Uma Babá Em Apuros - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 13
Capítulo 9 – Parte I


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeee.. quanto tempo moçada! kkkkkkkkk.. eu sei que devem estar putas da vida comigo. Provavelmente algumas acham INADMISSÍVEL que eu suma desse jeito, mas eu tenho meus motivos e eles são realmente importantes. Voces sabem que essa historia é meu passa tempo certo? Um hobby. Escrevo por prazer e quando a inspiração vem. O meu futuro esta na minha facul de medicina. Acho que isso explica tudo. As aulas voltaram, eu tive que mudar de Ap, nao to mais com minha mamys por perto; ou seja, eu cozinho, lavo, passo, estudo, pago as contas, vou ao banco... xiiii infinita a lista de responsabilidades!
Agora vamos ao capitulo de hj. Novamente terei que dividi-lo em duas partes. Queria postar um bem grandão, mas para eu terminar ele; vai demorar mais um pouco. Então para eu mostrar que eu me importo com voces, lá vai a primeira parte!

Enjoy!!! ;)



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Capitulo IX – Parte I

Os dias passavam quase imperceptíveis. Era algo que não se podia medir quando se entrava numa rotina de risadas e brincadeiras. Eram férias afinal. Qual responsabilidade tinham? Qual dever a ser cumprido? Londres aguardava Isabella e as crianças de braços abertos. Os dias quentes eram passados na praça central, onde eles tomavam sorvete, alimentavam os pombos, conheciam lugares, se refrescavam em salas de cinema refrigeradas ou então corriam de volta para casa e pulavam na enorme piscina da mansão com direito de horas e horas de mordomia.

Thommy tinha até achado divertido aparar a grama do jardim da escola. Ali sem os garotos chatos e maldosos o lugar tinha se tornado até agradável. E as crianças reclamavam menos das sessões com a psicóloga, ou das aulas de francês que não tinha dado uma folga, mas agora eram divertidas devido ao bom humor que havia se estabelecido entre eles.

Naquela manhã eles curtiam a piscina. Isabella tinha os cabelos amarrados em duas trancinhas como uma Maria Chiquinha e Sofie e Andy compartilhavam do mesmo visual. Thommy e Sofi brincavam de guerra de agua; Alice parecia um lagarto exposto ao sol, Esme estava do outro lado com um jovem rapaz atraente que não tirava os olhos de onde a Nanny estava, mas ela evitava olhar se distraindo com Andy que tentava dar os primeiros passos.

- BOOOOOOOOOLAAAAAAA DE CANHÃOOOOOOOOOOOOO!

TIBUW! E agua para todo lado.  Emmett voltou a superfície com o maior sorriso do mundo.

- SEU OGRO! – gritou Alice furiosa e toda molhada – VOCÊ DESTRUIU O MEU CABELO E O MEU BANHO DE SOL!

Emmett gargalhou e mostrando a língua chamou a baixinha pra briga. Alice esboçou um sorriso maquiavélico e pulou na agua também. Um passou a tentar a afogar o outro, mas Alice tentava inutilmente, Emmett jamais poderia ser afetado por seus golpes ridiculamente frágeis.

Do outro lado Esme terminava os últimos acordos sobre o leilão que pretendia promover. A noite beneficente mais esperada pela alta sociedade londrina. Os quadros de Salvador Dali, Miquelangelo, Da Vince e entre outros, eram altamente disputados. Seria a noite em que muito dinheiro e futilidade seria esbanjada.

- Falarei com minha mãe querida Esme!

- Otimo! Diga a Penélope que aguardo atenciosamente o nosso almoço. Precisamos conversar sobre os coquitéis.

O jovem rapaz assentiu com um sorriso.

- Entregarei o recado mais breve possível.

Esme piscou encantada. Jasper Withe era um sonho. E ela sempre sonhou que Alice fosse menos endiabrada pra que atraísse a atenção dele, mas a sua única filha parecia ter minhoca na cabeça em vez de um cérebro.

