Chego em casa na esperança de encontrar Stella me esperando para conversarmos, mas esse plano é totalmente discutível quando vejo travesseiro, coberta e meu pijama sobre o sofá, vou até o quarto apenas para encontrar a porta trancada. “Stella, precisamos conversar. Por favor eu não quero terminar o dia brigado com você.” Eu digo mas sou respondido apenas com o silêncio e sei que não será tão simples assim. “você está certa em estar com raiva, eu deveria ter conversado com você primeiro, eu devia ter pedido a você para não ir ao invés de agir pelas suas costas, mas Stell por favor tente entender o meu lado, eu apensa saí do meu mundo preto e branco, você traz cor para minha vida Stell, depois de passarmos a noite juntos eu percebi que antes disso eu apenas existia, e que só comecei a viver depois que tive você, eu preciso de você como eu preciso do ar, se eu perder você eu vou voltar a apenas existir. Já perdi uma esposa antes e foi você que me resgatou, se eu perder você eu não vou aguentar e nem quero. Me desculpe por favor”.

Fico parado na frente da porta do quarto esperando ela abrir a porta, mas o meu coração despedaça quando ela não vem. Volto para sala para tentar descansar um pouco se for possível e me rastejar pelo perdão dela pela manhã. Troco de roupa e fico sentado no sofá, cada som que escuto olho para ver se é ela, mas sempre fico decepcionado quando descubro que não é. Tento dormir, mas sei que isso será praticamente uma missão impossível. Dormi tão bem e feliz pela primeira vez em anos ontem e sei que isso só foi possível porque eu a tinha nos meus braços, então estou esperando rolar de um lado para o outro nesse sofá. Deito e fico olhando para o teto tentando descobrir qual a forma correta de pedir desculpas a ela, fico assim por algumas horas, vejo quando o sol começa a aparecer e então o cansaço me vence e eu durmo por pelo menos duas horas.

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Ouvir Mac ontem e não abrir a porta para ele foi definitivamente uma das coisas mais difíceis que já fiz na minha vida, ouvi o arrependimento e o medo de que ele tenha feito algo incorrigível e não correr para seus braços e dizer que tudo ficaria bem foi uma força quase sobre-humana para mim, mas eu ainda estou magoada com ele, não tanto quanto ontem, como a minha reação foi um pouco exagerada eu já estava subindo pelas paredes depois de falar com Sinclair, eu deveria ter esperado nós chegarmos em casa para conversar ou ter esperado a minha raiva diminuir, mas mais uma vez eu fui emocional. Passei a minha vida inteira tendo que provar o meu valor, provar que eu seria capaz de realizar os meus sonhos, sair daquele orfanato e me tornar alguém, isso é tao importante para mim e o Mac mais do que ninguém sabe disso, talvez por isso doeu tanto, mas depois de ouvir sua explicação eu percebo que eu não sou a única com fantasmas do passado a me assombrar, Mac perdeu Clarie de uma forma totalmente covarde e inexplicável, desde de então se fechou para o amor, teve Peyton nesse meio tempo e talvez ele ainda estivesse com ela se ela não tivesse mandado aquela carta, mas agora ele está comigo foi a mim que ele disse que ama, então eu tenho que acreditar nesse amor, ele não falaria algo tao importante assim se não sentisse isso certo? Eu preciso dormir, já estou trazendo fantasmas do passado para nossa vida. É isso que vou fazer vou dormir e amanha nós conversamos, pelo menos assim espero, estou com medo de abrir a minha porta e descobrir que ele foi embora, então eu tento dormir e esclarecer meus pensamentos, mas não consigo todas as vezes que fecho meus olhos eu vejo a Susan olhando para mim, me mostrando que eu falhei, ela foi uma das vitimas daqueles animais, ela veio ate mim e disse que achava que estava sendo seguida, eu fui ate a sua casa com ela analisei tudo e não havia provas nenhuma, mas eu devia ter confiado nela, quantas vezes eu agi seguindo o meu próprio instinto, talvez eu a tivesse salvado, talvez tivesse prendido esses canalhas antes e muitas vidas seriam salvas, e por mais que eu escute a voz do Mac me dizendo que eu não tenho culpa, que eu fiz tudo que podia na época para ajudar a minha amiga, eu ainda me sinto culpada, eu ainda vejo o seu rosto me olhando e perguntando por que eu não acreditei nela. Esse caso era pessoal, prendê-los era a minha forma de pedir perdão a ela e de garantir que eles não iriam mais fazer mal a ninguém, e Mac me tirou esse direito. Quando penso nisso mais uma vez sinto raiva, sei que ele teve seus motivos para não me querer lá mas eu também tinha os meus para estar lá.

