Uma Babá Em Apuros - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 11
Capítulo 8 – Parte II


Notas iniciais do capítulo

Vooooooooooooooltei! :P
OObrigada pelos comentes xuxus. adoro saber o que estao achando.
Bem vindas leitoras novas, vcs ja sao meus xuxuzinhos tah?! :P
Nao deixem de ler as notas finaisss ..
Enjoooooooooy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/268216/chapter/11

Capitulo VIII – Parte II

Nelly não parava de falar e Isabella se via impaciente. Gostava da garota e tudo, mas naquele momento estava atrapalhando o seu plano.

- Qual é o prato principal?

Interrompeu qualquer coisa que Nelly estivesse falando.

- Ah é aquela panela ai olha... eu sequer sei pronunciar o nome. Parece ser coisa francesa!

Isabella espiou conteúdo. Não era convidativo aos olhos.

Uma coisa que não compreendia era o fato de gente rica comer coisa estranha. Nada no mundo era melhor do que uma lasanha. Ou o prato chique de pobre Estrogonoff. Isso era mil vezes do que lesma. E ela nem perdia tempo apostando de que as pessoas que estavam naquela sala comiam aquela coisa gosmenta e dizia que era bom só porque era moda.

- Tiraram a pimenta da receita! – continuou a Nelly com o falatório – Dizem porque a noiva é alérgica a substancia.

Isabella paralisou por um segundo. Imaginou Tanya comendo pimenta e inchando feito balão. Aquele rostinho lindo e perfeito ficando empolada e os lábios vermelhos estufados.

Sorriu maquiavélica.

- Nelly voce pega um copo d’água pra Andy? Ela ainda esta chorosa.

Nelly sorrindo e de prontidão se virou para pegar a agua e Isabella colocou pimenta no prato principal. Não para deixar todo mundo cuspindo fogo, mas o suficiente para inchar Tanya Denali. Nelly lhe entregou o copo com agua. Isabella agradeceu e focou os olhos no garçom que colocou a bandeja com as taças ao seu lado. Enquanto ele pegava o balde de gelo ela depositou 5 compridos de laxante dentro da garrafa de Cidra.

Coitado de quem tomasse...

-

-

Sofie se espremeu entre o ducto e a sua saída para o closet embutido onde os empregados haviam guardado os casacos dos convidados. Apesar de ser verão, a noite estava fresca e de praxe era Londres; verão ou não, o recomendável era que a noite usasse seus casacos.

Pessoas milionárias, ricas e egocêntricas jamais saiam de suas casas sem uma provisão; e Sofie sabia disso, por isso pelo resto da tarde perseguiu pequenas rãs e guardou-as em sua caixinha.

Pegou o pote de gosma e atolou dentro dos bolsos dos casacos e depois colocou as rãs. Aquilo serviria para manter os anfíbios ali até que os desavisados enfiassem as mãos. Voltou rapidamente para o ducto e deu uma vistoriada na cozinha a tempo de avistar a sua Nanny colocar os comprimidos na garrafa. Sorriu feliz em saber que ela estava mesmo do seu lado naquela guerra que estava apenas começando.

-

-

Thommy tinha ficado com a parte talvez mais fácil. Não precisava se preocupar em ser pego; ninguém iria para aquela parte do jardim. Pegou as garrafas de mistura de tinta e aclopou nas mangueiras que iam para o esguicho que molhava a grama do jardim. Reprogramou para o manual para que quando ele desse o comando; um banho de tinta se espalhasse por todos que estivessem passando. E depois faria dali um chão escorregadio. A tinta em contato com a grama iria render boas gargalhadas. Disso ele tinha certeza.

-

-

Os três se reuniram no holl de entrada no tempo cronometrado. Então partiram para a sala. Alice, Tanya e a senhora Denali tomavam Cidra. Esme havia preferido compartilhar com os homens o bom e velho Wisk.

Alice estava perdendo nessa. A roupa que ela vestia também não era muito interessante. Um vestido alaranjado bufante e um casaco preto cheio de fivelas, e a maquiagem pesada era acompanhada de um batom preto e um colar em formato de caveira. Um visual um tanto peculiar.

