Soph POV’s

– You’re my wonderwall – cantarolei em quanto andava em direção ao meu pequeno armário. Abri e tirei um pijama qualquer, e droga.

Acabei achando que ia dividir quarto com Mel, e se não fosse com ela, com uma garota. E por essa razão, botei apenas shorts e moletons, mas Harry é um safado psicopata.

– Que ótimo – revirei os olhos, e acabei optando por botar aquilo mesmo.

Roupa Soph: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=60701352&.locale=pt-br

O tédio realmente dominava ali, então resolvi entrar no twitter.

“Ei, como está tudo aí? Sentimos sua falta, Sophzinha Xx Tifanny.” Mas que garota ridícula. Sabe aquele tipo patricinha, tipo Charlotte? Então, era a típica. E quando soube que me mudaria pra Londres, pra cidade de seus lindos homens da McFly, começou a querer se aproximar via twitter, e eu ignoro, claro.

Trilha sonora, é importante botar, vão entender porque: http://www.youtube.com/watch?v=NKD4UAbVvRo

– Oque você... uou – Harry entrou no quarto assim, sem mais nem menos, e ficou me secando, ou melhor, secando minhas pernas.

Tratei de cobri-las com o edredom, um pouco desajeitada.

– O quê faz aqui? Não devia estar no mega luau? – perguntei, com um tom de sarcasmo na voz.

– Ficou chato lá – deu de ombros -, até porque você saiu e eu fiquei sozinho. Ah, alguém queria falar com você mas não lembro quem...

Ele coçou o queixo, e é claro que ele lembrava, idiota, argh.

– Não me importo. – dei de ombros – E dá pra parar de me secar? Mas que merda.

Voltei minha atenção total ao computador, até que senti um cheiro estranho, um cheiro bom entrar em minhas narinas. Olhei pro lado pra perguntar á Harry se ele também sentia, mas nem ousei, era o cheiro do próprio. Do próprio que estava á poucos centímetros de mim, fitei sua boca, eu a queria é claro, mas essa história não vai me levar á nenhum lugar e eu tenho que resistir. Harry estava em uma distancia que eu diria que é a mais perigosa em que ficamos, claro, quando não estávamos boca a boca. Mas enfim, sentia seu hálito de menta inalar á cada respiração que ele fazia questão de soltar pela boca. Seus cachos caiam em sua face, já que ele estava inclinado, e sendo sincera? Aquilo só o deixava mais sexy. Mordi os lábios; era uma tentação e tanta, mas... FOCO, SOPHIE! FOCO.

– Porque resiste tanto? – perguntou com uma voz rouca que meu deu... resiste! E botou uma de suas mãos em baixo do edredom, em minha perna.

Só pra você entender como a situação estava tranquila... Aquele quarto continham duas camas, claro, de solteiro. E eu estava deitada em uma delas, meio que sentada, mas isso não importa. Eu estava coberta, ou quase, e Harry inclinado sob minhas pernas, até chegar em meu rosto.

– Porque você não vai conseguir me ter, nunca. – sorri pra ele. Um beijo ou outro, tudo bem, não é nada demais mesmo que pra mim tenha sido, mas me ter, mesmo, nunca. O sorriso tenha saído, talvez, meio desarrumado, mas oque quer também? Que saia um sorriso impecável quando um dos caras mais quentes do seu colégio tá praticamente te devorando com os olhos? E meu deus, que olhos!

– Será? – me perguntou, chegando mais perto, se é que isso é possível.

– Tenho certeza. – sai dali, queria mostrar estar no comando. E eu estava, caralho! Ou tentava.

– Qual é, não vai conseguir por tanto tempo. – falou, se levantando também.

– Hm, isso me cheira á desafio? – perguntei, chegando mais perto dele e o encarando com raiva nos olhos. – Porque tenho certeza de que quem não resiste aqui é você.

– Você falou mesmo isso? – senti um tom indignado, e um pingo de medo em sua voz. – Fechado, então.

– E oque eu vou ganhar? – perguntei, fingindo olhar pras minhas unhas. Na verdade, eu estava mesmo é imaginando como ia conseguir resistir né, mas.

– Oque eu vou ganhar, você quis dizer – me olhou, rindo. Bufei. – Não sei, quem ganhar pode fazer oque quiser com o outro, levar pra sair, namorar, qualquer coisa.

Sorri confiante, ele seria meu escravo...

– Por uma semana – falei, sorrindo sonhadora. Imagina tendo alguém que faz tudo pra você?! Perfeito! – Tá bem, fechado.