Fico rolando na cama e sei que já estou sentindo falta dos seus braços me segurando forte e sua respiração no meu corpo. Não sei quando adormeci mas quando olho para o relógio percebo que consegui pelo menos descansar um pouco ainda é muito cedo para ir ao trabalho mas é exatamente o que quero fazer, não sei se estou pronta para falar com o Mac agora. Me levanto e sem fazer barulho me arrumo para ir ao lab.. Saio do quarto e meu coração quebra quando vejo ele se mexendo no sofá em um sono intranquilo, “ele ficou!” Digo para mim mesma e fico olhando para ele por um tempo antes de acariciar seu rosto levemente e ir para a cozinha vejo o belo buque de rosas com longas hastes e respiro o seu perfume antes de ir para porta e ir trabalhar.

Chego no lab, mas não estou prestando atenção no meu caminho e me esbarro com Jess que parece que estava dormindo em pé.

“Está de plantão hoje Jess?”

“Sim, e nesse momento dou o meu reino por uma cama.” Ela diz bocejando. “Mas o que você faz aqui tão cedo? Isso é cedo mesmo para você e Mac, falando nele onde ele está?”

“Ele ainda estava dormindo quando saí essa manha e como não estava conseguindo dormir resolvi vim trabalhar.” Respondo a ela e vou caminhando para a minha sala com a a intensão de acabar a conversa sobre minha vida íntima.

“Você saiu sorrateiramente de casa para não conversar com ele e esclarecer toda a situação, não foi?” Ela pergunta com um ar de desaprovação.

“Jess você é minha amiga e eu te adoro, mas não vou falar da minha vida pessoal.”

“Stella, o Mac saiu daqui ontem totalmente devastado e pela sua cara posso dizer que não foi mais fácil para você do que foi para ele. Ele errou certo, mas isso é humano, todo mundo erra e eu sei que ele está arrependido. Precisava ver a cara de cachorro sem dono com que ele saiu daqui, porque você sempre tem que complicar as coisas, você está mais uma vez se sabotando Stella, se permita ser feliz, você merece isso.” Jess me diz e eu sei que ela está certa, mas antes que eu possa responder meu telefone toca e eu olho estranho para a tela.

“Carol? O que aconteceu?” Pergunto preocupada a minha velha amiga.

“Stell, desculpa está ligando tão cedo, mas eu preciso da sua ajuda, e eu só confio em você.”

“Ok, me diga o que está acontecendo.”

“Estou organizando uma nova exposição aqui em D.C., mas um dos quadros apresenta algumas características diferentes dos outros, estou achando que ele é falso, sou a curadora do museu, não posso simplesmente dizer que o quadro que vale milhões simplesmente é falso sem ter provas e eu não confio em mais ninguém para fazer isso.” Ela me diz e eu posso sentir a tensão na sua voz.

“Carol, Washington é totalmente fora da minha jurisdição, não posso atuar como perita aí.”

“Eu sei, mas se você me confirmar que o quadro é realmente falso eu ficarei mais segura para ir a polícia, Stell você tem ideia dos problemas que eu posso ter se outra pessoa descobre isso, eu serei a primeira suspeita.”

“Carol, estou indo imediatamente para aí está bem.”

“Obrigada Stell, me envie uma mensagem dizendo em qual voo você está vindo e qual o horário, vou apanhá-la no aeroporto e Stell muito obrigada.”

“Imagina Carol, você salvou a minha pela muitas vezes no orfanato é o minimo que posso fazer.” Disse e nós sabemos que o que ela fez por mim eu nunca poderei pagar. “Logo estarei aí, tchau.” Desligo e olho para Jess.

