Love Me. escrita por julia monteiroo


Capítulo 2
Remember.


Notas iniciais do capítulo

A parte em itálico são flashback's
Espero que gostem e boa leitura!



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– Obrigada... Por tudo! – eu agredeci e parti em direção o meu voo.

POV Cams

Eu não sei o que me espera em Stratford, mas espero que mude a minha vida pra melhor, bom... Acho que pior que tava não fica né?

Durante a maior parte do voo pensei em mil coisas que poderiam acontecer quando chegasse lá, pensei nas más lembranças e nas boas, e nas coisas que eu tinha prioridade pra fazer [que seria passar um bom tempo com o meu pai, visitar meus amigos e da uma passeada pra ver como estão as coisas lá] e a outra parte eu dormi.

Eu estou vibrando por dentro. Finalmente vou voltar pra casa, ter minha vida de volta, meus amigos de volta, meu pai de volta... Enfim, tudo de volta! Demorou muito tempo para tomar coragem de deixar meus laços construídos com Tia Molly e alguns outros amigos para traz, mas eu consegui... Eu finalmente consegui!

Olhei para o meu celular, o plano de fundo era a única foto que eu tinha com minha mãe e meu pai que foi tirada quando eu tinha oito anos. O dia que eu tirei essa foto foi simplesmente um dos melhores dias da minha infância. Eu estava no meu aniversário de oito anos, era apenas eu, meu pai e mais alguns familiares, aquele dia foi especial, pois foi um dia normal. Sem drogas. Sem álcool. Sem brigas.

 Quando eu tinha essa idade minha mãe já se drogava um pouco, apenas para esquecer os problemas com a família e pra se divertir um pouquinho, infelizmente, ela acabou se viciando, as brigas com os meus pais se tornaram frequentes meu pai dizia que a amava e não queria se separar dela, até o dia que ela me bateu.

- Caralho Camilla! – minha mãe gritou nervosa.

Meu corpo congelou de medo.

- O-o-o-que foi mamãe? – gaguejei a falar.

- Sua vadia, desgraçada! – ela me pegou pelos cabelos e me arrastou até o seu quarto- Olha a merda que você fez! – ela esfregou minha cara no chão.

Suas drogas estavam jogadas no chão, todas.

-Ma-ma-ma-mãe – eu gaguejava cada vez mais, puro medo –, não fui eu, eu juro! Eu nem sei onde estavam essas coisas –eu chorava mais a cada segundo.

- Sua vadia, você quer que eu acredite em você? –ela deu um tapa estalado no meu rosto, fazendo o mesmo arder.

- Mãe – eu tentava falar no meio de lágrimas e soluços, não se de dor, mas como de medo - , não fui eu! – meu rosto  estalou novamente.

- Sua vadia mentirosa - três estalos em cada lado do rosto -, fala a verdade agora! – mais três estalos em cada lado do rosto.

Eu não aguentava mais de dor, meu rosto ardia como nunca. Eu tinha medo dela, eu tinha raiva dela, eu tinha ódio dela.

- Eu não peguei nada! – gritei, o que foi a pior decisão da minha vida.

Ela me pegou pelos cabelos e chegou meu rosto perto do dela.

- Você vai se arrepender por ter gritado comigo! – seu halito cheirava a drogas e bebidas.

Ela me deu tantos tapas que eu perdi a conta chegando nos quinze, já quase inconsciente.

- Pense de novo antes de gritar comigo, vadia desprezível! – ela me pegou novamente pelos cabelos, e me puxou até a escada que dava para o primeiro andar ( estávamos no segundo) e ela me jogou, me fazendo bater a testa em algum objeto, cortando-a.

- Camilla! – ouvi uma voz familiar, era a voz do meu pai, mas eu não consigo explicar o tamanho do ódio.

A ultima coisa que eu me lembro daquele dia foi meu pai correndo até mim e então eu perdi a consciência.

Limpei algumas lágrimas que caíram no meio de tantas lembranças.

Depois disso tudo, meu pai me afastou da minha mãe por sete anos, quando eu completei quinze anos minha mãe me ligou:

-Alo? – eu disse ao telefone.

-Querida? É a mamãe! – meu corpo estremeceu, por que ela estaria me ligando?

- Mãe? –

-Sim Cams, sou eu. Queria te dizer que eu queria que você voltasse pra Los Angeles. Apenas você e eu.

- Ma-ma-ma-mãe –gaguejei -, eu não sei se consigo voltar!

- Meu amor, eu preciso de você! AGORA!

Aquelas palavras me chocaram, é claro que eu queria voltar para os braços da minha mãe mas eu não sabia se já havia me recuperado desde a ultima vez.

- Filha?

-Mãe, olha...

- Querida,pensa com cuidado, carinho... Amanha você me responde. Eu tenho que sair agora, beijos, minha princesa!

Tu, tu, tu.

Depois daquilo eu voltei para a nossa casa em Los Angeles, porem, minha mãe não tinha parado com as bebidas e as drogas. Ela voltou a me bater, eu comecei a cortar os pulsos. Uma saída inteligente? Não, mas era a única que eu consegui achar para me livrar da dor emocional que eu sentia naquele momento. Então, depois de dois anos, minha mãe faleceu de overdose e aqui estou eu. Voltando pra casa!

Aconcheguei-me na poltrona e logo adormeci.

{...}

Senti alguém se mexendo perto de mim, e depois educadamente me acordando com uma voz suave:

-Senhorita?

Abri meus olhos, eu estava no avião, ao meu lado havia uma aeromoça.

- O que aconteceu? – perguntei sonolenta.

- Já chegamos em Stratford, a senhorita precisa sair do avião – eu dormi tanto assim?

- Oh, desculpe-me! – falei, me levantando.

A aeromoça sorriu e me conduziu até a saída do avião.

No primeiro contato com o ar gelado de Stratford me arrepiei. Peguei minha bagagem e fui para o estacionamento e lá estava ele...

Continua no próximo capitulo...


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Notas finais do capítulo

Entããão... O que acharam?



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