Runaways escrita por Runaways
POV’s Manu
Quando perguntaram se eu aceitava fugir parecia que um gigante resolveu sentar na minha cabeça. Fugir parecia errado, muito errado. Onde ficaríamos? Como conseguiríamos sobreviver? E meu irmão? Eu sei que nós não nos damos muito bem, mas ele precisava saber sobre o que eu resolvera fazer. Mas por outro lado, fugir parecia certo e a coisa mais segura a se fazer. Meu irmão suportaria, na verdade, acho que nem se importaria, e, se ele quisesse me encontrar mandaria me procurarem. Então, com lágrimas escorrendo e a garganta ardendo eu aceitei. Olhei para Nina, também havia aceitado.
Eu, Desiree e Zain chegamos à porta do meu prédio. Cumprimentei nosso porteiro, que nos olhou desconfiado. Entramos no elevador e apertei o botão da cobertura.
- Seu prédio é legal. – disse Zain – Mas a música do elevador não é a das melhores.
- É – concordou Desiree.
-Obrigada, Zain. Eu sei, essa música é horrível, mas é melhor que a da semana passada. – respondi. A música era realmente irritante, como se alguém estivesse apertando a barriga de um passarinho e ele estivesse chiando de dor.
Chegamos ao meu apartamento. Abri a porta, chamei por Fernando, mas ele não respondeu. Esqueci que ele estaria viajando a negócios essa semana.
- Uau! Esse é a casa mais legal que eu já vi. - disse Zain. E ele tinha razão, quando meu pai morreu, depois de um tempo, eu e meu irmão reformamos o apartamento para que ficasse o paraíso dos jovens.
- É, sua casa é linda, mas agora você precisa arrumar suas coisas. – disse Desiree me apressando – vem ajudar Zain.
Abri a porta do meu closet e tentei escolher as roupas que mais gostava. Difícil, mas depois de horas consegui escolher as coisas que mais precisaria, e a boa noticia é que só deram 4 malas grandes, 2 pequenas e 5 necessaires. Olhei para meus novos companheiros de quarto e Zain estava no sofá do closet dormindo e babando na minha almofada e falando algo sobre matar os piratas, imaginei com o que ele estaria sonhando, e Desiree provavelmente ainda estava lá embaixo pegando comida para levar para nossa nova casa.
-Zain, acorda. – sussurrei do jeito mais gentil que pude – acorda.
- Hã – ele falou confuso e sonolento - Deu? Já escolheu as suas roupas? Cara, eu já vi closets grandes, mas esse aqui parece uma loja de departamento.
- Departamento? Só tem coisa de grife aqui. – disse ofendida. Zain revirou os olhos.
- É tudo isso que você vai levar? Sério? Nem vai caber lá em casa. – disse Zain.
- Mas agora vai ter que caber, eu preciso de tudo isso.
- É, sei. Você precisa de todos esses trecos para o seu cabelo – disse ele abrindo uma das necessaires. Por sorte não era a de roupas intimas.
- Preciso sim, garoto que tem 2 escovas de cabelo iguais – respondi – se quiser eu te empresto algumas coisas – falei ironicamente destruindo o topete milimetricamente arrumando dele.
- Vamos descer – disse ele irritado arrumando o topete – Agora.
Desiree chegou e nos ajudou a descer. Sim, foi difícil descer com todas aquelas malas pela escada. Zain deixou cair uma das malas escada abaixo, e era a malas de sapatos.
- Hey, aquela é minha de sapatos. Se algum dos meus saltos quebrar eu juro que te mato.
- Nossa, ele deve ta morrendo de medo – disse Desiree rindo. Olhei para o Zain e ele estava rindo também.
- Ok. Enquanto vocês descem as minhas coisas eu lembrei que tenho que pegar algumas coisas.
-Mais? – perguntou Desiree e Zain em uníssono.
- Calem a boca – respondi rindo e correndo para meu quarto.
Peguei uma caixinha dentro da gaveta do meu criado mudo. Eram coisas do meu pai, fotos e coisas que me traziam boas lembranças. Depois entrei no quarto de Fernando, provavelmente ele me mataria se soubesse que eu entrei em seu quarto. Peguei um pedaço de papel e escrevi um bilhete dizendo para não se preocupar e que estava tudo bem. Não contei sobre esse negócio de ser semideusa. Sai do quarto e do apartamento. Encontrei Zain e Desiree na porta do elevador. Segurei a porta e entrei. Chegando lá embaixo saímos do prédio com as malas. O porteiro olhou mais desconfiado ainda, mas ninguém se importou.
- Tudo isso? Como a gente vai carregar isso até o nosso apartamento – perguntou Edward tento quase um ataque.
- Sei lá. Dá-se um jeito. – respondi de um jeito que ninguém ousou retrucar. Então saímos pelas ruas de Manhattan rumo a nossa nova moradia.
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