“Você vai para Washington agora? Você devia falar com o Mac primeiro Stell.” Ela diz em tom de reprovação.

“Jess, você tem toda razão no que você falou antes, talvez eu esteja com medo de ser feliz de verdade pela primeira vez na minha vida, e eu prometo que assim que eu retornar eu vou me desculpar com o Mac, mas isso não pode esperar, a minha amiga precisa de mim e precisa agora, isso é urgente.” Eu digo a ela enquanto caminho para a porta meu próximo destino o aeroporto. Entro no táxi e pego meu celular, estou pensando se devo mandar uma msn para o Mac ou não, fico segurando meu celular até que decido por mandar, escrevo e envio a msn quando chego no aeroporto pago o táxi e vou comprar a minha passagem. Espero que o Mac entenda.

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Acordo com o som inervante do meu celular, pego isso meio as cegas e quando vejo o remetente da msn desperto totalmente. “Mac precisei fazer uma pequena viagem, estarei de volta ainda hoje e então espero que o seu convite para jantar possa ser reprogramando para hoje. Bjs Stell”.

Pequena viagem? Mas que diabos está acontecendo, para onde ela foi? Eu penso enquanto tento ligar para o celular dela e fico ainda mais nervoso quando só cai na caixa. Me levanto e em 5 minutos estou pronto e saindo pela porta e indo em direção ao laboratório. Chego lá apenas para encontrar isso vazio, vou na sala de Stella e sinto o seu perfume, e por um instante fecho meus olhos e imagino que tudo isso é um sonho ruim que logo eu vou acordar com a minha esposa nos meus braços.

Procuro nas suas coisas por alguma pista de onde ela tenha ido e porque, mas não encontro nada, após algum tempo que para mim foi uma eternidade, vejo Linds e Danny saindo do elevador e vou em direção a eles.

“Vocês viram Stella? Ou tem alguma notícia sobre ela?”

“Oi para você também Mac, bom dia e sim eu tive uma ótima noite obrigada por perguntar.” Danny me responde e quando vê a minha cara percebe que não estou brincando. “Não, eu não a vi.”

Olho para Linds na esperança que Stella tenha lhe dito algo.

“Desculpa Mac mas não vi ou falei com Stella desde ontem. Aconteceu alguma coisa?” Ela me pergunta preocupada.

“Não, eu só preciso fala com ela e não a estou encontrando.”

“Talvez ela tenha ido a alguma cena?” Danny pergunta.

“Talvez.” Eu respondo, sabendo que esse não é o caso. Eu vou até a minha sala e tento ligar para ela mais uma vez, mas novamente apenas caixa postal. Passo a mão pelo meu cabelo tentando entender quando a minha vida começou a ficar maluca assim, e lembro que foi quando me casei com Stella e esse pensamento trás um sorriso ao meu rosto, bom ela mencionou o jantar hoje a noite então não deve ser algo ruim, a menos que ela queira se separar, mas não, ela não faria isso assim, ela me ama e ela sabe que eu a amo, então seremos capazes de superar uma pequena briga de casal, certo Mac? Eu me pergunto e espero que a resposta seja positiva. Eu tento me concentrar na minha papelada, mas isso é totalmente em vão. Após algumas horas Don entra na minha sala.

“Perdi a aposta.” Ele diz olhando para mim e eu olho para ele com curiosidade. “Apostei com Jess que você iria atras de Stella e que não iria esperar ela voltar.” Ele diz após ver a minha expressão e quando ele diz o nome de Stella todo o meu rosto se ilumina.

“Você sabe onde ela está?” Pergunto já levantando da cadeira.

“Sei, Jess me contou, você não sabe?” Ele perguntou com um olhar estranho.

“Ela só me disse que ia fazer uma viagem pequena e que estaria de volta ainda hoje, onde ela está Don?”

“Bem é... não sei se devo dizer já que ela não te contou talvez seja melhor você esperar ela voltar.” Ele fala e eu futuramente irei me arrepender por não ter escutado.

“Don você não vai sair daqui sem me contar onde a minha esposa está.”