- Ela vai nos matar quando descobrir. – sussurrou Isabella para as crianças que assentiram. Alice iria surtar. Isso claro quando saísse do banheiro uns 3 dias depois.

- Aonde estava Isabella? – questionou Esme.

- Acalmando Andy? – ela respondeu quase com uma pergunta e sorrindo amarelo.

Tanya se remexeu desconfortável.

- Oh sim! – disse Esme maldosa – Andy é uma boa julgadora de caráter.  - Bebeu um pouco de seu Wisk. – Acredito ter adquirido isso da mãe. Pobre Savannah, que Deus a tenha!

 Os Denali se entreolharam.

- Me perdoem! Acredito que falar de Savannah não é algo gentil logo neste jantar em que meu filho nos anuncia o casamento! – fez uma expressão de que realmente estivesse arrependida.

Falsa. Isabella queria dizer. Esme era uma artista de primeira mão. Lógico que ela estava fazendo de propósito.

- Mas Savannah foi a única da qual eu realmente tive a oportunidade de conhecer e gostar – continuou diante do silencio – O mundo as vezes não é justo!

- Não, não é! – disse Edward de forma estúpida – E nunca foi mãe! Vamos falar de algo menos depressivo. Senhorita Swan, fiquei sabendo que é formada em literatura e letras.

Isabella deu pause em tudo. Como assim? Desde quando ela era um assunto interessante para se falarem no jantar de noivado de seu patrão? Percebeu que esperavam um comentário da parte dela. O garçom veio oferecer uma taça de Cidra, ela estendeu a mão para pegar, mas levou um beliscão forte de Thommy.

- Não obrigada! – disse numa voz fina por causa da dor.

- Pretende lecionar? – perguntou a Senhora Denali.

- Meu sonho de vida não é acabar em uma sala de aula. – disse honesta – Acredito eu que ainda vou ter a chance de publicar um livro.

- Oh então não tem nenhuma estabilidade financeira? – alfinetou a senhora Denali.

Isabella sorriu e riu.

- Ah mas é claro que eu tenho! – disse animada – Eu sou babá! E acredite, é muito bom!

Sem querer seu olhar se encontrou com o de Edward. Ele sorria.

- E o que te fez escolher esse caminho senhorita? – foi a fez de Aro Denali satisfazer sua curiosidade.

- Não sei ao certo, eu nasci e cresci em uma cidade pequena. Ali não se tem muitas aventuras. Ate mesmo quando fui a faculdade não cheguei a ir muito longe. Atravessar o atlântico, conhecer esse lado do mundo acho que foi o que motivou a vir.

- Estamos contentes por ter decidido se aventurar assim – disse Tanya com a sua voz de seda – as crianças parecem bem satisfeitas por terem você!

Foi então que Isabella percebeu que Thommy a fitava com os olhos brilhantes assim como Sofie, e Andy segurava firmemente seu indicador e aconchegava a cabeça sob seu peito.

- A senhorita Swan é uma dádiva a nós! – exclamou Esme sorridente. Isabella desconfiou do ato.

- Concordo! – bradou Emmett – Um brinde a nossa Bellinha! – ele ergueu seu copo de Wisk. Os outros não fizeram cerimônia e brindaram.

Isabella sorriu sem graça. Corou até. Ela sentia estar roubando a cena e a senhora Denali parecia concordar. O sorriso falso dela era uma prova bem convicta.

Pediu licença e foi dar mamadeira para Andy no holl de entrada. Volte e meia espiava a sala para ver como estava o clima e as crianças. Parecia estar tudo bem. Mas aquela cena na sala dava a Isabella a sensação de tinha mudado alguma coisa. Andy encostou a cabeça em seu ombro se preparando para dormir; foi então que a senhora Denali apareceu.

- Voce é bem querida por aqui!  - afirmou acariciando as costas de Andy.

- Acredite, eu fui eu mesma em todo o tempo.

- Eu sei querida. – murmurou passando o braço em torno de si mesma.