- Mas me diga querido, é este ano que termina a sua faculdade de engenharia não é? Oxford?

Ele bebeu um gole de seu suco e sorriu. Seus olhos verdes e brilhantes se ressaltaram.

- Seria. Mas eu tranquei a faculdade.

Esme não soube como esconder a surpresa.

- E porque faria isso em reta final? Seus pais não devem ter te apoiado na decisão.

- Não mesmo! – ele disse ainda sorrindo – Mas não tinham como me fazer mudar de idéia. Antes de assumir a construtora, ou fazer parte desse mundo, eu quero criar as minhas próprias expectativas e experiências. Tirei esse ano para viajar, conhecer pessoas e lugares. Estou fazendo um curso de fotografia e parece que é algo mais interessante que passar um dia no escritório.

Esme sorriu e assentiu.

- As vezes os filhos não seguem o caminho que os pais traçam para eles e buscam caminhar por si só. – olhou para Emmett e Alice na piscina. Seus netos. Sua família. Todos ali reunidos e felizes curtindo o verão. Exceto um. Exceto aquele que parecia estar no caminho, mas seguia a direção contraria. – Os meus não se tornaram nada do que eu planejei ou sonhei algum dia. Emmett eu acreditava fielmente que seguiria a carreira de esportista. Quando estava no colegial ele respirava futebol e era realmente bom naquilo. Hoje esta trancafiado naquele escritório da Magnun. E parece se dar muito bem no faz – voltou seu olhar para Jasper que a observava e tomou um pouco de seu suco – Alice eu já tentei concertar ela desde o dia em que nasceu. Mas no fundo eu sabia que ela seria o que gostaria ser, só não imaginava que Alice não seria nada. Nunca termina o que começa. Nunca faz nada com propósitos. Sempre no seu mundo lúdico e maluco. – Jasper não deixou de sorrir e olhar a baixinha guerreando com o irmão - Agora aquele que eu achei que saberia realmente quem seria. E acreditei por muito tempo que sabia. Hoje eu nem reconheço mais. Se tornou um estranho. Um desconhecido. Terminou onde Carlisle o deixou. Longe e inatingível. Edward sempre foi cobrado mais por ser mais velho, mas eu sempre vi dentro dele uma vontade de ser livre, mas sabia que nunca contrariaria o pai. Mas não imaginava que iria se petrificar como um monstro.

Esme se silenciou. E o silencio durou por um tempo até que Jasper tocou a sua mão.

- Eles não terminaram querida Esme. Todos nós ainda temos muito o que viver!

Esme sorriu diante do rapaz. Porque Alice não poderia dar a ela aquele rapaz como genro?

- Voce tem razão querido Jasper. Fica conosco para o almoço?

- Adoraria. Mas minha mãe me aguarda para buscá-la no aeroporto!

Ele se levantou e Esme o acompanhou no ato.

- Esme – ele disse se voltando para ela – Desculpe a minha intromissão, mas quem é aquela moça que esta com a sua neta mais nova nos braços?

Esme voltou seu olhar para piscina e identificou Isabella com Andy no colo.

- É a nova babá. Isabella Swan, americana e sem modos. Mas acabei me acostumando.

Jasper assentiu sorrindo.

- Peculiar.

- Mais do que imagina querido!

Os dois riram. E Esme entendeu o interesse do jovem White.

- Jasper, se doe para quem sabe te apreciar.

Jasper assentiu entendendo perfeitamente o recado da matriarca e maquiavélica senhora Cullen. Fique bem longe da Nanny.

- Acredite, eu apenas me relaciono com quem sabe se relacionar! Tenha um bom dia!

Esme sorriu e se despediu do jovem Jasper. Entao seus olhos se voltaram para Isabella que agora tinha colocado uma musica animada e dançava com Andy. Essa garota só era problemas. E problemas dos bons.

