Uma Babá Em Apuros - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 12
Capítulo 8– Parte III


Notas iniciais do capítulo

Xuxuusss estou aque com o finalzinho do capitulo 8. Totalmente Edward e Bella pra voces. hahahaha..
Obrigada pelos comentes viu?
Enjoyyyy!!!



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Capitulo VIII – Parte III

Isabella piscou atordoada focalizando bem o rosto do homem a sua frente. Ele continuava ali. A um palmo de distancia e imóvel. Inerte. Estático. Nenhum avanço ou retrocesso. Edward Cullen não havia se movido um milímetro e mantinha seu olhar furioso e respiração pesada.

Contrariando as leis da física o coração de Isabella conseguiu bater no peito mais desesperando do que antes.

Ela havia imaginado um beijo. Havia criado em sua cabeça um momento que percorria ridiculamente a maioria dos seus sonhos.

Corou levando as mãos no rosto e então voltando a encará-lo.

- Me perdoe Senhor Cullen, eu... eu me excedi em palavras!

Ele não disse nada a não ser continuar a encará-la. Ainda imóvel.

Isabella não sabia como afastá-lo e também não tinha certeza se queria ele longe. Se bem que ele longe era mais seguro, mas ele estava tão perto. Tão furioso. Tão quente. Tão viável.

Foi então que um estalo dentro de sua cabeça a fez voltar a real.

O que eu estou fazendo???

- A meu Deus! – exclamou empurrando ele de perto dela. O ato desarmou Edward que pareceu perceber por fim que estava perto demais.

Como uma louca correu em direção as escadas fugindo para seu quarto. Trancou a porta e arrancou os sapatos levando as mãos por fim á cabeça, caminhou apressada para o banheiro e se ajoelhou diante da privada.

- Vai Aslan, uma passagem pra Nárnia!!! – deu descarga e fechou os olhos esperando ser abduzida para um mundo paralelo; ou melhor, o país de Aslan.

Se sentou no chão quase chorando alguns segundos depois. Nárnia não iria salva-la da tragédia que estava acontecendo. Não mesmo.

- Eu me contentaria com uma temporada em Hogwarts! Um pouco de mágica na minha vida não faria mal! – bateu os pés no chão como uma criança manhosa.

Mas nenhum mundo de fantasia mudaria o fato de que ela estava estranhamente e inexplicavelmente apaixonada por seu patrão. E não era por Emmett o simpático, lindo e sensual. Era por Edward o frio, calculista, misterioso e inatingível pai das suas crianças.

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Edward esqueceu.

Esqueceu porque estava bravo ou o que tinha acontecido naquele jantar.

Esqueceu. Esqueceu quem ele era.

Ele apenas se lembrava de cada curva de Isabella. Dos grandes olhos de jabuticabas arregalados que o fitava até na alma. Lembrava de seus lábios rosados, trêmulos e entreabertos que lhe era tão convidativo. Lembrava da sua voz feroz defendendo seu ponto de vista sem nem sequer medir o que dizia. Lembrou do sorriso de canto que ela produziu e reproduziu durante toda noite. Lembrou do seu cheiro.

Ah seu cheiro. Ela tinha o cheiro mais delicioso que um dia na vida poderia ter sentido.

Agarrou uma garrafa de Wisk e sem reparar na bagunça e desordem que era a sua casa, foi subindo lentamente as escadas. Seu quarto era do lado oposto do dela. Queria ir lá. Bater na porta. Chamá-la. Pedir desculpas. E beijá-la. Coisa que ele devia ter feito, mas não conseguiu tirar os olhos dela, como se temesse que ela fosse desaparecer.

Deu meia volta entrando em seu quarto. Abriu a garrafa e ingeriu um pouco do liquido.

Pegou o vestido azul anil de dentro do closet e sentiu o cheiro da garota que ele passou a desejar sem saber o porque. Não era um cheiro explicável. Era suave como rosas, mas ao mesmo tempo viciante e avassalador. Ele poderia ficar o resto da noite ali sentado na cama, bebendo e respirando o perfume dela.