Isabella sorriu desconfortável.

- Oh – ela exclamou pegando uma das mãos de Isabella – suas unhas estão roídas! Uma dama não rói unhas!

Isabella puxou a mão.

- Não sou uma dama Senhora Denali! – disse tentando amenizar a sua vontade te mandá-la ir logo para o banheiro. Iniciar antecipadamente a sua noite de trono.

- Sim, eu sei que não é. Só estava sendo educada! – sorriu forçadamente e se afastou.

Isabella encarou as costas da mulher por um tempo. Imagine se ela estivesse sendo mal educada!

Abusada!

- Se continuar a encarar a sogra do meu irmão desse jeito, vai fazer um furo nas costas dela.

Isabella se virou para Emmett que sorria exibindo as suas covinhas.

- Seria bom! Acredita que ela me ofendeu? E daí se gosto de roer as minhas unhas? E se sou uma pessoa da ralé? Pelo menos eu sou eu mesma, não preciso fingir nada!

Emmett levantou as mãos em sinal de rendição.

- Devagar! Ela esta se sentindo ameaçada! – completou divertido.

- Ameaçada? Francamente Emmett! – disse Isabella rolando os olhos.

Ele riu.

- Meu irmão não tirou os olhos de voce a noite toda. Voce foi a pauta da conversa! O que acha que Tanya e sua mãe estão achando disso?

Isabella se surpreendeu com a declaração de Emmett. Ela não havia percebido isso. Não sobre Edward.

Ele riu e se aproximou do ouvido da Swan.

- Não se sinta surpresa, Tanya é uma bonequinha de luxo, voce é mulher de verdade, aliás – ele disse se afastando – seu traseiro esta altamente atraente.

Isabella se sentiu ultrajada.

- Emmett! – bradou corando.

Ele soltou uma gargalhada estrondosa, deu uma piscadinha e voltou para sala.

Isabella respirou fundo e fugiu para o quarto de Andy. Quando a menina dormiu se permitiu ir para o seu quarto, ali deu um giro em frente ao espelho examinando a sua parte trazeira.

O vestido tinha lhe caído bem. Estava simples e neutra, mas estava sexy. Há tempos que não se via sexy assim, mas havia um porem; não tinha se vestido nessa intenção. Ou inconscientemente tinha?

Descendo as escadas encontrou com Esme que subia.

- Por um momento pensei que fosse uma tola!

Isabella piscou sem entender.

- Oh Isabella, voce existe!

Foi então que percebeu o que Esme tinha feito. Inconscientemente a fez aceitar a proposta. Essa mulher era um perigo.

- Voce me manipulou! – acusou chateada. Esme sorriu.

- Só dei um empurrãozinho! – disse soando inocente - Voce quem fez o caminho!

-

-

Edward observou Sofie e Thommy conversarem animadamente com Alice, Aro se vangloriava para Emmett, Cornélia trocava farpas sorridentes com sua mãe e Tanya acariciava o seu braço. Nenhum sinal de Isabella.

- Ela é peculiar.

Edward se virou para Tanya.

- Quem? – se fez de desentendido e ela sorriu gentilmente.

- Isabella. – disse por fim.

- É apenas a babá dos meus filhos Tanya! Eu não tenho o que reclamar dela.

Ela assentiu preferindo manter seus pensamentos para si mesmo e voltando acariciar o seu braço.

- Sinto a sua falta em minha cama. Nesta ultima semana voce tem inventado muitas desculpas.

- Estou apenas cansado. - Disse rudemente.

- Nada melhor do que um bom sexo! – disse travessa, ele teve que sorrir concordando – Eu sei o que é esse casamento Edward. Não peço que me ame, peço apenas que se divirta comigo!

Mas era justamente esse o problema. Edward estava cansado de se divertir assim. Ele queria um amor, queria algo duradouro. Estava farto de mulheres perfeitas. Queria algo mais real. Queria fazer da casa dele um lar, um lugar para o qual ele sentisse vontade de voltar. Queria ver Andy crescer, queria ser um amigo para Thommy e um herói para Sofi.

