Um Amor Sem Limites escrita por Cat


Capítulo 9
Capítulo 9 - Lembranças Perigosas


Notas iniciais do capítulo

esse capitulo vai ser muito importante para o resto da trama. Leiam com atençao. Os detalhes importam



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Duas horas se passaram. Artemis estava desmontando a maquina do tempo já fazia um longo tempo. Holly Short apareceu na porta.

­– Precisa de alguma coisa? – Perguntou

Artemis Fowl demorou um pouco a responder. Não gostava de ser interrompido quando estava trabalhando

– Não, capitã. Estou tentando fazer alguma coisa aqui.

_ Que tipo de coisa? Quer dizer, você está ai a uma eternidade.

– Tentando desarmar os controles, se eu tiver sorte.

Holly foi até ele e se ajoelhou ao seu lado. Passou a mão pela máquina.

– A magia aqui está mais viva do que nunca. Talvez seja necessário mais do que algumas ferramentas pra desarmar

Artemis observou Holly ajoelhada, vendo só agora como ela estava. Tinha tomado banho, tirado a ferrugem e lama do rosto, seus olhos, um castanho e um azul brilhavam. Estava usando uma calça provocantemente justa e uma blusa apertada, com uma estampa camuflada. Era estranho ver Holly em roupas casuais, mesmo sendo um simples jeans e camiseta.

– O que está olhando? – Perguntou Holly

– Perdão?! – Artemis saiu do transe, ruborizado – Oh... Você.

– Eu devo ser uma maravilha pra ser olhada – Disse Holly, sarcástica. Estava pensando o que Artemis estava tramando dessa vez

– Você é sempre uma maravilha pra ser olhada Holly... Quero dizer, a elfo determinada que nunca desiste no primeiro desafio, que está sempre disposta  a ajudar todos, mesmo o garoto da lama que só trás problemas.

Holly ficou extremamente surpresa. Olhou para Artemis, tentando captar alguma coisa nos seus olhos. Mas ele estava com a cabeça baixa, o rosto vermelho. Artemis Fowl estava envergonhado?

– O que você está tramando Artemis. Vamos, fale logo.

– Não é nada Holly. E nunca passou pela sua cabeça que às vezes eu posso não estar pensando em mim mesmo?

– Sinceramente? Raramente.

– Hum... Tenho certo mérito por isso.

– Desculpe Artemis. Eu não deveria te julgar, todos vêm que você mudou, afinal de contas.

– Eu não teria tanta certeza. Alias, foi você mesma que disse. – Então fez uma imitação da voz de Holly – “A essência em si nunca muda”

– Talvez eu esteja errada – Holly deu um soco no braço de Artemis – E ei, eu não falo desse jeito.

– Não, você está certa Holly, quando as pessoas se afastam, eu temo voltar exatamente ao que eu era antes. Uma mudança total é impossível.

– E Artemis Fowl não é mestre em fazer coisas impossíveis? Eu prometo nunca me afastar de você, então nem pense em falar isso de novo. O garoto da lama que eu conheço não demonstra fraqueza.

Artemis sorriu. E em um impulso abraçou Holly. Ele precisava disso. Não a abraçava de verdade há um ano praticamente.

– Artemis! – Holly se assustou. Primeiro por o garoto tê-la abraçado, e segundo porque o contato com ele te deu um choque leve. Mas depois de passado o susto, ela o abraçou bem forte, como nunca.

Depois de um longo tempo abraçados, Artemis tentou se desprender de Holly. Não conseguiu. Achou que Holly continuava o abraçando, até perceber que os dois estavam levando leves choques constantes. A estática estava mantendo eles juntos, de um jeito doloroso.

Então Holly percebeu, e tentou desesperadamente se soltar, conseguindo desprender o seu tronco com o de Artemis, e sentiu uma dor imensa, um choque que queimou sua pele. Estava só com os braços presos a ele, e os pés... Os pés estavam presos na máquina, que agora estava com uma aura azulada.

Magia.

–Artemis, o que está acontecendo?

– A máquina do tempo... Foi ativada de algum modo. Oh céus, a sua magia!

– A culpa não é minha!

– Eu sei Holly, acalme-se. – A aura começou a ficar mais forte, envolvendo os dois.

– O que está acontecendo? Artemis! Faça alguma coisa!

– Vamos ser transportados Holly. Não se solte de mim.

– O que? Como se fosse possível.