Isabella rodopiou arrancando uma gargalhada de Andy. Seus olhos discretamente se voltaram para o rapaz que parecia caminhar em sua direção. Ele era realmente bonito. Já tinha reparado que os londrinos eram meio padronizados, pelo menos podia se perceber isso na alta sociedade em que ela estava vivendo. Todos de pele branca e bochechas rosadas, olhos claros e lábios retos.

Entao percebeu que ele realmente estava caminhando em sua direção. Começou a sentir as suas pernas derreterem como gelatinas ao sol. Abaixou os olhos focalizando-os em Andy. Seu coração bateu mais forte. Mas porque?

Porque desde o dia do desastroso jantar ela esteve em estado de choque. Como se conversar com o sexo oposto fosse altamente perigoso. Até com Emmett ela estava tendo essas reações. E tudo parecia tem amplificado pelo simples fato de nunca mais ter visto Edward Cullen. Ele havia desaparecido como fumaça. E ela se sentia culpada por isso. Como se fosse por sua causa que ele não estivesse mais se cobrando por pelo menos aparecer nos fins de semana. Isabella sentia no fundo do seu coração que seu patrão estava evitando-a.

E não era por menos.

Isabella e sua grande boca. Porque não conseguia manter sua afiada língua quieta?!

- Hey pequena Andy!

Isabella respirou fundo. Olhou para o rapaz ao seu lado que acariciava as madeixas de Andy.

- Oi! – ele cumprimentou-a  - Faz tempo que não vejo essa pequena!

Isabella apenas sorriu assentindo. O gato tinha comido a sua língua. E provavelmente estava morrendo engasgado com a quantidade de veneno que tinha nela.

- Sou Jasper!

Isabella continuou o encarando sem dizer nada. Com um sorriso congelado no rosto.

Diga algo sua burra. Diga!

Ele deu um sorriso sem graça.

- Me disseram que voce era um pouco mais comunicativa.

Isabella piscou surpresa. Quem disse?

- Quem disse?

Ele riu alto.

- Te peguei! A curiosidade sempre é uma boa aliada. Pelo menos pra mim!

Foi a vez de Isabella sorrir sem graça.

- Talvez. – disse dando de ombros e ele esbanjou um lindo sorriso brilhante.

- A gente se vê por ai... Isabella!

Passou mais uma vez a mão nos cabelos de Andy e se foi.

A Nanny piscou um pouco atordoada e inebriada por ele. Ela era o tipo de cara que faria todas as universitárias de Seattle perder a razão. E ela estava absolutamente inclusa na lista.

Foi então que notou. Ela não tinha dito seu nome.

E ele havia se despedido não por aqueles apelidos de babá, ou pelo irritante “Senhorita Swan” que tanto Edward Cullen usava para se comunicar com ela; mas sim por Isabella. Por seu nome.

Se virou e encontrou o olhar de águia da senhora Cullen. Ela tinha algo a ver com aquilo. Ou não.

Talvez Isabella Swan estivesse entrando em paranóia. O que era algo totalmente aceitável nas circunstâncias. Apaixonada por seu patrão e uma viagem em família a Paris.

Duas coisas que não estavam no roteiro.

Thommy se aproximou exigindo a sua atenção. Ele queria ajuda com a arminha de esguichar agua. Isabella colocou Andy no chão e passou a brincar com as crianças. Andy engatinhava atrás soltando gritinhos e Sofi acertava a Nanny sem piedade alguma. Isso era algo que a menina gostava de fazer.

Correram pelo jardim. Espaço para isso tinham de sobra. E então caíram sobre a grama. Thommy e Sofi em cima de Isabella. Cansados e morrendo de rir.

Então um silêncio foi aparecendo entre eles. Até que Sofi falou.

- Eu nunca me diverti assim antes.

Demorou alguns segundos até Thommy se dar conta.

