De volta a Atlanta fui até o apartamento de Damon na tentativa de que ele me entendesse. Tudo que eu menos queria estava acontecendo, Damon havia me deixado por causa de Stefan, o seu melhor amigo que tinha dado em cima de mim na maior cara de pau. Garanto que Stefan estava arrependido pelo que fez, mas no momento não queria ver ele em minha frente por nada. Ainda bem que estávamos de férias, não aguentaria ficar perto dele por um segundo que fosse. No elevador uma menina por volta de uns quinze anos perguntou – me sobre meu relacionamento com Damon, dizendo que era muito fã e que estava torcendo para que fossem verdadeiros os boatos, pois achava éramos perfeitos um para o outro. Um nó formou – se em minha garganta, fui forte e respondi que tudo não se passava de boatos. Ao chegar à porta fiquei com medo de bater e ele não abrir, fui bater e então desisti, virei às costas e estava indo em direção ao elevador quando a porta abriu dei de cara com Damon, a troca de olhares foi instantânea e muito intensa por sinal, tudo que eu queria era agarra – lo ali mesmo. Depois de um longo segundo, a primeira palavra saiu de sua boca.

– Elena? O que faz aqui? Quando voltou do Brasil? - A cara dele não estava muito boa, e não era pra menos.

– Cheguei agora cedo, ainda nem fui para minha casa. Precisava falar com você, você precisa entender o que aconteceu entre Stefan e eu. Não tive culpa de nada. Eu te amo mais que tudo, nunca iria fazer isso com você. Me escuta, por favor.

– Não tenho nada para falar com você Elena. - Ele comprimiu os olhos e passou por mim.

– Damon, por favor, me escuta eu te imploro. - Uma lagrima correu meu rosto.

Ele virou – se com um ar muito triste e disse para que eu o acompanhasse até seu apartamento. Entramos e ele se sentou no sofá.

– Espero que seja breve, por favor. - Ele estava sendo frio comigo.

– Dam não me trate assim, eu te amo, droga! - Cruzei os braços e o encarei.

– Se amasse não tinha feito o que fez! - Ele foi grosso.

– Você nem ao menos esperou eu justificar o que realmente aconteceu! Você precisa confiar mais em mim.

– Não precisava se justificar, eu vi. E sim, eu confiava em você, por isso que estou muito mais triste.

– Por favor, deixe - me explicar o que estava acontecendo entre eu e Stefan.

– Explicar o que? Que você tem uma queda por ele também? Assim como Caroline, que ficava dando em cima de mim e dele há uns tempos atrás?

– Não é nada disso Damon, você já está exagerando.

– Ok! Então me explique o que estava acontecendo. - Ele ironizou.

– Aquele final de semana que voltamos, no hotel Stefan se declarou para mim, disse tudo que sentia por mais que soubesse que nunca iria dar certo pelo fato de eu te amar e de você ser o melhor amigo dele...

– Pula o drama e fala logo o principal.

Odiava conversar com Damon quando ele estava triste ou mal humorado, e hoje ele estava os dois. Ele tentava disfarçar a tristeza sendo irônico e um pouco ignorante. Nada com que eu já não soubesse lidar.

– Aquele dia não tive culpa, ele estava bêbado e começou a falar umas coisas para mim, ele me agarrou e não tive força para afasta – lo. Foi isso que aconteceu. Eu não o beijaria você sabe disso! Nem preciso repetir o porquê né?!

– Precisa sim! - Ele sorriu.

– Porque eu te amo. Te amo como nunca amei alguém. - Já disse isso mais de um milhão de vezes. Você precisa acreditar em mim, não aguento ficar longe de você Damon.

– Eu sei que você me ama, nunca duvidei disso. E saiba que eu também te amo, muito.

– Então porque não acredita no que eu estou dizendo? Porque não volta para mim?

– Não posso Elena, Stefan é meu melhor amigo. Não posso fazer isso com ele.

– Como assim não pode fazer isso com ele? E a gente Damon? Como ficamos? Tentei ser forte, mas cedi às lagrimas.

– É melhor assim Elena. Não posso ficar com você sabendo que ele também te ama.

– Com ele você não pode fazer isso. Mas com a gente, com o nosso amor você pode?

Ele não respondeu nada, apenas abaixou a cabeça.

– Como pude me apaixonar por você? Tinha que ser justo você? Ah, droga você é um babaca.

– Sou mesmo, mas eu ainda te amo. - Ele se levantou.

– Agora sou eu que estou duvidando do seu amor. Desistir da gente por causa do Stefan... - Nossa, não sei nem o que dizer.

– Preciso conversar com Stefan primeiro, entender esta situação Elena, mas não esqueça o quanto eu te amo.

– Me ama o caramba. - Dei as costas a ele e fui embora.

Limpei meu rosto enquanto o elevador descia, coloquei um óculos para tampar minha cara de choro. Fui até a casa de Caroline, por mais cansada que estava. Precisava conversar com algum e no momento ela seria a melhor pessoa.

– Eu não entendo Car, como ele pode me trocar pelo Stefan?!

– Ele não trocou Leninha, apenas deu um tempo para poder conversar com Stefan sobre tudo isso.

– Mas ele não podia ter feito com a gente, não mesmo. E o pior é que eu sou louca por ele, não consigo mais ficar um dia sem ele, como vai ser agora?

– Ei, vocês se amam. Não deu uma semana para estarem juntos de novo.

– Ah, Car espero. - Dei um leve sorriso para ela. – Mas como você está depois de tudo isso em relação ao que você sentia pelo Stefan?

– Não sei, está tudo muito confuso. Isso serviu para que eu entendesse mais meus sentimentos por ele.

– E...?

– O que sinto por ele nada mais é que uma forte atração, que não sei explicar.

– Vai dar tudo certo, tenho certeza Car. - Dei um abraço nela.

Fui para minha casa, precisa descansar e ficar um pouco sozinha. Chegando a meu apartamento a porta estava destrancada, achei estranho e fiquei assustada. Ao abrir a porta Damon estava me esperando com uma linda rosa vermelha na mão.

– Damon? - Fiquei um pouco confusa com ele ali.

– Me desculpa pelas coisas que disse hoje? - Ele se ajoelhou a minha frente.

– Mais...

– Mais nada Pequena, me desculpa? - Ele levou a rosa até minha mão.

– Você está brincando com a minha cara ou algo do tipo, só pode ser né?!

– Não estou não, você tinha razão em tudo que disse hoje à tarde e nosso amor é mais forte e grande que tudo e todos. Não posso viver sem você, volta pra mim. Agora sou eu que te imploro.

Não sabia o que fazer, por mais que eu quisesse tentar resistir a tudo que ele estava dizendo, meu coração não deixava. Eu o queria de volta, isso era tudo que eu precisava.

– Eu prometo não te magoar nunca mais Elena. Não vou deixar ninguém ficar entre nós. Eu te amo.

– Eu te amo também. - Não resisti e acabei o beijando.

– Nunca mais vou te deixar ir. Você vai ser minha para sempre. Entendeu? Sempre.

– Para sempre.

Aos beijos ele me levou até o quarto. Tivemos uma noite maravilhosa. Tudo estava bem, tirando o fato de Stefan e Car estarem tristes, mas com certeza com o tempo isso também iria se ajeitar.