Eu E Severus escrita por Manih


Capítulo 12
Diabólico


Notas iniciais do capítulo

##Reeditado##

Hello! o/ Andei revisando os textos a procura de erros, acho que agora está tudo certinho.



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Pov Lilith

Infelizmente os ovos foram descobertos antes de eclodirem e nada aconteceu....mas bem, valeu a pena a adrenalina, tirando o fato de que enfrentei o queridinho professor e impedi dele fazer qualquer coisa com os gemêos...como se ele pudesse né!

Estava sentada na biblioteca fazendo um dever enorme de história da Magia, quando Mariana e Renata apareceram. Nossa, fazia um tempo que não falava com elas.

– Ei Lily! Estudando? - cumprimentou Renata.

– Dever de História da Magia...muito chato.

As duas se olharam e sentaram.

– Nos conte...O que aconteceu?

– Como assim? - perguntei.

– Você está muito diferente, desanimada. Diria triste, até. - disse Mariana.

– Conte quem foi o ogro que partiu seu coração e eu dou cabo dele.

Ok, Renata não conseguiria dar cabo nem de um aluno do primeiro ano, quanto mais do....

– Não é nada não, amigas... - tentei parecer alegre. Não quero preocupá-las, né...

– Nada? Não confia em nós?

Olhei para elas e vi que realmente estava preocupadas. Como é bom ter amigos!

– Tudo bem....foi um garoto...estávamos nos beijando e ele disse o nome de outra.

– Só isso? - perguntou Mariana. - Dava um chute no meio das...

– Mariana! - reclamou Renata, dando uma cotovelada. - Se ela está triste deve realmente gostar do safado...

– Eu? Eu não! Nunca iria estar apaixonada por aquele asqueroso e idiota...

– Pois eu vejo que está sim apaixonada... - disse Renata.

– Será?

SERÁ? IMPOSSÍVEL!!! APAIXONADA PELO SEBOSO? Meu cérebro fritou.

– Se apaixonar é muito perigoso Lily. - disse Mariana. - Por isso só fico com os peguetes...

– Você só fala besteira né? - perguntou Renata, incrédula e com cara de brava. - Lily, sei que é difícil, mas você deve se afastar de um cara desses...Dá pra ver que ele não gosta de você!

Abaixei minha cabeça, me sentindo um pouco triste. Não sei porque estou assim...Nunca aconteceu nada entre nós...Tirando a briga...e o beijo no bar...e o beijo no quarto dele...

– Hã... Ei Lily, você tem mais daquela poção de ilusão? - perguntou Mariana, quebrando o silêncio que tinha se instalado.

– Hum...faz tempo que não faço uma poção, ou mesmo olho pra uma...

– O QUÊ? - Gritaram as duas, fazendo Madame Pince olhar feio para as três.

– Lilith Devon! - exclamou Mariana. - Você realmente vai deixar de fazer o que gosta por causa de homem?

Aquilo foi um verdadeiro baque para mim. Nos três segundos em que demorei para responder, repassei pelo minha mente toda a minha vida onde vivi com minha mãe numa caverna, sendo obrigadas a ficarem lá escondidas porque meu titio comensal da morte querido tinha posto na cabeça que me queria "por mulher" - desde que fiz 8 aninhos apenas. Lembrei das vezes que ele fazia com que eu e meus primos - filhos dele - brigássemos apenas para diverti-lo. Só de pensar nele sinto meu peito encher de raiva, mas tratei de me acalmar. Ele está num local que merece, sendo vigiado de perto por seres bem beijoqueiros.

– Vocês têm toda razão. Não vou ficar de cabeça baixa por causa de canalhice dos outros. Hoje mesmo vou voltar para meus bebês, e farei sua poção, Mariana.

– Isso que eu quero ouvir! - exclamou Renata super feliz. Sorri para ela. - Mas você então já terminou o trabalho de transfiguração?

– OK, amanhã mesmo voltarei para meus bebês, e farei sua poção, Mariana.

As duas riram e eu ri junto. Gosto muito delas. E elas gostam de mim claro. Quem não gosta? Ah sim, os que invejam minha inteligência. Tipo os sonserinos. Fato.

– Mas me conte uma coisa... - começou Renata. - Como pode estar triste tendo o cara mais gato da escola na sua cola?

Hum....esse assunto será longo.