- Voce falou! – ele sussurrou ficando de pé – Voce falou em publico Sofie!

- Xiii!!! – ela implorou com o indicador nos lábios.

- É segredo Thommy, não se esqueça! – disse Isabella se sentando.

- As vezes eu me esqueço que sei que ela fala. Por um tempo eu achei que ela tinha perdido a língua!

Isabela teve que rir.

- Sem chance. Ela mostra essa língua dela toda vez que pode!

Thommy piscou pensativo.

- Verdade. Sofi é linguaruda!

- Não sou! – ela bradou dando um empurrão no irmão.

- É sim! E mentirosa também! Todo mundo pensa que voce não pode falar! Estou cansado desse seu silencio.

- Não sou mentirosa! – ela reclamou novamente – Só não tinha encontrado algo que me fizesse ter vontade de falar!

Thommy sorriu.

- Quer dizer que a Nanny te da vontade de falar?

- A Nanny é a única que parece querer me escutar Thommy! Vai dizer que existe mais alguém aqui nessa casa que escuta a gente?

Thommy então por um instante ficou calado, e então a sua expressão mudou quando seus olhos focalizaram Isabella.

- Ela esta ganhando dinheiro pra isso!

Foi então que Isabella sentiu como se tivesse levado um soco bem no meio da cara. Aquilo a ofendeu. Ela bem que poderia ter entendido. Mas ele também poderia ter percebido. E não dito aquilo. Magoada, Isabella desengasgou o que estava entalado há algum tempo.

- Da mesma forma que a sua psicóloga ganha. A fonoaudióloga ganhou. Do mesmo jeito que Mary ganha. Ou então sua professora de francês. – cuspiu Isabella as palavras, estava cega de um ódio que não entendia – Sabe Thommy, voce reclama tanto deles, mas voce é um deles! Não sabe reconhecer o amor. Eu poderia ter ido embora há muito tempo. Eu poderia até nunca ter vindo. Poderia ter ficado olhando voce se contorcer de dor no campinho de futebol, como a sua avó fez. Poderia não ter te carregado – Isabella sentiu as lagrimas nos olhos – poderia ter pedido para alguém pra fazer isso! Mas eu me preocupei com voce. Eu me preocupo com vocês. E dinheiro nenhum no mundo é capaz de comprar isso! – limpou as lagrimas que por fim escorreram – Desde que cheguei eu tenho lidado com o fato de que tudo aqui é movido a dinheiro. Seu pai mesmo me disse isso. Que eu sou paga para me importar... – fungou se levantando e indo alcançar Andy que tentava enfiar algo na boca, algo não comestível – Mas dinheiro nenhum no mundo poderia me pagar pra isso. Porque dinheiro Thommy, dinheiro não compra amor!

Tirou das mãozinhas de Andy a grama que ela tentava enfiar na boca. E diante do silencio de Thommy e Sofie, Isabella bradou.

- Vão já para o banho. – sua voz ainda saiu embargada.

Thommy tentou abrir a boca. Isabella podia ver o arrependimento nos olhos dele de ter dito o que tinha dito. E logo em seguida se arrependeu também.

- Ok! – ela soltou exasperada – Não era para voce essas palavras. Me perdoe!

Ele correu em sua direção e a abraçou.

- Eu quero que voce me perdoe Nanny. É que as vezes é difícil de acreditar!

- É! – concordou Sofie – Eu as vezes também não acredito que voce gosta da gente.

Os quatro se abraçaram ali no jardim. Estavam um pouco escondidos pelas arvores e ninguém que estivesse na piscina poderia ter visto o momento, a não ser quem estivesse na sacada de algum quarto, que era o caso de Edward.

Ele não pôde escutar o que Isabella disse para seus filhos, mas pode ver o impacto que aquilo causou. E se não estivesse enganado, viu a boca de Sofie se abrir e poderia jurar que dali saiu palavras.

O que aquela garota tinha?

