Dias se passaram, não tive notícias de Stefan e nem de Car, achei estranho. Estava feliz por estar tudo bem entre eu e Damon, a cada dia que passava meu amor por aquele homem só aumentava. Não sabia explicar, apenas o amava cada vez mais. Já estávamos praticamente morando juntos, apenas algumas vezes íamos até sua casa. O melhor de tudo era que nossa amizade que desde o inicio tínhamos medo de acabar simplesmente continuava a mesma. Damon fazendo suas palhaçadas e eu o acompanhando.

– Ei Pequena, corre aqui na cozinha. - Damon gritou fazendo com que eu desse um pulo do sofá.

– Caramba o que aconteceu? Que susto seu tonto.

– Vou falar pra você quem é o tonto aqui. - Ele riu.

– Então porque fez eu me levantar do sofá?

– Pra isso... - Ele juntou seu corpo ao meu e deu um beijo caloroso e demorado.

– Era melhor você ter ido até o sofá, não acha?! - Sorri maliciosamente.

– Estava brincando te agarrei só porque fiquei com vontade, mas queria te mostrar uma coisa...

– Ual, que coisa? - Mordi meus lábios, fazendo com que ele me beijasse de novo.

Ele me levou até sacada do apartamento, havia algumas velas acesas e um prato com muito brigadeiro que logo fui atacando.

– Cara, como eu amo brigadeiro. - Falei levando a colher na boca. - Isto aqui é “brigadeiro à luz de velas”? - Comecei a rir.

– Romântico, não? - Ele pegou minha colher.

– Devolve minha colher seu bobo. - Pulei em cima dele.

Ele apenas ria e me fazia de boba com a colher, passei o dedo no brigadeiro e passei em sua boca.

– Agora você vai ter que me beijar, querendo ou não para tirar esse brigadeiro da minha boca. - Ele virou – se fazendo com que ele ficasse sobre mim.

– Sei que sua boca é irresistível mais não vou te beijar só porque você quer isso! - Eu ri.

– Ah vai sim... - Disse ele enquanto aproximava sua boca da minha.

Não resisti por muito tempo e acabei cedendo aos seus doces beijos. Adorava passar minhas noites sem fazer nada, apenas curtindo junto de Damon. Estava deitada em seu colo quando seu celular tocou, e ele saiu correndo para atender. Ele demorou à voltar, então fui ver com quem ele estava falando, mas ele não estava falando com ninguém, estava apenas trocando de roupa. Fiquei um pouco sem entender...

– Onde esta indo a essa hora amor?

– Minha mãe...

– O que tem sua mãe? - Aconteceu algo com ela?

– Não aconteceu nada, apenas tinha esquecido que era hoje que ela chegava.

– Ah, que legal ela veio te visitar... Posso ir junto? - Disse empolgada.

– Agora já esta tarde e até você se arrumar...

– Ok, então seu chato! - Fiz bico.

– Não precisa fazer esse biquinho, amanhã cedo eu volto e trago ela para te conhecer. - Ele apertou meu rosto e deu um leve beijo. – Amor estou indo, qualquer coisa me liga.

– Vou ficar bem, aqui sozinha, sem ninguém.

– Quanto drama... Desse jeito vou deixar minha mãe dormir na porta do meu apartamento e vou ficar aqui com você. - Ele riu.

– Então fica...

– Não passo fazer isso com ela né amor, já disse amanhã cedinho eu estou aqui para te acordar.

– Não muito cedo, tá?! - Dei um leve sorriso.

– Eu te amo minha chatinha linda.

– Eu também te amo, muito. - Nos beijamos e ele saiu.

E agora o que eu iria fazer? Sem ele ali o resto da minha noite seria um tédio total. Pensei em chamar a Kat e a Car para passarem a noite comigo. Liguei primeiro para Kat que não estava fazendo nada de bom e aceitou vir até minha casa, em seguida liguei para Caroline e ela não atendeu, tentei mais umas duas vezes e na terceira vez ela atendeu mais não dava para entender o que ela estava falando por culpa do som muito alto que vinha de seu celular.

– Alô, Car...

– Elena, é você?

– Sim, sou eu. Onde você está? Que som alto é esse?

– Estou em uma balada muito louca Lena, vem pra cá também.

– Caroline você esta completamente bêbada, com quem você esta aí? Se estiver sozinha estou indo te buscar agora!

– Estou com o idiota do Stefan.

– Com Stefan? Com certeza você esta muito bêbada.

– Deixe - me falar com ele agora Caroline.

– Ok, espera aí... Mas você tem certeza que não quer vir até aqui com a gente? Está muito divertido...