“Ok, Jess estava com ela, quando ela recebeu um telefonema de uma amiga que é curadora de um museu em Washington e ela estava muito aflita segundo Jess e pediu a ajuda de Stell.”

“Caroline Williams?” Eu pergunto me referindo a amiga dela que encontramos na Grécia no dia que nos casamos.

“Deve ser essa, Jess só falou Carol.” Ele me responde e eu já estou pegando meu paletó, “Don peça a Adam para procurar o endereço de Caroline Williams em Washington D.C. e enviar as informações para meu celular.” Digo e saio correndo para ir ao aeroporto. Preciso ver Stella, preciso dizer a ela que a amo e que sinto muito o que eu fiz e que eu pedirei desculpas todos os dias da minha vida se ela assim desejar, eu já estou com saudades dela, eu não há vejo desde da nossa discussão e é difícil até de entender como eu posso estar tão dependente dela em tão pouco tempo. Não consegui dormir bem sem sentir o corpo dela junto ao meu. Eu só preciso olhar nos seus olhos e dizer como me sinto. Chego ao Aeroporto Ronald Reagan Washington National pego um táxi e dou o endereço da amiga de Stella que Adam havia enviado ao meu celular. Chego lá apenas para saber que elas não estão lá e sim no museu onde Carol trabalha, pego o endereço e vou para lá.

Chego lá, mostro meu distintivo mesmo sabendo que estou fora de minha jurisdição, mas ele ainda é útil para agilizar as coisas, logo sou informado em qual parte do museu elas estão e não perco tempo para ir ao encontro de Stella. Chego a sala que me indicaram e entro apenas para ver Stella usando os óculos laranjas e uma lanterna de luz ultravioleta concentrada analisando o quadro, não sei exatamente o que ela está procurando e apenas me encosto na porta e fico olhando para ela, eu não a vi essa manha então apenas reparo na roupa que ela escolheu, um terno preto com uma blusa verde com decote, na cadeira ao lado dela está o blazer e os sapatos com salto alto que eu realmente não sei como ela consegue trabalhar todos os dias com aquilo e ainda parecer que está totalmente confortável, ela é linda mesmo quando se veste para trabalhar. Eu fico um tempo assim apenas encostado a porta com os braços cruzados olhando ela, só saio do meu transe quando a escuto falar comigo.

“Você pode chegar perto Mac, eu não vou te morder.” Ela diz ainda de costas para mim e eu fico surpreso que ela sabe que sou eu aqui.

“Como você sabe que sou eu?”

“Sempre sei quando você está por perto.” Ela responde simplesmente, como se isso fosse a coisa mais normal.

“Devo ter medo então?” Eu pergunto tentando descobrir o humor dela.

“Sempre.” Ela me responde e eu vejo que ela não está no seu humor habitual mas também não está tão furiosa quanto estava ontem ou certamente ela já teria lançado aquela lanterna na minha direção. “Mas estou curiosa para saber o que você está fazendo aqui.” Ela disse finalmente desligando a lanterna, retirando o óculos e virando para me encarar.

“Eu queria falar com você.” Respondo simplesmente.

“E era tão urgente que você não poderia esperar eu voltar, então levou 1:30h em um avião que por sinal você detesta só para falar comigo.” Ela pergunta com um olhar desconfiado e agora eu entendo porque os criminosos sempre confessam quando é ela quem está interrogando.

“Já viajei para mais longe para encontrar com você, então 1:30h é como um passeio no parque.” Digo sorrindo para ela e vejo o seu rosto amolecer um pouco.

“É, eu estou vendo que isso está se tornando um costume para você viajar atras de mim.” Ela disse finalmente sorrindo discretamente.

“Você que está fazendo um costume fugir de mim.” Digo a ela um pouco mais sério, mas não querendo que ela interprete isso como uma cobrança.

“Não estou fugindo de você, mandei uma mensagem e vim para ajudar uma amiga que precisava de mim.”

“E você simplesmente não podia ligar antes?” Pergunto não conseguindo mais segurar, eu realmente estava com medo dela me dizer que só queria ficar longe de mim.

“Foi para isso que você veio aqui? Para me cobrar? Para me perguntar porque eu não liguei para você? Eu não sabia que eu precisava da sua autorização, não lembro de ter convertido você em meu dono Mac.” Ela diz com raiva e eu sei que essa conversa não será melhor que a última que tivemos.