Ele gostava da idéia dela ser uma mulher que não lhe pertencia. Porque ele não corria o risco de perdê-la. Porque ele sabia perfeitamente que não se perde o que não se tem. Ele preferia não ter mais nada. Estava tão cansado de perder. Tinha tanto medo de perder.

Medo. Essa era uma palavra que se resumia tudo o que ele tinha se tornado. Ele tinha medo de viver. Medo de amar mais uma vez. Medo de sorrir. Medo de se importar. Medo. Era tanto medo que ele foi paralisado. Se tornou uma rocha impenetrável na grande maioria das vezes. Não sentia mais nada. Não parecia mais humano.

Mas no fundo ele era só um menino que só pensava demais.

Soltou um gemido ao notar que sua mão direita estava machucada. Sangrava e latejava forte.

O murro...

Era claro que teria conseqüência quando ele esmurrou a coluna com raiva.

Bebeu mais esperando que o álcool fizesse efeito rápido tirando dele a sensibilidade logo. Ele queria dormir sem sonhos. Sem sentimentos. Sem desejos. Queria apagar e despertar quando tudo voltasse ao normal. Ele não sabia como, mas a vida dele tinha virado de ponta cabeça há dias.

Deitou na cama abraçado ao vestido e a garrafa de Wisk. Fazia uma pequena prece pra que tudo aquilo não passasse de um sonho.

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Isabella estava descabelada como uma bruxa. Já tinha chorado e rolado no chão. Agora caminhava de um lado para o outro. Havia escondido o celular na gaveta; não podia ligar pra sua mãe, Jake ou pai. Não poderia contar pra ninguém o que se passava dentro da sua cabeça maluca.

Respirou fundo e foi tomar uma ducha. Depois disso percebeu que estava com muita sede e fome. De ponta de pé desceu para a cozinha. Fechou os olhos para a bagunça. A casa parecia abandonada. Comeu um lanche natural e carregou um grande copo de agua consigo, mas uma mancha vermelha na coluna em que esteve espremida entre ela e o patrão há algum tempo atrás; lhe chamou a atenção.

Caminhou e tocou. Estava um pouco seco. Mas sem dúvidas que era sangue.

Sangue! Ele esta machucado!

Isabella não precisava de mais desculpas para se meter na vida dos outros, mas mesmo assim, a vida vivia dando a ela motivos para meter o seu nariz onde não tinha sido chamada.

Se afastou da coluna e encarou a escada.

Não. Ela não tinha nada de estar se preocupando. Provavelmente era só um pequeno arranhão. E se fosse algo mais; ele merecia, ele merecia sentir alguma agonia enquanto ela tinha se auto-torturado e sofrido o caus da razão.

Voltou a olhar para o sangue na coluna...

Não adiantava ser durona; ela era Isabella Swan afinal.

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Edward sentia que estava alucinando um pouco. Em sua cabeça podia jurar que tinha conversado com Savannah, e ela estava furiosa com ele. Furiosa seria pouco. Mas a imagem dela desvanecia através de uma cachoeira de cabelos vermelhos como fogo. Victória. Sua ruína. Mãe de Sofie. Ela ria e sorria. Dizia palavras desconexas. E seus olhos azuis brincavam com o mesmo brilho perigoso que tinha. Vick ainda queimava entro dele de alguma forma e não estava desaparecida e nem do outro lado do mundo. Vick estava perto. Tão perto que a sua vontade era colocar suas mãos no pescoço dela e apertar até ver a vida fugir de seu corpo.

“...Soube que Kate esta em Malibu casada com um homem mais rico do que voce! Tive o desprazer de encontrá-la em NY! Ah e ela tem um filha... uma filha Edward! Enquanto Thomas está aqui sem pai e sem mãe!”

Foi como se sua mãe estivesse do seu lado gritando em seu ouvido outra vez.

Kate. Kate merecia morrer muito mais que Vick. Vick ainda aparecia no aniversário da filha e em alguns natais. Kate não tinha deixado rastros por um bom tempo. Ele não tinha idéia com o que acontecia com ele e as mulheres. Azar? Ou ele não sabia escolher?

