Caroline e Matt chegaram bem animados. Queria conversa com Car sobre Damon, afinal desde criança nós éramos amigas inseparáveis e ela sempre me ajudava em relação a namorados, não demorou muito para que o resto da galera chegasse incluindo Damon.

– Elena minha linda, quero falar com você. - Disse Car agarrando meu pescoço.

– Ótimo Car, também quero falar com você. Vem vamos ali na sacada. - A puxei pelo braço até lá.

– Desde quando você e o Salvatore estão juntos? Porque não me disse nada? Agora para eu ter notícias suas só lendo sites de fofocas, não sou mais sua melhor amiga? O que aconteceu? Sua carinha não está muito boa hoje, anda me conte tudo.

– Nossa quanta pergunta. Mas espera aí, como assim Eu e o Damon juntos? De onde você tirou isso? - Questionei Caroline um pouco assustada.

– É o que está no site de fofocas e tem até uma foto de vocês juntos em um restaurante. Vai negar que estão juntos Elena?!

– Não acredito nisso! Sim, eu estava com ele hoje mais cedo no restaurante, mas não tenho nada com ele. Ou melhor, tenho e é sobre isso que queria falar com você.

– Você está me deixando confusa. Afinal, você está ou não com ele?

– Calma Car, vou explicar tudo. E preciso da sua ajuda. -  Disse em um tom triste.

– É bom você explicar mesmo, e é claro que vou te ajudar, seja o que for. - Caroline deu um sorriso de canto.

– É complicado esse lance entre eu e o Damon...

– Porque complicado?

– Há uns três meses mais ou menos resolvemos ter uma amizade um pouco diferente, podemos dizer que uma “amizade colorida”, onde iríamos transar apenas por diversão, sem sentimento algum...

– Oh, caramba. Isso é mais complicado do que eu imaginava.

– Então... Estava tudo indo muito bem, só que de uns tempos pra cá percebi que estou completamente apaixonada por ele e não sei o que fazer, pois acho que ele não sente o mesmo por mim. Estou pensando em falar com ele hoje, depois que todos forem embora. O que acha?

– Com você sabe não sou muito boa em relação a assumir meus sentimentos, não posso dizer o que é certo e o que é errado, mas em minha opinião acho que está certa em abrir o jogo com ele.

– Ahh... Car obrigado, suas palavras me confortam de um jeito que não sei explicar. Te amo tanto. - Estava com os olhos cheios d’água então dei um abraço bem forte nela e ela me abraçou mais forte ainda.

– Também te amo Elena, pra sempre.

– Ei meninas da minha vida, o que fazem aqui fora? - Disse Damon aparecendo todo sorridente na porta.

Tentei limpar meu rosto para que ele não percebesse que estava chorando, o que não adiantou muito.

– O que aconteceu Elena? Porque está chorando?

– Então gente, eu vou ali dentro falar com a Kat. - Caroline me encarou disfarçadamente e saiu.

Damon se sentou ao meu lado, limpando uma lágrima do meu rosto, eu continuava a olhar para baixo então de leve ele pegou em meu queixo e ergueu minha cabeça.

– Anjo me diz o que aconteceu, você estava tão bem hoje à tarde.

O jeito com que ele falava me deixava mais triste, ele era tão fofo, tão carinhoso. Não ia conseguir o ter só como amigo.

– Não sei se estou pronta pra falar isso para você...

– Porque não?

– Porque tenho medo de te perder. - Não aguentei e as lágrimas voltaram a cair.

– Amor, você sabe que nunca vai me perder. Vou estar sempre ao seu lado. - Ele disse me abraçando.

– Nunca mesmo? - Perguntei enquanto olhava em seus olhos azuis.

– Jamais. - Ele afirmou com um lindo sorriso.

– Eu não sei como te dizer isso Damon, mas vou ser direta. O fato que é que estou perdidamente apaixonada por você, já não estou mais aguentando esconder isso, mas quero que...

– Elena, por favor, não faz isso comigo... Com a gente...

– Como assim não faz isso com a gente Damon? Estou apenas sendo sincera com você, achei que essa seria a melhor forma de dizer tudo que eu sentia, ou melhor, que sinto por você. Só queria ter a certeza de que você sente o mesmo por mim.

– Já que você está sendo sincera comigo, nada mais justo que eu ser sincero com você também. A verdade é que não tenho certeza dos meus sentimentos por você, isso entre a gente é tudo muito confuso!

– Tão confuso que achei que você fosse capaz de sentir o mesmo por mim...

– Amor me entenda, não foi isso que eu quis dizer. Eu sinto algo por você, mas não sei explicar o que é... Quando estou com você me sinto o cara mais feliz do mundo, você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.

– Não te entendo Damon, você acha a minha companhia a melhor do mundo, que eu sou a melhor coisa que já te aconteceu e mesmo assim não sabe o que sente por mim?

– É isso mesmo Elena, você me entende como mais ninguém.

– Então...?

– Eu preciso de um tempo para pensar em tudo isso que você disse, saber direito o que está se passando dentro de mim...

– Tudo bem não precisa dizer mais nada, já entendi Damon. Agora da licença que eu tenho uma sala cheia de convidados para atender.

– Elena, espera...

O deixei falando sozinho na varanda, naquele momento a única coisa que eu queria era entrar em um buraco e nunca mais sair. Corri para o banheiro limpar meu rosto que se perdia em lágrimas. Olhei-me fixamente para o espelho em minha frente e disse para mim mesma “Não posso me deixar abalar por isso, preciso ser forte, voltar para aquela sala e fingir que nada disso aconteceu.” Voltei para sala estavam todos muito alegres diferentes de mim, por mais que não deixasse aparecer. Revirei meus olhos para tentar achar Damon no meio deles, mas não achei.

– Pelo jeito não foi muito boa sua conversa com ele né?! - Disse Car bem baixinho ao meu lado.

– Foi melhor assim Car... Mas cadê ele? - Disse enquanto pegava uma taça de champagne.

– Assim que você correu para o banheiro, ele saiu, acho que foi embora. Ei amiga, não fica triste não. Ele não sabe o que está perdendo em não ficar com você.

– Quem disse que estou triste? Estou feliz de não ter que aturar aquele babaca aqui em casa praticamente todos os dias.

– Está triste sim, está apenas fingindo que não se importa. Te conheço Elena Gilbert!

– Ok Caroline, eu me importo e é um saco isso! Chega desse assunto vamos nos divertir. - Fui em direção ao radio e Car entrou na minha frente.

– Nem pensar que você vai fazer isso, pode parar!

– Parar? À noite nem começou! - Subi na mesa de centro da sala ergui minha taça e em voz alta gritei que a festa ia começar.

O som alto, todos dançando e se divertindo. Por um breve momento consegui esquecer o que havia acontecido mais cedo naquela noite. De um jeito ou de outro eu me lembrava de tudo, pois sem ele lá sentia que faltava algo, faltava ele ali comigo se divertindo como sempre. Comecei a beber e dançar com os outros e logo apaguei.