“É claro que você não precisa da minha autorização Stella, mas eu acho que mereço pelo menos um telefonema, sou seu marido não seu dono, eu apenas me preocupo com você, eu não quero ameaçar a sua independência mas acho que mereço um pouco de consideração.” Digo a ela em um tom calmo, querendo mostra a ela que não quero brigar.

“Não estou acostumada em dar satisfação da minha vida para ninguém, e eu nunca fui casada então é tudo novo para mim.” Ela diz se acalmando um pouco e eu respiro um pouco mais aliviado.

“Acho que parte disso é minha culpa, pelo que fiz.”

“Definitivamente.” Ela responde e vira as costas para mim.

“Stell, você precisa entender, eu vi as fotos das vitimas, vi os corpos mutilados depois de terem sidos violentados de forma brutal, Don disse que essa cena foi ainda pior, haviam corpos empilhados pela casa e uma das moças ainda estava viva, mas implorando a Don que a matasse, ela está no hospital mas os médicos não sabem se ela irá sobreviver e definitivamente Stell se eu tivesse que decidir novamente em deixar você ir ou não eu não iria exitar em tirar você do caso novamente.” Digo a ela e ela se vira para mim e eu posso ver uma confusão de sentimentos em seus olhos, ao mesmo tempo que vejo raiva, vejo gratidão.

“Aí é que está o problema Taylor, você não decide a minha vida, você não tem o direito de dizer o que eu devo ou não fazer, você devia ter me perguntado, conversado comigo primeiro.” Ela diz e pelo andamento da conversa eu duvido que estaremos indo jantar juntos essa noite.

“E você teria ouvido Stella, você teria saído do caso de boa vontade?” Pergunto com um pouco de ironia na voz.

“Isso nós nunca saberemos não é. Simplesmente porque você não me deu o direito de escolha. Poderíamos ter pensando em algo juntos. Voce não entende Mac, eu prometi a Susan que iria prendê-los q...”

“Mas foi graças ao seu trabalho que eles estão atras das grades.”

“Você não entende, eu queria estar lá, mesmo que eu ficasse do lado de fora da casa, mas eu queria que eles me vissem, eu queria ter visto eles nos olhos e mostrar que eu uma mulher venci eles, eu queria ter podido ir ao túmulo dela e dizer que eu cumpri a minha promessa, mas eu não pude fazer isso.” Ela diz e eu posso ver lágrimas começando a formar e eu me sinto mal pelo que fiz, eu devia ter ido com ela e tê-la protegido e apoiado ao invés de ter agido como um marido controlador.

“Stell me des...” Eu ia me desculpar mas não consigo terminar a frase quando somos interrompidos por Carol.

“Stell... oh, me desculpem eu não queria interromper, eu não sabia que você tinha companhia Stell.” Ela fala totalmente desconsertada por perceber que ela interrompeu uma conversa séria.

“Não se preocupe Carol, você lembra do detetive Mac Taylor?” Stella fala friamente.

“Claro, ele é o seu parceiro certo?”

“Isso mesmo.” Stella responde e eu olho para ela totalmente magoado por ela apenas me apresentar como seu parceiro. Mas esse seria o menor dos meus problemas hoje.

“Senhora Williams o seu carro está pronto.” Somos interrompidos pela última pessoa que eu esperava ver.

“O senhor aqui?” Eu e Stella perguntamos ao mesmo tempo, totalmente surpresos.

“Vocês conhecem o Demetrius?” Perguntou Carol totalmente perdida na conversa.

“Sim claro, mas o que faz aqui?” Eu digo olhando fixamente para o homem a nossa frente.

“Eu vivo e trabalho aqui.” Ele simplesmente respondeu.

“Demetrius trabalha a muitos anos na família do meu marido.” Disse Carol ainda tentando entender o que está acontecendo.

“Então você tem dois empregos?” Perguntou Stella também tentando entender tudo isso. “Você é mordomo e padre?”

“Mordomo sim, padre não.” Ele respondeu rindo um pouco da pergunta de Stella. “Porque acha que sou padre?”