- Deixe que o tempo resolva por nós! – disse por fim se levantando e chamando os convidados para o jantar.

Isabella se juntou as crianças sutilmente enquanto eles seguiam para a sala de jantar.

Cornélia então sentiu sua barriga se contrair e seus passos falhar.

- Esta bem querida? – Aro questionou.

- Sim – ela disse incerta começando a soar – Claro que sim meu bem!

Ele assentiu e voltaram a caminhar. Mas ela sabia que havia algo muito errado, era como se seus órgãos internos começassem a dar nó uns nos outros.

Sentaram a mesa e notou que sua filha Tanya estava um pouco pálida e tinha um pouco de acumulo de suor em sua testa.

Trocaram olhares as duas. Um tanto especulativo.

Isabella sentiu seu braço ser apertado com força por Alice.

- Acho que não me sinto bem! – reclamou.

Isabella se sentiu culpada; era o laxante começando a fazer efeito.

- Deveria então pedir para se retirar.

- Eles não vão acreditar em mim; e estou em divida com Edward por causa do vestido. Foi errado o que eu fiz.

A Nanny assentiu engolindo a verdade. Não podia trair Sofie e Thommy; por isso se empenhou em deixar Alice num assento fácil de sair.

A barriga de Cornélia fez um barulho estranho; o que não passou despercebidos para os que estavam a mesa.

Isabella abaixou a cabeça mordiscando os lábios. Ela queria rir. Rir da cara de constrangimento que todos tinham.

- Bem – começou Aro interrompendo o silencio vergonhoso – O que temos para esta noite meu caro Edward?

- Deixei a critério do cheff! – murmurou Edward – Mary – chamou a governanta – sirva o jantar.

Mary prontamente assentiu. Uma musica suave e instrumental começou a soar. Isabella acreditava ser alguma criação de Mozart. Mas nada daquilo parecia tranqüilizar Tanya e sua mãe. Ou muito menos Alice.

Garçons entraram com toda pompa e Aro bateu palminhas e acariciou a barriga. Isabella voltou a espiar Tanya e se deu conta de que o laxante era o suficiente; não precisava ter acrescentado a pimenta ao prato principal. Ao seu lado Sofie colocou o guardanapo sobre as pernas agindo como uma pequena Lady. Notou que as outras damas tinham feito o mesmo. Olhou para os pratos a sua frente e a absurda quantidade de talheres.

Não pertenço a esse mundo! Pensou desesperada sabendo que não tinha noção alguma de como agir. Foi então que Thomas a cutucou e a puxou para sussurrar em seu ouvido.

- É tudo de fora pra dentro. E vocês mulheres colocam o guardanapo no colo para não sujar o vestido caso aconteça um acidente. Primeiro a colher da sopa e em seguida vem a faca de peixe que não tem cerras. As taças são a de vinho, suco e agua. Para não se atrapalhar preste atenção no que Sofie faz!

Isabella suspirou fundo. E assimilou uma única coisa. De fora pra dentro. Ou era de dentro pra fora?

Pensou seriamente em sair. Ela não precisava mesmo participar do jantar. Thommy e Sofi podiam se virar sem ela. Sua função era manter Andy de boca fechada e isso a menina já fazia no andar de cima.

Suas mãos suavam e tremiam sem controle algum. Vai que servisse aquela lesma que tanto repudiava? Ela não tinha aulas de etiqueta para saber como recusar, e para não passar vergonha deveria comer e se comesse com toda certeza iria vomitar em cima da mesa.

Sim seria mais sensato alegar um mal estar repentino e sebo nas canelas. Ela não tinha que estar ali. Isabella Swan não pertencia ao mundo dos Cullen e menos ainda ao dos Denali. Aquela noite não passava de um lembrete de que Jake tinha razão. Toda a razão. Ela não tinha de que se meter.

- Eu gostaria de fazer um brinde! – disse Esme encarando Isabella. Era algum teste? Porque ela sabia que Esme não iria querer uma caipira para sempre sentada na mesa dela – A essa noite agradável em que a família Cullen oficializa a pretensão de se unir a família Denali!

