Sins and Virtues escrita por Jereffer, Lady G


Capítulo 3
Vaidade/Orgulho - Humildade


Notas iniciais do capítulo

Gabi-chan - Não. Pensem. Em. Me. Matar!
Me perdoe por demorar tanto a postar! Mas aqui esta um capitulo fresquinho e bem divertido. Peço desculpa ao Jeff pela demora kkkkkkk, mas, a minha inspiração voltou com força total! Sem mais... Boa leitura!



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Vaidade/Orgulho

A única coisa que Evergreen sabia fazer nas horas vagas, era se vir no espelho. E se alto apreciar. Sem os habituais óculos pareciam bem diferente. Porém, não enxergavam um palmo a frente de sua mão. Era meio que "cegueta", mas ninguém podia saber. Ninguém mesmo.

Os únicos que sabiam disso eram seus estranhos amigos do Raijinshuu. Evergreen sentou-se a sua cama, sua cama ridiculamente grande para uma pessoa só, estava coberta por edredom verde de desenhos flores, mais precisamente rosas. A maga pensou em tanta coisa que se passou desde que volto definitivamente a sua Guilda, e quando ficou tão próximo ao... Ao...

– Não. Vou. Pensar. Nele. - falou pausadamente para si própria. Lembrando-se da tal "pessoa". - Eu não preciso de ajuda de nenhum homem.

– Evergreen? - uma delicada voz chamou pelo nome da Raijinshuu.

– Quem é? - estava tão absorta em seus pensamentos que não reconheceu a voz da delicada Strauss, Mirajane.

– Ora, é a Mira! Vou entrar! - mesmo com o seu sonoro "não entre", logo a albina percebeu um estranho semblante na maga.

– O que é? - falou com de poucos amigos, ajustando os óculos.

– Estou indo á Guilda, quer vir?

– Ahn... E por que faz questão da minha companhia? Percebeu a quanto perfeita sou? - Mira suspirou.

–Não é isso, você é a única que esta aqui na Hills, sabe que estamos em festa após estes anos que estivermos, bom, dormindo.

– Eu já vou, pode ir já... - respondeu com desdém, não colocando muita credibilidade nas palavras.

– Ok, você que sabe, - e deu de ombros, porem, como um estralo, lembrou-se de alguém. - Só para constar, meu irmão perguntou de você. - e saiu do quarto deixando um certo alguém vermelha.

– Por que insistem em dizer que, ou estou apaixonada por aquele... Hunf. - e pegou um espelho que estava sobre a cama. - Eu sou perfeita, eu não preciso de ninguém, eu não preciso de nenhum homem me defendendo. - disse ao seu reflexo.

Saiu do dormitório com seu habitual vestido, e leque. O dia estava gostoso, nem frio, nem calor, estava “perfeito”.


Perfeito.


A única palavra que a maga sabia dizer. Que só ela é a perfeição em pessoa. Que é a mais bela das fadas, e/ou a mais forte dentre elas. Novamente ficou perdida aos pensamentos, não vendo uma raiz de árvore estranhamente grande, acabou tropeçando, e como o destino parece amar coisas tão clichês como...

– Cuidado Ever, você vai acabar caindo de novo.

... O Elfman a salvando de um ridículo e belo tombo no meio da praça central.

– E-eu não pedi a sua ajuda! - e o empurrou irritada, vendo o Strauss não entender nada.

– Mas eu...

– Não quero saber, você fica ai todo se achando "homem", mas você não é merda nenhuma. Deixa um a mulher se defender! Já chega de me "salvar" eu não quero mais! Se não foi capaz de salvar sua própria irmã por que diabos tenta me salvar? - aquilo foi o suficiente para que Elfman mudasse totalmente o conceito dele por ela.

O albino fechou a cara, mesmo vendo que acabou falando demais, Evergreen não iria pedir desculpa. Era feminista demais. Era “perfeita” demais. Elfman deu as costas a ela e foi embora, parece que não se falariam por muito mais tempo.

– E-eu... E-e sou perfeita, eu não preciso de amigos.

E então o que se resta de um ser humano, sem ter um amor verdadeiro, sem ter um amigo? A que ponto o orgulho pode chegar? A que ponto a vaidade de alguém vai? Sabemos que o que se resta à pessoa é a solidão. E Evergreen estava só... Novamente.