Ele não sabia dizer. Mas aquela garota tinha despertado a sua atenção. Assim como pode ver há alguns minutos atrás, a de Jasper White também. E isso não o agradou como deveria agradar.

Voltou para dentro do quarto. Não deveria estar ali na sacada deixando todos cientes de que estava em casa. Já bastava Mary sabendo disso.

Embora negasse. E tentasse fugir. Ele queria estar no meio deles. Queria passar o dia na piscina. Poder brincar de guerrinha de agua com seus filhos. Tomar um copo daquele suco. Conversar com Isabella. Provocar Alice como Emmett fazia. Mas algo o impedia de descer as escadas. O que era?

O medo de gostar demais daquilo.

-

-

Isabella se encarou no espelho.

Uau!

Ela poderia ter falado em voz alta. Mas não tinha voz.

- Entao? O que achou? – questionou Esme.

- Eu nem tenho idéia de como... me expressar! – disse Isabella sem tirar os olhos de seu reflexo.

O vestido de gala era realmente lindo. Rosado e todo brilhante. Não tinha idéia de como não ofuscar ninguém com ele. Mas provavelmente Esme tinha idéia de como deixar Isabella opaca.

- Ótimo! É um desastre que Lorraine tenha se machucado. Ela é minha secretaria pessoal desde sempre, sabe como tudo funciona e agora tenho que me contentar com voce. Um pesar. – caminhou até a penteadeira – Mas pelo menos voce tem um corpo fácil de encontrar vestidos.

Isabella não se segurou e deu uma voltinha em frente ao espelho. Era um tomara que caia que tinha um corte na perna esquerda que a deixava a mostra e a sua silueta perfeitamente atraente. Esme voltou seu olhar para a Swan, e quase sorriu ou ver a alegria estampada no rosto da garota. Sonhadora.

- Use esses meus brincos de diamante. Ganhei de Carlisle em uma primavera qualquer... – caminhou até Isabella colocando as grandes e ao mesmo tempo discretas pedras em sua orelha – Sinto falta desses mimos de meu falecido marido. Ele sempre soube agradar.

Oh! E como!

Pensou Isabella tocando as frias pedras de diamante. Qualquer mulher no mundo se sentiria no céu por ganhar um diamante, ainda mais daquele tamanho.

- Voce me acompanhará durante o leilão e parte da festa. Depois vou te liberar já que sei que é a sua noite de folga. Mas não se empolgue... muito. – seu olhar analisador disse que ela sabia mais do que Isabella queria que ela soubesse. Mas ela sabia o que afinal?

- Como desejar, senhora Cullen.

- Não seja tão submissa! – disse Esme com rancor – respeito é uma coisa, ser escravo é outra. Voce irá manter a lista de convidados e ficará responsável por anotar os compradores. E depois irá me ajudar com os convidados... normalmente eu não tenho muita paciência com os Clarke e os Collins. Não me deixe mais de dois minutos na companhia deles – Esme abriu seu Closet e entrou. – Eu posso estar toda a sorrisos, mas no fundo quero estar bem longe deles. – voltou para fora com seu vestido – Agora me ajude a me vestir.

No mesmo instante entrou uma comitiva de cabeleireiros no quarto. Todos sincronizados.

Isabella se apressou e abriu a capa que escondia o magnífico vestido vermelho. Ajudou Esme a retirar o roupão e se surpreendeu com o corpo todo em forma da Senhora Cullen. Ela vestiu a peça de alça única. E Isabella então soube que o seu vestido era um saco de lixo perto do dela. Sem esperar muito Esme foi para a penteadeira e Isabella foi pega por uma moça da equipe e forçada a se sentar em uma cadeira extra que não tinha idéia de onde surgiu.

- Faça a maquiagem da Senhorita Swan algo natural e sublime, Caius. Quero a minha acompanhante estupenda.

- Como desejar minha rainha. Esta noite é altamente esperada!