– Vou tomar meu banho, se importa? – me perguntou, tirando a blusa. Ótimo, que comecem os jogos.

– Eu? Claro que não, á vontade. – sorri maliciosamente pra ele, mordendo o lábio inferior logo em seguida. Minha fala soou manhosa, e acho que isso fez ele se atrapalhar porque acabou quase derrubando um abajur. – Algum problema, Harry?

Dessa vez, perguntei firme. Pra não animar muito, também.

– Eu? Nenhum. – ele saiu do transe, quase que repetindo minhas palavras. – Vou lá, é, tchau!

Fechou a porta, uh, 1x0 pra mim.

Alguém bateu na porta, e tá de sacanagem né? É o que? Fizeram fazer uma campanha de “Vamos todos perturbar a Soph”?

– Quem quer que seja eu... – ia falar, mas dei de cara com Zayn me encarando. – Oque...

– Eu te quero, Soph. – me olhou, quase que implorando.

Entramos e conversamos, nada demais pra falar a verdade. Até que Zayn me atacou, literalmente. Seus braços fortes seguravam os meus, que tentavam se debater á aquilo. E sua boca encontrou-se com a minha. Algum tempo depois, resolvi não lutar contra. Afinal, eu havia gostado. Não com a mesma intensidade que eu gostei do de algumas outras pessoas –ein, Harry- mas mesmo assim gostei. E acho que ele necessitava disso, então tudo bem.

– Eu... – jurei que ele ia pedir desculpas se não fosse um Harry passando por ali, com uma cara nada boa.

– Então, não é que eu deva satisfações pra ele, mas acho melhor eu dar – falei, suspirando. Quando foi que eu me tornei isso? Quer dizer, joguinhos maliciosos, deixar garotos galinhas me beijarem e... PUTA QUE PARIU, EU DEIXEI O ZAYN ME BEIJAR!

– Não, eu não fiz isso – choraminguei pra mim mesma, em quanto tentava seguir Harry. Até que lembrei de que ele havia me dito que gostava de estrelas quando estávamos sem assunto no ônibus, e subi até o terraço daquele Resort, e claro, ele estava lá – E ai...

E ele ignorou, ótimo!

– Olha, se você não percebeu, eu vim com um pijama ridículo de panda até aqui em cima só pra perguntar oque houve, se você não falar vai ser muita putaria da sua parte – falei, sendo meio direta.

– Nada aconteceu, eu só queria te atrair até aqui – ele disse, sorrindo travesso pra mim. E se aproximando.

– Não é hora disso – falei, dando um passo pra trás. Se ele achou que ia conseguir ganhar a aposta, ops, se enganou. Não vou perder, muito menos pro popularzinho da escola. – Se não se importa, vou dormir.

Sai dali, rindo vitoriosamente e desci, até o quarto.

Me deitei, virei e dormi. Não olhei pra ver se Harry tinha chegado ou saído de novo, o sono falou bem mais alto.

(...)

– Sai de cima de mim, seu gordo, ogro, baleia orca, filhote de uma puta leitoa – gritei, quando senti o peso daquele ser chamado Harry em cima de mim.

– To vendo que alguém acorda de mau humor, bom me acostumar com isso.

– Acostumar? Porque? – perguntei, ainda meio sonolenta. Arregalei os olhos assim que notei oque tinha perguntado e olhei pra ele, que me olhava malicioso. – Vai tomar no seu cu, Styles.

Taquei o travesseiro nele e levantei, me espreguiçando, virei pra Harry e o mesmo olhava minha bunda, mal acordei e já tenho mais um ponto no nosso joguinho, ah, eu sou ninja.

– O quê vamos fazer hoje? – Harry perguntou, e eu torci o nariz.

– Vamos? Por acaso tenho que ficar grudada em você? – perguntei, fazendo cara feia e vi que tinha uma mensagem em meu celular, resolvi ler.

“Sei que você é uma vagabunda que acorda tarde mas o dia tá lindo, eu e Liam estamos aqui na praia, querem vir? Digo, você e o Harry. Liam chamou os meninos, que quando acordarem direito devem vir. Xx”

Nem preciso dizer quem é, né? Ou eu tenho outra piranha que me trocou por Liam de melhor amiga?

– Quem é? – perguntou Harry, finalmente se levantando da cama aonde havia se tacado em cima de mim.

– Mel e Liam me chamando pra ir a praia – menti, é claro que eu não ia dar mole e falar “nos chamando”, mas quer dizer, praia... joguinhos... eu.... Harry... – Ops, nos chamando.

Sorri pra ele, que me olhou estranho.