Runaways escrita por Runaways


Capítulo 6
O banheiro vira uma arena de guerra




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POV’s Manu

Por um pequeno momento pensei que minha estava começando a melhorar, quero dizer, meu irmão até começou a falar mais comigo e os monstros tinham sumido, mas parece que eu estava completamente errada.

Olhei para a faca em minha mão tentando assimilar todas as informações que acabara de escutar. Não podia ser verdade, eu devia estar sonhando. Me belisquei na esperança de acordar, mas não, não era um sonho, eu podia ser uma semi-deusa. Agora tudo fazia sentido, os monstros e tudo mais.

Entreguei a faca para Nina. Provavelmente eu estava com uma cara muito engraçada, pois ela deixou escapar um sorriso. O professor virou e quando ia falar o alto-falante da sala de aula começou a chiar. Era nosso diretor falando:

Queridos alunos, o comitê de professores e a direção queria convidá-los para uma palestra no nosso auditório neste exato momento. Caro professor, favor encaminhar os alunos para o auditório.

Perfeito, pensei. Poderia conversar melhor com Nina. No meio do caminho empurrei-a para o banheiro, rezando para que ela não fizesse barulho para que ninguém viesse nos chamar para a palestra.

- Ai! – murmurou Nina quando atravessamos a porta do banheiro.

- Desculpa, mas preciso que me conte mais sobre, hã, isso.

- Te contei tudo que eu sei.

-Tá, mas quero falar com essa menina que te salvou do monstro.

Nesse momento uma garota entrou no banheiro, e começou a retocar o batom. Gostei da cor, mas não acho que a garota se importava.

- Hã, acho melhor irmos. – disse Nina, concordei com a cabeça olhando para a garota. Por algum motivo, estava com um pressentimento ruim sobre ela.

-Desculpe semideusas, mas vocês não vão a lugar nenhum. É que vi vocês entrando e, sabe, eu estou com fome.

Olhei para Nina, Nina olhou para mim. Estávamos encrencadas, iríamos morrer. A garota começou a se transformar. Seus belos cabelos estavam em chama. Seus olhos, com um brilho mortal e suas pernas eram a parte mais bizarra, uma era de bronze e a outra de burro.

- Mais uma dessas coisas, uma dessas já tentou me atacar hoje, quando aquela garota apareceu e me salvou.

Certo, nesse momento eu e Nina poderíamos fazer várias coisas: gritar por socorro, sair correndo, ou pegar a droga da faca que estava na bolsa da Nina e atacar a droga daquela menina demônio. Mas a coisa mais inteligente que consegui fazer foi dizer um estrangulado ‘’Não!’’.

A demônia gargalhou, o que parecia mais um tipo de engasgamento, e partiu pra cima de nós. Empurramos ela e consegui pegar a faca da bolsa enquanto Nina distraia a monstra. Cheguei por trás da demônia, mas ela se virou e deu um tapa na minha mão, a faca voou para longe.

- Droga!- murmurei baixinho.

- Ótimo, bonitinha. Agora mesmo que nós morremos. – disse Nina com raiva. Revirei os olhos.

Agora fiz a única coisa que parecia possível: Comecei a gritar.

Aí aconteceu um milagre, a tal garota de cabelo raspado apareceu, ou talvez ela apenas tenha escutado nossa gritaria. Ela sacou uma espada e acertou a demônia (acho que o termo certo é empousa, ouvi a garota gritar isso para a monstra) nas costas e ela se dissolveu em pó. Não, ninguém havia morrido, mas me olhei no espelho e estava com um arranhão no ombro. Nina estava com um arranhão na mão e no antebraço.

- Perfeito, essa coisa me arranhou. Agora minha blusa tá suja de sangue. – falei apontando pro lugar onde a empousa estava.

- Essa é a outra semideusa? Ótimo! – falou a garota de cabelo raspado com ironia.

-Sim, é ela. – falou Nina, quase soltando uma risada. – a propósito, qual é o seu nome?

-Desiree.

-Ok, Desiree. O que fazemos agora? – perguntei, olhando para Desiree com raiva. Não gostei de como ela falara de mim quando perguntou se eu era a outra semideusa.

- Calma! Não precisa ficar bravinha! – ela respondeu imitando a voz de uma criança de 5 anos. – Acho que é melhor sairmos daqui. Os monstros estão achando vocês muito fácil aqui.

- Mas para onde nós vamos? – perguntou Nina para Desiree.

- Não sei, só vamos sair do banheiro.

Saímos do banheiro, meu ombro ardendo, não tinha percebido, mas o arranhão até que foi fundo. Atravessamos a porta da escola e fomos andando, sem rumo, enquanto Desiree falava sobre deuses e mitologia (que agora não era mais mito) e que provavelmente iríamos morrer se não aprendêssemos a matar e lutar com os monstros. Ótimo, eu ia morrer sem antes completar 400 pares de sapatos, e só faltavam 56 pares para isso. Após tudo esclarecido, compramos uma casquinha e sentamos um banco, esperando que algo mais acontecesse.


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