- Eu sei meu querido!

Isabella nem viu como era o rosto de Caius. Porque ela estava cercada de assistentes; assim como Esme.

Mas meia hora depois ela estava quase não se reconhecendo no espelho. Maquiagem completa. Sobrancelha. Penteado. Unhas... tudo. Exatamente tudo em meia hora.

- Eu gosto de coisas rápidas e perfeitas. Não tenho muita paciência como Alice para ficar horas e horas me arrumando – Esme ajeitou os fartos seios, Isabella com toda a produção se sentiu um pintinho abandonado no lixão de NY – Vamos! Pegue a agenda!

Esme retocou o batom vermelho. Sua marca registrada. E então saiu.

Isabella não tinha idéia de como acompanhar o ritmo da senhora Cullen. Ela tinha passos longos, rápidos e firmes. O salão do baile era enorme. Repleto de luxo e bom gosto. Lustres magníficos e arranjos de flores naturais. Garçons lindos e perfeitamente alinhados. Bebida de primeira qualidade. Canapés e petiscos espalhados estrategicamente.

Um sonho. Isabella se sentia dentro de um sonho. Ou daqueles filmes hollywoodianos. Tudo o que ela tinha visto na televisão sobre a alta sociedade; era mentira. Porque o que mostravam eram os eventos mais chulos e sem graça.

Havia uma sala reservada para o leilão. Carpete vermelho e poltronas almofadadas que pareciam tronos. A luz do ambiente estava diminuta para dar um ar mais misterioso e elegante. Os arranjos também eram perfeitos. Todo o tipo de flores, e algumas que ela nunca tinha visto. E olha que ela entendia sobre o assunto já que sua mãe tinha uma floricultura.

Ficou na entrada com a lista na mão. Pela primeira vez na vida viu a versatilidade e pessoas que poderiam existir no mundo. Os gostos. As culturas. As cores. Eram pessoas da alta, e não apenas da alta londrina. Encontrou franceses, russas, chineses, japoneses, ucranianos, Israelenses, libaneses... cada um era de uma forma de se vestir, de falar, de sorrir, de se comportar.

- Jasper e Penélope White.

Isabella levantou os olhos e encontrou um conhecido.

Jasper estava a sua frente e se possivelmente mais lindo do que a ultima vez que tinha o visto. Usava um smoking e abotoaduras de ouro. Os cabelos perfeitamente penteados e lábios convidativamente rosados.

- Isabella! – ele a saudou ao reconhecê-la e então a olhou de cima a baixo – Não sabia que estaria entre nós esta noite! Deixe eu lhe apresentar; esta é minha querida mãe!

Isabella olhou para a mulher ao seu lado. Uma loira com olhos de corsa. Ela sorriu gentilmente mostrando seus dentes perfeitos e brancos. Brancos quase como a sua pele, ela parecia quase uma boneca de porcelana. Delicada e linda.

- Olá! É um prazer! – sorriu um pouco envergonhada e voltou o seu olhar para Jasper – Por favor, entrem e fique á vontade!

- Com toda a certeza! – disse Jasper galante – Mas antes queria a garantia de poder ter uma dança com a senhorita. Posso ter a honra?

Isabella sentiu seu sangue subir e se concentrar nas bochechas. Suas pernas que já estavam bambas; amoleceram mais anda. Sentiu como se estivesse engolido milhares de borboletas e agora elas lutavam em seu estomago para sair. O olhar de cumplicidade da mãe de Jasper a deixou desconcertada, porque parecia que a mulher apreciaria ver o filho dançando com ela.

- Eu.. bem.. a senhora Cullen..

- Deixe a Senhora Cullen comigo. Não há empecilhos, a não ser é claro que não queira.

Jasper fez uma expressão de frustrado o que deixou Isabella desesperada, porque ela estaria louca se não aceitasse. Porém...