Humildade


Bufando irritada, Evergreen se dirigiu a um lugar consideravelmente recluso de Magnólia, um local pouco freqüentando, porém muito apreciado pelo Raijinshuu devido a facilidade com a qual se podia obter noticias de trabalhos por lá. Ela achou que um pouco de bebida poderia lavar aquele estranho aperto desconfortável em sua garganta.

Debruçado sobre um dos grandes canais de Magnólia, o Dragão das águas era o local perfeito para que quisesse não ser perturbado. Evergreen encontrou o lugar quase vazio, exceto por alguns remadores de barcaça meio bêbados em uma mesa dos cantos,e junto ao balcão... estava Laxus.

O mago da Fairy Tail conversava de forma casual com a atendente, uma caneca de bebida no balcão entre eles. Apesar de aparentemente entretido, o mago pareceu notar a aproximação de alguém.

– Ever - disse ele dando uma olhada por cima do ombro - Você não deveria estar na festa?

Evergreen puxou o banco ao lado dele.

– Repito sua pergunta - disse ela, pedindo uma bebida com um gesto.

– Bom... como mago classe-S, eu deveria - disse ele dando os ombros e soltando o riso abafado - Mas como causador de uma das últimas grandes calamidades na guilda, creio que seria estranho estar em tal confraternização.

Aquilo horrorizou a maga fada, que ficou de queixo caído.

– M-mas, você tem o direito! - disse ela indignada - É o neto do mestre, e...

– Eu sei, eu sei - disse ele balançando a cabeça afirmativamente, estática sendo liberada de seus fones de ouvido - Logicamente falando, eu tenho esse direito, mas o mundo não é um lugar perfeito, Ever, onde razão significa tudo.

Ela inclinou a cabeça sem entender.

– Mas se você tem razão...

– Quer dizer que eu posso, mas não que eu devo- disse ele balançando a cabeça - A vida não é um jogo de sim e não. Mesmo estando certo, às vezes é preciso abaixar a cabeça, Ever.

Ever bufou, não convencida, aquilo parecia meio absurdo para ela.

– Você não acha que é mais agradável as pessoas notarem sua ausência do que esfregar sua presença na cara dos outros?

Evergreen refletiu carrancuda sobre aquilo, ainda parecia confusa.

– Então que você quer dizer que não importa estar certo, o importante é os resultados das ações...

– Pensar no coletivo não faz mal, de vez em quando - disse ele balançando a cabeça - Como pedir desculpas para um idiota. Isso não vai machucar você, não te fará menos correta e vai fazer uma pessoa se sentir melhor. Começando por aquele grande paspalho albino, por exemplo.

Aquilo fez com que o sangue subisse ao rosto de Evergreen.

– Como... - começou a perguntar a maga corada, e ele levantou a mão pedindo para que ela esperasse.

– Ele passou por aqui, parecia bem desolado - explicou o Dragon Slayer do Raio - E ele me parece pouco inteligente demais para se magoar com palavras alheias, salvo algumas pessoas. Isso, somado a sua óbvia irritação... foi necessário apenas ligar os pontos.

Ela corou mais um pouco, antes de esbravejar.

– Mas eu estou certa, eu não preciso de nenhum homem para me defender!

– E ele não precisa defender nenhuma mulher - disse ele arqueando as sobrancelhas - Uma coisa que eu aprendi no exílio é que orgulho é uma coisa barata, lealdade, difícil e valiosa.

Evergreen fez bico, apesar de ver a lógica na sabedoria de seu líder. Ninguém gostava de ser repreendido.

– Certo, eu entendi, eu posso ser um pouco mais... Compreensiva com ele - disse a maga a contragosto - M-mas, só porque isso é a melhor forma de agir! Não é como se eu gostasse dele ou coisa do tipo!

O mago do trovão riu.

– E quem sugeriu isso? - disse ele piscando - Agora vá para a festa. As pessoas amam sua presença, quando você não está no seu modo perfeito.

Ela balançou a cabeça, mas não conseguiu conter a língua, antes de sair.

– E você também, quando não está preocupado em assumir o controle da guilda para manter a dignidade da mesma.

O mago riu suavemente, e fez um gesto de dispensa.

– Certo, certo, não implique com pecados passados, e vá ser legal com um certo homem– disse ele esvaziando sua caneca com um gole - A humildade de hoje te rende um carregador de sacolas amanhã, lembre-se disso.



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Notas finais do capítulo

Yo! E ai gostaram? Diz que sim! Não esqueçam de comentar. Kissus!