***

POV Severus

Acabei de preparar a sala de aula para a turma do sétimo ano, colocando os caldeirões nas mesas exatamente como estavam na aula anterior. Estava extremamente fadigado. Aquele sonho - pesadelo - do inferno fez seu trabalho de me infernizar durante toda a semana. Mas o pior foi o sonho de hoje....foi diferente.

*Flashback on*

Eu estava na minha sala de aula. Porém, não era eu quem dava aula e sim o professor Slughorn. Estava de volta a minha infame adolescência.

Novamente.

Repetidamente, repetidamente. Sabia o que ia acontecer, o que iria ver.

Não queria.

Senti meus olhos arderem, querendo liberar o que eu tentava segurar.

Tentei acordar sozinho, mais não conseguia, estava preso ali, no meu sonho - ou pesadelo.

Então ouvi o riso. Meu corpo travou. Ouvia sua voz, mas não entendia sobre o que falava.

Fechei meus olhos e respirei fundo. Imagino que meu sonho nunca iria acabar se não seguisse ele da forma correta. Da forma que venho sonhado quase todas as noites.

Olhei para ela. Congelei no mesmo lugar pois não era Lilían quem eu via. Estava virada na minha direção, com seus cabelos soltos pela mesa e seus olhos verdes olhavam - não para mim - mas para ele. Detric Marrow... Novamente, um garoto infame para roubar de mim a minha garo... ESPERE SEVERUS, O QUE ESTÁ PENSANDO?

Continuei olhando para ela, não consegui desviar os olhos. Ela sorria para ele e eu o invejei, pois havia semanas que nem mesmo seu sorriso cínico ela direcionava para mim.

Por que era ela quem estava ali?

Sempre sorrindo, mesmo quando eu prejudicava ela. E agora, a unica coisa que tenho são seus olhos frios, quando ela é obrigada a olhar para mim.

Por que era ela quem estava ali?

E eu obrigo. Eu a faço olhar para mim, e sempre recebo tais olhos como flechas cortantes.

Masoquista, talvez?

Então acontece, como em todos os sonhos. Ela olha para mim e não são olhos frios que recebo, mas chorosos. Ela se levanta, ainda olhando para mim e sai correndo.

Acordo suado, tenso, com o coração batendo rapidamente.

*Flashback off*

Logo os alunos foram entrando, e eu encarei cada um dos alunos, até que ela entrou - acompanhada por aquele garoto que pelo visto não desgrudava dela. Quando eu os via pelos corredores ela estava sempre sorrindo, falando ou escutando atentamente. Porém em minha aula ela sempre fica séria, fria.

– Antes de começarmos a ultima aula para que as suas poções fiquem prontas - ou no caso de vocês um desastre, entreguem seus relatórios sobre os usos da erva dente-de-sabre.

Pouco a pouco, os alunos foram tirando de suas mochilas seus pergaminhos e colocavam em minha mesa. Meus olhos estavam grudados nela. Não entendo esse meu capricho, mas sempre quando a vejo não consigo parar de olhá-la... É como se ela tivesse algo que eu precisasse olhar, precisava descobrir. Tão...estranho. Seus olhos encontraram os meus, porém logo desviou. Seu coleguinha falou alguma coisa para ela, e esta assentiu com a cabeça. Logo ele se adiantou e colocou dois pergaminhos em minha mesa.

– Não sabia que você era o tipo de pessoa que se deixa usar como um elfo doméstico, sr. Marrow. - disse, fazendo o menino corar. Eu sei. A estava provocando. Sei que tinha um plano para mantê-la longe, mas...droga.

– Não sabia que fazer um favor a alguém agora é digno de ser tachado como elfo doméstico. - ela disse, alto e claro para todos ouvirem. Percebi com o canto dos olhos – eles estavam fixos nela o tempo todo – que a turma toda parou tudo que estavam fazendo para olhá-la.

– Olha, sua namoradinha está lhe defendendo.

– Entendo seu espanto professor, - ela disse rapidamente, cortando minha linha de raciocínio. - afinal, de onde pessoas como o senhor vem não é costume se importar com os amigos, se é que se tenha algum. Acho que vocês chamam de capachos, não?

Essa menina é realmente louca e abusada. Quando vi já estava parado em sua frente, centímetros nos separando.