Então a aura azul se estendeu e engoliu Artemis e Holly. Levando os dois pelo tempo.

Holly e Artemis entraram na corrente do espaço tempo inconscientes. Felizmente, a máquina do tempo não estava com seu total de força, tanto por estar meio desmontada quanto por Holly não ter tanta magia no tanque. Então ao invés de uma materialização, eles iriam ficar pairando pela corrente, visitando os períodos que os seus subconscientes escolherem.

A coisa funcionava mais ou menos como um sono REM, a fase do sono onde ocorrem os sonhos. Acredita-se que a alma ou subconsciente de algumas pessoas conseguem deixar o corpo e ir para outros lugares. A viagem no tempo era praticamente desse jeito, com duas diferenças: Não é apenas uma teoria e o corpo acompanha o subconsciente, mas é incapaz de se mover ou apresentar qualquer estímulo.

Em simples palavras: Holly e Artemis seriam transportados para onde suas mentes bem entenderem, e a única coisa que podem fazer é olharem e esperarem ser transportados de volta.

Primeiramente, seus corpos foram lançados ao passado, para uma lembrança de Holly.

 Estavam no subsolo, em alguma coisa que aparentava ser um hospital. Artemis leu em uma placa em cima da porta “Sala de espera. Hospital de Porto.”

“Não acredito” Pensou Holly “Isso não pode estar acontecendo”

“O que está acontecendo?” Pensou Artemis, desconfiado.

E, depois de um susto percebeu que estavam se comunicando por pensamentos.

“Você pode me entender Holly?”

“Sim” respondeu ela “Alto e claro na minha cabeça”

“Você sabe onde estamos?”

“No hospital... Não pode ser. A última vez que estive aqui...”.

Então ela foi interrompida por um barulho da porta dupla se abrindo. De lá dentro saiu uma maca, com duendes paramédicos às pressas. E uma jovem atrás, com os cabelos longos, castanhos avermelhados. Uma pose felina e os braços fortes.

“Holly” Pensou Artemis

“É...” Holly não podia acreditar. Estavam em uma lembrança sua.

A Holly do passado foi proibida de entrar na sala de cirurgias, e estava na sala de espera, chorando. Para Artemis, era de cortar o coração ver a visão da amiga mais nova naquele estado. Holly estava atônita, sem pensar nada. Só observando.

Nesse momento foi como se o tempo desse uma acelerada, e Artemis pode ver no relógio da sala. Tinham se passado 5 horas. Holly do passado estava dormindo. Ela foi acordada por um duende, o medico, com a expressão tristonha. Então ele deu a noticia.

“Mãe...” Até no pensamento, a voz de Holly saiu triste.

A Holly do passado estava desolada, chorando sem parar. E em um segundo, a imagem do momento da morte de Coral Short sumiu, dando lugar a um turbilhão de imagens, lembranças de Holly. Ela cortando o cabelo, fazendo o teste para entrar na LEP. Sendo promovida a capitã.

Artemis também estava tendo suas lembranças, mas não estava conseguindo visualiza-las. Até certo momento.

Uma floresta. Um rio, um velho carvalho. Holly sendo nocauteada e sequestrada por Artemis, depois todas as suas aventuras se passaram diante deles. O Ártico, O cubo, os Trolls, os demônios, a viagem no tempo, o beijo. O complexo de Atlântida. Até chegarem ao futuro, que pareceu passar em um milésimo, sem deixar que Artemis e Holly distinguissem as imagens.

De repente, as lembranças começaram a se embaralhar, a se tornar um misto de emoções, angustias, com um barulho surdo de todos os barulhos de uma vida até agora, formando uma explosão de tudo que já se foi e será vivido.

“Arty!” Gritou Holly por pensamentos. Ela sentia estar se soltando dele.

Então Artemis e Holly foram sugados para fora da corrente do tempo e arremessados de volta ao escritório de Minerva Paradizzo.

Holly estava quebrada, destruída, chorando como uma criança no tapete do escritório. Artemis estava pouco melhor, por estar com um psicológico mais renovado, já que tinha passado por varias sessões de terapia antes daqui.

 Ele se arrastou, com uma exaustão incomum, e envolveu Holly com os braços. Os dois deitados no tapete, abraçados, chorando.


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Notas finais do capítulo

review? por favor :c amo voces que acompanham, obrigada por me dar animo pra continuar ♥



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