando ela dorme.

Por mais que ela sinta um ódio extremo de mim, eu não consigo... Simplesmente necessito de tê-la ao meu lado.

–Faz quantos dias que ela está aqui? –pergunta uma menina que eu já vi algumas vezes zanzando pelo corredor, ou parada ali por perto, mas ela nunca dirigia a palavra a mim.

–Dois... –respondo, mas minha voz falha.

–Eu percebi que desde que ela chegou você não sai do lado dela... Nem pra comer! –ela diz e sorri. –Eu posso entrar? –pergunta.

–Claro... Sente aqui! –digo, apontando para um sofazinho que fica no quarto.

–O que você é dela? –a menininha pergunta.

–Eu sou... –começo. –Era o namorado dela! –corrijo.

–Vocês terminaram?

–É mais ou menos isso... É uma história complicada para contar! -

–Eu sinto muito por isso... –ela diz e, pela voz dela, eu sinto que está sendo sincera. –Mas pense positivo... Ela vai sair daqui bem! –a garota diz e sorri.

–Eu sei que vai! –digo e olho para o rosto pálido cuja moldura dourada lhe entrega certo brilho.

–Eu tenho que ir... –diz a menina e sai do quarto.

Logo estou sozinho do novo. Algum tempo se passa e um homem de mais ou menos 40 anos e cabelos grisalhos entra no quarto.

–Eu sou Marcos, sou o médico responsável por Luiza! –ele diz.

–Eu sou Louis... Namorado dela!–ele pega a pauta e faz algumas analises, espeta algumas agulhas, saí e logo volta com seus exames.

Ele se volta para mim e sorri. Ele vem até mim e me abraça.

–Meus parabéns, Louis...


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