As Súplicas De Um Vagabundo escrita por Maria Chinikoski


Capítulo 13
Entre dois Corações


Notas iniciais do capítulo

Finalmente vou publicar meu primeiro livro, Hime's, que dará início à uma série :D com 340 páginas, está ok o 1º livro: O primeiro caminho
Não sei se coloco yaoi nos outros livros kkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/268648/chapter/13

Posso dizer que após uns dias acabei me afastando dos outros colegas, graças ào Yuuri.

Mas hoje foi realmente um péssimo dia.

Tudo começou com um ataque de ciumes... E terminou... Bem, vou lhe contar, depois você pode tirar suas conclusões!

-----xX

Um dia após o último capítulo:

- Estou com medo... – suspirou Christin durante o almoço. Yuuri tinha voltado para casa, resolver uns negócios com seu pai.

- Do que?

- Esses garotos... Me dão medo...

- Quem? – perguntei e me assustei ao ver ela apontar os brutamontes, garotos de outra turma do mesmo ano que o meu, porém mais fortes e idiotas, prontos para comer qualquer princesinha retardada.

- Eles... Parece que me seguem...

- Eles não vão te incomodar. – falei confiante.

No outro dia...

Fui até o vestiário e ouvi os brutamontes.

Eles haviam seguido Christin novamente.

- Por que continuam com isso? – perguntei confiante.

- Hora, se não é o defensor dos viadinhos.

- Calado, seu estúpido! Se vocês se atreverem a tocar UM dedo na Christin, eu os mato! – briguei.

- Ui – brincaram eles.

- Tudo bem – falou o mais sério deles enquanto sorria e trocava de blusa – Não queremos nada com alguém comprometida... Não queremos problemas... Mas... Vocês estão mesmo juntos?

- Sim! – esbravejei. Era a única saída.

Outro dia...

Yuuri não quer mais falar comigo desde que Christin anda perto de mim.

- Ela é idiota! Você está caindo no jogo dela!

- Não existe jogo nenhum, Yuuri...

- Será? – perguntou ele entre lágrimas.

- Idiota – eu o beijei.

Mais um dia...

- Pedro... – falou o líder dos brutamontes, David – Já que você está mesmo com a Christin...Não se importa em perder o Yuuri?

- Viado desgraçado! – dei-lhe um soco na boca.

O moleque era o mais magro e “perfeito” do grupo... Geralmente atraía as melhores garotas, não dava tanto medo... Mas era gay e queria o MEU Yuuri. Há tempos percebo isso...

- Isso significa? – disse ele rindo, limpando o sangue da boca.

- Não vai tocar em nenhum.

- Existe alguma mentira ai, Pedro... E eu vou te arrancar quem quer que seja...

----xX  Hoje

- Pedro?

- Olá, Christin! - sorri.

- Posso... Falar com você? - pediu ela toda tímida no caminho para as salas.

- Claro... Por que está tão pálida? - me preocupei, tocando seu rosto enquanto ela parecia querer se esconder dos brutamontes mais velhos, todos com caras de pedófilos, mas eu entrei na frente.

- É que os caras...

- Cahan, vamos nos atrasar - pigarreou Yuuri enquanto corria e me puxava.

- Então, Christin! - falei enquanto ignorava meu macaquinho ciumento.

- Já vai bater o sinal - falou Yuuri me puxando pelo braço para longe de Christin.

- Tudo bem, Pedro, podemos conversar depois. - falou ela fechando a cara e andando até sua sala.

- Por que fez isso?

- Sei lá.

- Você tem problema, Yuuri!

- Vamos logo!

Entrei na sala e fiquei lá olhando o professor de filosofia discutindo ética.

Fiquei a maior parte do tempo  cochilando e pensando no que Christin queria falar comigo.

(...)

- Yuuri, o que você tem hoje? - perguntei quando íamos saindo da escola. Não havia encontrado mais Christin. Talvez ela fora embora antes.

- Nada...

- O que aconteceu quando você pegou meu celular à alguns minutos atrás? E por que ficou com aqueles brutamontes no recreio, me encarando?

- Nada...

- Yuuri! Eu quero saber! - empurrei ele contra o muro.

- Não precisa, Pedro...

- Por quê? Tem a ver com a Christin?

Ele não respondeu.

- YUURI!

- Ela... Ela disse por mensagem que tinha recebido a sua para se encontrar com ela no armazém... E eu apaguei... 

- Mensagem?

- POR QUE, PEDRO? ELA É TÃO IMPORTANTE?! - gritou Yuuri, mas eu simplesmente o larguei.

- Você... Falou algo pra aqueles moleques?

- O que importa? – ele choramingou, virando de lado – Eles só queriam saber se ela era alguma coisa sua e eu disse que não e que podiam ficar com ela...

Por um minuto parei para raciocinar... Eu não havia mandado mensagem...

E eles...

E...

- YUURI! IDIOTA!!! – dei um murro no moreninho e sai correndo para o outro lado da cidade, no armazém.

Mil idéias me passando na cabeça... Só tive tempo de pegar um velho pedaço de ferro enferrujado encostado no lixeiro.

[P.O.V Christin]

Medo...

Pedro…

-         Pedro? – chamei no velho armazém abandonado, muito escuro.

Já estava quase no fundo... Você mentiu, Pedro? Não vai vim?

Uma lágrima caiu...