- Não. Não é isso. O único problema é que ... – Isabella engoliu seco e respirou fundo – Eu não sei dançar.

Jasper riu. Penélope riu.

- Oh minha cara Isabella; isso não é nenhum problema. Eu danço por nós dois! Te encontro no salão!

Ele pegou a mão dela, ali depositou um beijo e então entrou deixando uma Isabella vendo estrelas por todos os lados.

Aquele cenário, aquele vestido, aquele dialogo a fez sonhar. Se imaginou em aqueles livros de princesas. Poderia ter sido uma Anastácia. Ou a própria Cinderela. Sua fada madrinha? Esme Cullen. Seus amigos? Art, Mary e Nelly. As irmãs malvadas? Tanya e Cornélia Denali. O príncipe?

Jasper White ou Edward Cullen?

Mas Edward Cullen não estava mais para vilão?

Espera. Tanya e Cornélia Denali? O que aquelas duas faziam ali?

Estavam ali. E muito bem acompanhadas por Edward Cullen. É mole? Quer mais? Tinha mais. Tinha Aro Denali junto.

Isabella respirou fundo. E começou a enxergar tudo vermelho quando Edward entrelaçou seu braço no de Tanya.

- Ora, ora! Vejam só quem esta de recepcionista hoje!

Isabella poderia matar a senhora Denali esganada. Porque ela tinha que soar tão sarcasticamente. Tão escarnecedora. Tão má.

- Sim, eu sou faz tudo! Podem entrar! – disse com um sorriso fraco. Porque ela não conseguia sorrir com Edward ali ao seu lado. Depois de tanto tempo sem ver ele, e ele ali agora a sua frente com uma vadia.

Seus olhos encontraram os dele. Ele parecia surpreso. Claro que ele não imaginava ela ali. Noite de folga de babá e em um pub na periferia de Londres, não em um baile de gala da alta sociedade.

Se sentiu amarga, como se tivesse ingerido um copo de fel. Mas os olhos dele não saiu dos seus. Ele a analisou. E pode jurar por um instante que ele tinha um sorriso no canto dos lábios e um ar de enfim alguém para salvar a noite.

- Senhorita Swan! – ele cumprimentou um pouco ansioso.

- Senhor Cullen! – ela rebateu polidamente – Tenham uma ótima noite!

Isabella desviou logo o olhar. Não queria ver Edward Cullen nunca mais. Porque ele parecia trazer à tona a pior parte dela. A parte assassina.

Voltou o seu olhar para a lista para riscar os Denali. Foi então que notou algo extremamente importante.

O nome deles não estavam ali.

- OMG! – sussurrou sôfrega. Voltou o seu olhar para os quatro que atravessavam a porta para dentro do salão – Esme vai me matar!

Abandoou o seu posto e correu atrás de Edward.

- Senhor Cullen! – chamou conquistando rapidamente a atenção de Edward e dos outros – Poderia trocar uma rápida palavrinha com o senhor?

Edward assentiu e se livrou do braço de Tanya. Parecia que ele estava ansioso demais para ter uma palavrinha com ela. Se afastaram um pouco dos Denali.

- Mil perdoes, mas a família da sua noiva e a sua noiva não tem permissão para estarem aqui! – Isabella deu a noticia um tanto receosa. – Eu quando vi voce imaginei.. bem falha minha. Mas o nome deles não estão na lista.

Edward piscou atordoado.

- O que quer dizer com isso? É para eu retirar minha noiva e meus sogros do baile?

Absurdo! Absurdo ate mesmo para os ouvidos de Isabella, mas o que ela poderia fazer? Deixar Esme torcer seu pescoço?

- Não – disse com uma voz torturada – estou pedindo para o senhor salvar a minha vida! Tem idéia do que a sua mãe vai fazer comigo quando descobrir que eu não tenho capacidade mental para manter uma lista de convidados?

Foi então que Edward riu.

