Sins and Virtues escrita por Jereffer, Lady G


Capítulo 4
Inveja - Caridade/Simpatia


Notas iniciais do capítulo

Yoo Pessoal, Jereffer aqui! E dessa vez, sou eu quem vocês devem querer matar, pois fui eu que enrolei um pouco a Gabi na hora de escrever esse capítulo(falta de tempo é dureza :()
Enfim, sem mais delongas, mais um capítulo pra vocês. Sem mais, Enjoy :P



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Inveja


Seria a quarta ou quinta vez que Wendy suspirava. Estava sentada em um dos bancos da arquibancada de um antigo ginásio de Magnólia. Observava desanimada seus amigos Dragon Slayers lutarem bravamente, conjurando magias potentes ou algo do tipo.

Suspirou de novo.

Charlie, sua fiel companheira e Exceed, tomava seu humilde chá, ao perceber a tristeza da pequena, mas, preferiu não falar nada. Apenas, observava-a antes de qualquer comentário.

– O que foi Wendy? - finalmente perguntou.
– Nada. - a gata branca arqueou uma das sombrancelhas. Obviamente ela não estava bem.
– Sei. Sabe que não se esconde nada de mim, fale logo o que acontece! - e tomou mais um gole de seu apetitoso chá.
– É que... - começou a tocar seu dedo indicativo no outro, manhosa.
– Desembucha logo!
– É que eu nunca serei tão forte quanto o Natsu-san e o Gajeel-san. Sou a pior Dragons Slayer do mundo! - bufou, fitando a gata branca.
– Tsc. Existem coisas mais importantes que isso...
– Charlie, eu preciso aprender a ser forte quanto eles. - retornou a fitá-los.

A gatinha branca não discutiu, sabia que Wendy ainda estava equivocada com o seu poder e que nada no mundo a faria mudar ideia. A azulada retornava a admirar o treino de Natsu e Gajeel. Para ela, ambos eram muito mais fortes e que jamais, seria tão boa quanto eles. O treino acabou, e a pequena correu em direção aos dois magos caídos no chãos, cansados.

– Ual! Natsu-san e Gajeel-san, vocês são tão incríveis! - os elogios, mesmo ambos não terem entendido o eleogio repentino.
– Ah Wendy, você também é incrível! - sorriu Natsu, bagunçando os cabelos azuis e compridos da pequena.
– Ma-Mas eu ainda quero mais! -indagou.
– Mais o que? - questionou Gajeel, fitando-a curioso.
– Poder. - murmurou, fitando o chão. Gajeel e Natsu se entreolharam. E deram de ombros, não entendo a pequena.

Wendy se despediu deles, e foi embora. Desanimada, andou pelas ruas de Magnólia. Charlie sempre andava ao seu lado, sem dizer uma única se quer palavra, se fosse falar, faria Wendy chorar. Ás vezes, Charlie não tinha paciênica para as mânhas da menina. Logo, chegaram à Fairy Hills, tomou um banho e se jogou na cama confortável. E do nada começou a chorar.

– O que foi Wendy? - na verdade, a gata sabia o que estava acontecendo, mas, queria mesmo cuidar da sua dona de certa forma.
– Eu-Eu sou...Tão fraca! Só sei chorar... E minha única magia forte é o Roar. Por-Por que? Por sou assim? Eu queria ser forte como eles!
– Wendy, você é nova! Pare com isso! Vai crescer e se tornar uma incrível Dragon Slayer! - seu tom era o mais calmo possível.
– Mas-Mas... Charlie... E-Eu...
– Oi...? - uma voz doce interrompeu as duas Nakamas quando bateu a porta.
– Levy-san! - Wendy tentou o mais rápido possível limpar as lágrimas que teimavam em cair.
– Wendy tá tudo bem? - se aproximou rapidamente da pequena, limpando as lágrimas.
– Ela acha que sempre será fraca! - resumiu Charlie.
– Ah... - Levy retornou a limpar as lágrimas. - Pare com isso Wendy... Não é bem assim.
– Eu quero ser forte como o Natsu-san e o Gajeel-san! Honrar o nome de um Dragon Slayer! Eu não sei fazer nada direito... E-Eu... Eu os INVEJO! - sua face tinha ficado vermelha de tanto chorar. E agora, de raiva também.
– Charlie ela já ficou assim antes?
– Sim Levy, todas vez que os vê lutando.
– Assim... Wendy?
– S-Sim? - retornou a fitar a azulada mais velha.
– Não pense assim! Sua magia é maravilhosa, você possui magia de suporte, ou uma Healer. Isso é essencial para os outros! - explicou.
– Não me importa com essa droga de magia! Eu quero ser forte, eu queria ser igual a eles, ou igual a Juvia-san também! Odeio isso, não é justo... Será que a Grandeeney não me amava, e me ensinou a ser fraca?
– AI Meu Deus Wendy! - aquilo fez a paciência de Charlie se esgotar - Vou embora daqui, e fique com essa inveja ridícula com você, vamos Levy é perda de tempo!
– Ma-Mas... - Levy percebeu que Wendy estava muito alterada, e nada que ela dissesse faria diferença. - Ok. Tchau Wendy...

A pequena continuava a se odiar por ser fraca. Ela realmente invejava seus colegas. Sua magia não era nada comparada a deles, achava que só os outros podiam ter força, poder, e ela não. Por ser nova, sempre será fraca. Ela não parava pra pensar, que sua magia era uma benção na vida deles. Uma Healer era algo exepcional. Mas, sua inveja e até arrogância a cegaram. Ainda tão nova, com tais pensamentos, era algo para se preocupar. Wendy precisava aceitar quem ela é, antes que seja tarde demais, pois, é como dizem, a inveja mata.
 