– Não. Eu não quero, só quero falar com Stefan.

– Ok então...

– Hey Elena? O que você quer comigo?

– Só quero garantir que depois a Caroline vai com segurança para casa, você vai leva- lá? - Fui seca com ele.

– Bom, depois da balada nós vamos para minha casa, hoje a diversão não tem hora para acabar...

Ele desligou na minha cara, não sei qual dos dois estavam mais bêbados. Já estava começando a achar que Caroline não deveria continuar atrás de Stefan. Estava sem entender a situação. Será que eles tinham se acertando depois daquele dia? Já fazia um bom tempo que não falava com Car... Não passou muito tempo Kat chegou para me fazer companhia, ficamos conversando por várias horas.

No outro dia cedo Damon não apareceu, não liguei muito, pois achei que ele estivesse com sua mãe e não queria atrapalhar. Kat foi embora cedo, pois estava com muitos compromissos. O dia foi se passando e nada dele aparecer, já estava ficando brava, pois ele tinha combinado de ir até minha casa cedo. Ouvi meu celular tocar, finalmente era Damon dando sinal de vida dizendo para eu me arrumar que ele ia me buscar para sair. Fiz o que ele disse, em menos de quarenta minutos estava deslumbrante em um vestido bem justo e um salto bem alto. A campainha tocou, era Damon vestido uma camisa branca com uma jaqueta de couro por cima. –Ah como ele estava lindo. Mal pude abrir a porta e meus lábios já estavam colados com os seus.

– Amor, assim você estraga minha maquiagem. – Sorri timidamente.

– Oops, esqueci desse detalhe. Mas estava com saudades e tinha que fazer isso. – Ele responde com sua voz suave.

– Damon Salvatore, como você passa o dia sem dar notícias, sem nem ao menos me ligar?

– Desculpa amor, minha mãe não me deixou em paz o dia inteiro. – Ele tentou se explicar.

– Ligasse, poxa. – Fiz bico.

– Desculpa, é que não deu mesmo. – Ele deu um selinho em minha boca.

– Espero que durma aqui comigo essa noite... – Olhei para baixo.

– Claro, que vou minha linda! Minha mãe sabe se virar no meu apartamento, além do mais, ela não está sozinha.

– Não? Como assim? Quem mais está com ela?

– Uma amiga.

– Ah sim. – Abri um sorriso.

– Então, preparada para conhecer sua sogra?

– Com certeza. – Engoli seco.

Aquilo fez com que meu corpo estremecesse, mas estava confiante e segura de mim mesma. Afinal, era apenas a mãe de Damon! Querendo ou não mais de um milhão de pensamentos se passavam pela minha mente. – O que ela vai achar de mim? – E se ela não gostar de mim?

Chegamos ao restaurante, Damon me conduziu até uma mesa onde havia uma senhora e uma moça de cabelos claros que deveria ser no máximo uns dois anos mais velha que eu. Ele as cumprimentou e antes que fizesse o mesmo ele se apressou dizendo a senhora que eu era sua nova namorada. Aquela era sua mãe, e que por sinal era muito simpática. – Mas quem era a garota que estava à mesa junto dela? Perguntas e mais perguntas vinham à minha mente, como sempre.

– Oi, sou Rebekah. - Disse a loira se levantando e estendendo sua mão para mim.

– Prazer, Elena. - Retribuí o cumprimento.

A noite estava sendo bem agradável, nunca imaginei que fosse me dar tão bem com a mãe de Damon.

Rebekah e Damon pareciam bem descontraídos conversando, pelo jeito eram amigos de longa data. Mas não estava gostando nenhum pouco de ver aquilo, ainda mais de pensar que ela estava passando alguns dias na cada dele. Ainda bem que ele não iria passar a noite no seu apartamento, o que me deixava um pouco mais aliviada.

– Parece que Damon não vê Rebekah há um bom tempo, não? Faz tempo que eles se conhecem? - Questionei a mãe de Damon, quando percebi que Rebekah estava segurando uma das mãos de Damon. – Olhei disfarçadamente para ele que recuou a mão de imediato.

– Então querida, acho que depois que eles terminaram, eles nunca mais se encontram. – Ela respondeu fazendo com que eu ficasse imóvel por alguns segundos.

Se eles eram namorados no passado e agora ela estava de volta e pegando na sua mão e na minha frente, estava mais que claro as suas intenções. Apenas levantei da mesa e fui em direção à porta.

– Ei Elena, aonde vai? Espera amor. – Damon se levantou, mas Rebekah o puxou pelo braço. – Me solte Rebekah, preciso ir atrás dela...

Estas foram às últimas palavras que ouvi dele naquela noite...