A senhora Denali ergueu a taça.

- Não é uma pretensão minha queridíssima Esme, é um fato!

Isabella pegou a taça com agua e deu um rápido gole. Se não fosse tão finas o barraco já tinha rolado a tempos.

- Um brinde! – disse Edward por fim um tanto entediado.

- Um brinde – concordou Aro – Aos meus futuros netos que pretendo ter!

Foi nessa hora que Sofie derrubou a taça de suco. Seus olhos queriam que sua boca gritasse: Só por cima do meu cadáver.

A menina se levantou derrubando a cadeira Isabella fez a mínima menção de se levantar, mas antes do ato se concluído a voz de Edward a impediu.

- Não senhorita Swan. Vamos primeiro concluir o brinde e iniciar o jantar. Sofie anda um pouco mal acostumada a ter modos a mesa.

Isabella respirou fundo quase não sentindo o ar entrar pelos pulmões.

O choque das taças foram um choque para Isabella. Edward não parecia se importar com que os filhos achavam do matrimonio, não se importar como isso interferia na vida deles, não se importar com absolutamente nada que não fosse ele mesmo. Apertou a taça com tanta força que por muito pouco não partiu entre os seus dedos. Maldito jantar. A comida mal descia. Ela sequer sentia o sabor. Não sabia dizer se era ruim ou não. Quinze minutos naquela tortura até que Sofie voltasse escoltada por Mary. O suco derramado já tinha sido limpo e nenhuma palavra sobre o assunto foi dita. Ele mal tirou os olhos da comida. A conversa era tão superficial e sem sentido pra Isabella que ela desejou morrer.

Foi então que o prato principal foi anunciado e servido. E Isabella já não sentia remorso por ter acrescentado pimenta. Sabia que se ela estava se sentindo agoniada com aquela janta; Tanya e senhora Denali e injustamente Alice; sofriam mais. Mas estava tudo para acabar. Acabar em um hospital ou em barraco épico, mas acabaria.

- Oh! Não é esse talher... querida. – repreendeu a mãe de Tanya. Isabella olhou para a sua mão e ali tinha a faca errada.

Mas e daí se a faca que ela tinha em mãos não era a faca certa? Faca continuava sendo faca em qualquer lugar do mundo!

Mas pelo visto não naquele mundo!

Isabella imaginou-se indo em direção da jararaca e mostrando pra ela que aquela faca cortava o que ela quisesse; até mesmo aquela carinha cheia de botox!

Queria morrer de vergonha; mas de uma coisa Isabella sabia. Não seria ela a humilhada da noite.

- Com todo respeito senhora Denali – disse polidamente e com um sorriso amargo no rosto - Não é com a faca que esta em minhas mãos que deveria se preocupar. E sim com a sua filha que parece engasgada!

Os olhares voltaram furtivamente para Tanya. Ela estava segurando o próprio pescoço com se tivesse uma bola de gude entalada ali.

Gradativamente seu rosto foi ficando vermelho e seus olhos se enchendo de lagrimas. O desespero das pessoas a sua volta era palpável. Tentavam inutilmente descobrir o que causava o terrível transtorno; e Edward pela primeira vez naquela noite aparentou se importar com algo. Isso fez Isabella sorrir. Não sorrir de um jeito bom, mas sorrir por consegui-lo afetar em algo. Ela estava particularmente adorando ver Tanya sofrer. Adorando. Até tomou um gole de vinho para apreciar melhor. Não se levantou da mesa. Não fez alvoroço como os outros faziam.

Mas ela não era a única que se sentia em um espetáculo. Thommy, Sofi e Esme permaneciam e imóveis como ela; e Alice aproveitou o infortúnio para sair de fininho.

Tanya espalmou as mãos sob a mesa. Buscou ar.

- Pimenta! – murmurou num fio de voz – Pimenta!

- Mas pra que pimenta minha querida. Voce é... – começou Aro, mas foi interrompido pela esposa.