Toc.Toc.

Ele não via problema delas não o amarem. Ele não era um homem muito doce e amável. Sempre foi um tanto grosso e rígido. Mas era tão desprezível ter um filho dele? Aquelas crianças não tinham culpa em ter o pai que tinham.

Toc. Toc.

Abriu os olhos com dificuldade. Poderia jurar que tinha alguém batendo na porta. Se levantou deixando a garrafa em cima do criado mudo e colocou o vestido debaixo do travesseiro. Caminhou lentamente arrancando de vez a gravata frouxa do pescoço com a mão boa.

Seus olhos incrédulos fitaram a garota de hobby com uma pequena maleta branca nas mãos. Ela olhou para os próprios pés respirando fundo como se buscasse palavras. Então os olhos dela voltaram para os seus e desceram por fim para sua mão direita como se estivesse verificado algo.

- O que faz aqui? – ele perguntou rude. Ela não podia estar ali, não era certo, não era apropriado diante das condições em que ele se encontrava. Ele poderia fazer uma besteira, ele poderia fazer qualquer coisa.

- Sua mão esta machucada.

Relutante ele desviou seus olhos para a sua mão que tinha até esquecido que doía. Voltou a olhar para ela e entendeu. Ela tinha ali uma maleta de primeiros socorros. Ele quis rir dela e dizer: Não faça isso com voce mesma, ninguém pode me socorrer, ninguém pode me salvar.

Mas a falta de jeito dela o deixou sem palavras. Ela tinha se arriscado afinal em vir até o quarto dele porque sabia que ele estava machucado. Não se importou com o gritos que tinha levado e muito menos com os novos que poderia levar. Ela se preocupou apenas com o fato dele precisar de cuidados.

- Tudo bem - ele disse se dando por vencido e abrindo mais a porta do quarto para que ela entrasse; entretanto Isabella olhou receosa para dentro – Tudo bem – ele repetiu saindo do quarto, fechando a porta e se escorando na mesma e escorregando até o chão. – Voce pode fazer isso aqui.

Isabella respirou fundo e assentiu se ajoelhando a frente dele.

Notou os dedos de unhas roídas, trêmulos. Ela parecia respirar com dificuldade. Estava nervosa.

Era claro que estaria. Ele era um monstro diante dos olhos dela. Mas ainda sim ela insistia ser um anjo com ele. Porque?

Porque?

Porque?

Eram tantos porquês sem respostas.

Em silencio ela limpava o local com tanta gentileza que o hipnotizou por vários minutos. Ele observava o modo como as mãos dela se moviam. De como o algodão acompanhava os movimentos. A pressão que ela colocava. O toque quente.

- O senhor disse algo sobre – ela interrompeu o silencio um tanto receosa – Disse algo sobre acordo?

Edward levantou os olhos para Isabella. Não respondeu nada. Apenas a fitou.

Se sentindo uma tola intrometida ela abaixou a cabeça e voltou a sua atenção para o machucado, porque a final de contas era por isso que ela estava ali.

- Sim. – ele disse quando ela imaginou que ele não iria mesmo responder, disse com uma rouquidão que arrepiou os cabelos da nuca de Isabella – Esse jantar era mais que um jantar de casamento. Era um acordo. Um contrato.

- Um casamento de contrato? – Isabella voltou a questionar se conseguir conter a sua curiosidade.

- Não – ele negou com a cabeça – Não tão simples assim. Era um acordo entre a minha empreiteira e a importadora deles. Algo que facilitaria a minha vida e traria muitos milhões de dólares pra ambos os lados.

Isabella assentiu e voltou a olhar o ferimento da mão dele. Permaneceu em silencio por mais algum tempo. Mas algo dentro dela queimava. Era como se ela não conseguisse ficar calada.

- E estragamos tudo essa noite? Tudo dependia desse casamento?

Isabella só notou depois que disse as palavras. Tinha um tom de esperança na voz dela. Algo como se desejasse que tudo tivesse acabado naquela noite; ele não precisava de mais dinheiro do que tinha. Ninguém precisava de tanto dinheiro pra viver. Para ser feliz. Ele estava perdendo a família dele para o dinheiro. Para algo que não aquecia o coração em das tristes e não dava abraços espontâneos, nem fazia rir pelo simples to de um olhar.

