Um Amor Sem Limites escrita por Cat


Capítulo 8
Capítulo 8 - Conversa de velhos amigos


Notas iniciais do capítulo

demorou. desculpa. porem, agora é ferias. só escrever, escrever e escrever.



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Holly estava a ponto de entrar em pânico. Não deveria ter deixado Artemis ir até o quarto de Minerva. O que ela estava pensando? Já ia começar a gritar para que a soltassem quando viu Artemis apoiado na porta, sorrindo maliciosamente.

– Tudo resolvido. Porque está tão nervosa? Até parece que eu não conseguiria

– Seu babaca presunçoso. Nunca mais faça isso comigo, eu fiquei preocupada.

– Porque você não poderia viver sem mim, certo? – Ele sorriu. Holly corou, mas se recompôs rapidamente.

– Eu não teria tanta certeza, quem te disse isso?

– Você. Pouco antes de me beijar.

– Ah, já tinha até me esquecido disso.

Artemis fez um muxoxo

– Também não precisava ser grossa. Só estava brincando.

Ela sorriu.                                   

– Também só tava brincando. Como conseguiu enganar a Minerva?

– Eu disse que ia seduzi-la

– Ah, claro. Artemis eu to falando sério, já chega de brincadeira.

– Mas é sério, digo, quase isso – então ele contou Holly o que tinha acontecido – Pelo menos agora temos bastante tempo pra bolar alguma coisa. Isso é uma tecnologia muito perigosa Holly...

– E o que fazemos agora?

– Você pode entrar em contato com Palha. Diga que ele já pode aparecer. Vamos precisar dele.

–Okay. Onde estão minhas coisas?

Artemis deu para Holly seu capacete. –Infelizmente, o seu uniforme já está completamente destruído. Melhor... tente achar alguma roupa pra você, está bem?

Holly finalmente conseguiu entender porque Artemis estava tão constrangido. Suas roupas estavam em frangalhos, ela estava horrível. E ainda por cima, quase nua.

– Ah... me desculpe. É melhor eu...

Artemis riu. Holly conseguiu espantar o rubor, e pegou o capacete, saindo da sala.

Artemis, já sozinho, foi até a máquina. A analisou. Um portal, uma central de comandos. Nada muito bem feito, como se alguém tivesse feito as pressas. Ou talvez... Como se alguém não estivesse consciente quando a fez.

Impressionante. Pensou sobre aquilo... Mas faltava alguma coisa, alguma peça.

Ele foi surpreendido por um estrondo, o chão se abriu em um buraco. Palha Escavator saindo de dentro, ofegante.

– Não... Consigo... Concreto...

Artemis já conhecia Palha o bastante pra saber o que estava acontecendo.  Anões não podiam ingerir concreto.

 Mas felizmente sabia o que fazer, correu e abaixou ao lado do amigo, tomando cuidado pra ficar longe do traseiro. Tirou suas meias e tateou o seu dedo mindinho, apertando na articulação.

Uma grande explosão aconteceu. Quase derrubando a máquina do tempo de Minerva.  Artemis se desequilibrou e caiu para trás, quase sendo atingido por um pedaço de concreto não digerido.

– Ufa, essa foi por pouco. Mas só pra deixar bem claro, não estou te devendo nada por me salvar, garoto. Já fiz muito por você ao longo da sua curta vidinha. E ai, qual a emergência?

– Emergência?

–Foi o que Holly disse... Ah, não me diga que eu engoli concreto pra nada.

– O que dizia a mensagem?

Palha mostrou as mensagens no seu computador de pulso:

“Holly: Suba aqui. Agora”

“Palha: Não estou afim princesa, talvez depois”

“Holly: Se eu e Artemis morrermos, você será acusado de nos obrigar a participar de uma investigação ilegal, e tomarei providencias para que fique preso com os Goblins.É uma emergência.  Arty está no porão”

“Holly: Ps: Se me chamar de princesa de novo, arranco suas entranhas.”

– Amável, como sempre – Censurou Artemis. – Não foi nenhuma emergência, estamos bem. Mas precisamos tomar providencias sobre essa máquina. É uma maquina do tempo

– Uma máquina do tempo... sei, sei. Como vai você e a Holly?

Artemis se sentiu irritado com aquela súbita mudança de assunto.

– Perdão?

– Você e a Holly. Continuam juntos?

Artemis ficou surpreso.

– O que? Nunca estivemos juntos.