Caridade

Na outra manhã, Wendy, já se sentindo um pouco menos paranóica, mas igualmente determinada, resolveu que iria assistir os rapazes treinando mais um pouco. Muito podia ser aprendido através da observação.

Resolveu não acordar sua companheira felina, pois, apesar de gostar muito de Charle, seria bom passar um tempo sem as constantes censuras da gata contra coisas que ela não podia evitar. O dia estava quente e luminoso, e á nevoa que subia dos canais de Magnólia passava uma sensação pegajosa pra pele, uma ocasião perfeita para se dedicar inteiramente ao ócio.

Mas ela sabia que aquele sentimento comum não era compartilhado pelos magos da Fairy Tail. Mesmo do lado de fora do decadente estádio, ela podia ouvir as pancadas surdas de golpes físicos se encontrando e as explosões gerada por magias em colisão.

Ela estava assumindo um local confortável na sombra das cadeiras mais altas quando notou que havia algo estranho no treino dos rapazes: tanto Natsu quanto Gajeel estavam sendo lançados no ar devido á ataques, e também o Gray... Foi só então que ela notou quem era o oponente da vez. Gildarts Clive, o membro ás da Fairy Tail. Ele devia ter voltado de uma de suas longas missões á pouco tempo, provavelmente durante á noite.

Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça de Wendy. Apenas os jovens magos da Fairy Tail tinham a quantidade de escrúpulos pequena o suficiente para lutar com um mago fortíssimo que se encontrava distraído pelo sono.

Ela viu Gajeel investir contra Gildarts com seu bastão de ferro, apenas para ser repelido por Gildarts que, com as mãos nuas, parou o golpe a arremessou o Dragon Slayer do Ferro para trás, fazendo com que ele desce uma cambalhota no ar e fosse cair á muitos metros. Mas aquela batalha campal não parava quando alguém era simplesmente arremessado para trás, e agora era Natsu que atacava, soprando seu ataque de respiração sobre Gildarts. Ela viu tanto o ataque quanto o atacante se desfazerem em pequenas partes. Logo tinha centena de chibi Natsu’s correndo pela grama e atacando Gildarts de forma cômica e ineficaz.

Wendy estava tão absorta que não notou que Happy havia se sentado ao lado dela. E agora fuçava em um recipiente plástico aparentemente cheio de comida.


– Olá Wendy - disse ele em seu tom animada habitual - A Charle não veio com você?

– Não... E-eu resolvi não acordar ela - disse ela balançando a cabeça.
Um pouco da animação de Happy pareceu murchar.

– Aye - disse ele tristonho, mas teve uma recuperação rápida, e puxou um pequeno embrulho com
marcas que pareciam ser de óleo de seu pote - Wendy, você quer peixe?

– Err...parece apetitoso, mas não, obrigado - disse ela tentando ser delicada, enquanto seu estomago dava um nó.

Lá embaixo, na arena do estádio, Gildarts espantou os chibi Natsu’s que se agarravam á sua bota e tentavam o derrubar e farejou o ar, alguma parte da sua mente detectando o leve aroma de comida.

– Ok, pausa para o lanche - disse ele, enquanto arremessava um Gajeel atacante para longe e corria pra escada que levava á arquibancada. Sua magia de impacto destruía alguns bancos que ele acertava sem notar, mas fora isso, chegou sem incidentes ao local onde a Dragon Slayer e o Exceed.

– Yo Happy, isso é... - ia dizendo ele, quando o gato já estendeu o pacote, como se entendesse a situação. Ele enfiou uma grande porção da carne frita na boca e começou a mastigar ruidosamente -...Peixe, hmph, bom, a viagem foi muito lon... e yo...Wendy.

– Ohayou Gildarts-san - disse ela, enquanto se afastava um pouco dos farelos voados por aquela gula.

O mago balançou a cabeça e continuou a comer, sem notar o não surgimento de uma conversa. Depois de engolir um conteúdo que faria inveja ao Aquário Nacional de Magnólia, Gildarts parou por alguns instantes e notou a expressão distante da pequena maga.

– Não come, Wendy? - perguntou ele, enquanto molhava um peixe frito e um vasilhame de molho que Happy havia tirada de seu recipiente.

– Não... Gildarts-san... posso te fazer uma pergunta?

– Claro - disse ele, enquanto mastigava mais uma porção de peixe, dessa vez com molho de pimenta.

– Por que você treina com o Natsu-san e os outros... não seria... mais prático...evoluir suas habilidades sozinho?

– Mas qual seria a graça nisso? - perguntou ele, limpando a boca com as costas da mão - Uma guilda deve ser feita de pessoas fortes de diversas maneiras, e o desafio de superar as habilidades dos outros á sua maneira é parte da diversão.

– Aye! Por exemplo, o Lily consegue lutar com espadas, mas eu domino melhor a arte de improvisar com peixes - disse Happy de forma orgulhosa.

– É isso aí - disse Gildarts afagando Happy entre as orelhas - Depois disso, só é preciso descobrir qual é a função disso. É bobagem ficar se concentrando apenas no avanço dos outros.

– Parece...realmente inteligente... - disse ela pensativa, olhando aquilo por aquela nova lente.

– Inteligente ou não, um pouco de caridade também te garante que sempre te enviem doces nos feriados - disse ele alegremente, enquanto, assoviando, voltava para o treino com os impacientes Dragon Slayers, deixando uma maga pensativa para trás, pensando sobre aquela forma de ver as coisas....


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Notas finais do capítulo

Um comentáriozinho do amor e da amizade, rola?



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