Runaways escrita por Runaways


Capítulo 9
Mais malas? Já não bastam as que já temos?




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POV’s Manu

Quando perguntaram se eu aceitava fugir parecia que um gigante resolveu sentar na minha cabeça. Fugir parecia errado, muito errado. Onde ficaríamos? Como conseguiríamos sobreviver? E meu irmão? Eu sei que nós não nos damos muito bem, mas ele precisava saber sobre o que eu resolvera fazer. Mas por outro lado, fugir parecia certo e a coisa mais segura a se fazer. Meu irmão suportaria, na verdade, acho que nem se importaria, e, se ele quisesse me encontrar mandaria me procurarem. Então, com lágrimas escorrendo e a garganta ardendo eu aceitei. Olhei para Nina, também havia aceitado.

Eu, Desiree e Zain chegamos à porta do meu prédio. Cumprimentei nosso porteiro, que nos olhou desconfiado. Entramos no elevador e apertei o botão da cobertura.

- Seu prédio é legal. – disse Zain – Mas a música do elevador não é a das melhores.

- É – concordou Desiree.

-Obrigada, Zain. Eu sei, essa música é horrível, mas é melhor que a da semana passada. – respondi. A música era realmente irritante, como se alguém estivesse apertando a barriga de um passarinho e ele estivesse chiando de dor.

Chegamos ao meu apartamento. Abri a porta, chamei por Fernando, mas ele não respondeu. Esqueci que ele estaria viajando a negócios essa semana.

- Uau! Esse é a casa mais legal que eu já vi. - disse Zain. E ele tinha razão, quando meu pai morreu, depois de um tempo, eu e meu irmão reformamos o apartamento para que ficasse o paraíso dos jovens.

- É, sua casa é linda, mas agora você precisa arrumar suas coisas. – disse Desiree me apressando – vem ajudar Zain.

Abri a porta do meu closet e tentei escolher as roupas que mais gostava. Difícil, mas depois de horas consegui escolher as coisas que mais precisaria, e a boa noticia é que só deram 4 malas grandes, 2 pequenas e 5 necessaires. Olhei para meus novos companheiros de quarto e Zain estava no sofá do closet dormindo e babando na minha almofada e falando algo sobre matar os piratas, imaginei com o que ele estaria sonhando, e Desiree provavelmente ainda estava lá embaixo pegando comida para levar para nossa nova casa.

-Zain, acorda. – sussurrei do jeito mais gentil que pude – acorda.

- Hã – ele falou confuso e sonolento - Deu? Já escolheu as suas roupas? Cara, eu já vi closets grandes, mas esse aqui parece uma loja de departamento.

- Departamento? Só tem coisa de grife aqui. – disse ofendida. Zain revirou os olhos.

- É tudo isso que você vai levar? Sério? Nem vai caber lá em casa. – disse Zain.

- Mas agora vai ter que caber, eu preciso de tudo isso.

- É, sei. Você precisa de todos esses trecos para o seu cabelo – disse ele abrindo uma das necessaires. Por sorte não era a de roupas intimas.

- Preciso sim, garoto que tem 2 escovas de cabelo iguais – respondi – se quiser eu te empresto algumas coisas – falei ironicamente destruindo o topete milimetricamente arrumando dele.

- Vamos descer – disse ele irritado arrumando o topete – Agora.

Desiree chegou e nos ajudou a descer. Sim, foi difícil descer com todas aquelas malas pela escada. Zain deixou cair uma das malas escada abaixo, e era a malas de sapatos.

- Hey, aquela é minha de sapatos. Se algum dos meus saltos quebrar eu juro que te mato.

- Nossa, ele deve ta morrendo de medo – disse Desiree rindo. Olhei para o Zain e ele estava rindo também.

- Ok. Enquanto vocês descem as minhas coisas eu lembrei que tenho que pegar algumas coisas.

-Mais? – perguntou Desiree e Zain em uníssono.

- Calem a boca – respondi rindo e correndo para meu quarto.

Peguei uma caixinha dentro da gaveta do meu criado mudo. Eram coisas do meu pai, fotos e coisas que me traziam boas lembranças. Depois entrei no quarto de Fernando, provavelmente ele me mataria se soubesse que eu entrei em seu quarto. Peguei um pedaço de papel e escrevi um bilhete dizendo para não se preocupar e que estava tudo bem. Não contei sobre esse negócio de ser semideusa. Sai do quarto e do apartamento. Encontrei Zain e Desiree na porta do elevador. Segurei a porta e entrei. Chegando lá embaixo saímos do prédio com as malas. O porteiro olhou mais desconfiado ainda, mas ninguém se importou.

- Tudo isso? Como a gente vai carregar isso até o nosso apartamento – perguntou Edward tento quase um ataque.

- Sei lá. Dá-se um jeito. – respondi de um jeito que ninguém ousou retrucar. Então saímos pelas ruas de Manhattan rumo a nossa nova moradia.





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