– Desistiu de passar minhas aulas calada, srta. Devon? Deve ter sido seu recorde...Duas aulas inteiras sem me dar a graça de sua voz...

– Sentiu falta, professorzinho querido? - ela disse com um grande sorriso no rosto, ficando subitamente na minha altura. Olhei para baixo e vi que ela havia subido em cima de sua cadeira. Encarei novamente sua expressão de desafio e olhei para seus pés na cadeira.

Não consegui me segurar: coloquei a mão entre os olhos e soltei uma curta gargalhada.

– Olha só, eu tenho em minha turma uma baixinha esquentada e mal criada...- olhei novamente para ela. - Não consegue me encarar lá de baixo?

Seu rosto ficou muito vermelho e antes que ela pudesse dizer algo – com sua expressão agora brava – a diretora McGonagall apareceu, agitada.

– Professor Snape, desculpe interromper a aula, contudo é de extrema urgência... O que? - ela perguntou abobada diante dela estar em cima de uma cadeira me encarando.

– A senhorita Devon estava tentando me prova que jogar a erva do pântano na poção desta distância agiliza o preparo, uma ideia totalmente equivocada e eu não sei de onde ela tirou isso. - eu disse, mantendo minha expressão séria, no qual ela corou ainda mais, provavelmente com sua cota de raiva atingindo o máximo. - Mas o que aconteceu?

– Ah sim, preciso que a senhorita venha imediatamente, caso de vida ou morte! E o senhor também professor!

A menina rapidamente saltou da cadeira e começou a recolher suas coisas. Logo eu dispensei a turma e fiz os caldeirões sumirem, conjurando um feitiço de suspensão de poção – para que pudéssemos continuar na próxima aula sem alterar em nada o conteúdo dentro dos caldeirões. Voltei para a garota e vi apenas o amiguinho dela arrumando os pertences dos dois. Ela já estava com a Minerva.

Andamos apresadamente pelos corredores, até pararmos em um onde havia muitos alunos. Pude ver Dumbledore perto da parede. Minerva abriu passagem para nós dois até...

Lilith colocou as mãos na boca. Ali, encostada na parede estava uma garota caída no chão. Seus cabelos curtos caiam em seu rosto. Pude logo perceber que uma magia negra rondava o local. Lilith começou a se mover para perto da menina rapidamente, porém eu fui mais rapido e a segurei.

– Não se aproxime. - ela me olhou confusa. - Há uma forte magia ao redor dela.

– Mariana! - ouvi uma garota gritar e logo Lilith se desvencilhou de mim para abraçá-la. A menina já estava em prantos.

– O que aconteceu, professor? - ela perguntou para Dumbledore.

– Não sabemos... O sr. Abbout aqui – indicou um garoto. - a encontrou caída no chão e comunicou a professora McGonagall, e viemos o mais rápido que pudemos. Não sei se percebeu Lilith, mas há uma...mensagem para você na parede.

Olhei para a parede acima da garota caída e pude ler:

"Para Lilith Devon: Este é apenas o começo de seu inferno. D.M."

Lilith ficou alguns segundos lendo a frase na parede, escrita aparentemente em sangue, em estado de choque. Dumbledore estendeu a varinha para a menina morta e começou a murmurar um feitiço, derrubando a barreira. Logo Minerva estava espalhando os alunos e Dumbledore se dirigia a seu escritório para, provavelmente, contatar o ministério. Uma garota com cabelos rosa berrantes se aproximou de Lilith . Meus olhos estavam fixos na mensagem e pude ouvir o que falavam, mas meus pensamentos estavam fixos na parede. Quem diabos mataria uma pessoa para infernizar a outra?

Diabólico.

– Venha Renata, você precisa se acalmar... - dizia a menina de cabelos coloridos. - vamos a enfermaria...

A menina estava começando se ficar estérica, mas a garota conseguiu fazê-la soltar de Lilith – que permanecia séria e fria. Ela sussurrava algo nos ouvidos da menina chamada Renata.

Logo as duas foram embora e Lilith ficou ali parada olhando pro chão.

– Bem, eu... - sua voz tremia e percebi que ela também. Ela me encarou e pude ver o desespero começando a tomar conta dela, apesar de estar aparentemente de cabeça fria.

Quando eu pegar a pessoa que fez isso, eu vou fazê-la desejar a morte...


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Notas finais do capítulo

Pega ele/ela Snape!!!!