- Alérgica! – Bradou a senhora Denali – Minha filha é alérgica a pimenta. E essa comida tem pimenta!

- Água! – gritou Edward – Tragam agua.

Emmett sem ter idéia do que fazer abanava a futura, ou não, cunhada com o frágil guardanapo.

Isabella notou Thommy sair da mesa correndo e ir em direção a cozinha. Estaria ele arrependido? Poderia estar já que ele voltava com uma jarra de agua em mãos.

Foi algo tão rápido que Isabella só se deu conta quando Edward gritou.

- THOMAS!

Tanya estava encharcada. Thommy não hesitou em jogar na sua futura madrasta uma jarra de agua fria. A loira angelical quase perdeu o fôlego. Edward levou às mãos a cabeça. Emmett se afastou rapidamente.  Aro choramingou um “filhinha” e Cornélia viu ali o fim da noite.

- Ué ai,  senhor pediu agua... – apontou para a loira – aí a agua! – deu um sorriso sapeca.

- Isso é um ultraje! – berrou a senhora Denali – Nunca fomos ofendidos de tal maneira!

Isabella riu de canto. Ela parecia um pavão despenado. Estava descabelada, suada e terrivelmente esverdeada. Poderia dizer que tinha sido atingida por um furacão, e tinha sido mesmo; pelo furacão Sofie.

Seu olhar se encontrou com o de Esme. Ela tinha os olhos semi cerrados e um sorriso irônico nos lábios que dizia tudo. Ela sabia que Isabella tinha participação naquela noite falida.

Abaixou os olhos e se levantou pegando Sofie pela mão. E indo proteger Thommy da fúria eminente de Edward.

- Os casacos! – ordenou Cornélia aos empregados – Vamos embora daqui!

- Cornélia – chamou Edward que ajudava Tanya caminhar.

- Calado Cullen! O que vai nos dizer? Porque tudo o que poderia fazer será negar que não somos bem vindos aqui! Sua família esta claramente contra esta união!

- Minha esposa tem razão Edward! – disse Aro colocando o casaco assim como a sua esposa. – E não estou disposto a colocar minha filhinha nesse antro de cobras!

- Não são cobras – sussurrou Thommy para Bella. – São rãs!

Cornélia enfiou a mão no bolso do casaco e soltou um grito horrendo quando se viu com as mãos cheias de rãs.

Tanya fez o mesmo ao sentir a gosma e os anfíbios em seu bolso.

- Mas que diabos esta acontecendo aqui? – gritou Edward possesso de ódio.

- Se acalme filho! – disse Esme enfim se manifestando.

- Calma? – berrou Aro que tinha uma rã em mãos – Tome aqui a sua calma!

Arremessou em Esme o bicho verde.

Houve então pela primeira vez desde que a confusão começou um minuto de silencio. Todos da mansão estavam chocados com a atitude de Aro Denali.

Esme sem demonstrar fraqueza, tirou a rã de seu decote. Ela poderia ter matado Aro com um olhar, mas por fim decretou.

- Saia Aro. Saia da minha casa. Leve daqui as suas putas!

Isabella não conseguiu segurar o queixo no lugar.

- Como voce ousa?! – bradou Cornélia.

- É isso o que voce e sua filha é! – disse Esme marchando em direção a eles – Ou acha que eu não sei de onde voce veio Cornélia? Meus filhos não têm memória, mas eu sim! Não vou permitir que voce traga desgraça pra dentro da minha casa! Volte para a periferia que é o teu lugar! – abriu a porta da mansão – RUA!

Edward parecia que iria ter uma sincope. O acordo. O acordo estava indo pelo ralo. E de que diabos a sua mãe falava?

- Com prazer! – bradou Cornélia Denali saindo visivelmente ofendida, mas sem abaixar a cabeça.

Edward em desespero os acompanhou até a varanda e quando Thommy viu que era o tempo certo; saiu correndo para ligar as torneiras.

