POV’s Manu

Ótimo, meu dia estava já estava começando bem. Mas depois daquela velha quebrar meu cartão estava na hora do meu dia melhorar, certo? Errado. O dia ia piorar, e muito.

-Nããããããããããooooo! Meu cartão tá quebrado. – eu disse tentando juntar os pedacinhos do que um dia fora meu cartão.

-Calma, vai ficar tudo bem. –disse Zain me levantando do chão- Pelo menos conseguimos comprar as coisas que precisávamos.

-Eu ainda acho que devíamos ter comprado aquele gato, mas agora é tarde demais. – falou Ed.

-Cala a boca Ed. – disse-lhe dando um sorriso, mas logo fechei a cara. – E sabe de quem é a culpa? É sua Zain.

-MINHA?

-É, você que deu um tapa na minha mão e o cartão caiu. Tudo culpa sua.

- Culpa minha? Agora a culpa é minha se você não sabe nem segurar um cartão.

-Ah, cala a boca! Tá tentando colocar a culpa em mim?

-Não tô tentando, a culpa é sua, bonitinha. – disse Zain.

Claro que começou uma briga depois desse comentário infeliz do Zain. Tentei avançar nele algumas vezes, mas Ed e as garotas me seguravam e o fato de ainda estarmos no meio da rua também não me deixava praticar esse ato. Só sei que chegamos num ponto que estávamos discutindo sobre quem de nós dois tinha o melhor cabelo.

- Já chega! Parem ou eu vou vomitar! – Desiree disse irritada. – Vamos pra casa guardar as compras.

Pegamos as compras, mas eu comecei a olhar para aquelas televisões que tem nos shoppings através da porta, que ficam passando curiosidades e noticiários de desaparecidos. Pensei ter me visto, mas deve ter sido ilusão.

Quando chegamos em casa guardamos as compras. Até que compramos bastante comida, daria para algumas semanas. Mais tarde, resolvemos fazer pipoca e ficar conversando. Estávamos rindo sobre algumas histórias de Zain e Ed quando...

TOC TOC TOC

-Eu atendo – Ed falou com a boca cheia de pipoca, o que soou mais como um ‘’hã aeendo’’.

 -Ok, meninas vamos para cozinha fazer mais pipoca enquanto isso – eu disse.

Ed abriu a porta, era nosso vizinho. Ele não gostava muito da gente, sempre reclamava do nosso barulho e a situação só piorou quando Nina esbarrou nele.

-Olá, como poderia ajudar-lhe? – disse Edward do jeito mais cordial que podia o que fez Zain ter que abafar uma gargalhada.

- Pois não. Não sei se vocês viram na TV ultimamente, mas, uma menina, que vivia com o irmão, muito rico por sinal, fugiu de casa. E, sabe, essa menina que fugiu parece muito com uma das garotas que estão morando com vocês. Aquela que vive de salto.

- O que? Desculpe senhor, mas não tem ninguém que more aqui que tenha irmão-disse Zain mentindo e levantando sofá – Deve ser um engano.

-Não é um engano e vocês sabem que a garota fugitiva é aquela garota que mora aí. Sabia que não seria fácil, mas tenho uma proposta para vocês. Me entreguem a garota e não falo que vi vocês com ela. De qualquer maneira, vão achar ela mais cedo ou mais tarde. Posso até dar uma parte da recompensa para vocês. 200 mil dólares.

- Como disse, não tem ninguém aqui que tem irmão. Boa noite, senhor. – disse Zain fechando a porta.

-Vão se arrepender, seus pirralhos – disse o vizinho no corredor.

Voltamos para a cozinha e vimos à expressão de pânico na cara dos meninos. Eles contaram o que o vizinho havia falado. Droga. Eu realmente tinha me visto na TV do shopping. Meu irmão deve ter voltado e chamado a policia.

-Pensei que seu irmão não se importava com você – disse Ed.

-Ele não se importa, ele só quer aparecer na TV, para divulgar a empresa – disse eu com incerteza. – Desculpe pessoal, eu juro que não sabia que ele faria isso.

-Ok, agora é tarde demais para reclamar. – disse Nina- O que fazemos agora? Alguém tem um plano.

- Eu tenho, se vocês aceitarem... – disse Ed.

-Qual?

-Fugimos. – todos assentiram, o que poderíamos fazer? Era o melhor plano. Fugiríamos mais uma vez, mas agora era diferente, seriamos fugitivos oficiais.

Era isso, devíamos, ou melhor, tínhamos que fugir. E tudo culpa minha, quer dizer, do meu irmão. Aquele idiota do meu irmão. Agora ele queria dar uma de irmão exemplar.

Começamos a guardar todas as nossas coisas de novo, arrumamos nossas malas para a fuga. Dessa vez deixei muitas coisas no apartamento, foi difícil, mas consegui.

-Todos prontos? – perguntou Desiree.

-Sim. – respondemos.

-Então, acho que temos que ir.

-Mas para onde nós vamos? Onde vamos ficar? – perguntou Nina.

-Sei lá, só sei que aqui não podemos ficar mais, vão invadir.

- Pegaram armas? – perguntou Desiree.

-Claro que sim. – respondeu Zain.

-Tá, mas se vamos fugir precisamos de um carro, quer dizer, como vamos fugir pela cidade a pé? Todos vão perceber.

-Ótima ideia, mas sabe ninguém aqui tem carro – disse Nina – como vamos arranjar um?

 Zain olhou para Ed, Ed olhou para Zain. E pelo sorriso perverso que eles exibiam no rosto sabia que não viria coisa boa por ai.

-Nós sabemos com arranjar um carro. – disseram Ed e Zain com um sorriso que me deu um frio na espinha.

-Como?- perguntou Desiree.

-Roubando um.