“Porque você nos casou na Grécia.” Eu respondo, ainda totalmente perdido.

“Ah sim, aquele casamento é apenas uma parte das festividades, é para representar a união das duas famílias que fundaram a cidade.” Ele responde sorrindo ao entender o que aconteceu.

“Então não foi um casamento real?” Pergunto fracamente não querendo realmente ouvir a resposta dele.

“Não, definitivamente não tenho autoridade para isso, mas estou feliz em ver que vocês seguiram em frente e se casaram de verdade.” Ele diz apontando para as alianças em nossos dedos pensando que nós oficializamos tudo. Olho para Stella que parece tão perdida quanto eu.

“Eu preciso ir, na verdade eu nem deveria estar aqui”. Digo ainda totalmente anestesiado com a noticia que acabei de ouvir, eu e Stella não estamos casados, ela não é minha esposa e imediatamente sinto o meu coração afundar no meu peito e eu preciso de ar, eu vou embora sem olhar para ninguém, entro no primeiro táxi que encontro e peço que me leve ao aeroporto. Estou tão perdido que não consigo pensar reto agora, eu deveria falar com Stella, mas ela certamente deve estar contente com a notícia, afinal ela não tem que se preocupar mais com a independência dela, olho para a aliança no meu dedo, mas por alguma razão não consigo tirá-la do meu dedo, eu não quero tirar. Estou tao perdido em pensamentos que só percebo que cheguei em NYC quando a aeromoça chama a minha atenção, está chovendo muito forte e o táxi que eu peguei está parado em um enorme engarrafamento e eu prefiro sair na chuva e ir caminhando ate o meu apartamento, o clima apenas está refletindo como estou me sentindo por dentro. Chego na porta do meu prédio e procuro minha chave, na verdade eu nem sei como cheguei aqui, quando abro a porta escuto alguém chamando meu nome e por um instante penso que é Stella, que ela irá me dizer que isso não irá mudar nada entre nós, mas quando olho o rosto da pessoa que está me chamando, penso está vendo fantasmas pela segunda vez hoje.

“Peyton? O que você está fazendo aqui?” Pergunto a ela que está totalmente encharcada assim como eu.

“Vim ver um amigo na cidade e pensei em passar por aqui e quem sabe em termos uma conversa que deveríamos ter tido a um tempo atras, não se preocupe é totalmente inofensivo.” Ela me diz e eu penso, bem esse dia não pode ficar pior mesmo, então porque não escutar o que ela tem para me falar.

“Tudo bem vamos subir, ou nós dois vamos pegar uma pneumonia aqui.” Eu digo e abro espaço para ela passar. Entramos no meu apartamento e eu vejo como estamos totalmente ensopados. “Espere um instante.” Eu digo a ela e vou até o meu quarto, trago a parte de baixo de um pijama meu e uma camisa. “Você deve trocar de roupa e me dar as suas para eu colocar para secar ou você ficará doente.” Digo a ela entregando as roupas a ela, Peyton vai ao banheiro para se trocar e eu vou para o meu quarto fazer o mesmo, troco a minha calça e quando estou preste a vestir a minha camisa, alguém toca a campainha ferozmente e eu saio com a camisa na mão para atender.

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Eu ainda estou em transe quando o Mac sai da sala, eu realmente não estou processando nada , como apenas um pensamento está inundando a minha mente, o casamento não foi real, Mac não era meu marido de verdade, e imediatamente eu sinto um enorme vazio no meu peito, lembro da linda noite que passamos juntos e eu sei que aquilo não foi mentira, eu o amo, eu quero está casada com ele mesmo que tenhamos infinitas brigas como essa, eu quero ser a Sra Taylor, eu quero ser a única mulher na vida dele, sem perceber eu estou passando o dedo pela minha aliança e ela é muito real, eu preciso dizer a ele que eu não me importo com o que esse homem disse, eu quero que ele saiba que eu serei sempre dele. Com esse pensamento eu saio correndo atras dele, mas quando chego na porta do museu ele já foi, volto para encontrar Carol e Demetrius olhando para mim pedindo por algumas respostas, mas eu realmente não tenho tempo para explicar nada agora.

