Guerra Fria escrita por Joan Missing


Capítulo 25
Capítulo 25 -Agora sim, eu adoro esse sorriso!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/267059/chapter/25

POV MIGUEL

Valentina dormia tranquila ao meu lado e eu não pude deixar de sorrir, ela vestia uma de minhas camisas, seu cabelo estava bagunçado e seus lábios rosados formavam um biquinho fofo. Era impressionante o quanto era linda. Levantei devagar para não acordar a minha patricinha e fui até o banheiro, escovei os dentes, tomei um banho e vesti uma bermuda qualquer e fui direto até a cozinha.

A sala estava mais bagunçada que o normal, eu peguei os copos e a o resto da pizza do chão e coloquei as almofadas do sofá no lugar e me dirigi, finalmente, a cozinha. Eu to morrendo de fome. Joguei a pizza fora, abri a geladeira pequei leite e o cereal e sentei a mesa junto com meu celular super moderno, ou não, ligando para Robert.

- Eu realmente espero que seja importante, seu filho da puta! – Rob disse com a voz de sono –

- Federica e Tommás se mudaram pra Nova York. – Disse rápido. Eu to fudido. –

- O que? – Ele falou alto e alguém resmungou – Espera, vou sair do quarto pra não acordar minha Luna.

- E você não sabe do pior, vão ser irmãos postiços da Valentina. – Disse enquanto comia –

-Caralho, velho, tu tá fodido.

- Eu não sei o que eu faço Rob, eles vão acabar com tudo aqui, Federica não tem limites! – Disse preocupado. –

- Já pensou em falar com o Tommás?

- Já, o cara é legal, estudei com ele em Barcelona, mas não sei se isso vai dar certo Rob, eu...

- Cadê meu café da manha na cama? – Valentina apareceu na cozinha e falou manhosa –

- Falo contigo depois Robert!

- Isso foi a Valente! – Ele riu escandaloso – Eu sabia que vocês iam... – Desliguei o telefone –

- Era o Rob? – Ela perguntou confusa – O que ele queria a essa hora?

- Me chamar pra jogar basquete. – Disse sorrindo – O que minha princesa vai querer tomar de café da manha?

- Hum, qualquer coisa! – Ela disse sorrindo e ajeitando o coque que estava caindo, o que ampliou minha visão de suas pernas por alguns segundos – Me dá esse cereal ai e me trás uma tigela. – Disse mandona e eu arqueei a sobrancelha – Por favor, pangaré! – Ela riu e eu fui buscar –

- Dormiu bem, patricinha? – Perguntei sorrindo –

- Mais ou menos sabe, tinha um ser falando direto ao meu lado. “Valentina eu te adoro” “Valentina, você é uma diva, muito melhor que a cara de cavalo” – Ela falou rindo –

- Eu não falo meu bem, agora você sim! – Eu falei lembrando a noite anterior e ela corou violentamente –

- Eu falei? – Ela perguntou assustada –

- Só um pouco patricinha, não se preocupe! – Disse levantando e lhe dando um beijo na testa – O que você quer fazer hoje?

- Hum, matar a cara de cavalo e a mãe emplastificada dela. –Disse séria e eu sorri. Espera, só as duas? –

- E o Tommás?

- Ele não, tem um sorriso bonito. – Ela tá falando sério? -

- Que história é essa de sorriso bonito Valentina? – Disse tentando esconder a minha irritação –

- Calma pangaré, ele não parece com o Che! – Ela disse sorrindo e eu revirei os olhos. Ela que venha com essa de história de Tommás e seu sorriso bonito – Eu não to acreditando que isso tá acontecendo comigo, Miguel. – Ela disse pra baixo – Ele nunca quis ser uma família comigo e com aqueles impostores é todo cheio de nhenhenehem. O que eu tenho de errado?

