Runaways escrita por Runaways


Capítulo 3
Nem tão perfeita




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POV’s Manu

Bem, poderia começar aqui falando de como minha vida de garota linda e popular é perfeita e cheia glamour, mas acontece que não é bem assim que a coisa funciona. Não, não estou dizendo que não gosto da atenção que recebo e tudo mais, eu REALMENTE (realmente mesmo, sério) gosto disso, mas eu nunca escolhi ser assim, as coisas apenas acontecem, não importa aonde eu vá. Todos sempre ficam olhando para mim. Se sou uma daquelas garotas populares que se acha a top do mundo e que é malvada até com a sombra das pessoas? Bom, tento não ser, na verdade acho que sou bem legal para alguém que poderia destruir uma reputação com apenas um estalo de dedos.

Me chamo Manuela Barker, tenho 16 anos e moro em uma cobertura em Manhattan. Eu moro com meu irmão mais velho Fernando desde os meus 12 anos, pois meu pai faleceu em um acidente de carro e eu nunca conheci minha mãe de verdade, ela me deixou com meu pai quando tinha 3 meses. Sinto falta do meu pai, não que eu não goste do meu irmão, mas ele só pensa em dinheiro e em trabalhar depois que meu pai faleceu. Diz que se eu não quero ficar pobre tem que deixar ele em paz e ficar quieta quando vou falar com ele. Nossa relação era muito boa antes, mas agora acho que se eu sumisse por um tempo ele agradeceria aos céus. Isso é um pouco triste e às vezes até penso em sumir de casa, porém não é nada que compras e doces não podem concertar, pelo menos por alguns instantes.

Agora saindo do assunto melancólico da minha vida familiar, vamos voltar para a minha vida escolar. Sim, sou popular, isso aconteceu em todas as escolas que já estudei e que vou estudar, e acredite, já estudei em muitas escolas. Deve ser porque sou linda, rica, linda, divertida, linda e tudo mais. Porém, caro ser que está lendo isso, eu tenho meus problemas na escola. Sou disléxica e tenho déficit de atenção. É difícil para mim porque ninguém entende porque não consigo ler rápido ou porque não consigo ficar parada por muito tempo. Só uma pessoa na escola me entende, Nina, minha amiga e dupla na aula de laboratório de química, que também tem os mesmos problemas que eu. É bom ter alguém que me compreende.

Você pensa que os problemas são só isso? Há! Quem me dera. Tenho percebido que algumas coisas um pouco, hã... Vamos dizer... Estranhas estão acontecendo. Tenho visto coisas estranhas. O que? Nem eu sei, mas juro que preferia vender minhas bolsas da Gucci a ver isso. Acho que ‘’isso’’ são monstros me perseguindo pela cidade, sim, eu disse monstros, e sim, pode me chamar de doida, mas eu juro que é isso que parece. Uma vez um deles me perseguiu por toda a escola e depois de driblar as minhas amigas tive que fugir pelos fundos onde tinha uma poça gigante, o que foi horrível, pois estava usando meu par de Louis Vuitton e não queria estragá-los. Também consigo driblá-los de um jeito curioso, como se eu conseguisse hipnotizá-los e acalmá-los com a minha beleza, pelo menos até o tempo de fugir. Enfim, só queria entender isso tudo que está acontecendo, porque estou pensando seriamente em me internar em um hospício. Na verdade só não vou porque acho que não poderia levar todas as minhas roupas. Agora só me resta esperar e tentar não enlouquecer de vez. Quem sabe eu conte minha experiência para vocês (se eu estiver viva até lá...).


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