Edward a fitou. Não tinha passado despercebido pra ele a ânsia dela de que tudo tivesse terminado ali.

- Não – ele disse vendo Isabella perder o brilho – Eu não sei. – continuou – Não sei o que vai acontecer amanha. Aro é um homem cruel. Se o acordo não acabar ele vai querer algo mais por essa noite. Eles foram humilhados dentro da minha casa e eu não vou sair impune. Eu vou pagar o preço amanha do que vocês fizeram hoje. – Isabella engoliu seco – Mas não se preocupe senhoria Swan; eu estou acostumado a pagar o preço por todos. Quem voce acha que paga e mantém em dia as viagens da minha mãe? Quem paga o luxo e as extravagâncias de Alice? Quem fica de horas extras no escritório para que Emmett tenha vida social? Quem cuida da empresa e da o melhor do melhor para Thomas, Sofie e Andy? – Edward voltou a encarar sua mão – Eu estou acostumado. – repetiu. Sua voz estava branda, ele estava sereno – É tudo o que posso fazer por eles. É tudo o que sei fazer.

- Não, não é verdade! – disse Isabella calorosamente – Voce não precisa se isolar para manter um nível financeiro alto assim. Eu acho que pelo menos pelas crianças voce poderia diminuir o patrimônio e passar mais tempo com eles.

Edward voltou a encará-la. Seu olhar era frio.

- Eu não sei me importar, senhorita Swan. E também não quero. Eles estão vivos; eles tem tudo. Eu pago para pessoas como voce se importarem. Se importarem se estão estudando, comendo e dormindo. – Isabella se encolheu um pouco se afastando – Não me leve a mal, mas todas as vezes que eu me importei, algo...

 Edward engasgou pó um momento. Sua voz não permitiu que ele concluísse a frase.

- ... algo ruim aconteceu. – completou Isabella abraçada aos joelhos. – Entendo... – Edward voltou a encará-la tentando não transparecer a sua fraqueza – Mas o senhor disse que estava acostumado a pagar o preço. E o preço de quem se importa é esse. É estar vulnerável a se magoar, se machucar, a sentir raiva... até mesmo sangrar e se partir em pedaços. – Isabella voltou a guardar as coisas ma maleta – Só que nem tudo é ruim. – se levantou sem que sem Edward tirasse os olhos dela – Se importar é uma forma de amar senhor Cullen; e o triste é que se o senhor não sabe se importar com seus filhos, o senhor não sabe amá-los. – Isabella começou a se afastar – Tenha uma boa noite.

Edward observou a babá entrar em seu quarto e então se viu sozinho. Olhou para o curativo da sua mão feito com tanto carinho e gentileza. Ela poderia estar certa. Ele não sabia amar os filhos. Ele não sabia cuidar de ninguém; nem dele mesmo porque ela mesmo teve que fazer isso. Aliás, a vida toda foi sempre alguém cuidando dele. Primeiro a mãe, depois Mary, por um período curto Savannah e agora parecia que era a vez de Isabella. Entretanto, ele não queria que ela cuidasse dele. Porque ela cuidando dele o tornaria mais frágil e vulnerável do que estava naquele momento. Ela faria com que ele se apaixonasse por ela. Se caso isso já não estivesse acontecendo...

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Notas finais do capítulo

Oh God.. esse Edward me dá uma montanha russa de emoções. uma hora eu quero enforca-lo; na outra eu quero pegar no colo e fazer um cafuné! kkkkkkk...
E o que acharam desse papo deles hum? Os dois se dando conta da verdadeira existencia um do outro.. hummmm.. cara vai rolar MUITO ciúmes entre eles viu? kkkkkkk..
Xuxuzinhos hj peço recomedaçoes de vcs tah? e comentes tmb eh logico :P oaeuhaoeuhoaue.. Mas recomendem oks? Isso atrai mais leitoras novas pra nós! haha :P
XOXO :**