-         Então você veio? – ouvi uma voz medonha, que conhecia...

-         VOCÊ? CADÊ O PEDRO?!

Os garotos da outra sala saíram do escuro, me rodeando.

- QUE? PEDROOOO! SOCORR-

Mas fui presa e um pano foi amarrado na minha boca.

- Quietinha, garota...

Pedro... – chorei...

- Vai ficar bem calminha agora... – disse um vindo um uma tesoura.

Me assustei e comecei a ir para trás, mas amarraram minhas mãos e senti pés me jogando no chão.

- Hun, hun!

Mas não adiantava... O que... Vão fazer?

SOCORRO, PEDRO!

- Assim... – disse um deles, rindo, pegando meu vestido e cortando-o enquanto eu chorava...

[P.O.V. Autora]

Christin chorava amargamente enquanto aquelas mãos impuras retiravam sua roupa à força e a expunham aos outros três. Mas de nada adiantaria...

Ela podia ouvir um zíper ser aberto.

As palavras eram afogadas na mordaça e mãos imundas percorriam seu corpo enquanto outros riam às custas da sua humilhação.

Nunca imaginara ser um recado falso... Por que seu Pedro?

- Gostosinha...

Ela fechara seus olhos, se espremendo contra si mesma, tentando impedir, mas era impossível.

- Eu vou primeiro...

Mãos agarraram seus seios e ela podia sentir um corpo se aproximar... Era seu fim?

- Não precisa ficar assim, garotinha...

Malditos lábios que a tocavam...

Malditos...

Malditos!

- EU FALEI PARA NÃO ENCOSTAREM NELAAAAA!!!!!

Um barulho forte de gritos e um corpo pulando em cima dela a assustaram.

Quando Christin abriu os olhos, viu o seu estuprador de olhos arregalados, agarrando-a com força até poder encarar seu peito.

Quando ela olhou, mais um grito foi abafado com a mordaça... A cena era chocante... Todos encarando uma garota assustada, um Pedro assustador e um estuprador com um ferro transpassando seu peito e tirando-lhe o sangue.

Pedro puxou o ferro e chutou o corpo contra o chão.

- IDIOTA! VOU TE MATAR POR ISSO! – gritou o irmão do estuprador, correndo junto com os outros contra Pedro.

Foi uma questão de tempo e muitos golpes aprendidos no karatê e no judô para fazer restar dois corpos vivos, um perdendo a vida com um ferro no pescoço, cortando-lhe a jugular e três já mortos.

- Christin... – chorou Pedro – Me perdoe...

Ele caiu de joelhos e chorava descontroladamente ao lado dela, até perceber que ela estava nua.

- Me perdoe...

Ele a desamarrou e deu-lhe sua jaqueta.

- Pedro – chorava ela.

- Christin... – ele tremia e seu nariz já escorria de tanto chorar, mas ela pulou contra ele e o abraçou forte, chorando um bom tempo.

- Pe-Pedro...

- Eu sou um IDIOTA!

- NÃO! – disse ela calando-o com um beijo.

Ele, de início assustado, abraçou aquele corpo nu e perdeu as forças do joelho, caindo com ela.

- Obri-gado, Pedro... Obrigado – chorou ela mais forte ainda.

- Christin...

Por sorte sua jaqueta cobria um pouco das pernas da garota, então ele a pegou no colo e a levou para casa, toda cheia de sangue.

(...)

- Não há problema, Pedro?

- Não, minha mãe saiu e não vai voltar hoje...

Ele sabia que ela saíra com o pai de... Yuuri...

- Tome um bom banho e eu vou trazer roupas pra você...

- Obrigado... Pedro...

Ela o abraçou por trás e ali permaneceu um bom tempo.

- Christin...

- Pedro...

(...)

[P.O.V. Pedro]

Peguei roupas para ela e fui esperar no sofá quando a campainha tocou.

- Yuuri? – fiquei bravo ao abrir a porta.

- Você me odeia, não?

- Sim...

Eu ia fechar a porta quando a voz de um idiota me chamou atenção.

- Vamos, Yuuri, deixe-o. Ele prefere ela...

- Não, David...

- Ora, idiota, não tinha percebido que estava aqui... E agora? Cansou de menininhas inocentes e vai tentar comer o Yuuri?

- Se você não está com a Christin...

- Chega! – falou Yuuri.

- Ora, me surpreendo que você saiu um pouco antes... Adoraria ter visto o seu sangue jorrar também...

- O que está falando?

- Dos idiotas que você mandou atrás da Christin!

- Eu não mandei...

- E você, Yuuri, já me trocou né?

- Ele só estava me acompanhando...

- Ele não é tão infiel como você, Pedro!

- FODA-SE, SEU BABACA! – dei um murro na boca dele – E NA PRÓXIMA FIQUE LONGE DOS MEUS AMIGOS! E DA CHRISTIN!

- PARA DE FALAR DELA, PEDRO! – gritou Yuuri.

- Falar de mim? – Christin realmente apareceu na hora errada e no lugar errado!

- Christin? E... Essas roupas... Do Pedro... Vocês...

Eu sabia que não ia aguentar aquilo. Não me traiu ao falar coisas erradas na hora errada?

Simplesmente fechei a porta e ouvi um choro e murros, mas tentei não ouvir as ameaças e palavrões...

Me perdoe, macaquinho...

Mas... Você passou dos limites!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

COMENTEM!
O/