O que deixou Isabella completamente sem ação alguma.Ela nunca tinha imaginado de que ele era capaz de rir. Os olhos dele examinaram cada parte de seu corpo. Ele mordeu o lábio inferior. E Isabella começou a sentir a mesma coisa que sentiu no dia do jantar. Aquela atração. Como se nada no mundo existisse alem dele. Como queria que ele a puxasse e a beijasse. Eles estavam perto porque sussurravam. Aquilo era tortura. Ter algo tão perto e não poder tocar, pegar, possuir.

- Eu não sou um herói! – a voz dele saiu rouca. Isabella se arrepiou inteira.

- Mas poderia ser o meu. – isso soou bom demais para os ouvidos de Edward que deu um passo a frente - Por uma noite. – continuou Isabella sussurrando - Por um instante.

- E porque eu deveria fazer isso?

Isabella ficou calada. Pensando. Buscando.

- Porque eu sei que voce tem um coração.

E como se fosse possível, seus olhos se fundiram um ao outro. Era como se de repetente ela pudesse enxergar a alma dele, e como ele pudesse enxergar a alma dela. Como se tudo o que importasse naquele instante era saber o que o outro sentia.

- Me de a lista. – ele disse tirando a mão de dento do bolso da calça e pegando o papel de suas mãos.

Demorou um pouco para ele tirar os olhos dela para então fitar o papel. Isabella respirou fundo. Frustrada. Ele era areia demais para o seu pequeno caminhãozinho. Sem falar de como ele era grosso. Indiferente com os filhos. Ausente. E rude.

Ele era tudo isso. E muito mais. Era também lindo. Atraente. Carente. Talvez de tudo, o problema fosse esse. Ele era carente de amor; assim como os seus filhos. Mas ele já não era uma criança para assumir isso. Era um adulto com responsabilidades.

- Meu nome esta aqui. Edward Antony Cullen e convidada.

- Convidada. – repetiu Isabella – No singular e no feminino.

- Fique tranqüila senhorita Swan. Marque a minha chegada apenas que do resto cuido eu. – voltou olhá-la nos olhos – Da minha mãe, cuido eu. Ela não vai descontar em voce.

Devolveu a lista.

- Obrigada. – sussurrou.

- Que isso! – ele disse abrindo um sorriso perfeito e se aproximando mais do que deveria, estava tão perto que diria que ele e ela eram um casal apaixonado – Eu sou o seu herói.

Isabella perdeu o ar. Teve que controlar a sua mão que se levantou para se espalmar no peito dele. Tinha que olhar para cima, porque mesmo com um salto estava uns cinco centímetros abaixo de seus olhos.

- A propósito – ele disse um sussurro quase surdo – voce esta realmente linda esta noite!

Os olhos dele migraram para a sua boca entre aberta. E então se afastou lhe dando as costas e voltando para a sua noiva.

Isabella ficou ali. Paralisada. Recolheu a sua mão que espalmava o ar e colocou sobre o seu coração que parecia uma escola de samba em dia de ensaio.

Quis chorar. Ele tinha feito de propósito? Ele estava brincando com ela? Ou era ela que estava brincado com o perigo? Porque foi ela quem se apaixonou. E não ele.

- Senhorita Swan. – olhou para a assistente – Temos novos convidados!

Assentiu e voltou para o seu posto. Mas agora tudo parecia um puta borrão. Tudo o que passava por sua cabeça era Edward Cullen, seu maldito cheiro, o seu estúpido sorriso e o desprezível som de sua risada.

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Notas finais do capítulo

Eaiiiiii Xuxu's?! O que acharam hum?! Jasper White!!! *-* Adoro! hahahahaha.. e voces não perdem por esperar a continuaçao do capitulo. Se voces estavam começando a gostar de Edward Cullen, se preparem para odiá-lo mais uma vez. Ou nao! :P kkkkkkkkkk... Comentem e principalmente RECOMENDEM!!!

XOXO Xuxu's!