Eu E Severus escrita por Manih


Capítulo 13
Misto de doce e salgado


Notas iniciais do capítulo

##Reeditado##

Esse cap é curtinho, mas como estou pensando ainda em como vai acontecer, colocarei essa parte para vcs amarem um pouco mais Severus Lindo Snape!



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Não sabia o que pensar. O que fazer. Pela primeira vez – em minha vida? – eu não conseguia pensar em nada. Eu estava enfrentando Snape como fazia antigamente, e depois veio a mensagem... “começo de seu inferno”... Quem poderia ter feito isso... Mariana, morta?

Morta?

Estava desnorteada. Renata estava em meus braços e eu só sabia sussurrar “tudo bem” e “estou aqui”. Uma garota qualquer falou algo com Renata que não ouvi e a tirou dali. Depois, senti que estava sendo puxada e deixei que me levassem. Nada importava agora. Uma pessoa, uma amiga tinha sido morta – por minha causa.

A palavra morta soou em minha mente novamente.

– Chore. - ouvi claramente a ordem e despertei um pouco de meu torpor. Estava em uma sala de aula e a minha frente estava Snape. Sua expressão era tão suave... Nunca havia o visto assim.

Ele repetiu a ordem e eu o abracei, sentindo o mundo desabar acima de mim. Tudo que vinha a minha cabeça eram os momentos que passei com ela. Quando eu a conheci, e ela me ajudou a recuperar meus pertences que alguns garotos haviam roubado... As vezes que ficávamos até tarde na biblioteca fazendo os trabalhos junto com Renata... As conversas... Nossa conversa hoje... Quando ela usava minhas poções, ou aceitava servir como cobaia...

Não sei quanto tempo fiquei ali. Porém aos poucos minha angústia foi diminuindo e pude acalmar meus soluços e finalmente sentir os braços a minha volta... Era tão confortável...

– Professor... - eu disse fungando. - Nunca pensei que perder uma pessoa importante fosse tão ruim.

– É uma das piores coisas do mundo. - ele disse baixinho. Eu afastei a cabeça e olhei para ele. Alguma parte da minha coincidência observou que ele estava encostado em uma mesa e eu estava abraçada a ele entre suas pernas.

– Você já perdeu alguém muito importante para você, professor? - perguntei. Não sei por que, mas não estar sozinha ali me acalmava... Ou será que era a presença dele?

– Sim. - sua expressão ficou triste. Sua tristeza fez meu coração se apertar mais e mais lágrimas começaram a descer pelo meu rosto. Severus passou a mão pelo meu rosto e a deixou na minha face direita. Fechei meus olhos com seu toque. - Você é uma garota forte Devon. Não demonstrou fraqueza perto de sua amiga. Sei que é difícil mais você deve ser forte, para ela. E para descobrir quem é a pessoa que fez isso.

– Você está certo... Mas agora é difícil não chorar... - minha vista embaçou novamente e me aninhei na curva de seu pescoço e depois de um tempo apenas fiquei ali, respirando rapidamente e sentindo seu cheiro... Era uma mistura de madeira com poções, varias poções...

Uma súbita vontade de aspirar seu cheiro me tomou e eu o fiz – bem próximo à orelha. Senti Severus apertar seus braços a minha volta, me aproximando dele instintivamente. Porém antes que alguém pudesse dizer algo ouvi a porta se abrindo e rapidamente ele me largou e simplesmente desapareceu. A porta abriu totalmente e revelou os meus queridos gêmeos e Pirraça. Os três estavam sérios.

– Lily nós fizemos uma reunião. - disse Fred.

– E tomamos uma importante decisão. - completou Jorge.

– Vamos ajudar a você a descobrir quem fez essa... - Fred aparentemente não sabia o que falar.

– Maldade! - completou Pirraça. - Pirraça gosta muito de brincar, de perturbar e até de fazer chorar. Mas matar, Pirraça sabe que não se faz. Pirraça vai acabar com quem fez Lilith chorar.

– Todos nós! - os gêmeos gritaram. Eu não resisti e corri até eles os agarrando num abraço em conjunto e apertado.

Após eu ter agradecido, eles disseram que iriam começar as investigações imediatamente e saíram dali correndo. Eles são tão lindos, vou roubá-los para mim... Olhei para onde Severus estava – ele ficou visível, magia avançada, só pode - e me senti um pouco sem graça de estar ali com ele. Até hoje de tarde ainda estava chateada e agora pouco estava chorando em seus braços.

– Essa pessoa que você perdeu – eu comecei a falar enquanto andava até ele e hesitei um pouco. - É a Lilían? - Nos encaramos por algum tempo e pude perceber que ele passava por uma breve luta interna. Por fim ele assentiu. - Você a amava muito não? - eu estava agora bem perto dele.

– Eu a amo. - OK. Por algum motivo que não faço ideia me senti péssima. Comprimi os lábios e abaixei a cabeça, e antes que eu pudesse me despedir ele segurou um dos meus braços. - Mas...

Mas? Olhei para ele e ele estava com a testa franzida e pelo visto havia uma verdadeira guerra dentro de sua cabeça.

–... Quando eu estou perto de você... Você é tão louca que eu... - ele não completou o que falava, pois a cada palavra nos aproximávamos mais e por fim selamos nossos lábios.

Ele segurou minha cintura e me trouxe para mais perto, aprofundando o beijo. Era um misto de doce e salgado - por causa de minhas lágrimas -, mas mesmo assim beijar Severus Snape é... Simplesmente maravilhoso. E viciante. O ritmo lento era simplesmente viciante, nossas línguas se tocavam e eu o queria sentir cada vez mais...

– Lilith? - uma voz soou na sala e interrompemos o beijo rapidamente. Olhei – quase com raiva – para a pessoa que estava na porta e vi Ninfadora Tonks, uma menina da Lufa Lufa que às vezes andava com as meninas. Ela nos olhava espantada. - Poderia me acompanhar?

Eu assenti com a cabeça e ao chegar à porta olhei novamente para ele... Nossos olhares se encontraram e eu fechei a porta. Ninfadora me olhava com as sobrancelhas erguidas.

– Por favor, Ninfadora, não conte a ninguém...

– Com uma condição – ela me interrompeu. - Que me chame apenas de Tonks e me conte o babado todo! – ela completou com um sorriso. Eu sorri também, agradecida. – Mas agora temos que ir ver o diretor, ele me pediu para ir chamá-la. Pode ficar tranquila que eu mesma levei Renata para a enfermaria e agora ela está melhor... Tomou uma poção calmante.

– Obrigada Ninf... Tonks. Vamos indo para a Sala do diretor... Você pode ir comigo?

– Claro!

– Mas sabe, não se sinta culpada. – ela disse, com um olhar sério. Depois me olhou e sorriu. – Se minha mãe fosse pela cabeça das outras pessoas, eu não teria nascido.


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Notas finais do capítulo

Talvez o próximo demore, mas tentarei escrever hoje e sabado...tá mto triste, precisamos de coisas divertidas na fanfic ( afinal ela é comédia tbm não?) ;)