– Artemis... Quando me botaram pra dormir, eu me lembrei de várias coisas do meu passado. E daquele casal viajando no tempo. Eram vocês dois. Você e a Capitã. Não se faça de bobo pra mim garoto.

– Palha... – Artemis se sentia desconfortável. – Aquilo foi só uma confusão hormonal. Holly... Não sente nada por mim.

–Não seja idiota, garoto da lama! Não vê o jeito que ela olha pra você?

– Não, ela não olha pra mim de nenhum jeito! – Artemis já estava farto daquilo – Não vou ficar discutindo com um anão sobre minha confusão amorosa em relação à Holly, quando o futuro do Povo está logo aqui, nesta sala! Você sabe o que pode acontecer se Minerva Paradizzo divulgar sobre essa máquina do tempo?

– Você está cometendo um erro Artemis. – Palha sussurrou, serio – Já passei por uma coisa parecida... Você deveria fazer alguma coisa

Artemis não podia acreditar no que estava acontecendo ali. A situação era até cômica, de um jeito sério, e desconfortável.

– O que aconteceu? – Perguntou Artemis, já calmo. Curioso contra a  sua vontade

– Eu já me apaixonei, garoto. Por uma policial.

– Uma policial?

–Sim. Não era muito importante, ela trabalhava no transito, sabe? A primeira vez que eu fui preso, foi por ela. Por imprudência.

– E...?  – Perguntou Artemis, indiferente.

– Estou falando serio garoto. Ela vinha me visitar na prisão todos os dias. Viramos amigos. Mas eu nunca tive coragem, e nem estava preocupado em dizer o quanto eu gostava dela. Só me importava em como fugir dali. Até que um dia ela... foi demitida. E eu nunca mais a vi.

– Palha...

–E sabe o que é pior, garoto? Eu fugi da maldita prisão. E fui preso mais umas mil vezes, só que ela nunca mais foi me visitar. E eu sempre consegui fugir, entende? Mas nunca era a mesma coisa.

Artemis baixou a cabeça. A história de Palha realmente o tinha feito pensar.

– Palha... sinto muito por ela. Sinceramente. Mas eu e a Holly não podemos... mesmo que ela queria alguma coisa.

– Isso significa que você quer?

– Não... Sim mas, é melhor assim.

– É melhor assim? Me fala, quem está feliz com isso?

– Ela já disse que não gosta de mim Palha... Não desse jeito.  Ela é minha melhor amiga.

– Disse? Você não parece muito certo disso.

– Não... Mas deu a entender que...

– Então vá perguntar á ela. Você vai perder a oportunidade de dizer que a ama? Você pode morrer amanha, sabia? – Então passou os olhos por Artemis – Você a ama, certo?

– Eu a amo.

– Então tome uma maldita providencia, antes que seja tarde.

Artemis pensou naquilo por um instante. Palha estava certo, porem ele não sabia direito o que sentia. Mas pensando bem, ele nunca havia dito á Holly o quanto ele a admirava, e sentia falta dela. De como ele se sente seguro quando ela está por perto, e como ele gosta do jeito dela de não ter medo de nada. E também nunca teve a chance de dizer que ele sempre se lembrava do dia em que se beijaram. Um beijo longo, como um casal de verdade faria. Mesmo eles ficarem juntos ser cientificamente improvável, Artemis já tinha feito várias coisas cientificamente improváveis. Ele tinha que tentar.

– E se... E se ela dizer não? – Perguntou Artemis. Para Palha, aquela era a primeira vez que ele parecia realmente ter a idade que tinha. Parecia realmente ser um adolescente, preocupado com coisas bobas como garotas. Talvez aquilo fosse bom pra ele.

– O máximo que você pode levar é uma cara feia e um soco. Nada que você não esteja acostumado, vindo de Holly.

– Obrigada, Palha.

Artemis voltou a seu jeito serio, de um jeito constrangido. Como se tivesse tido apenas uma recaída. Ele era Artemis Fowl II, afinal de contas. Tinha que descobrir como Minerva projetou a maquina, e com quem ela tem contato. E por que ela quer viajar no tempo.

Mas depois falaria com Holly, uma promessa a si mesmo. Antes de sair daquela mansão ele teria de dizer como se sentia a Holly.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado.
postem reviews, por favor! se gostaram, se nao gostaram, deem sugestoes, me xinguem, mas nao deixem de mandar. Isso me da inspiraçao e incentivo pra escrever mais.



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