Runaways escrita por Runaways
POV’s Manu
Entramos na floresta. Estávamos preocupados com a polícia, eles estavam rondando a área onde um dia existira nossa Kombi, junto a repórteres querendo informações sobre os adolescentes fugitivos. Além da policia, ficamos de olho nos monstros, não queríamos que mais nenhum nos atacasse. Depois de 2 horas caminhando em direção oposta a polícia encontramos um lugar que poderíamos passar a noite. Tinham árvores altas como se estivessem formando uma cerca, era um bom lugar. Armamos a barraca, arrumamos nossas coisas.
- Finalmente podemos descansar. – disse Zain se tacando em cima de mim e Desiree.
-Ai, Zain! Você é pesado – disse eu entre risos – Sai de cima da gente!
-Chispa daqui! – disse Desiree empurrando Zain.
-Ok, já está tudo pronto? Podemos descansar um pouco? – perguntou Edward que aparentemente estava super cansado.
-Sim, podemos. – respondi.
-Ótimo, me acordem daqui a pouco. – disse Ed se enfiando na barraca tão rápido que nem tivemos tempo de responder.
-Eu também vou. – disse Zain. – Ele não consegue dormir sem mim. – ele disse rindo.
-HAHA! – riu Ed ironicamente botando a cabeça para fora da barraca – Agora venha, bebê, se não tenho pesadelos – dessa vez ele tentou fingir-se de sério.
-Não disse? – Zain entrou rindo na barraca.
- Eu também vou descansar um pouco meninas, falar com Ali me deixou um pouco cansada. – falou Nina.
-Tudo bem, fazemos a guarda. – disse eu. Nina entrou na barraca.
Eu e Desiree ficamos ali fora em silêncio por um momento. Estava começando a ficar constrangedor, então resolvi quebrá-lo:
-Então, está gostando da vida de fugitiva? Desculpa mesmo sobre meu irmão, não sei o que deu nele. – forcei um sorriso.
-Tudo bem, não é culpa sua. E, sim, estou gostando bastante, tá bem divertido – ela respondeu com um sorriso.
Ficamos ali conversando sobre várias coisas por um bom tempo. Rimos, contamos histórias e falamos sobre nossas famílias. Desiree era muito legal, claro, às vezes ela era um pouco dura, mas é o que se espera de uma filha de Ares. Depois de algum tempo conversando, eu e Desi ouvimos um ruído. Nos olhamos e fomos acordar os que estavam dormindo:
-Hey, acordem! Acordem! – eu disse tirando o travesseiro debaixo de Ed e tacando em Zain.
-OU! – disse Ed confuso – o que foi?
-Eca! Isso tá babado. – Zain falou com nojo e limpando seu rosto. Seria uma cena engraçada se eu não estivesse com tanto medo a ponto de quase molhar as calças.
-Ouvimos um barulho perto daqui, pode ser um monstro. – Desiree falou e eu concordei com a cabeça.
-Vamos ver o que é. – disse Nina já se levantando.
Saímos da barraca e fomos procurar o que era esse tal ruído. Nos aproximamos, cada um com sua arma e paramos na frente de uma árvore que tinha um tronco gigante.
-Acho que é aqui atrás- sussurrei.
-Ok, vamos atacar- sussurrou Nina do meu lado – No 3...1, 2, 3!
Berramos e fomos para trás da árvore.
-Quiiiiiiiiiiiiiiiii- um esquilo saiu de trás da árvore.
-NOSSAAAAA! – berrou Zain- Cuidado! – dessa vez falou ironicamente.
-Vamos voltar- Ed falou irritado – Não acredito que nos acordaram por causa de um esquilo, um esquilo.
-Desculpa, achei que fosse um monstro – eu disse me matando de rir. Todos começaram a rir comigo.
Voltamos ao acampamento rindo da nossa idiotice. Mas quando chegamos nosso sorriso sumiu. Lá estava ele. Um monstro gigante, peludo, com garras gigantes, dentes afiados e olhando ferozmente para gente. Ele espumava de raiva. Não era nada parecido com os de hoje de manhã. Era o dobro do tamanho e dessa vez o monstro estava armado.
-O que é isso? – falei com a voz falhando.
-Não sei, nunca vi um desses, nem sei o que são. – disse Desiree.
Não tínhamos tempo para conversar. Partimos para o ataque. Ed distraia o monstro enquanto Zain tentava atacar por trás, o que foi em vão, pois o monstro se virou e jogou Zain para longe.
-Zain! – eu gritei.
-Estou bem, vai lutar, bonitinha. - ele falou se levantando.
Desi e Nina também partiram para cima do monstro. Conseguimos completar alguns golpes, mas nada que ferisse o monstro seriamente. Dei uma chicotada que abriu um talho nas costas do demônio. Ele se virou com um grito de agonia e me encarou.
-Merda! – sussurrei baixinho.
Ele investiu em mim, chicoteei-o mais uma vez, desta vez na cara. Ele me arranhou com suas garras nas minhas costas, gritei de dor. Nina atacou o monstro por trás fazendo o monstro se virar. O coisa-peluda foi atrás de Ed desta vez. Ed tentou desviar, mas escorregou e caiu. O monstro não perdeu tempo e o cortou na cocha. Ed gemeu de dor e se arrastou para um canto. ‘’Deve ter sido sério’’, pensei preocupada. Depois de mais alguns arranhões e golpes com espadas, atacamos em conjunto e conseguimos matar o monstro com um golpe em seu peito. Ele se dissolveu em pó.