Os Denali foram pegos em cheio pela ducha de tinta. Aro caiu duas vezes e Tanya uma. Cornélia sofreu escorregões seqüenciados. Os que estavam na casa riam. Riam pra se acabar; e Emmett com a risada estrondosa dele não perdoava. Isabella manteve apenas um sorriso no rosto e quando os empregados obedeceram aos gritos de Edward, a noite tinha terminado.

E as risadas também. E as companhias.

Isabella não soube como, mas se viu cara a cara com seu patrão furioso. O resto da família e dos empregados haviam desaparecido. Evaporado...

- Voce! – ele entrou batendo a porta – Explique!

Isabella respirou fundo dando passos assustados para trás. Foi indo até seu corpo se chocar contra uma coluna onde se agarrou firme ali.

- Eu sei que estava ciente disso! – ele cuspiu – Eles não teriam tanta perspicácia de tramar algo assim. – ele se aproximou mais ficando a um palmo de distancia dela – Sabe o que eu pedi essa noite? – Isabella negou com a cabeça – Um acordo valioso. E tudo por capricho de crianças! – Edward esmurrou a coluna a milímetros do rosto de Isabella que engoliu seco – Inferno! Eu deveria mandar todos vocês para o inferno! – Isabella se encolheu ainda mais. Nem o cheiro delicioso que emanava dele, a fazia esquecer do risco de vida que passava ali próxima as mãos dele.

As mãos dele. Tão perto e tão longe. Isabella só poderia estar enlouquecendo por pensar em mãos naquela circunstancia.

Seus olhos não se desgrudavam um do outro. Eram profundamente verdes e mais avassaladores do que de Thommy. Isabella notou que poderia se perder aquele mar de esmeraldas em fúria. Mesmo mau e idiota, ele era altamente compatível com o corpo dela. Mesmo tremendo de medo do homem a sua frente ela desejava que ele colocasse as mãos nela e fizesse dela o que bem desejasse.

- Eles não tiveram culpa. – disse sem perceber num fio de voz.

Edward deu um sorriso sarcástico.

- Não? – perguntou cético.

- Não. O culpado de tudo isso é voce! – acusou finalmente se livrando daquelas palavras engasgadas – Eles apenas estão defendendo o território deles que foi invadido sem aviso algum. Essa, senhor Cullen, é a casa deles. E voce senhor Cullen é o pai deles. Essa vida pertence a eles, portanto quem ousar entrar sem aviso ou convite, vão sofrer as conseqüências! O senhor só não notou antes; porque estava ocupado demais olhado para seu próprio umbigo!

Isabella sustentou o olhar incrédulo de Edward.

- Voce tem idéia do que posso fazer com voce? – a pergunta dele a fez se arrepiar.

Negou coma cabeça; não queria dar asas a sua imaginação.

- É por isso que diz e faz coisas tão estúpidas!

E de repente o espaço de um palmo que separava Edward Cullen de Isabella Swan desapareceu e a boca, corpo e alma estavam unidos intimamente um no outro.

(continua...)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

PQP! Será que vc leu certo? Rolou beijo mesmo? kkkkkkkk :X
Hein o que acharam do capitulo??? RECOMENDEM E COMENTEM XUXUS!
Queria esclarecer algo para vcs sobre os personagens oks?
Sofie Cullen, tem o apelido de SOFI. Pra quem achou que ficou estranho`ela ser a pestinha; acredite não é. Visto do lado psicológico; ela e uma menina solitaria, nao tem amigos, nao conversa... vive em seu mundo particular. Voces não tiveram ainda uma narrativa ao ponto de vista dela. Nao uma decente, mas a que viram é que ela vive andando pela mansão pelos ductos de ventilação. Ela nao fala, mas sabe de tudo. Ela precisa se divertir de alguma forma porque ela eh criança, a diverçao é criar situaçoes que a divirta, a faça rir, mas sem que saibam que é ela entendem? Sofi é um fantasma na mansão, ja que agem como se ela fosse invisivel; porque não ser mesmo, mas de uma forma em que valha a pena para ela?
Esclarecido pessoal?? Qualquer duvida, sobre outros personagens, me diga oks? eu Explico com prazer.
Desculpe qualquer erro de portuga hahaha
XOXO :*