“Preciso chegar ao aeroporto o mais rápido possível. Eu preciso... eu preciso...”

“Dizer a ele que o ama?” Carol pergunta gentilmente para mim.

“Sim, olha Carol você estava certa sobre o quadro, ele não é verdadeiro você devia entrar em contato com as autoridades e solicitar que os peritos daqui façam testes para provar isso, quando eu chegar no Lab. eu enviarei um relatório sobre o que eu fiz e os resultados que obtive e você pode mostrar a eles, provavelmente dará maior credibilidade ao seu depoimento, mas eu preciso ir atras do Mac agora.”

“Claro Stell, muito obrigada pela sua ajuda, por ter vindo me ajudar e eu espero que vocês dois se entendam logo, porque é evidente que vocês se amam.” Ela me diz e eu sorri para ela, ela me abraça e então sussurra em meu ouvido, “vamos, você tem um avião para pegar.” Saímos do museu e entramos no seu carro e ela dirige o mais rápido que pode. Chegamos no aeroporto e eu vou direto ao balcão. “Boa tarde, gostaria de saber se saiu algum voo para NYC, por favor.”

“Sim senhora, decolou a alguns minutos.” O atendente me responde.

“Você pode checar se tinha algum Mac Taylor nesse voo?”

“Desculpe senhora mas isso é informação confidencial.”

“Por favor, o meu futuro depende disso.” Eu digo a ele que meio relutante checa a lista de passageiros.

“Sim ele embarcou nesse voo.” Ele me diz e instantaneamente sinto as lagrimas se formarem nos meus olhos. “A senhora deveria estar nesse voo?” Ele me pergunta.

“Sim, eu deveria estar.” Digo a ele com a voz embargando.

“Quer que eu veja quando sai o próximo voo?” Ele me pergunta e eu apenas aceno que sim.

Chego no aeroporto de NYC e tento pegar um táxi, o que é uma tarefa muito difícil principalmente quando está um verdadeiro dilúvio lá fora, vejo um homem parando um táxi e sem pensar entro nele enquanto ele pegava a sua bagagem, mostro o meu distintivo para ele e ele imediatamente para de reclamar dou o endereço do apartamento do Mac, como eu realmente não acho que ele foi para o meu depois de tudo que aconteceu. Chego na frente do seu apartamento no momento que um morador está saindo e usando a desculpa que esqueci as minhas chaves ele me deixa entrar, meu coração está batendo bem rápido no meu peito, apenas espero que não seja tarde demais. “Eu não posso perdê-lo” digo para mim mesma quando o elevador chega no seu andar e aperto a campainha varias vezes. Ele abre a porta e eu dou um pequeno sorriso, ele está vestido apenas com calças segurando a camisa na mão.

“Stella?” Ele pergunta em choque.

“Mac eu quero que você saiba que eu te...” Eu começo a falar mas sou interrompida pela última pessoa que eu imaginava encontrar no apartamento do Mac.

“Mac aqui estão as minhas...” Ela começa a falar e para quando me ver, Peyton ela está usando as roupas do Mac, e eu tenho que fechar os meus olhos momentaneamente, rezando para isso ser um pesadelo, mas quando eu abro novamente os olhos vejo que isso é a mais pura verdade, Mac e Peyton juntos de novo.

“Stella, eu posso explicar tudo, Peyton veio aqui p...”Mac tenta freneticamente explicar o que aconteceu mas eu realmente não suportaria ouvir ele dizendo que eles dois voltaram.

“Eu não preciso de legenda para saber o que está acontecendo aqui Mac, eu vejo que você está enfrentando bem o que aconteceu.” Digo a ele e me viro para ir embora, não quero que ele me veja chorando, eu preciso sair daqui agora.

“Stell, por favor me es...” Ele fala segurando meu braço e eu sinto o desespero em sua voz, mas eu não quero ouvir.

“Não me toque.” Digo puxando meu braço livre. “Não quero manter você da sua convidada.” Digo entrando no elevador.

“Stella não é ...” Mac tenta falar, mas a porta do elevador fecha e eu permito que as minhas lagrimas fluam pelo meu rosto.