-Pronto. – disse Zain me abraçando, eu estava com o coração saltando.
-Cadê o Ed? – perguntou Desiree.
-Aqui! – ouvimos um grito abafado. – Desculpe não conseguir mais lutar, mas o monstro fez um bom trabalho aqui.
-Ai meus deuses! – disse Desiree olhando o corte de Ed. Realmente o corte era bem feio. Era bastante profundo e longo, - ia por toda a sua cocha. Ed estava perdendo muito sangue.
-Faz alguma coisa Zain – gritou Nina lacrimejando.
-Vai ficar tudo bem, Nina – Edward falou com incerteza na voz.
Zain correu e pegou sua caixa de médico. Ele tentou fazer de tudo, mas o corte não melhorava o sangue não parava de jorrar. Estávamos desesperados. Parecia que o corte estava ficando infeccionado. Ed ardia em febre.
-Não consigo fazer mais nada- disse Zain- acho que... Vamos ter que pedir ajuda.
-Pra quem? Para polícia? Vão prender a gente. – Nina falou.
-Não, acho que sei o que fazer. Vamos mandar uma mensagem de Íris para o Acampamento Meio-sangue. Lá vão conseguir fazer alguma coisa. Você tem dracmas ai Zain? – Ed disse quase sem forças.
-Tenho, mas você tem certeza que quer voltar?
-Só tenho certeza que quero viver. – disse Ed nos olhando.
-Ok, vou fazer isso. Desiree me ajude.
Zain e Desiree foram até uma cachoeirinha que tinha ali por perto. O sol formava um arco-íris nas águas que desciam pela cachoeirinha. Zain pegou uma moeda dourada, que se chamava dracma, a moeda dos gregos e recitou uma espécie de prece:
- Ó deusa, aceite minha oferenda! Quíron, Acampamento Meio-sangue. – disse ele tacando a moeda no pequeno arco-íris.
Nesse momento uma névoa apareceu, e dentro dela a imagem de um homem de uns 40 anos se revelou. Quando a névoa parou de tremular pude ver que o homem não era um homem comum. Da metade de seu corpo para cima era um homem normal, mas, da metade para baixo tinha o corpo de um cavalo. Sim, ele era um centauro, metade homem metade cavalo. Seu nome era Quíron e ele era o diretor de atividades do tal Acampamento Meio-sangue.
-Zain? É você? Quanto tempo! Ed também está aí? Ele morreu?- perguntou Quíron surpreso.
-Sim, sou eu Quíron. Ed não está morto, mas se não agirmos rápido ele não ficará assim por muito tempo. – disse Zain preocupado.
-Quíron, precisamos de sua ajuda, desculpa, mas precisamos voltar para o acampamento, Ed está ferido. Zain fez tudo que pode, mas não é suficiente – falou Desiree explicando melhor.
-Claro, semideuses. Ajudarei vocês. Mandarei pégasos para vocês. Daqui a pouco estarão aí para buscar vocês. – disse ele calmo. – Tudo dará certo, Ed sobreviverá.
-Ok, mas tem uma coisa, sobre os pégasos. Precisamos de...
-Cinco, é eu vi que temos novas campistas. Pode deixar cuidarei de tudo.
-Obrigado Quíron. – agradeceu Zain.
-De nada. – ele sorriu e a névoa tremulou até desaparecer.
Uau. Gostei desse sistema de mensagens. É muito mais legal que um SMS.
Enquanto nossos pégasos não chegavam Zain fez um curativo em minhas costas. Busquei os hambúrgueres que restavam e comemos tão rápido quanto de manhã.
-Ainda não entendi como os conseguiu sem pagar... – Ed perguntou quase sem força. Acho que ele queria se distrair da dor, começando uma conversa.
-Bom, eu fui lá e conversei com o atendente. É só ser delicada e simpática. O cara também ajudou, porque provavelmente ele não falava com uma garota fazia tempo, e eu não sou feia. E você sabe que homens não resistem quando uma garota fala com eles com jeitinho, vocês sempre concordam e sedem. Não é Zain? – perguntei do jeito mais cativante, fofo e atraente para ele.
-Sim... – disse ele convencido. Logo ele percebeu o que havia falado e tentou corrigir – NÃO! Quis dizer não!
Nós rimos enquanto Zain corava. De repente uma sombra gigante pairava em cima da gente. Olhei pro céu e lá estavam eles: cinco pégasos lindos pousando na floresta. Eles foram muito rápidos, demoraram apenas alguns minutos.
-São lindos – disse Nina olhando para eles.
-Sim, sim. São lindos. Agora vamos antes que eu morra – falou Ed num gemido de dor.
Arrumamos ele em seu pégaso. Montei no meu, os outros também. Os pégasos começaram a voar, essa era a melhor sensação que já tinha sentido. No inicio fiquei com um pouco de medo, mas logo passou. Voamos em direção ao Acampamento, e quando chegamos lá, nossa, o lugar era demais. Queria sair por ai conhecendo o lugar, mas não podia, deixei isso para depois. Tínhamos coisas para resolver primeiro, coisas que não teriam volta no caso de demora.
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