As Súplicas De Um Vagabundo escrita por Maria Chinikoski


Capítulo 14
Uma lágrima dourada


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, eu estava em visita técnica no Pantanal, pelo IFMT. Obrigado por continuarem me aturando. Não poderei postar com frequência pq é tempo de prova no instituto e eu estou bem doente :)
Bjos



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- Está tudo bem, Pedro? - perguntou docemente, deitada na cama de visitas.

- Sim... - cobri ela e fui até a porta - Vou estar no quarto ao lado, se precisar.

- Obrigado...

Desliguei a luz e fiquei olhando a luz do poste iluminar o quarto.

A chuva caia lentamente na janela, quando um raio rompeu o céu e um trovão sacudiu o vidro.

Um grito abafado pela colcha me fez perceber o medo.

- Você tem medo de trovões?

Ela não respondeu.

Suspirei, fechei a cortina e fui até a porta.

- Vou pro meu quarto. Qualquer coisa me acorde.

Mas o sono não vinha. Na minha cômoda havia uma foto minha com Yuuri abraçados no shopping. Droga! Por que tenho que pensar nisso?

Minha vida é uma merda!

Virava de um lado pro outro, mas o sono não vinha.

Os trovões aumentavam seu poder no passar das horas. Já eram duas horas da manhã e eu não conseguia mais dormir.

Um barulho de trovão sacudiu as paredes...

Passou perto.

Tive um mal pressentimento e deixei meus pés me levarem até o outro quarto.

Ao abrir um pouquinho a porta não havistei Christin na cama. Abri tudo e vi ela no cantinho, ajoelhada no cantinho da parede, longe da janela, tremendo, com os olhos arregalados enquanto tentava tapar os ouvidos.

Pacientemente segui até ela e ajoelhei em sua frente, passando a mão em seu rosto.

No começo ela se assustou comigo ali, mas logo que veio o trovão ela pulou e eu a abraçei.

- Calma, eu estou aqui.

Afagava seus cabelos enquanto ela tremia e chorava, me abraçando.

Não sei quanto tempo passamos assim, sentindo o calor do corpo um do outro, até que adormeci. Só acordei sete horas, com o despertador.

- Christin?

Tentei acordá-la, mas estava em sono tão profundo que eu simplismente a coloquei na cama e deixei-a descançar.

(...)

Não consigo mais deixá-la... Não sei se é por proteção, ou o que... Mas também não consigo imaginar ficar longe de Yuuri...

(...) Tempo depois

- Pedro... Me desculpe...

- Não é culpa sua que eles estejam juntos... - suspirei ao ver Yuuri e David de mãos dadas no parque - Vamos embora?

- Sim.

Ela pegou na minha mão e andamos para longe.

Lanchamos em uma lojinha  e fomos para o parque.

- Vamos na roda-gigante? - perguntou ela, entusiasmada.

- Vamos.

Paguei as entradas e já estavamos lá em cima quando ela me abraçou.

- Pedro... Por todos esses dias, obrigado... - ela me deu um selinho  -Sei que está sofrendo ao vê-lo com outro...

- Tudo bem, Christin...

Abraçei-a e dei um beijo demorado, meio que afogando as mágoas que me restavam por causa do meu macaquinho... Tudo havia sido uma ilusão?

Não sei...

Já estava voltando à vida antiga, host club, embora não me divertisse com as "princesinhas"...

Fui levá-la até sua casa, quando a mãe dela abriu a porta.

- Obrigado, Pedro.

- De nada, senhora Susan.

- Quer jantar conosco? - perguntou sorridente.

- Obrigado, ms hoje não... Estou meio mal...

- Sim... Então está bem. Quer carona?

- Tudo bem... Vou esfriar a cabeça. Tchau, Senhora Susan, tchau Christin... Amanhã venho buscá-la para o piquinique.

- Boa noite, Pedro.

Me despedi e fui andando pelas ruas escuras.

A familia dela era bem legal. Me convidaram várias vezes para almoçar e jantar lá. Eu era quase considerado um namoradinho de Christin...

Quase chegando em casa, passando por uma rua mais escura, a chuva fina começou a molhar minha jaqueta e eu apressei o passo até passar por um moreno conhecido.

- Yuuri... - suspirei, passando reto pelo garoto que me olhava enquanto andava em passos lentos.

- Pedro... - ouvi uma resposta seca e amarga.

Dei um sorriso e fui para casa...

Sinceramente? Não sei o que quero mais...


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Notas finais do capítulo

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