-Você não tem nada de errado Valentina. – Eu disse levantando seu queixo e olhando os seus olhos castanhos – Você é incrível, linda, charmosa, inteligente, esperta, decidida e forte. Eu nunca achei ninguém assim, como você. -  Ela sorriu e eu toquei seus lábios –Agora sim, eu adoro esse seu sorriso.

- Mas eu ainda não quero voltar pra casa. – Ela disse baixinho –

- Então você fica aqui, Luna vai amar, mesmo ela passando a maior parte do tempo na casa do Rob. – Ela sorriu –

- Ótimo, então vamos as compras! – Ela disse levantando e indo em direção ao quarto. – Não posso ficar aqui assim, sem nada.

- Claro que pode, eu ia adorar. – Disse e ela sorriu revirando os olhos – Aqui é o quarto de Luna, pode pegar qualquer coisa. Vou me trocar.

- Certo. – Ela disse sorrindo e entrou no quarto –

- Não demore.

- Vou fazer o possível. – Ela gritou –

Certo. Eu me vesti, arrumei o quarto, jóquei duas partidas de videogame, procurei as chaves do meu caro, é eu tenho um, e a Valentina ainda não apareceu. Céus, essa garota não precisa de muita coisa pra ficar linda.

- Valente? – Disse batendo na porta  pela milésima vez e dessa vez eu entrei. – Ela estava calçando umas sapatilhas –

- Quanta impaciência! – Ela disse revirando os olhos – Já estou pronta! Como estou? – Ela disse levantando. –

- Linda! – Ela sorriu e me acompanhou até a porta. –

- Eu sei. Enfim, pode me emprestar seu celular? – Ela perguntou já o pegando – Qual a senha? –

- 1706. – Disse abrindo a porta enquanto ela mexia no celular –

- Quem é Guilietta 101? – Ela perguntou desconfiada. Ela tava me olhando minhas ultimas chamadas? –

- É a minha vizinha. – Ela abriu a boca pra falar toda irritadinha e eu não deixei – Uma senhora de cinquenta anos que ficou de receber o resto das coisas de Luna que só chegaram de Barcelona há poucos dias. Mas ainda não sei se ela vai desencaixotar.

- Como assim? Ela vai embora Miguel? E Rob?

- Longa historia patricinha e é melhor não se meter nisso. Anda, é por aqui. – Disse a guiando até meu carro e ela fez uma careta. –  Não achou que eu fosse te levar pra fazer compras de moto não é? Aonde iam as compras? Na sua cabeça?

- HAHAHA! – Ela riu irônica e entrou, mexendo no celular. – Fique quieto!  - Alguns segundos depois ela começou a falar no telefone – Alô, mucama? Ah ainda bem que esse era o número certo. – Fez uma pausa – Eu estou com o pangaré, mas não diga nada. – Outra pausa – Sei. Agora pronto, nunca ligou pra mim agora quer ser o pai presente e preocupado? Próxima vez que ele falar dessas coisas diz que eu mandei ele se fuder! – Eu não contive o riso – Eu preciso que você arrume uma bolsa pequena, pra não chamar atenção, cuidado com a cavala mucama e não esqueça meu celular. Eu to indo pra Barneys agora, comprar umas coisitas, leva minha carteira. – Ela sorriu – Te espero então. Ok, tchau.

- Tudo resolvido pangaré. – Ela disse sorrindo e colocando o celular no seu colo – Você tá precisando de um novo guerrilheiro. Esse é pooodre, não dá nem pra ter instagram! Como você consegue? – Eu revirei os e olhos –

- Ali! – Ela deu um gritinho quando viu a loja – Eu estava com tanta saudade!

Estacionei o carro e ela me guiou, ou melhor, me puxou até a loja. A patricinha parecia ter ligado o modo bitch mode dela assim que pisou na loja. Vai ser uma longa tarde! Porque eu aceitei essa loucura mesmo? Ah é, não consigo dizer não pra essa maluca.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews????



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Guerra Fria" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.